Fora De Alcance - Microconto

Um conto erótico de M. Morenno
Categoria: Heterossexual
Contém 879 palavras
Data: 20/09/2025 23:19:21

Era errado. Eles sabiam disso. O corredor escuro, a porta entreaberta, o silêncio pesado… tudo gritava perigo. Mas a tensão entre os dois não deixava espaço para razão.

Ele a encostou contra a parede fria, a boca colando na dela com força. O beijo não era delicado, era uma invasão. Os dentes se tocaram, as línguas brigaram. Ela tentou resistir por um segundo, mas já estava úmida só de sentir o hálito quente dele contra sua boca.

— A gente não devia… — sussurrou, sem convicção.

— É exatamente por isso que quero — ele respondeu, deslizando a mão por baixo da saia dela.

Um arrepio percorreu o corpo dela quando os dedos encontraram a calcinha encharcada. Ele sorriu. Não precisava de palavras para saber que ela o queria. Com um puxão rápido, a peça íntima desceu pelas coxas. O coração dela martelava, não de medo, mas de excitação.

Ele abriu o zíper da calça, e em segundos estava dentro dela, fundo, forte, sem piedade. O choque do proibido fez com que ela soltasse um gemido alto demais. Ele tapou a boca dela com a mão, enquanto a penetrava mais fundo.

O corpo dela tremia contra o dele, presa entre a parede e o peso do corpo masculino. Cada estocada era brutal, carregada de urgência.

Ela se agarrava aos ombros dele como se fosse cair no abismo — e, de certa forma, estava.

— Você sabe que não tem volta, não é? — ele sussurrou, acelerando o ritmo.

Ela só conseguiu gemer em resposta, o corpo explodindo em espasmos, a cada estocada mais rápida, mais violenta.

Ele gozou junto, enterrado até o fim, segurando-a com força contra a parede.

Ofegantes, ainda colados, sabiam que nunca deveriam ter cruzado aquela linha.

Mas no fundo, o proibido só os fazia querer mais. Se despediram e cada um seguiu seu caminho.

Ela passou o resto da noite sem dormir. O corpo ainda latejava, a pele ainda queimava onde as mãos dele haviam apertado. Cada vez que fechava os olhos, sentia de novo o choque do corpo dele entrando fundo, sem pedir licença. Era errado. Era perigoso. Mas só de pensar, a calcinha já estava molhada de novo.

No dia seguinte, cruzaram no corredor. O olhar dele era puro desafio. O dela, nervoso.

— Aconteceu uma vez. E acabou — tentou dizer, firme.

Ele se aproximou devagar, encurralando-a contra a parede, como da primeira vez.

— Não acabou. Você sabe que não.

Ela deveria ter se afastado. Em vez disso, o corpo traiu a mente: arfou, gemeu baixinho quando ele deslizou a mão por baixo da blusa e apertou seu seio.

— Aqui? — ela sussurrou, os olhos arregalados.

— O risco só deixa mais gostoso — ele respondeu, já abrindo o zíper da calça.

Em segundos, a calcinha dela estava de lado e ele a penetrou de novo, ali mesmo, no corredor do prédio, onde qualquer vizinho poderia abrir a porta e flagrá-los. O choque do proibido incendiou os dois. Ela mordia o ombro dele para abafar os gemidos. Ele a segurava forte, socando fundo, cada estocada um aviso: aquilo não tinha volta.

O clímax veio rápido, urgente. Ela se desfez em silêncio, o corpo tremendo contra a parede. Ele a acompanhou, gozando fundo dentro dela.

Quando se separaram, ofegantes, sabiam que estavam em queda livre. Não era mais um acidente. Era vício.

E o proibido, agora, era exatamente o que os mantinha vivos.

*.*.*.*

Ela jurou para si mesma: seria a última vez. Mas o corpo não obedecia. Cada vez que pensava nele, sentia as pernas tremerem, a respiração falhar. O proibido já não era medo, era vício.

Dessa vez, o encontro foi no apartamento dele. A porta mal fechou e ele já a puxava para dentro, beijando com a mesma urgência de sempre. As roupas caíram pelo chão, os corpos colados, suados, famintos.

Ele a virou contra a mesa da sala, puxou seu cabelo para trás e a penetrou de uma vez. Ela quase gritou, mas se calou com a mão dele em sua boca. O ritmo era brutal, urgente, e o som do corpo batendo contra a madeira ecoava pelo ambiente.

Foi então que ouviram.

— Marcos? — uma voz feminina soou do corredor.

A campainha tocou em seguida.

Ela congelou. Ele apenas sussurrou ao ouvido dela:

— Não para. — E continuou. Mais forte, mais fundo.

Ela tentava se conter, mas os gemidos escapavam em sussurros roucos. O coração batia descompassado entre o medo de ser descoberta e o prazer que a consumia.

A campainha tocou outra vez.

Ele abafou um riso perverso.

— Fica quieta, ou vão saber.

As estocadas vinham mais rápidas, mais intensas. Ela tremia, tentando não gemer alto, enquanto a mão dele tapava sua boca.

O prazer explodiu dentro dela como um trovão silencioso, as pernas se desfazendo, o corpo inteiro em espasmos.

Ele gozou junto, enterrado fundo, enquanto do outro lado da porta alguém murmurava irritado e se afastava pelo corredor.

Ofegante, com os joelhos fracos, ela caiu sobre a mesa, suada, em choque. Ele a puxou pelos cabelos, fez com que o encarasse e disse baixinho, com um sorriso maldito:

— Agora você entende? O proibido não nos prende. Ele nos liberta.

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Obrigado por ler!!

Os microcontos são para leitura rápida, sem deixar a sensualidade, o prazer, o êxtase de lado.

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