O resto da semana foi elétrico. Cada vez que eu via o Paulo na rua, ou ouvia a voz dele na igreja, eu tinha que segurar o riso.
O cara era o chifrudo oficial da congregação, e o negão aqui era o responsável.
Eu estava me sentindo o dono do mundo, comendo a mulher de 44 anos que, na minha mão, virava uma novinha faminta.
Mas no domingo, a vibe mudou.
Cheguei na igreja com a Sheila e o Vinícius, rindo como sempre. Meu olhar procurou a Jéssica no coral. Ela estava lá, mas não parecia a mesma.
Estava pálida, com olheiras. O sorriso que ela sempre me dava, aquele sorriso cúmplice e safado, não apareceu. Ela mal olhou na minha direção.
Paulo não estava ajudando o pastor. Ele estava sentado na primeira fileira, do lado dela. E ele não estava com a cara fechada de sempre. Ele estava com cara de ódio.
E ele estava olhando.
Ele não olhava para o pastor. Ele olhava para a congregação. Seus olhos passavam por todos, e pareciam parar em mim por um segundo a mais.
Meu pau, que geralmente ficava animado só de olhar pra ela, deu uma murchada. Gelei. Será que ele sabia? Impossível. A salinha estava escura, ninguém viu.
Mas aí eu lembrei. A camisinha. A porra da camisinha que eu deixei no quarto deles, será que ela jogou fora em algum lixo dentro de casa e ele viu ?
Minha arrogância. Eu, querendo marcar território.
"Luan, cê tá bem? Parece que viu fantasma," Vinícius sussurrou do meu lado.
"Tô de boa, mano. Só dor de cabeça," menti.
O culto inteiro foi uma tortura. Jéssica não cantou, só mexeu os lábios. Paulo ficou o tempo todo com a mão na coxa dela, apertando. Não era um toque de carinho. Era um toque de posse, de ameaça.
Quando a reunião acabou, o inferno começou.
Normalmente, eles ficavam para conversar. Hoje, não. Assim que o pastor Edson disse "amém", o Paulo puxou a Jéssica pelo braço com uma força que fez ela tropeçar.
"Vamos embora. Agora." A voz dele foi um trovão baixo.
Todo mundo parou e olhou. O pastor Edson franziu a testa.
"Algum problema, irmão Paulo?"
"Nenhum, pastor. Só a minha esposa que não está se sentindo bem. Precisa descansar," ele disse, e arrastou ela para fora da igreja.
Jéssica olhou para trás por um único segundo. O olhar dela encontrou o meu. Não tinha tesão. Tinha pânico.
Fiquei ali, parado, vendo o otário arrastar a minha putinha para o carro. Eu estava fervendo. Fervendo de raiva por ele, e fervendo de tesão pela situação. O jogo tinha ficado perigoso. E perigo era meu nome do meio.
Passei o resto do domingo e a segunda-feira numa pilha de nervos. Mandei mensagem para o número dela. Visualizou e não respondeu. Mandei outra. Nada.
Na terça-feira à tarde, eu estava na academia, malhando com ódio, pensando em como eu ia pegar ela de novo, quando meu celular vibrou. Era ela.
"Ele sabe. Ele achou. Ele me bateu, Luan. Ele quebrou meu celular. Tô falando do tablet do meu sobrinho. Ele me trancou em casa. Disse que se eu sair, ele me mata e mata 'o desgraçado'."
Meu sangue ferveu. O covarde bateu nela.
Digitei rápido: "Onde você tá? Eu vou te tirar daí."
"Não! Você não pode vir aqui. Ele tá louco. Mas ele vai pra vigília da igreja hoje à noite. A 'Vigília dos Homens de Honra'. Que piada. Ele sai às oito. Me encontra às oito e vinte. No mesmo motel. Quarto 22."
Ela não estava com medo. Ela estava com raiva. E ela queria vingança. Ela não queria ser salva. Ela queria ser fodida.
"Como você vai sair?"
"Eu vou pular a janela. Foda-se. Leva dinheiro. Ele pegou minha bolsa. Oito e vinte. Não se atrasa, Luan. Eu preciso de você. Eu preciso da sua rola."
Caralho. A mulher tinha apanhado, estava trancada, e a única coisa que ela queria era meu pau. Essa era a minha garota.
Às 20:15 eu estava na porta do motel. O mesmo da primeira vez. Paguei as duas horas e fui direto para o quarto 22. Destranquei a porta e entrei.
Ela já estava lá.
Estava sentada na cama, usando só um vestido de algodão simples. Quando me viu, ela levantou. O rosto dela estava marcado. O canto do lábio estava cortado e um lado do rosto estava inchado, começando a ficar roxo.
Senti um ódio que nunca tinha sentido.
"Aquele filho da puta..." eu comecei.
Ela colocou o dedo nos meus lábios. "Não fala nele. Não aqui."
Os olhos dela estavam cheios de lágrimas, mas não de tristeza. Era raiva. Era desejo.
Ela não me deu tempo de falar mais nada. Ela se jogou nos meus braços e me beijou com uma violência que me surpreendeu. Um beijo com gosto de sangue e desespero. Ela rasgou minha camisa, arranhando meu peito.
"Eu quero que você me foda, Luan," ela disse, a voz rouca, me empurrando para a cama. "Eu quero que você me foda com tanto ódio que eu esqueça o meu nome. Me fode como aquele covarde nunca sonhou em foder!"
Ela subiu em cima de mim, já tirando minha calça. O tesão era tanto que eu mal conseguia respirar. Ela era uma leoa ferida, e eu era a presa que ela escolheu.
Ela pegou meu pau, já duro como um poste, e olhou para ele com admiração, mesmo com o rosto machucado.
"É isso que ele teme," ela sussurrou. "Ele sabe que não pode competir com isso."
"Vou te mostrar do que ele tem medo, minha deusa," eu disse, virando ela na cama.
Coloquei a camisinha. Ela se pôs de quatro, me oferecendo aquela bunda que era minha propriedade.
"Me bate, Luan. Me bate como ele bateu. Mas me bate com tesão!"
Eu dei um tapa forte na nádega dela. A marca vermelha apareceu na pele branca. Ela gemeu alto, um gemido gutural.
"Mais!"
Dei outro. E outro. A bunda dela estava vermelha, latejando.
"Agora me come!"
Segurei na cintura dela e enfiei minha rola com tudo. Ela gritou, um grito abafado no travesseiro. Foi a buceta mais apertada, mais molhada, mais desesperada que eu já senti. Ela estava se vingando dele através de mim.
Comecei a foder ela com força total. Cada estocada era um xingamento contra o Paulo. Eu fodia ela pela surra, pela humilhação, pelo culto, por tudo. Ela rebolava de volta, cavalgando minha rola preta com uma fúria que me deixava louco.
"Isso, meu negão! Me arrebenta! Me quebra! Mostra quem manda! Fode a puta do crente!"
Ela gritava sem parar. O quarto do motel ecoava com os nossos gemidos e o som da minha pele batendo na dela. Eu a virei de frente, joguei as pernas dela nos meus ombros e continuei o massacre. Eu via o rosto dela, marcado, os olhos fechados em êxtase, a boca cortada aberta, ofegante.
Eu estava quase lá. O tesão do perigo, da vingança, era demais.
"Vira de bunda, rápido! Eu quero gozar na sua buceta, com você de quatro!" eu rosnei.
Ela obedeceu na hora. Aquela bunda gostosa de quatro, que eu já conhecia estava lá, me esperando. Sem pensar duas vezes, arranquei a camisinha e joguei longe. Foda-se. Eu ia marcar ela por dentro.
Enfiei na bucetinha dela no seco. Ela deu um grito agudo de dor e prazer.
"Aiii! Luan! Sim! Sem camisinha! Me enche de porra! Me dá leite, meu negão! Foda-se aquele otário!"
Ouvir aquilo foi o meu limite. Comecei a socar na bucetinha dela com uma velocidade absurda, segurando nos cabelos dela, vendo os peitões balançarem.
"Toma, sua vagabunda! Toma a porra do seu amante! É isso que você queria?"
"Sim! Sim! Goza, Luan! Goza dentro de mim!"
Com um rugido, eu explodi dentro dela. Gozei fundo, gozei muito, sentindo meu pau pulsar dentro da buceta apertada da mulher do crente, enquanto ela tremia e gritava, gozando junto comigo.
Caí por cima dela, exausto, suado, pingando no corpo dela.
Ficamos ali, no silêncio do quarto de motel, ouvindo só as nossas respirações. O cheiro de sexo, suor e pecado era o melhor perfume do mundo.
Ela se virou para mim, o rosto machucado agora brilhando de suor e prazer.
"Ele vai me matar quando eu voltar," ela disse, calma.
"Você não vai voltar," eu falei, limpando o sangue seco do lábio dela com o polegar.
Ela sorriu, um sorriso que era puro diabo.
"Claro que eu vou. Mas agora, Luan, o jogo mudou. Eu não sou mais a vítima dele. E ele vai descobrir, do pior jeito, quem é o homem que realmente fode a mulher dele.”
O cheiro da minha porra e do suor dela estava em toda parte. Ficamos ali, naquele silêncio sujo e delicioso, por uns cinco minutos. Mas o relógio na parede do motel era um carrasco. A vigília do Paulo não ia durar a noite toda.
"Jéssica... você tem que ir," eu disse, a voz mais rouca que o normal.
Ela se levantou da cama. Nua. O corpo dela, que eu já tinha decorado, estava marcado. As marcas dos meus tapas na bunda, misturadas com o roxo que o Paulo tinha deixado no rosto dela. Era a imagem mais profana e excitante que eu já tinha visto. Ela era uma tela de guerra, e eu tinha pintado por cima da obra daquele otário.
Ela foi ao banheiro.
Ouvi a água do chuveiro. Eu queria ir lá, foder ela debaixo da água quente, mas não tínhamos tempo.
Ela saiu enrolada na toalha, secando o cabelo. O rosto inchado parecia doer, mas ela se movia com uma calma assustadora.
"Me dá meu vestido," ela disse, apontando.
Enquanto ela se vestia, eu me arrumei. Coloquei minha calça, sentindo meu pau latejar, cansado, dentro da cueca.
"Como você vai entrar em casa?" perguntei, entregando o capacete extra que eu tinha trazido.
"Do mesmo jeito que eu saí. Pela janela do banheiro," ela disse, com um sorriso mínimo que fez o lábio cortado repuxar. "Ele trancou a porta do quarto por fora, mas acha que eu sou burra. A janela do banheiro é velha."
No caminho de volta, na moto, ela me abraçou com força. Eu sentia os seios dela, livres debaixo do vestido, esmagados contra as minhas costas.
Eu pilotava rápido, cortando as ruas escuras, com a adrenalina a mil. Eu não era só o amante. Eu era o cúmplice, o motorista de fuga do pecado.
Parei a moto duas ruas antes da casa dela, num beco escuro.
"É aqui," eu disse.
Ela desceu. Tirou o capacete e me olhou. A luz fraca do poste batia no rosto dela.
"Luan," ela disse, a voz séria. "O que fizemos hoje... a minha vingança está só começando. E você é minha arma."
"Eu sou o que você quiser, minha deusa," eu respondi, puxando ela para um último beijo. Um beijo com gosto de perigo.
"Me manda mensagem assim que estiver segura," eu pedi.
"Eu vou mandar. Agora vai."
Eu vi ela sumir na escuridão, andando rápido, como uma sombra.
Dei a partida na moto e saí cantando pneu, meu coração batendo mais forte que o motor.
Passei as horas seguintes num inferno particular. Cada minuto que o celular ficava em silêncio era uma tortura. E se ele chegou mais cedo? E se ele estava esperando por ela, escondido no escuro? E se ele a pegou voltando? A imagem dele batendo nela de novo, mas dessa vez com mais ódio, me fez socar o travesseiro.
Eu não dormi. Fiquei olhando o celular até as quatro da manhã, quando finalmente vibrou. Era um número novo.
"Consegui."
Só isso. Respirei aliviado.
"Ele te pegou?" digitei.
A resposta demorou.
"Ele estava em casa. Me esperando na sala. A vigília acabou mais cedo."
Meu sangue gelou. "O que aconteceu? Ele te machucou?"
"Ele perguntou onde eu estava. A janela do banheiro estava aberta. Ele sabia que eu tinha saído."
"Jéssica, me fala!"
"Eu disse que fui andar. Rezar na praça. Ele riu. Ele me cheirou, Luan. Como um animal. Ele disse que sentia o cheiro de 'pecado' em mim."
Eu podia imaginar a cena. O otário, com aquele ar de santo, fungando a mulher que eu tinha acabado de encher de porra.
"E então," ela continuou, "ele me deu um tapa. Forte. No mesmo lugar de antes."
"Filho da puta! Eu vou quebrar ele!" digitei, pulando da cama.
"Não," ela respondeu. "Calma. Foi aí que o jogo mudou, meu negão. Exatamente como eu te disse."
"O que você fez?"
"Eu não chorei. Eu não gritei. Eu olhei bem dentro dos olhos dele, Luan. E eu ri. Eu gargalhei na cara dele."
Caralho.
"Ele parou. Ele ficou branco. Ele nunca tinha me visto rir da dor.
Ele perguntou se eu estava possuída pelo demônio. E eu disse: 'Se eu estou, Paulo, foi você quem abriu a porta para ele entrar'."
Eu estava duro. Completamente duro, lendo aquelas mensagens. Aquela mulher era fogo puro.
"Ele ficou sem reação. Ele me agarrou pelo braço e me jogou no quarto, me trancou de novo. Mas eu ouvi ele chorando na sala, Luan. Chorando e orando alto, pedindo pra Deus 'expulsar o mal' da casa dele. Ele está com medo. Pela primeira vez, ele está com medo de mim."
Eu ri. Eu ri alto, sozinho no meu quarto. A "camarão" tinha virado piranha. E era minha.
"Você é foda, Jéssica. Foda."
"Nós somos, Luan. E domingo... ah, domingo vai ser o melhor culto da vida dele."
"O que você vai fazer?"
"Eu vou cantar. Vou cantar o louvor mais alto de todos. Vou usar minha melhor roupa. E quero que você sente no segundo banco. Onde eu possa ver seu rosto, e onde ele possa ver você me olhando."
O plano dela era doentio. E perfeito.
"Estou dentro," respondi. "Mas Jéssica... e a minha porra? Dentro de você? E se..."
A resposta dela veio rápida, como um tiro.
"E se eu engravidar, meu negão? Eu vou dizer que foi um milagre.
Quero ver o pastor Edson explicar o 'filho da promessa' nascer negro na família do obreiro Paulo."
Eu congelei. E então, comecei a rir como um louco. Essa mulher ia ser a ruína daquela igreja. E eu ia ser o diabo que sentava na primeira fila para assistir.