Minha primeira noite na casa da Donna foi muito boa; transamos no banheiro, mas foi ligeiramente rápido. Depois do banho, ela me mostrou o resto do apartamento. Não era muito grande, mas para uma pessoa só, era maior do que o necessário. O apartamento era bonito e eu diria que era de alto padrão. Perguntei à Donna se era dela ou se pagava aluguel. Ela me disse que era dela, pois não teria condições de pagar aluguel em um lugar assim. Foi aí que descobri algo que até então não sabia.
Donna foi casada por 8 anos com uma advogada, mas era viúva há mais de 10 anos. Ela contou que sua ex-esposa faleceu em uma tentativa de assalto; um amigo que estava com ela tentou reagir e, infelizmente, os dois foram mortos pelos assaltantes. O apartamento foi herança da sua ex-esposa. Donna me contou que sua ex era cinco anos mais velha e que o apartamento foi um dos primeiros bens que ela comprou. Infelizmente, quando a carreira dela decolou, ela não aproveitou quase nada.
Donna herdou tudo: o carro, dinheiro e o apartamento. Porém, ela disse que trocaria tudo isso para ter sua ex de volta. Ela falou que sofreu muito, que demorou a voltar a viver sua vida como antes, mas graças à terapia e à ajuda dos amigos, conseguiu superar a perda. Eu sentia pena dela; dava para ver que ela ainda ficava triste com aquele assunto, então não fiz perguntas, apenas a ouvi e tentei consolar com palavras. Quando percebi uma brecha, mudei de assunto, já que o tema a deixava triste.
Ela comentou que sua família era de classe média baixa e que foi sua ex quem bancou seus estudos e arrumou seu estágio na galeria. A sorte dela foi conseguir uma vaga como curadora na galeria; caso contrário, teria que vender o apartamento para sobreviver até conseguir um trabalho que pagasse um salário decente.
Pelo que ela falou, já fazia mais de 10 anos que estava na galeria e parecia dever muito à dona de lá, a tal Valentina. Continuamos conversando, e ela quis saber mais sobre a época em que estudei em Paris. Resolvi contar com mais detalhes, inclusive sobre minha primeira vez com uma mulher, sobre Louise e o casal. Claro, não dei muitos detalhes, mas contei quase tudo. Quando mencionei que havia parado de estudar para voltar ao Brasil e ficar com minha mãe, ela ficou um pouco brava. Entendia que eu quisesse voltar, mas achava que nunca deveria ter largado os estudos. Perguntou se eu não pensava em voltar, e eu disse que provavelmente não. Quando ela perguntou o porquê, pensei rápido e disse que seria muito caro, que as universidades da região não eram boas para quem queria estudar arte. Fui inventando desculpas e, no final, pareceu que ela aceitou.
Nosso jantar chegou e jantamos juntas, continuando a conversa. Ela me contou onde estudou e os cursos que fez, mesmo depois de formada. Falou que seu salário não era grande, mas ela ganhava porcentagens nas obras que vendia, e isso ajudava a manter seu estilo de vida e guardar um pouco para emergências. Pelo que percebi do carro, das roupas e das joias que ela usava, era de fato uma boa grana.
Depois do jantar, decidimos assistir a um filme. Donna escolheu "The Four-Faced Liar", um romance lésbico leve e divertido. Depois, fomos para a cama, e percebi que ela notou que eu estava realmente cansada. Disse que era para eu dormir e descansar bastante, porque no sábado ela iria "judia de mim". Ri da brincadeira, pois sabia que provavelmente seria o contrário.
Dormimos abraçadas e, sinceramente, gostei de dormir assim, como um casalzinho. Até aquele momento, Donna me parecia uma pessoa legal. Estava curtindo passar tempo com ela, e como imaginei, ela não era nenhuma psicopata. Acordei no dia seguinte inteira, mas me assustei ao perceber que Donna não estava mais na cama. Achei que poderia estar no banheiro, mas, ao olhar meu celular para ver a hora, encontrei um bilhete dela debaixo dele.
No bilhete, ela dizia que tinha ido trabalhar e que não me chamou porque eu estava dormindo como um anjo e não quis me acordar. Também mencionava que eu ficasse à vontade e que voltaria na hora do almoço para almoçarmos juntas. Achei muito legal da parte dela confiar em deixar-me sozinha em seu apartamento. Porém, pensei que ela estava confiando demais em alguém que mal conhecia. A sorte dela é que eu realmente não tinha a intenção de fazer nada de errado. Talvez, por ela ter conhecido minha mãe e a Milene, isso tenha dado mais confiança a ela, assim como foi no meu caso.
Passei quase o dia todo na sala assistindo TV e mexendo no celular. Aproveitei para falar com minha mãe e com Milene. As duas iriam embora naquele dia mesmo e avisei que ficaria; depois, iria de ônibus ou pagaria um Uber para me levar até Santos. Também pesquisei sobre a tal Valentina e não foi difícil achar o nome completo dela e seu Instagram. Encontrei algumas reportagens e entrevistas, mas nada pessoal. Nas entrevistas, ela só falava sobre a galeria e sobre arte em geral. Era como se aceitasse dar entrevistas apenas para falar sobre seu trabalho, provavelmente já era combinado não fazer perguntas pessoais.
No Instagram, havia várias fotos dela com Donna, Alexia, Orlando, a garota que vi com ela. Também tinha várias com outras mulheres, provavelmente amigas ou funcionárias. Não tinha nenhuma foto que indicava que alguém era sua namorada, nem mesmo com a mulata que Donna disse que era namorada dela.
Também havia muitas fotos de arte de todos os tipos, incluindo várias das obras da Libélula, mas todas eu já conhecia. Não encontrei fotos de alguém da família, ou talvez houvesse, e eu não soubesse, já que ela nunca colocava legendas. Só sei que ela era uma mulher bonita, tinha algo que chamava a atenção, acho que seu olhar; mesmo nas fotos em que olhava diretamente para a câmera, o olhar parecia distante. Ou isso era só coisa da minha cabeça.
Nas entrevistas, Valentina deixava claro que não conhecia e nem sabia quem era a Libélula. Ela recebia os quadros através de uma empresa de entrega e, desde o início, quem entrou em contato com ela foi um advogado da Libélula. Todos os acordos ou contratos eram feitos em nome de uma empresa, e havia uma cláusula de sigilo; se ela revelasse o nome da empresa, teria que vender até a alma para pagar a multa. Mas ela jurava que nunca viu, e sequer sabia o nome da Libélula.
Parece que o mistério era grande mesmo e talvez Donna realmente não soubesse de nada. Valentina poderia estar falando a verdade e teve sorte de, um ano depois de abrir a galeria, uma pintora que iria se tornar famosa nos anos seguintes escolheu sua galeria para expor suas obras. Pelo estilo da galeria da Valentina, até fazia sentido que a Libélula a escolhesse.
Decidi desencanar disso; eu não iria descobrir nada investigando Valentina, até porque, se isso fosse possível, alguém já teria descoberto algo ou pelo menos teria alguma teoria com algum sentido nos fóruns que eu costumava ler, as sem sentido e sem provas tinham várias.
Donna me mandou uma mensagem às onze horas, dizendo que iria se atrasar um pouco, mas que já estava a caminho para ficar comigo o resto do dia. Respondi que estava tudo bem e que iria preparar um almoço para nós duas até ela chegar. Fiz o que pude; eu não era uma super cozinheira, mas não passava vergonha na cozinha. Desde pequena, aprendi a cozinhar com minha mãe ou com as empregadas da casa. Quando morei sozinha em Paris, aprimorei esses conhecimentos na prática, já que tinha que me virar sozinha.
Donna chegou já era mais de meio-dia, e a comida já estava esfriando. Almoçamos e ela elogiou meu tempero. Depois, ficamos de papo no sofá e ela me contou que demorou para vir almoçar porque preferiu deixar tudo arrumado na galeria para poder sair mais cedo e ficar comigo. Achei isso muito fofo da parte dela.
A gente já estávamos como namoradas, trocando beijos e carinhos o tempo todo. Depois de quase uma hora ali na sala, ela me chamou para irmos para o quarto. Disse que iria tomar um banho rápido, e eu falei que iria com ela. O banho realmente foi rápido; até estranhei ela não tentar nada e se esquivar de mim quando tentei.
Saímos do banho e, quando fui vestir uma calcinha, ela disse que não precisava, pois queria que eu ficasse na cama dela sem nada. Não discuti; fomos para a cama e ela pediu para eu me deitar. Assim fiz e ela já veio com a boca direto para os meus seios. Acho que ela realmente tinha gostado deles.
Ela ficou ali por um bom tempo, sua boca revezando entre um e outro. Ela sabia muito bem como usar aquela boca gostosa que tinha. Eu já estava com muito tesão com ela fazendo aquelas carícias deliciosas nos meus seios, eu já gemia de prazer. Para aumentar meu prazer, ela desceu com a boca pela minha barriga, até se encaixar entre minhas pernas. Ali, ela simplesmente me deixou louca de prazer; me chupou com uma vontade incrível. Eu me contorcia na cama, gemendo alto enquanto sua boca me devorava. Não sei quanto tempo durou, mas chegou um momento em que não aguentei mais de tanto prazer e tive um orgasmo muito intenso na sua boca.
Mas ela parecia realmente querer me matar de prazer e continuou me chupando com aquela boca deliciosa. Quando soltei meu primeiro gemido após o primeiro orgasmo, ela me penetrou com dois dedos, curvando-os como um gancho. Ela não teve dó de mim e começou um vai e vem frenético. Às vezes, diminuía o ritmo dos dedos e aumentava a intensidade da língua no meu clitóris, que estava sensível por causa do orgasmo anterior. Ela estimulava meu clitóris com sua língua e lábios, depois voltava à intensidade dos dedos dentro de mim. Eu já estava em desespero para gozar novamente, e depois de um tempo daquela tortura deliciosa, tive um orgasmo que quase me apagou. Foi um dos melhores da minha vida, mas quase me deixou sem fôlego.
Donna me deu um beijo e percebi que ela se levantou e saiu da cama. Nem consegui olhar para onde ela tinha ido, mas logo voltou com uma cinta com um pênis de silicone nas mãos. Ela me olhou meio vermelha de vergonha, ou por ter ficado sem ar no meio das minhas pernas. Sorri, e ela perguntou se eu sabia usar. Balancei a cabeça positivamente e fiz sinal com as mãos pedindo para ela esperar um tempo. Ela sorriu e começou a passar as mãos sobre os meus seios. Depois me disse que eles eram lindos e deu um beijo entre eles. Respirei fundo e agradeci. Levantei meu corpo com dificuldade e me sentei na cama. Peguei a cinta, passei pelas pernas e deitei novamente, levantando o tronco e á ajustando até a cintura. Eu já tinha certa prática com isso e logo prendi a cinta no meu corpo.
Torci para que ela viesse sentar no meu pênis de silicone, mas, como imaginei, ela já ficou de quatro na cama, toda arrebitada para mim. Não tinha jeito; tive que levantar, mesmo com o corpo ainda meio mole. Fui para trás dela, passando a cabeça do pênis na sua intimidade. Ela estava muito molhada, e eu sabia que ela não gostava de lubrificante, já que não trouxe nenhum. Encaixei a cabeça na entrada e dei um tapa na bunda dela. Ela gritou e forçou o corpo para trás até o pênis sumir dentro dela. Segurei seus cabelos e comecei a me movimentar atrás dela. Ela começou a rebolar e pediu para eu bater forte na sua bunda; obedeci e dei alguns tapas no seu bumbum.
Donna gemia, gritava e rebolava gostoso. Eu segurei seus cabelos com mais força e puxei. Ela não reclamou; pelo contrário, pediu para eu me mexer mais rápido, e assim fiz. Comecei a provocá-la e a xingá-la de safada, cachorra, vadia, e tudo que vinha à cabeça. Ela me chamava de gostosa e pedia mais. Aumentei a intensidade ao máximo que consegui e bati na bunda dela com toda a força. Ela já estava completamente descontrolada; não conseguia entender o que ela falava, então apenas continuei fazendo o que estava fazendo até sentir seu corpo tremer e ela gozar gostoso.
Tirei o pênis de dentro dela e comecei a passar a língua na sua intimidade por trás. Ela ainda tremia, sussurrando algo que não consegui entender. Depois de me deliciar com seu mel, deitei ao seu lado e fiz carinho nela. Percebi um sorriso se formando em seus lábios; com certeza, ela tinha gostado do que aconteceu.
Donna levou um tempinho para se recuperar, mas assim que o fez, jogou seu corpo em cima de mim e me beijou. Retribui o beijo e logo senti ela levantar um pouco o corpo. Olhei para baixo e vi que ela estava encaixando o pênis nela novamente. Ela soltou o corpo e vi ele sumir dentro dela; soltou um gemido gostoso e começou a se mover. Seus seios estavam ali balançando na minha frente, e eu levei minhas mãos para apertar seus mamilos. Ela gemeu mais alto. Tirei uma das mãos e dei um tapa em um dos seios; ela me olhou com uma cara de safada e pediu para eu bater mais forte, e assim fiz.
Ela continuou a cavalgar sobre mim, e eu continuei dando tapas nos seus seios, apertando seus mamilos e xingando-a. Donna tinha um fôlego de dar inveja e ficou assim por um bom tempo, mas, por fim, levou a mão entre suas pernas e começou a massagear seu clitóris até gozar gostoso novamente. Ela deixou seu corpo cair sobre o meu, e eu ouvia seus gemidos no meu ouvido. Seu corpo todo tremia, e ela continuava a movimentar a bunda em cima de mim. Logo seus gemidos sumiram, sua respiração ficou pesada e seu corpo parou de se mover. Eu só sentia alguns tremores leves, e aos poucos ela foi relaxando.
Quando Donna se recuperou, levantou o rosto e sua boca procurou a minha. Depois de um beijo muito gostoso, ela levantou o rosto, olhou nos meus olhos e disse que queria que eu viesse morar com ela. Eu não sabia o que responder, até porque a resposta poderia mudar completamente o curso da minha vida.
Continua…
Criação: Forrest_Gump
Revisão: Whisper
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