Quando cheguei em casa, Maria e Juniper tentaram falar comigo mas não prestei atenção em absolutamente nada do que disseram. A cara delas ao me verem também não foi das melhores. Minha expressão as assustou. Passei por elas com um zumbido terrível no ouvido e com a tempora ainda latejando. Entrei em casa e passei pelos cômodos, indo direto ao quarto. Embaixo da cama havia um piso solto estrategicamente encaixado. Se removessem a cama jamais veriam que ali era uma caixa pro meu cofre. O que um preto em ascensão guardaria em um cofre? Sonhos. Guardava nele o anel o qual pediria a mão de Vivian ao final do seu curso; a primeira foto que tiramos com Nandinho; os dados da conta poupança e dos investimentos em nome do Nandinho; a documentação da casa em meu nome e no nome da Vivian; e o monstro dentro daquele espaço que mentia pra mim a todos tempo que era somente para proteção. Aquele maldito revólver que agora eu usaria para resolver meus problemas de uma vez por todas. Peguei aquele pedaço de ferro pesado e o enchi com as munições. Era mais pesado do que parecia. O escondi dentro das minhas roupas e o procuraria primeiro por que eu sabia que me ajudaria: Cirilo. Saí de casa sem prestar atenção em mais nada e rumei pra favela.
Assim que cheguei, procurei por um dos meninos. Tive que tomar cuidado pois muitos eram novos ali e isso poderia gerar problemas. A vida de alguém do movimento é completamente descartável e os postos são preenchidos assim que alguém cai. É uma vida injusta e que minha mãe teve sucesso em me manter afastado. Minha mãe... Eu preciso saber dela. Toda essa loucura e ela sequer foi apresentada ao neto. Ela sempre gostou de Vivian e ficou arrasada quando eu achei que tivesse sido traído. Enfim... Depois de muito subir, achei alguém que me conhecia e pedi que me levasse até Cirilo. Nós embrenhamos pelos becos, muitos dos quais não viam sol, até chegarmos em um casarão no alto da favela. A casa era completamente destoante dos arredores. Era uma casa de altos e baixos de dois andares mais o terraço. Desculpem não detalhar mas eu tava muito puto e me tremia todo. E como sempre, Cirilo estava sentado em uma mesa enquanto bebia sua cerveja e queimava sua carne. Uns seis outros caras pesadamente armados ficavam ali meio que guardando ele. Seus pesados cordões de ouro brilhavam no sol da tarde. Ele sorriu ao me receber.
-- quem é vivo sempre aparece, hein, garoto...fiquei sabendo que achou a garota. Fico feliz por voc- - Cirilo para de falar e olha diretamente pra minha cintura. Não sou acostumado a andar com essas coisas e ele logo nota que há algo errado. E os comparsas dele também.
Rapidamente aquilo vira uma farandula. Os caras apontam os fuzis pra mim e caminham na minha direção.
-- qual foi, menô?! Que porra é essa de entrar portanu na casa do chefe?!
Eu tava tão transtornado que nem me movi. Não era disso que eu tinha medo. O tempo tava passando e a Vivian e meu filho estavam com aquele filho da puta.
-- Cirilo, eu não tenho tempo pra isso. Preciso da sua ajuda. Preciso achar o Jorge! Ele tá com a mInha família!!! – falei andando na direção dele e deixando os caras surpresos.
-- e o que vai fazer com essa merda? – apontou pra arma com a cabeça – nunca nem usou a porra de um estilingue e agora quer bancar o pistoleiro? – falava debochando e rindo. Mas era verdade.
-- eu vou matar ele. Eu vou matar ele pra que eu possa viver.
Algo sombrio passou pelos olhos do chefe.
-- desce todo mundo. Me deixem sozinho com o muleque.
Os homens dele não discutiram.
-- senta aí, Fernando. Vou te falar porque você não vai matar ninguém.
A voz de Cirilo me acertou como um aríete. Não pela força ou por imposição mas porque soou preocupada e melancólica. Ele estava vulnerável e nunca pensei em vê-lo assim.
-- eu-eu não tenho tempo, Cirilo!! Preciso achar minha família!! Me ajuda a achar o Jorge!!
Me calei pois o tapa que ele deu na mesa foi tão forte que virou a cerveja, a bandeja de carne na qual ele se servia e mais algumas coisas.
-- seu merdinha, eu me sacrifiquei pra que você não tivesse essa vida. Me dá essa merda dessa arma e quem vai atrás do Jorge sou eu!! – a raiva transbordava de sua boca desaguando naquelas palavras sem sentido.
Não fazia idéia do que ele tava falando mas naquele exato momento meu telefone tocou. Era Vivian.
-- amor!!! Amor!!! Você tá bem? Onde você tá? – me atropelava nas palavras e meu coração parecia querer sair pela boca.
-- eu tô na casa da Bia... Com a Adriana. Desculpa, amor. Acabou a aula e parece que houve um problema na telefonia... Fiquei sem linha e sem internet. Voltou agora. – ela tava calma. Feliz, até. Pareciam estar se divertindo.
-- por que não deixou um recado ou um aviso na faculdade? – dperguntei tentando conter minha raiva injustificada.
-- mas eu deixei! Pedi pra secretaria avisar caso você fosse me procurar!! Deixei também um bilhete em casa em cima da bancada da cozinha quando fui pegar as coisas do Nandinho... Você tá bem? – ela escutou minha respiração voltando ao normal.
-- estou. – minha voz mais dura do que gostaria. – quando quiser vir pra casa, me avise que eu vou buscá-la. Até mais tarde.
Desliguei. Não esperei ouvi-la. Apenas desabei de joelhos a frente de Cirilo. Um misto de raiva, alívio, decepção e mais um monte de outras coisas me tomaram de assalto. Eu senti as lágrimas se formando mas não choraria na frente daquele homem. Meu coração doía de preocupação e minha cabeça doía porque naquele momento e naquela situação, eu percebi que enquanto Jorge fosse uma sombra na vida da minha família, eu não teria sossego. Viveria sempre nessa tensão e cercearia a liberdade da minha minha mulher mesmo que fosse para sua proteção. Meu corpo doía e eu estava afogado em pensamentos muito sombrios quando senti a mão de Cirilo em meu ombro. E pela primeira vez vi carinho em seu olhar:
-- você não pode matá-lo, Fernando. Senta aí. A gente precisa conversar.
Ele me ajudou a levantar e me pôs sentado na cadeira em frente a ele. Pigarreou e sentou na cadeira do outro lado da mesa.
-- vou te contar uma história, garoto. Há uns anos atrás, teve um garoto exatamente como você na favela. Muleque esperto, estudioso, sonhador. A diferença é que ele sempre foi bruto. Grande e forte. O movimento tentava seduzi-lo de tudo que era forma. O pai e o irmão mais velho já eram bandidos mas nunca deixaram ele se envolver diziam que aquilo não era vida pra ele. – ele contava aquela história mas olhava pro nada. Divagando. – antes do garoto terminar o ensino médio, seu irmão mais velho morreu em uma invasão da facção rival. O garoto ficou transtornado e só não entrou porque o pai deu uma surra que o deixou acamado.
-- por que tá me contando essa história, Cirilo? – perguntou curioso. E de fato estava curioso onde aquilo chegaria que me impediria de matar aquele desgraçado.
-- só escuta. No final, eu responderei a qualquer pergunta sua... Então, quando se recuperou da surra ele entrou no cursinho comunitário da favela. Era aplicado e com ajuda, iria longe. Sairia dessa vida como você fez. E o curso deu a ele também o primeiro amor. Uma preta linda que ele se encantou assim que seus olhos bateram nela. E pra sorte dele, mesmo sendo bruto e tendo cara de bandido, ela caiu de amores por ele. Descobriram o sexo juntos. Passaram pra faculdade juntos. Ela se tornaria professora e ele viraria biólogo. Mas os problemas surgiram.
-- a mulher ia bem na faculdade assim como ele porém o pai caiu doente, tirando seu foco dos estudos. Tentou arrumar um trabalho mas as pessoas tinham medo dele por sua cara e seu tamanho. A namorada ajudou a cuidar do pai e dele mesmo o quanto pode mas as coisas começaram a faltar em casa e o movimento sempre oferece uma saída fácil. Ele começou com pequenas tarefas de contabilidade. Fazendo o livro do morro. Foi nessa época que começou a se distanciar da namorada. Ela vai futuro nele mas ele precisava cuidar do pai. Não demorou muito e eles se separaram. O rapaz entrou pro movimento de vez e a mulher seguiu sua vida, inclusive arranjando um namorado da faculdade. – ele se ajeitava na cadeira, como se a lembrança o incomodasse.
-- Cirilo, essa é a sua história?! – perguntei, incrédulo.
-- não só minha... – ele sorriu, melancólico. – me deixa continuar...
Ele se ajeitou novamente, enchendo seu corpo e dando uma grande golada na cerveja.
-- o problema é que o que um sentia pelo outro não era só tesão. Era muito mais que isso. E em uma noite, quase que o rapaz morre. Ele surrou o namorado da menina quase até a morte. A polícia acabou vindo parar aqui e o dono do morro na época perdeu uma nota pros vermes. Encheram ele de porrada e só não mataram porque a menina interveio e disse que ele fez aquilo porque o playboy bateu nela. O garoto tava no chão mas se levantou com dificuldade. Todo mundo que tava ali parou. O dono mandou ela levar o rapaz pra casa que eles iam mandar mantimentos pra cuidar dele. – ele sorriu com um saudosismo bonito. Parecia uma pessoa que lembrava de tempos melhores.
-- a menina cuidou dele por alguns dias e não demorou pra que acabassem se envolvendo de novo. Durante uns dias eles tiveram um tórrido romance mas logo acabou, assim que o rapaz ficou bom e teve que voltar pro movimento. Ele ganhou conceito com o chefe e se tornou seu braço direito. A menina sumiu depois disso.
Ele se levanta e começa andar, dando as costas pra mim. Parecia que aquele clima de nostalgia tinha acabado.
-- ela voltou quase um ano depois. Com uma criança nos braços. Era filho do garoto. Ele sabia no momento em que o viu. E ele foi tomado por um nervosismo que nunca o havia acometido: era a expressão máxima do amor dos dois mas ele não podia arrastar ela e o menino comigo. Ele lembrou do pai e do irmão. Do quanto lutaram pra que ele não parasse onde parou e ele lutaria para que o filho não seguisse a sina da familia marcou um encontro as escondidas. Se encontraram fora da favela. – ele se vira pra mim. Sua expressão estava tensa. O rosto sempre tão duro e taciturno, agora transparecia temor. Nunca pensei que um homem como Cirilo pudesse ser tão vulnerável. Ele continuou. Com a voz meio embargada.
-- expliquei pra ela que jamais deixaria faltar algo a ela e a meu filho mas não queria que ele soubesse que o pai era um bandido e queria que ele chegasse onde a vida não me deixou chegar. Ela me abraçou e me beijou com lágrima nos olhos e jurou que jamais seria de outro homem, que jamais entregaria seu coração a outro homem. Só pedi uma coisa: que chamasse meu filho pelo nome do meu pai. Que chamasse meu menino que nunca seria meu de Fernando. E assim a Judite fez. E cumpriu sua promessa. Manteve você longe dessa merda e... Nunca foi de outro homem.
Olhei pra ele surpreso e atônito. Ele fazia força pra não chorar e era prrceptível seu tremor. Esse tempo todo Cirilo era meu pai. Isso explicava o apoio é porque parecia que ele sempre me observava. Mas por que fazer aquilo por Jorge e Vivian também? Um pensamento sombrio passou por minha cabeça, o que fez meu maxilar enrijecer.
-- tudo o que fez por mim... Por que fez pelos outros também? Cirilo, a Vivian... – eu sentia medo da confirmação.
-- vocês cresceram juntos. Seria melhor pra mim esconder sua proteção se o fizesse por outras crianças também. – respondeu como se fosse óbvio.
Um grande alívio tomou conta do meu peito. Junto a isso um estranho sentimento de gratidão. Não sabia como me comportar com ele mas meu pai estava vivo e, apesar dos pesares, nunca me deixou faltar nada.
-- eu agradeço tudo o que fez por mim, mas preciso que me diga como achar o Jorge. – eu mal terminei de falar e senti novamente o peso da sua mão em minha cabeça.
-- você não escutou nada do que eu falei, seu merdinha? Me dá essa merda antes que eu faça contigo o que meu pai fez comigo e te mandei pro hospital pra aprender a ser homem! – ele veio até mim, que ainda estava zonzo, e tomou minha arma.
-- porra, Cirilo!! Eu vou matar esse filho da puta!!! Nem que eu tenha- - ele me interrompeu.
-- nem que tenha que o que, garoto? – seu olhar fez meu corpo petrificar. Por um momento, e só nesse momento, descobri porque ele era o chefe – cuidado, seu merdinha... Tá me confundindo com algum amiguinho seu... Agora volta pra sua casa antes que saia daqui de muleta.
E eu fui.
Recebi a ligação de Vivian horas depois, no começo da noite. Fui até elas, na Gavea, onde as três conversavam animadamente. Não consegui esconder minha cara de alívio ao vê-la bem e feliz. Eu estava realmente puto mas não com ela. Era a sombra de Jorge. O fato de não ter o controle, de estar sempre tenso. De cercear a liberdade da minha mulher com a desculpa de que era pra proteção. Ainda que fosse verdade, eu ficar sempre de vigilância deveria ser um saco. Eu precisava conversar com ela a sós. Tinha muito pra contar. Não vou me alongar sobre essa parte, em sobre a casa da Bia. Era uma mansão. E com empregadoS. Não sabia que ela tinha tanto dinheiro. Nós despedimos e agradeci as meninas por cuidarem dos meus maiores tesouros.
A volta pra casa foi estranha. Estávamos calados. Não era o clima pesado de uma discussão. Pegava Vivian me olhando como querendo evitar uma conversa, talvez se sentindo culpada pela situação. O que era um erro. Definitivamente, ela não teve culpa. E eu... Bem, o fantasma de Jorge ainda pairava sobre mim mas a notícia de Cirilo ser meu pai mexeu comigo de forma que não imaginava. Eu queria sentir raiva e revolta sobre o abandono mas a única coisa que não tive foi seu carinho. E mesmo assim, lembrava dele brincando conosco na infância. Me entristecia saber o quanto ele e minha mãe sacrificaram por minha causa. Em meio a esses pensamentos, senti a mão quentinha e suave de Vivian sobre a minha.
-- desculpa. Não quis te preocupar... – ela sussurrou.
-- não pede desculpas. Você tá feliz, meu menino tá tão feliz que chega a tá desmaiado de tanto brincar e ser mimado. Isso pra mim é tudo que importa. – tentei sorrir. Ela viu verdade nas minhas palavras mas não no sorriso.
-- se eu não tiro a paz do meu lindo cavaleiro, então o que aflige essa cabecinha? – disse Vivian, brincando comigo na tentativa de me animar.
-- quando chegar em casa... Tenho muito a te contar. Hoje foi um dia... Estranho.
Depois disso nos calamos até chegar em casa.
Assim que chegamos, Vivian colocou Nandinho no berço. Eu estava sentado no sofá, com os cotovelos apoiado nas pernas, curvado. Parecia sustentar o peso de todas as coisas. Nem vi quando vivianse ajoelhou entre minhas pernas e abraçou minhas mãos com as suas. O toque dela. Era o melhor remédio pra mim naquele momento.
-- amor, hoje houve algum problema na operadora do telefone. Logo cedo as meninas e mais alguns outros estudantes reclamaram que o telefone estava morto. Fiquei tranquila pois mesmo sem ele, sabia que você estaria na saída me esperando, lindo como sempre! – filha da mãe. Eu cheio de coisa na cabeça e ela me arranca um sorriso – mas quando não te vi...
Ela se ajeita, melhor se acomodando. Entenda isso como me fazendo recostar no sofá e sentando no meu colo.
-- fiquei um pouco ansiosa. Muito. Sorte que as meninas estavam comigo e perceberam. Aí a Bia me chamou pra casa dela eu ainda tentei te ligar mas estávamos completamente sem sinal. Como você já estava atrasado, peguei o Nandinho na creche com as meninas e pedi que avisassem a você se aparecesse lá, e depois passei em casa pra pegar algumas coisas pra ele. – ela levantou correndo e foi até o balcão da cozinha, voltando com um pedaço de papel – aqui... Deixei pra você em cima do balcão avisando.
Era um bilhete com sua letrinha dizendo que estava com as meninas e ia pra casa da Bia com Nandinho. Pensando agora, eu lembro da professora sorrindo e ficando sem entender. Ela tentou dizer alguma coisa mas minha cabeça doía e meus tímpanos pulsavam tão alto que não conseguia ouvir. E quando entrei em casa fui direto pegar a arma. Não olhei pra mais nada. Isso era um peso que já estava me cansando. A sombra de Jorge era muito pior que sua presença.
-- me desculpa, amor... Acho que tô surtando com essa situação. Eu tenho tanto medo de algo acontecer a você e ao Nandinho que acho que tenho me excedido. Você é uma mulher adulta, linda, poderosa e inteligente... Não devia ter que ficar presa a uma rotina que eu- - ela me beijou. Um beijo de amor. Carinho e cumplicidade.
-- você não me impôs nada. Você nunca me forçou a nada. Você é o melhor homem que eu conheço, melhor até que meu pai. Eu adoro sua rotina porque ela me permite estudar, passar tempo com meu filho, passar tempo com minhas amigas mas principalmente, passar um tempo de muita qualidade com você. – ria e me beijava – e você me deixou muito mal acostumada. Quando tudo isso acabar, eu quero manter essa rotina... Desde que você queira.
Fiquei imóvel encarando aqueles olhos calorosos e ternos. Eu sabia que era amor mesmo quando ela não dizia nada. Eu perdi essa mulher e a recuperei. Eu faria qualquer coisa por ela. Por eles. E acho que esse sentimento me fez entender um pouco o que meu pai passou. Tmeum ditado que traduz isso...”o valor do amor está na soma dos sacrifícios que você está disposto a fazer por ele”. E eu estava disposto a tudo. Sorri e a beijei. Um beijo de amor que logo se misturou a um beijo de urgência e tesão.
Somos jovens e vocês sabem que pra dois jovens qualquer brisa atiça o fogo do tesão e foi o que aconteceu muito rápido. Ela montou em mim no sofá. Parou de me beijar e começou a beijar meu pescoço, meus ombros e meu peito. Desceu do meu colo, abriu minhas pernas e foi ficando de joelhos enquanto beijava cada gomo da minha barriga.desabotou minha calça me deixando só de Boxer branca. Ela adorava me ver assim. Voltou a beijar minha boca só que me masturbando por cima da cueca. Fazia devagar com a certeza de que aquilo era só dela e que tinha todo tempo do mundo. Quando o pre gozo começou a molhar a cueca ela desceu. Cheirou e sugou aquele líquido por cima da cueca. Minha respiração já ofegante mal me deixava acompanhar aquele espetáculo.
Me levantei e a puxei carinhosamente pelo pescoço. Retirei seu habitual vestidinho mas nunca tirava suas calcinhas. Adorava vê-la de lingerie. Como era linda minha mulher. A sentei no sofá e me ajoelhei- puxando sua pernas e enfiando minha cabeça entre elas. Comecei beijando seu pubis. Aquela quentura deliciosamente familiar e aquele cheiro adocicado de Vivian me deixavam louco. Beijei sua rachinha por cima da lingerie somente pra sentir aquela umidade que me deixava com água na boca. Puxei a calcinha pro lado sem pressa pra me maravilhar com o som do seu arfar e aquele fio grosso e melado ligando sua buceta suculenta a calcinha. Dei a primeira lambida sorvendo aquele mel. Seu corpo arqueou e um gemido fraco escapou de seus lábios. Lambi e chupei cada parte daquela gruta ensopada, enfiando a língua como um explorador ávido pelo fruto doce. Senti suas mãos em minha cabeça, apertando-me contra seu sexo e rebolando sensualmente em minha boca. Seus gemidos aumentam e minha vontade de devorar aquela mulher explode junto com o gozo dela. Seu corpo arqueja e seus músculos tensionam. Adoro ver seus dedos dos pés se fecharem e tremerem. Com ela ainda letárgica, a pego no colo e a levo pro nosso ninho de amor, beijando sua boca, dividindo seus sabor entre nós.
A coloquei de pé e terminei de tirar sua roupa carinhosamente e a conduzia cama, a fazendo deitar de bruços. Deitei-me por cima dela, beijando e mordendo sua nuca, costas e ombro, enquanto meu pau se alojar a no meio de suas coxas. Vivian sempre responde a beijos e mordidas nas costas com um delicioso arrebitar de sua bunda maravilhosa e dessa vez não é diferente. Quando ela arrebita, sua bucetinha começa a engolir meu pau, que vai abrindo, expandindo aquela gruta que se adaptou perfeitamente a seu tamanho. O calor dos corpos nos faz arfar e gemer baixo. Vivian rebola, engolindo meu pau vagarosa e deliciosamente, gozando assim que sente ele no fundo. Seu gozo é deliciosamente longo e seu gemido é abafado pelo travesseiro. Ela me olha por cima do ombro com seus olhos cheios de desejo. Eu comecei a bombar. Estocadas firmes e constantes. Firmes. Não fortes ou brutas.
Minha mulher rebolava e me puxava pela nuca até seu pescoço. Ouvia seus gemidos baixos e seu arfar. Meu púbis se chocava com sua bunda fazendo um barulho pornográfico e delicioso. O som do meu pau saindo daquela boceta molhada o do choque de nossos corpos me enchia de tesão. Rolei para o lado sem tirar de dentro e ergui uma de suas pernas. Ela se contorceu um pouco mais para me beijar enquanto metia em sua grutinha. Sentia seus gemidos em minha boca e e o suor dos corpos. Ficamos assim por longos minutos até que minha respiração denunciou a proximidade do meu gozo e os seus gemidos, o dela. Gozamos juntos enquanto nós beijávamos. Foram jatos e mais jatos dentro daquele templo de amor e prazer e seu orgasmo também foi longo. Quando acabou, ela se virou e deito-se no meu peito. É um silêncio de paz se instalou sendo quebrado somente depois que nossa respiração normalizou.
-- amor... Obrigado. Você me fez entender muita coisa. E agora eu sei como vou resolver nossa vida e a dos meus pais? – disse enquanto acariciava seus cabelos.
-- de quem?