Eu sou Ricardo. O ar na minha sala de estar estava espesso, não com o calor da lareira apagada, mas com a tensão e o domínio. Victor, o Dominador Feroz, estava relaxado na minha poltrona de couro – a minha poltrona –, e a visão de sua presença Alpha me reduzia a um objeto insignificante. Lúcia estava de joelhos, o robe de seda aberto, revelando a pele quente e ansiosa.
O silêncio era a primeira tortura. Victor não falava, apenas me olhava. Eu sabia que, se ele não estivesse aqui, eu estaria dominando Lúcia, mas o pensamento me parecia infantil, patético. Eu precisava dele. Eu precisava ser o zero para que ele fosse o tudo.
Victor finalmente estendeu o pé e me tocou com a ponta do sapato lustroso. Uma ordem silenciosa para que eu me aproximasse.
— Você está demorando para aproveitar o espetáculo, Ricardo. Não me faça pensar que você está entediado. — A voz de Victor, baixa e rouca, era um chicote verbal.
Eu rastejei. O ranger do meu joelho no tapete era o som da minha rendição. Eu parei aos pés dele, o olhar fixo no pau imponente que Lúcia agora babava. O movimento de sua cabeça era faminto, desesperado.
— Lúcia, olhe para a sua decepção. — Victor ordenou, pegando a cabeça dela. — Você sabe quem te faz gozar. Diga a ele que ele é um peso morto.
Lúcia obedeceu, os olhos úmidos de prazer e devoção a Victor. — Você é um... peso morto, Ricardo. Ele é a força que eu preciso.
A humilhação me atingiu como um choque elétrico, e o gozo cuckold inundou meu corpo. Eu precisava daquela validação de inferioridade.
Victor a puxou para o seu colo, a transição de um boquete para a penetração era instantânea e brutal. A rola dele cravou na vagina de Lúcia, fazendo um som seco e gutural que ecoou na sala. Lúcia soltou um grito abafado de satisfação.
O ritmo começou lento, mas firme. Victor a olhava nos olhos enquanto a penetrava.
— Você vai participar ativamente, Ricardo. Você vai segurar as coxas da sua esposa. Se você vacilar, eu paro. E a punição dela será a sua frustração.
Eu me posicionei. Minhas mãos, trêmulas, agarraram as coxas de Lúcia. Eu estava segurando o objeto da dominação dele. Eu sentia cada contração, cada estocada, através do tecido da pele dela. Eu era o suporte, o voyeur tátil.
Victor acelerou, e o corpo de Lúcia começou a bater ritmicamente em seu quadril. Eu era o único a garantir que ela ficasse firme para a penetração. Minhas mãos se apertaram, mas não por ciúmes. Era um esforço desesperado para provar que eu era útil para o prazer dele.
— Forte, Lúcia! Diga ao seu marido que ele não tem força para aguentar esse ritmo! Diga que o meu pau é mais fundo!
Lúcia estava em colapso de prazer e submissão. — Mais fundo, Victor! Mais fundo!
Eu segurava o corpo dela, sentindo as minhas mãos ficando molhadas com o suor de sua excitação. Eu vi Victor apertar os olhos, a mandíbula travada. O clímax estava chegando. Eu sabia que seria a minha maior humilhação.
Ele gozou forte, jorrando seu sêmen no fundo dela com um gemido potente. O corpo de Lúcia convulsionou em meu aperto.
Victor a retirou, me olhando com o ar de um conquistador.
— O show acabou, Ricardo. Você ainda não acabou.
Eu sabia o que vinha.
Victor com o dedo, apontou para o colo de Lúcia.
— Você vai limpar cada gota da minha prova de posse. E depois, você vai me servir.
Eu me levantei, peguei um lenço de papel e limpei o líquido que escorria da vagina de Lúcia. O cheiro da mistura de prazer e sêmen era intenso, e eu lambi meus lábios, sentindo a degradação total.
Eu a vesti, abotoei seu robe. Lúcia me olhou com indiferença, pois eu era apenas o seu servo.
Eu me virei para Victor. Eu tirei meus próprios sapatos, me ajoelhei e comecei a polir o sapato dele, passando a mão de seda e couro. Eu era o objeto de serviço final.
Victor se levantou. — Agora, saia. Eu quero ficar sozinho na sua casa por uma hora. Eu vou desfrutar do silêncio que você não me deu.
Eu me curvei. — Obrigado, Victor. Obrigado por nos usar.
Eu saí da minha própria sala de estar, sentindo a calcinha de Lúcia no bolso e a humilhação quente em minha pele. Eu era um Cuckold. E o prazer de ser o zero, o servo, era a única coisa que me fazia sentir vivo.