Aulas Particulares 8 - GRANDES CÁLCULOS, GRANDES CONSEQUÊNCIAS

Um conto erótico de Jorge Luís
Categoria: Heterossexual
Contém 2372 palavras
Data: 30/10/2025 06:45:00
Última revisão: 30/10/2025 12:26:14

Fala, meu povo!Hoje eu vim contar a vocês as minhas aventuras longe da casa dos meus pais, longe de Rosane… e longe de Geísa.

O período de adaptação foi um inferno nos primeiros 20 dias. Não é uma readaptação geográfica, somente. É uma reprogramação neuromuscular, uma reprogramação de comportamento, de liderança, algo que toda força armada forja em seus alunos. Mas o que mais doeu, sinceramente, foi a falta de Geísa. O sol teve de secar meu travesseiro toda manhã. Chorei pra burro. Nem retrato dela pra bater umazinha e liberar a pressão entre minhas pernas eu lembrei de trazer pra São Paulo ( Burro! )

Porém, a interação com a turma foi essencial para que eu pudesse me reprogramar. Na minha turma, eu era o 03. Passei com nota altíssima em matemática, vocês bem se recordam, mas eu não sou o gênio. Haviam dois melhores que eu. Esses putos viveram só pra isso. Só pode. O primeiro era o Cavalieri, o moleque parecia um Harry Potter, hihihihihihihehehehehahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha! Nerdola, nerdola, nerdola. A segunda colocada ficou quase nada à frente de mim: Emily. Muito simpática. Mas esses dois indivíduos não serão objeto do meu relato dentro da Escola Tecnológica.

Enquanto me adapto em São Paulo, reprogramando toda minha rotina neuromuscular , uma jovem estudante francesa foi apresentada à Turma B-102. Madeleine é o seu nome. E, como as turmas da Escola de Engenharia são formadas majoritariamente por jovens viris e nerds do sexo masculino, a beleza de Madeleine é a sua imponência geram um frisson na turma .

Prof.Manoel: Recebam com todo o respeito e carinho nossa digníssima aluna que veio de Palaiseau, para intercâmbio.

Todos: Seja bem-vinda, Madeleine!

Madeleine: muito obrigada! É assim que se fala em português, né!? - seu sotaque característico dá um toque que só as mulheres francesas possuem. Ela está meio tímida. Porém mais intimidados ficaram os rapazes com sua beleza.

Madeleine: Pardon… onde eu me sento?- nenhum imbecil falava porra nenhuma.

Eu: Com licença, Madeleine. Tem um lugar aqui do meu lado. Se não se importar em sentar na frente.

Madeleine: Mercy, mon ami!

Bem. A primeira interação com Madeleine foi puramente pra quebrar o gelo, deixá-la mais à vontade. Estava tensa. Mas logo ficou mais calma. Ela chegou na segunda semana de adaptação. Mas a turma de nerdolas tinha medo de falar com ela. Realmente ela é uma mulher muito bonita, mas alguns homens se colocam muito abaixo e deixam de enxergar as garotas de igual pra igual. E nas primeiras aulas, ela mostrou que além de linda é muito inteligente, chegou até a resolver uma equação lá com uma facilidade que aí botou fogo na turma.

Na hora do intervalo, ficava mais destacada, na dela. Ela era um monstro com livros e cadernos, porém zero de relação interpessoal. Aquilo precisava acabar. E eu fui o primeiro a sentar na mesma mesa dela.

Eu: Se incomoda de eu ficar perto de você!? Se eu tiver atrapalhando seu momento de…

Madeleine: "Non, imagina! Je suis... quer dizer, estou mesmo precisando de companhia para poder me adaptar." (Ela ajusta o cabelo, um gesto suave que contrasta com sua postura normalmente contida)

Eu: Eu me chamo Jorge. Jorge Luís!

Madeleine: Enchantée, Madeleine. Você falou igual ao James Bond." (Um sorriso malandro surge em seus lábios) "Mas com um je ne sais quoi... mais autêntico.

Eu: É verdade, hahahahaha! Soou meio parecido! Pelo menos não sou um vilão da SPECTRE.

Madeleine: (Rindo genuinamente) "Ah, la SPECTRE! Que referência culta! Parece que os outros rapazes sentem beaucoup de peur de falar comigo. Você é tão natural... me faz sentir como se já estivesse aqui há mais tempo." (Seu olhar percorre o rosto dele por um instante a mais do que o necessário) "Sempre ouvi falar que o povo do seu país é très chaleureux. Mas não senti isso desde que cheguei."

Eu: "Eu peço desolé pela má impressão." ( uso propositalmente o francês, fazendo seus olhos se iluminarem) "Alguns caras se sentem... intimidados por uma mulher que tem inteligência e presença num padrão tão elevado."

Madeleine: "Mon Dieu, você fala como um poeta! Obrigada pela parte que me toca!" (Ela inclina a cabeça, estudando-o) "Você parece très sûr de lui... Muito seguro de si! J'admire ça chez un homme."

Eu: "Merci! Mas entre nós... também fiquei um pouco nervoso ao me aproximar - seguro meu café, os dedos encontrando os dela por um instante acidental.

Madeleine: Vraiment? Sério? - Ela não retira a mão imediatamente - :Você esconde très bien isso. Na França, chamamos isso de 'savoir-faire'... a arte de fazer as coisas com élégance.

Eu: Então talvez eu tenha um pouquinho de sangue francês sem saber - nossos joelhos se tocam sob a mesa, e nenhum de nós dois se afasta.

Madeleine: Peut-être... Talvez - Seu sotaque fica mais suave, mais íntimo - Sabe, em Palaiseau, os homens são mais... technique. Mas você... vous avez du charme, Jorge Luís.

Eu: E você, por onde passa, deixa une empreinte... uma marca. E não falo da apparence. É uma présence forte. Mas ao mesmo tempo légère... que nous calme.

Madeleine(Seu rosto se cora visivelmente): “Tu me mets mal à l'aise..." - Você está me deixando constrangida.

Eu: "Je suis désolé, se porventura disse algo que..."

Madeleine: "Pas du tout, mon cher!" - De maneira alguma, meu querido! "Agora posso sentir la chaleur do povo desta terra em você."

Eu : Je veux que tu te sentes bien. E, se você achar convenable, poderíamos investir nosso tempo estudando e aprendendo l'un avec l'autre.

Madeleine: "J'en serais très reconnaissante!" - Eu ficaria muito grata! "Sabe os exercícios que o Professor Manoel passou? Tem um défi que ainda não consegui résoudre..."

Eu : "Se for o mesmo que je pense..."

Madeleine: "Vous avez des difficultés aussi?" - Você está com dificuldade também?

Eu: "Fala do último devoir no fim da leçon, né?"

Madeleine: "Exactement!" - Exatamente!

Eu: "Je suis en train d'y travailler. Comecei na classe, mas posso te aider avec quelques astuces."

Madeleine: "Astuces?" (Ela arqueia uma sobrancelha, curiosa)

Eu: "Pardon, é uma maneira de dizer que posso te dar une orientation. Je ai vu beaucoup de questions comme celle-là quand j'étudiais avec Geísa pour entrer ici."

Madeleine: "Alors c'est ça..." - Então é isso... (Seus olhos se estreitam, perspicazes) "Cette confiance, cette légèreté avec les mots... Tu as une copine!" - Essa sua segurança, essa leveza com as palavras... Você tem uma namorada! "Ah, c'est tellement cool! Tu n'es pas un nerd ordinaire!" - Ah, que legal! Você não é um nerd comum!

Eu: "Hahaha! Tu es très perspicace, Madeleine!" - Você é muito perspicaz, Madeleine!

Madeleine: (Sussurrando rapidamente em francês, com um sorriso travesso) "Les hommes engagés sont toujours plus intéressants..." - Homens comprometidos são sempre mais interessantes...

Eu: "Hum!?" - Fingindo não entender completamente, mas captando a insinuação.

Madeleine: "Tu peux passer à ma résidence, pour qu'on fasse quelques exercices de Calcul I ensemble?" - Você pode passar na minha residência, para fazermos alguns exercícios de Cálculo I juntos?

Eu: "Bien sûr! Je vais organiser quelques affaires... C'est quelle résidence? Tu es arrivée aujourd'hui?" - Claro! Vou organizar algumas coisas... É qual residência? Você chegou hoje?

Madeleine: "C'est le 3 da República…Trovão!!" - É o 3 da República…Trovão!

Eu: (Congelando por um momento) "Putain..." - Puta que pariu... - A realidade me atinge - Alors... nous sommes colocataires, n'est-ce pas?- Então... somos colegas de quarto, não é?

Madeleine: (Com um brilho nos olhos) "Mon Dieu! On dirait une alchimie écrite dans les étoiles!" - Meu Deus! Parece uma alquimia escrita nas estrelas!

CAPÍTULO: CÁLCULO & CONSEQUÊNCIAS

A porta do quarto 3 na República Trovão fechou-se. O som ecoou no espaço modesto que eu dividia com outros dois calouros. Madeleine não foi para a cama de cima vazia. Veio direto para minha escrivaninha, onde eu organizava cadernos para o laboratório do dia seguinte.

Madeleine: "Alors, on arrête de jouer?" (Então, paramos de brincar?)

Seu sotaque carregado de intenção. Ela encostou na mesa, seus quadris ao nível dos meus olhos. O roupão de seda verde que usava sobre a camiseta e shorts abriu-se levemente.

Eu: "Madeleine, o exercício..."

Madeleine: "L'exercice peut attendre." (O exercício pode esperar.)

Ela pegou minha caneta, seus dedos deliberadamente tocando os meus. Déjà vu perigoso.

Madeleine: "Tu savais que nous serions dans la même résidence." (Você sabia que estaríamos na mesma república.)

Eu: "Eu não sabia! A república foi indicação da coordenação para todos os calouros sem vaga no alojamento."

Madeleine: "En France, on n'appelle pas ça une coïncidence." (Na França, não chamamos isso de coincidência.) "On appelle ça le destin." (Chamamos de destino.)

Ela se inclinou, seu decote revelando a curva dos seios. Seu perfume - algo amadeirado e doce - dominou o espaço entre nós.

Madeleine: "Montre-moi cette équation dont tu es si fier." (Mostre-me essa equação da qual tem tanto orgulho.)

Minhas mãos suavam. Peguei o caderno, minha última âncora moral.

Eu: "O volume do cone... V = (1/3)πr²h..."

Madeleine: "Continue."

Ela se apoiou em meu ombro, seu cabelo loiro roçando meu pescoço. Consegui sentir seu calor através da fina camiseta.

Eu: "Pela semelhança de triângulos... r/h ="

Minha voz falhou quando sua mão desceu e pousou em minha coxa. Não um toque casual. Uma afirmação.

Madeleine: "Ta voix tremble, Jorge." (Sua voz está tremendo.) "C'est la seule chose qui tremble ici?" (É a única coisa tremendo aqui?)

Ela sussurrou em meu ouvido. A lembrança de Geísa me atingiu - não como fantasma, mas como promessa queimando.

Eu: "Madeleine... não podemos."

Madeleine: "Pourquoi pas?" (Por que não?) "Tu penses encore à elle?" (Ainda pensa nela?)

Sua mão subiu alguns centímetros. Território perigosamente familiar.

Madeleine: "Je peux te faire oublier." (Posso fazer você esquecer.)

Então ela fez o movimento decisivo. Girou minha cadeira, seus joelhos enjaulando minhas pernas. Seus olhos azuis não pediam permissão.

Madeleine: "Arrête de penser. Ressens." (Pare de pensar. Sinta.)

E então… aconteceu. Sua boca encontrou a minha não como pergunta, mas como resposta. Diferente de Geísa - mais ousada, mais experiente, mais... perigosa.

Quando nos separamos, ofegantes, o mundo tinha virado.

Madeleine: "Alors?" (Então?) "Maintenant, tu veux encore parler de mathématiques?" (Agora ainda quer falar de matemática?)

Eu: "Madeleine..."

Madeleine: "Merci pour quoi, Jorge!?"

Eu: "Você conseguirá combinar Cálculo I com o que está prestes a acontecer, se prosseguirmos daqui!?"

Madeleine: "Acha mesmo que eu não sabia fazer isso? Eu vim da melhor escola politécnica do meu país. Tolinho…"

Eu: "Hehehehehe!"

Madeleine: "Tu as peur?" (Você tem medo?)

Eu: "Não."

Madeleine: "Tu as honte?" (Você tem vergonha?)

Eu: Pra quem comeu a própria sogra, eu Não diria que tenho vergonha de alguma coisa…

Madeleine: "MON… DIEU! Alors c'est ça." (Então é isso.) "La barrière qui t'empêche encore de me jeter sur ce lit…" (A barreira que ainda te impede de me jogar naquela cama…)

Eu: "Não estou acompanhando seu raciocínio."

Madeleine: "Un territoire conquis deux fois!" (Um território conquistado duplamente!) "Jorge, je brûle! Comment était-ce?" (Jorge, eu estou pegando fogo! Como foi isso?)

Eu: "Ela me flagrou transando com a filha. Nós namorávamos escondido. Foi na casa dela. Eu achei que voltaria pra casa, catando meus dentes lá na boca de baixo, no dia seguinte. Enfrentei a Rosane. Enfrentei o Rafael. Assumi a bronca, e se estou aqui foi porque eu provei que poderia ser tão inteligente e foda quanto a aluna mais sinistra da classe. Eu tirei nota máxima em matemática, no Exame Nacional do Ensino Médio… e de quebra passei pra esta instituição."

Madeleine: "Un moment de silence solennel… quelle belle histoire!" (Que história linda!) "Je n'aurais jamais imaginé… mais où est-ce que ta belle-mère entre là-dedans?" (Mas onde que sua sogra entra nisso?)

Eu: "Quando finalmente cheguei em casa, após chegar a um acordo sobre… provar algum valor para os pais dela, ela me chamou pelo chat privado e me intimou a estar na casa dela num sábado, em que a Geísa e o pai saíram juntos. E aí… ao chegar lá…"

A cada lance do relato, Madeleine fazia caras e bocas. Balançava a cabeça. Apertava os seios. Se tocava entre as pernas.

Madeleine: "Tu es sale… sale, sale, sale." (Você é sujo…) "Mais ce qui est sale a du courage." (Mas o que tem de sujo, tem de destemido.) "Canaille. C'est pour ça que ton aura… ton aura a une énergie qui appelle, qui inonde, qui noie!" (Cafajeste. É por isso que sua aura… tem uma energia que chama, que inunda, que afoga!)

Eu: "Madeleine, eu consigo muito bem unir as duas coisas sem perder o foco. Por um momento, você quase me levou pra aquela cama. Mas agora, lembrando do porquê eu cheguei aqui…"

Madeleine: "Mais tu as aimé, n'est-ce pas? Notre baiser!" (Mas você gostou, não foi? Do nosso beijo!)

Eu: "Você tem uma boca maravilhosa, mas eu…"

Madeleine: "Ça ne me dérange pas d'être l'autre!" (Não me importo de ser a outra!)

Eu: "Como é que é!?"

Madeleine: "J'ai dit que ça ne me dérange pas d'être l'autre!" (Eu disse que não me importo de ser a outra!)

Eu: "Madeleine, você ouviu o que eu disse!? Eu já tô me sentindo mal por tudo isso, e você joga mais essa no meu peito!?"

O ar parou. Madeleine me encarou por um longo segundo, seus olhos azuis queimando com uma intensidade que quase me cegou. Então, com movimentos deliberados, ela cruzou os braços, pegou a barra da camiseta e... puxou. O tecido deslizou sobre sua pele, revelando seios perfeitos sob o sutiã de renda.

Eu: "Moi aussi, je suis courageuse." (Eu também sou corajosa.) "Je veux toi, Jorge. Pas juste ton corps. Ton histoire. Ta force." (Eu quero você, Jorge. Não só seu corpo. Sua história. Sua força.)

Fiquei paralisado. O conflito rasgando-me ao meio. Lealdade versus desejo. Passado versus presente.

Eu: "Madeleine... eu não posso ser a pessoa que trai uma promessa."

Ela sorriu, um sorriso triste e compreensivo.

Madeleine: "D'accord." (Está bem.) "Mais sache que quand tu seras prêt... j'attendrai." (Mas saiba que quando estiver pronto... eu esperarei.)

Pegou a camiseta e saiu, deixando para trás o perfume, a tensão e uma equação muito mais complexa do que qualquer cálculo. E, pela primeira vez, duvidei se conseguiria resolver esta equação.

Continua

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