Suor, Sexo e Som

Um conto erótico de Diabo
Categoria: Heterossexual
Contém 873 palavras
Data: 20/10/2025 22:51:38

A música ecoava suave pelo estúdio vazio quando ela entrou, tardia, com o perfume de jasmim e o brilho da pele dourada pelo entardecer. Era alta, morena, com cabelos pretos e cacheados que pareciam dançar cada vez que ela se movia.

Do outro lado, ele — o baixista. Óculos escorregando levemente pelo nariz, dedos dedilhando o contrabaixo elétrico como quem compreendia o que o silêncio também queria dizer.

Ela se aproximou devagar, o som grave das cordas vibrando entre eles. O olhar dele subiu, e o mundo pareceu se concentrar apenas naquele pequeno espaço – o instante suspenso antes do toque.

— Posso ouvir de perto? — ela sussurrou.

Ele assentiu, sem palavras. Quando ela se inclinou sobre o instrumento, o cheiro do seu cabelo o atingiu em cheio. O roçar casual dos braços fez o ar mudar de temperatura. As notas saíam mais lentas agora, como se cada acorde fosse um convite para algo que ainda não sabiam como nomear.

Um sorriso escapou dela, provocante. As mãos dele pararam no meio de uma escala, e, por um segundo, nada existia além da distância mínima entre dois corpos que se buscam. Ela pousou a mão sobre a dele, guiando-o até o silêncio — um silêncio cheio de promessas.

A tensão virou respiração, e o toque se fez inevitável: a pele encontrou pele, o calor se espalhou e a música se perdeu no gesto que vinha depois. Entre risos contidos, beijos roubados e o som do contrabaixo esquecendo o ritmo, o estúdio se tornou um templo de desejo e som, vibrando no compasso deles dois.

O silêncio que se seguiu ao toque das mãos era como uma pausa em uma sinfonia, onde o ar se enchia de expectativa. Ele sentiu o calor da palma dela contra a sua, um pulso ritmado que ecoava o baixo agora abandonado ao lado. Os olhos dela, escuros como a noite que caía lá fora, fixaram-se nos dele, e o mundo se resumiu àquele estúdio: paredes forradas de isolamento acústico, instrumentos adormecidos e o cheiro de jasmim misturado ao suor sutil de uma jam session interrompida.

Ela se aproximou mais, o corpo inclinando-se como uma melodia que se desenrola. Os lábios dele encontraram os dela em um beijo hesitante, suave como as primeiras notas de uma balada. As mãos dele subiram pelas costas dela, traçando curvas que pareciam compostas para serem tocadas, enquanto ela enfiava os dedos nos cabelos dele, puxando-o para mais perto. O beijo encaixou-se, tornando-se um dueto de respirações entrecortadas, línguas dançando em um ritmo que acelerava, como um solo de guitarra ganhando velocidade.

O contrabaixo tombou ao chão com um som surdo, esquecido. Ele a ergueu, sentando-a sobre o amplificador, as pernas dela se abrindo instintivamente para envolvê-lo. As mãos dele exploravam agora com mais urgência, deslizando por baixo da blusa dela, sentindo a pele quente e macia, os seios firmes que se arrepiavam ao toque. Ela gemeu baixinho, um som que reverberava como feedback em um microfone, arqueou as costas, convidando-o a prosseguir. Os dedos dele encontraram o sutiã, desfazendo o fecho com uma habilidade que lembrava dedilhar cordas, libertando os seios para o ar fresco do estúdio.

Agora, o tom poético dava lugar a uma urgência primal. Ele chupou um dos mamilos dela, mordiscando levemente, enquanto a mão livre descia pela barriga lisa, infiltrando-se por baixo da saia. Ela estava molhada, o tecido da calcinha úmido contra os dedos dele, e ele esfregou ali, sentindo-a pulsar. "Mais", ela murmurou, a voz rouca, guiando a mão dele para dentro, onde os dedos penetraram devagar, explorando o calor apertado. Ela se contorceu, as unhas cravando nas costas dele, deixando marcas que ardiam como cordas esticadas demais.

Impaciente, ela puxou a camisa dele pela cabeça, expondo o peito sedento por contato. As mãos dela desceram para o cinto, abrindo-o com pressa, libertando o pau dele, já duro e latejante. Ela o acariciou, apertando com firmeza, sentindo-o inchar na palma da mão. Ele grunhiu, empurrando-a para trás contra o amplificador, rasgando a calcinha com um puxão selvagem. Sem preliminares agora, ele a penetrou de uma vez, o pau deslizando fundo no calor escorregadio dela, esticando-a até o limite.

O ritmo era frenético, como um breakdown em uma música pesada: ele metia com força, cada estocada fazendo o corpo dela balançar, os seios quicando ao compasso. Ela cravava as unhas nas nádegas dele, puxando-o mais fundo, gritando "Mais forte!" enquanto o suor escorria pelos corpos colados. O estúdio ecoava com os sons crus – o slap da pele contra pele, os gemidos guturais, o amplificador rangendo sob o peso deles. Ele a virou de costas, dobrando-a sobre o equipamento, e penetrou novamente, uma mão no cabelo dela puxando a cabeça para trás, a outra apertando o quadril enquanto bombava sem piedade, sentindo-a apertar em volta dele em ondas de prazer.

Ela gozou primeiro, o corpo convulsionando, os músculos internos contraindo como um riff apertado, molhando as coxas dele. Mas ele não parou, acelerando até o clímax, explodindo dentro dela com um rugido, o sêmen quente jorrando enquanto ele a segurava firme, os dois tremendo no aftermath selvagem. Caíram juntos no chão do estúdio, ofegantes, o ar pesado com o cheiro de sexo e música interrompida, o silêncio agora quebrado apenas pelas respirações exaustas.

Fim

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Diabo_6669 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Diabo_6669Diabo_6669Contos: 4Seguidores: 10Seguindo: 0Mensagem Escrevo por hobby. Sugestões e elogios são bem-vindos. :)

Comentários