YKARO 12
Desde que comecei a trabalhar no bar as segundas se tornaram meus dias mais chatos, por ser folga e eu ter que ficar em casa sozinho sem fazer nada — não falo mais com meus antigos amigos para não correr o risco de alguém acabar contando para minha ex onde eu estou — então toda segunda era igual, em casa dormindo ou fazendo alguma tarefa de casa. Entretanto me pego agora agradecendo por hoje ser segunda.
Stella está firme com Luan e eu não estou tão de boas com isso como achei que estaria — além de ter um clima muito estranho entre mim e o atual namorado dela — ela tem falado muito sobre o ele e o quanto está feliz que agora Luan finalmente resolver tomar uma atitude, enfim acho que um tempo é a melhor opção para mim, então hoje o plano é ficar em casa e dormir e fazer algumas tarefas domésticas.
Adriano saiu cedo hoje, devia está ansioso para ver o boy dele, parece que eles trabalham juntos — pela minha experiência onde se vende o pão não se come a carne. — Bom, meu plano era dormir a manhã toda, porém meus sonhos andam tão estranhos que não consegui continuar dormindo, acabei antecipando a parte do trabalho, arrumando meu quarto, pondo a roupa na máquina e preparando meu almoço.
“Vamos sair hoje, quero que vocês conheçam o Nathan!” — Acabei de receber essa mensagem do Adriano e acho que provavelmente ele mandou errado.
“O pessoal marcou para às sete então se você puder aparecer vai ser legal o Nathan conhecer a pessoa com quem eu divido meu teto. — A segunda mensagem confirma que era para mim sim.
Acho melhor não ir, tipo vai ser outra vez saindo com Stella e Luan, até porque pelo que eu entendi com a parte do quero que “vocês” conheçam ele, ou seja todos os amigos do Adriano, isso inclui o Luan que automaticamente chama a Stella. Não vou, está decidido, me parece mais um lance de amigos e não sou muito bem da turma deles mesmo. Só que a última parte da mensagem me pegou, tipo Adriano claramente quer uma chance de virar meu amigo e nos damos bem em casa até, ele pode ficar meio puto comigo se não for.
— Droga, Ykaro! — Porra! Odeio falar sozinho e odeio mais ainda que falar sozinho me ajuda a manter a cabeça no lugar.
Preciso me distrair, estou a tanto tempo seguindo uma rotina certinha e sem me permitir muita coisa, acho que a paranoia que a minha ex me deixou me afetou bem mais do que eu pude perceber. E não vai ser nenhuma loucura que eu não já não tenha feito, tipo transar com Helena ontem fez com que a outra coisa saísse mais da minha cabeça — só que rolou aquele, enfim rolou de novo.
— Olá, que surpresa boa! — Ela tinha certeza que eu ligaria.
— E aí, está ocupada?
— Só estava indo almoçar com umas amigas, mas nada de muito interessante, por que?
— Ah, deu saudades — nem preciso vê-la para saber que está sorrindo.
— Então vamos matar essa saudade, vou te mandar um endereço — por um segundo me sinto de volta aqueles tempos — te encontro lá em vinte minutos, chegar pela a chave com o porteiro, ele vai está avisado.
— É, eu ainda lembro como era o nosso esquema — digo.
— Ótimo! Até já meu bem — sinto que não é uma boa ideia, mas foda-se, preciso disso.
Tomei um banho, passei o meu melhor perfume — um dos últimos que me sobraram daquele tempo — visto uma cueca preta boxer, uma calça jeans azul clara com uma camisa de linho branca, para fechar um sapatênis. É louco, pensar que estou me arrumando para sair com Helena de novo, pensei que nunca mais faria isso de novo, mas dessa vez ela não é uma cliente, só uma amiga com quem pretendo foder a tarde toda.
O endereço que ela me passou é de um loft tipo o que eu morava antes, ela deve ter pego de airbnb. Mulheres casadas com caras ricos não costumam trair em moteis, elas preferem lofts ou quartos de hotel — pelo menos essa era a preferência das minhas clientes. — Como Helena me falou na portaria, o porteiro me entregou a chave e orientou qual era o andar e o número do apartamento. Ela já está no quarto quando entro, sentada no sofá linda como sempre, em sua mão sua já conhecia taça de vinho para esquentar.
— Poxa, e eu achando que não era possível sentir mais tesão por você! — Ela diz assim que me ver.
— E ai! Você sabia que eu ia te ligar?
— Não, mas tenho que ser sincera e dizer que torci muito para que me ligasse.
— Certo que bom que nós dois queremos então!
— Eu sempre quis meu bem, você é quem sumiu, mas agora não importa mais, vem cá, quero ser tratada como uma vagabunda do jeito que só você sabe como é.
Eu já tinha esquecido como é bom tomar banho de banheira, caralho, bom de mais. Helena tem um fogo que novinha nenhuma tem, transamos a tarde toda e ela não deu um sinal de querer parar até de fato os dois estarem completamente esgotados, acho que no fundo ela sabe que posso não querer de novo porque está querendo fugir do passado, então compensou até onde deu.
— No que você está pensando? — Entre minhas pernas ela se aninha no meu peito dentro do banheiro só relaxando também.
— Tava pensando sobre o passado.
— Sentindo falta da boa vida, né?
— Mais ou menos, tipo eu gosto da minha vida nova — não estou mentindo, porém existe uma grande lacuna entre meu passado e meu presente no quesito estilo de vida.
— Meu bem, quero o melhor para você, você sabe né?
— Sei, mas — sua boca cola na minha para evitar que eu terminei minha frase.
— Não seja tão orgulhoso Ykaro, você tem o dom, consegue se conectar comigo de uma forma absurda, não estou mentindo quando digo que você me faz gozar e olhe que hoje em dia está mais difícil alguém conseguir.
— Eu só faço o que você gosta — não é falsa modéstia, é que meu objetivo com minhas parceiras é dar prazer, mesmo que eu não goze também, só de saber que fiz elas terem seus orgasmos para mim é satisfatório.
— É justamente aí que você se diferencia de todos os homens com quem dormi, mesmo pagando Ykaro nunca achei alguém que se concentrasse em mim como você faz, por isso te contarei para ser o primeiro da minha filha, assim ela teria um ótimo parâmetro na hora de escolher um marido — não consigo segurar a risada, ainda é muito estranho uma mãe contratando um michê para filha — que foi?
— Nada é só que você também é uma pessoa muito única.
Quando achei que não ia ter mais, damos mais duas: uma na banheira e outra no chuveiro. Helena está se arrumando com as pernas bandas, mas um sorriso no rosto que só eu consigo provocar. Mais uma cliente satisfeita pensei, Helena não é minha cliente, eu não faço mais isso, como ela já está quase totalmente arrumada — só retocando sua maquiagem — me visto para sairmos juntos, quando pego meu celular a primeira coisa que vejo é uma notificação do bando, um pix de quinhentos reais que ela acabou de me fazer.
— Porra Helena!
— Meu bem escuta, não estou pagando pelo programa, até porque pelo que me lembro sua hora é mais cara que isso.
— Não quero seu dinheiro, Helena — não vou voltar a ser michê por dinheiro nenhum!
— Ei ei ei, você já sabe que o dinheiro não é meu é do Corninho, meu trabalho é só gastá-lô — ela sabe como me fazer rir e assim me desarmar — não é um pagamento eu juro.
— Então é o que? — Cruzo os braços para pelo menos tentar parecer não ceder a sua piadinha.
— Meu bem, você é lindo, esforçado e muito inteligente, mas não precisa ser burro também né, isso é uma ajuda, uma forma de te compensar por meio que ter atrapalhado sua vida e seus planos.
— Você não teve culpa.
— Ykaro, fui eu quem te ajudei a entrar nesse mundo, ganhei muito dinheiro com você também não é justo que você não possa colher os louros do seu tempo de serviço e como meu antigo funcionário estava te devendo a suas contas.
— Helena.
— Eu sei é pouco, vou te dar mais, isso é só para você comprar uma roupinha nova, ou quem sabe fazer algo legal com seus amigos, ostentar um pouco como você fazia antes, não sente falta Ykaro, de tomar bebidas boas e andar em lugares legais?
Ela tem razão, a parte difícil de ter parado com os programas foi a falta da boa vida que essa passado me proporcionou, tipo em pouco tempo eu comprei um moto, mudei todo o meu estilo de me vestir, os lugares que eu frequentava, enfim, não foi uma vida de perdas, entretanto o custo foi alto e no fim me fodi muito quando minha ex começou a me caçar e atrapalhar minha vida com o corno do marido dela.
— Eu não vou voltar a ser michê, você não pode me comprar Helena — minha postura e voz refletem minha posição irredutível e ela parece se convencer.
— Tudo bem, mas fica com o dinheiro, até porque você sabe que isso ai não é nem o que eu gasto com salão.
Tá, mas não faz mais isso sem falar comigo antes tá bom? — Agora ela me encara com surpresa.
— Quer dizer que vou te ver de novo?
— Eu curto transar com você, mas quero que nosso lance seja coisa de amigo e não profissional.
— Eu topo, mas é bom que você saiba que eu apresentei meus amigos.
— Você é impossível!
Quando ela começa a me beijar não consigo mais continuar sendo marrento, eu ainda sinto que isso não é a escolha mais inteligente, porém quero tentar, afinal dessa vez não vai ter outras pessoas nessa equação e eu sei lidar com Helena, ela é inteligente e prática, não tem perigo do emocional falar mais alto aqui, assim eu esqueço a Stella e fico de boas com o namordo dela.
Adriano marcou o rolê às sete, já são quase seis, com o trânsito que vou pegar cruzando a cidade mesmo de moto vou chegar lá quase nesse horário. Ainda acho que não deveria ir, porém hoje estou fazendo tudo contrário do que minha intuição está falando mesmo. Já estou arrumado também, tipo estou com a mesma roupa, mas não suei usando ela né e também tomei um banho, vai dar certo.
Acho que nunca fiquei nervoso para ir em uma burgueria, foda me sentir assim, com ciumes, não é um sentimento que conheço então tudo que estou sentindo é meio que novidade, acho uma merda ter ciumes da Stella, mas aconteceu, pelo menos estou tentando lidar com isso do meu jeito e meio que passar a tarde toda transando ajudou um pouco, isso até eu vê eles juntos, dái não faço ideia de como vou me sentir.
Olho no relógio para ver se me atrasei, mas não, pelo contrário cheguei com meia hora de antecedência — engraçado que se eu quisesse chegar antes teria atrasado certeza — dou uma olhada e como pensei ninguém chegou ainda. Dou só uma conferida no endereço, para ter certeza de que estou no lugar certo e sim estou. Bem, só me resta esperar, prendo o capacete na moto, mas quando me viro dou de cara com Luan chegando sozinho.
Puta que pariu! Luan está lindo — eu posso dizer que um cara é lindo? — Ele usa uma blusa pólo de manga curta marrom e tipo o tecido parece — tricô ou algo do tipo — a gola no estilo madarim — parece aquelas golas de padre — com alguns botões, uns quatro por ai, a camisa está de pano passado na calça chino bege claro. Sério já tinha visto ele no bar, mas nunca tinha de fato reparado nesse cara.
Sua masculinidade e confiança exala uma beleza diferente, ele chama atenção assim que põe os pés na frente do estabelecimento e não só por está muito bem vestido, mas por sua altura e sua pele preta, todo o conjunto fazem de Luan o cara mais bonito ali sem nenhuma dúvida, quando me vê seu sorriso discreto faz algo dentro de mim balançar — não pode acontecer de novo!
— Oi Ykaro — seu cheiro é familiar, em poucos segundos cheguei a conclusão de que Luan está usando o mesmo perfume que eu.
— Esse é o duzentos e quatorze?
— O que? — fui meio idiota de perguntar sobre o perfume, mas por sorte ele não entendeu.
— Deixa para lá.
— Ah sim, o perfume né, sim, minha mãe comprou para mim — ele responde sem jeito — você também está usando ele, né?
— Sim — que raios de conversa é essa.
— Massa, eu vi que você tinha ele no banheiro — a última vez que Luan esteve no meu banheiro nos pegamos e só de lembrar sinto um calor percorrer o corpo todo.
— Pois é, mas ele já está acabando.
— Ele é muito bom, o meu já tava com tempo que não usava ai eu — ele para a frase no meio como se tivesse acabado de lembrar de algo — enfim né, cadê todo mundo?
— Não sei, acho que chegamos cedo — aproveito seu gancho para sair do assunto de perfume que nem deveria ter puxado para começo de conversa.
— E a Stella, pensei que vocês iam vir juntos?
— Pois é, ela já tinha uns planos.
— Vai encontrar com ela depois daqui? — O que estou fazendo, por que quero saber?
— Não, eu vou dormir no Adriano hoje — e do nada parece que o assunto morreu e não temos mais nada para conversar.
Pegamos uma mesa, ficamos ambos em silêncio, cada um olhando para o cardápio por mais tempo do que seria normal olhar sem falar nada. É ridículo não poder conversar com ele, não vou conseguir fugir do Luan e sinceramente estou dando importância demais para o que rolou, tipo foi só um lance sem importância, uma brotheragem, quem nunca fez né? Ele também parece pensar assim, no fim estamos tornando as coisas um pouco mais complicadas do que elas são.
— Acho que vou pedir o premium, tive uma tarde muito agitada deu fome agora — não sei porque deixei entendido que fiz sexo hoje, mas enfim ele me lança um meio sorriso e responde.
— Vou nessa também.
— Também teve uma tarde agitada? — Sério qual é meu problema?
— No trabalho, segunda-feira é sempre o dia dos velhos irem ao banco.
— Adriano comentou que você trabalha no banco, mas não me falou o que você faz lá — do nada a conversa com ele fica leve, fácil.
— Eu sou assistente do gerente, fui promovido recentemente.
— Nossa, isso parece importante — para alguém como eu que nem terminou o ensino médio chegar a trabalhar em um banco é impossível.
— Valeu é bem puxado, mas eu até que gosto — Luan falando sobre seu trabalho me lembra a mim mesmo falando sobre meu ofício de barman.
— Você gosta mesmo dessas burocracias né?
— Pra caralho, eu sempre curti números e desafios, sou formado em contabilidade e estou fazendo pós em economia.
— Onde você arruma tempo para tudo isso?
— Cara é difícil, a pós é EAD então eu separo uns dois dias da semana para fazer todas as atividades, às vezes três quando tem muita coisa.
— A pós é para te ajudar a subir na carreira, imagino? — Luan abre um sorriso largo pela primeira vez.
— Isso, você é a primeira pessoa que entendi isso de primeira.
— Oxé, é meio óbvio não?
— Até é eu acho, mas é que todo mundo diz que eu estou fazendo isso só porque sou doido mesmo — não conheço muito bem o Caio, mas acredito que é dele que estamos falando — e você sempre quis ser barman?
— Na real não — ele tinha tudo para ser um cara esnobe, mas sinto que de alguma forma para ele ser barman é tão legal quanto trabalhar em um banco.
— E o que te levou para essa vida?
— Eu larguei os estudos no ensino médio, depois fui expulso de casa, ai um amigo me arrumou um trampo em um restaurante, comecei limpando as mesas e com o tempo passei a servir bebidas — é a primeira vez que conto minha história para alguém em muito tempo, nem a Stella sabe de todos os detalhes.
— Nossa que barra mano, mas você nunca pensou em concluir os estudos e sei lá fazer uma faculdade para se especializar ainda mais na sua área?
— Já, mas é que como barman eu comecei a faturar uma grana boa então fui adiando até simplesmente desistir.
— Entendi.
— Normalmente as pessoas me julgam um pouco por ter parado de estudar — do nada estou me abrindo com um cara que eu nem queria conhecer.
— Que merda mano, isso é tão imbecil tipo, você teve suas razões.
— Pois é, mas nem todo mundo vê dessa forma, mas posso te perguntar, porque você não diz a sua mãe que não quer mais ser cristão? — Luan parece surpreso, mas antes que eu possa me retratar por ter tido alguma merda ele se antecipa.
— Cara eu acho que eu não quero deixar de ser um critão, só que.
— É difícil amar o Deus que eles pregam.
— Verdade, você já foi criado por pais evangélicos — Luan não para de se surpreender comigo e de certa forma isso é legal.
— Sim, durante toda a adolescência.
— E porque você não frequentava a igreja, lembro que você me disse que nunca tinha feito parte?
— Na época eu tinha uma amiga da rua que frequentava a igreja, a gente era bem próximo tanto que minha mãe achava que a gente ia casar, mas aí ela se assumiu lesbica e foi rechaçada — mais uma vez estou contando algo para ele que nunca contei a ninguém.
— Minha mãe é quase uma pastora, a fé dela é tão grande que às vezes é sufocante, tenho vontade de não pisar mais na igreja, mas se falto ao culto no domingo eu meio que sinto falta, vai ver só estou acostumado demais.
— Olha Luan, Deus é muito grande e o amor dele também mano, tipo eu creci ouvindo meu pai pregar, mesmo não fazendo parte daquilo não posso dizer que não peguei um ou outro ensinamento, afinal.
— Sei como é — ele está leve, aberto, só agora acho que comecei a ver o que os outros tanto falam, um cara grande, bonito e legal para caralho.
— Luan eu nunca — se eu não falar agora vou ficar com isso na cabeça por muito tempo e não acho que vou conseguir só fingir que não aconteceu.
— Eu também não — sou pegou totalmente de surpresa, é quase como se ele também estivesse só esperando uma deixa para entrar no assunto.
— Cara é normal, não fizemos nada de errado — digo mais para mim do que para ele.
— Eu tenho a Stella e isso é.
— Eu sei, não foi legal com ela — minha boca está dizendo não e a dele também, porém sinto uma sintonia rolando entre nós, tipo sem perceber um está meio que terminando as frases do outro, é uma sintonia bizarra, quase como se eu pudesse ler a mente dele e ele a minha.
— Não podemos mais fazer isso — ele diz também parecendo falar mais para si do que para mim.
— Não, mas.
— Eu também, só penso nisso — sinto um alívio ao vê-lo confessar.
— Você pensa, eu durmo sonhando com você — opa, acho que passei do ponto pois ele arregalou os olhos.
— Eu também — meu coração parece que vai sair pela boca.
— Você sonha com a gente no quarto.
— E no banheiro, ontem a noite — seus olhos se desviam dos meus.
— Cara é só uma brotheragem, tipo é diferente e por isso estamos tão impressionados com isso né — estou buscando formas de justificar todo esse tesão que sinto por ele.
— Sim, total.
— O único problema é que você namora e tipo.
— Sim, eu namoro e eu amo minha namorada, não quero me separar dela, mas.
— Mas? — Parece que vou parar de respirar.
Antes que ele conclua Caio chega com seu amigo Breno, logo seguido do Adriano e o tal Nathan que ele quer nos apresentar, acho que é até melhor que o Luan não tenha terminado sua frase, ele namora e nossa brotheragem tem que acabar, por respeito a Stella e também por sermos dois caras, que tipo de relação eu teria com um cara, tipo quem vai comer quem? — Que porra agora me veio na mente o Luan de quatro para mim e ainda pior, eu em cima dele cavalgando, qual seria a sensasão? Esquece essa merda Ykaro, tá maluco porra!
