Amor Surrealista #19

Da série Amor Surrealista
Um conto erótico de Leonora
Categoria: Lésbicas
Contém 2853 palavras
Data: 31/10/2025 18:01:37
Última revisão: 31/10/2025 20:43:59

A tela que eu via à minha frente era um quadro lindo, mas ainda não estava finalizado. Estava quase pronto, mas qualquer pessoa que entendesse de pintura perceberia que faltava alguns detalhes. Eu reconheci os traços daquela pintura, mas, ao olhar para a parte inferior esquerda, notei que a assinatura não estava lá. Provavelmente, não deu tempo de assinar; por algum motivo, aquele quadro ficou inacabado.

Nora— É um quadro não finalizado da Libélula?

Val— Sim, eu já imaginava que você iria reconhecer.

Nora— E o que você quer exatamente que eu faça? Terminar ele?

Val— Exatamente. Não só esse, mas todos os outros que estão aqui. Alguns estão bem adiantados, outros nem tanto.

Nora— Não posso terminar a obra de outro artista, Val. O que você está pedindo fere todos os meus princípios como pintora. É praticamente uma falsificação. No mínimo, é apropriação indevida da obra de outro artista.

Val— Eu disse que o trabalho não era nada ilegal e realmente não é, Nora. Mas entendo suas preocupações e sua desconfiança.

Nora— Desculpe, Val. Estou em choque com seu pedido. Por favor, me explique o que você realmente quer.

Val— Eu quero exatamente o que pedi, mas não para vender os quadros como sendo da Libélula. Quero fazer uma exposição com os últimos cinco quadros inéditos dela e também expor esses quadros inacabados, explicando como foram finalizados. Só não sei ainda como vou explicar como consegui esses quadros inacabados.

Nora— E como você conseguiu, Val? Posso saber?

Val— Pode sim. Eles foram deixados aqui quando a Libélula partiu. Este era o ateliê que ela usava, pelo menos nos últimos anos de vida.

Nora— Como assim? Não acredito, a Libélula está morta?

Val— Desculpe te contar assim e por destruir seu sonho de conhecê-la, Nora, mas eu precisava te falar. A Libélula já deixou este mundo há quase dez anos. Sinto muito.

Nora— O que aconteceu com ela, Val?

Val— Ela tinha uma doença neurodegenerativa conhecida como ELA. Infelizmente, não há cura. Foi essa maldita doença que a tirou de mim.

Nora— Ela era sua ex? A que você disse que compartilhou a casa e sua vida?

Val— Sim, ela é a minha ex que me deixou há mais dr onze anos atrás.

Nora— Sinto muito, Val.

Val— Tudo bem. Como eu te disse ontem, já não dói mais. Só me deixa triste por tudo que aconteceu e, principalmente, porque ela se foi. Ela não merecia sofrer o que sofreu, nem ter uma vida tão curta.

Nora— Ela tinha sua idade?

Val— Não, ela era dez anos mais velha. Se estivesse viva, hoje teria 44 anos.

Nora— Você tem 34 anos?!

Val— Sim, tenho 34. E você?

Nora— Tenho 24. Jurei que você tinha no máximo 30.

Val— Eu também pensei que você era mais nova, parece ter uns 20.

Nora— Já me disseram isso. Bom, mas vamos voltar ao assunto. Então você quer que eu termine os quadros da Libélula para fazer uma exposição?

Val— Basicamente isso. Enquanto isso, vou pensar em um jeito de justificar como consegui esses quadros. Provavelmente você vai levar mais de um ano para terminar tudo. São cerca de 30 quadros, e não quero que você tenha pressa nem deixe de pintar os seus também.

Nora— Tenho algumas dúvidas— por que eu? E o que acontece se eu estragar um quadro desses?

Val— Porque você é muito talentosa, e suas pinturas são muito parecidas com as da Libélula. Tenho certeza de que você não vai estragar, mas, se acontecer, não se preocupe. Não vou brigar, culpar ou ter qualquer atitude ruim. Eu assumo a responsabilidade e sei que a riscos que isso possa acontecer. Pode trabalhar tranquilamente.

Nora— Qual era o nome da Libélula?

Val— Isabel. Acho que é melhor eu te contar toda a história, senão não vamos resolver o que temos que resolver.

Nora— Desculpe, sou muito curiosa, e sou fã da Isabel. Espera, Isabel, Bebel... acho que entendi.

Val— Sim, foi uma homenagem a ela. Vamos nos sentar, vou te contar tudo de forma resumida, mas suficiente para você entender.

Nora— Eu imaginei e achei fofo a homenagem.

Nos sentamos sobre algumas almofadas que estavam no canto de uma das paredes. Eu estava muito curiosa para saber da história das duas e não iria perder essa chance de jeito nenhum.

Val— Minha história com Isabel começou quando eu tinha 18 anos. Sempre amei pinturas, mesmo não tendo talento algum. Por isso, ia sempre a galerias da cidade admirar alguns quadros. Em uma dessas visitas, vi um quadro lindo e fiquei apaixonada por ele. Passava na galeria todos os dias, ao sair da faculdade, só para vê-lo. Notei que uma mulher mais velha e bonita também estava lá, observando os quadros todos os dias.

Na semana seguinte, continuei indo à galeria, mas na quarta, ao entrar, o quadro não estava mais lá. Fiquei triste, e ao sair, a mulher me chamou e perguntou se eu estava bem. Eu disse que sim, mas que estava triste porque o quadro que gostava tinha sido vendido e provavelmente nunca mais o veria. Ela confirmou que isso aconteceu, mas que havia outros quadros lindos na galeria. Eu disse que nenhum era tão belo quanto aquele. Ela comentou que na semana seguinte chegariam mais três da mesma artista. Agradeci pela informação e disse que voltaria para ver.

Na semana seguinte, na segunda-feira, fui à galeria e realmente havia três quadros da mesma artista. Quando estava observando o último, a mulher entrou, e ao me ver, abriu um sorriso. Ela veio até mim e perguntou o que eu achava dos quadros. Eu disse que eram tão bonitos quanto o que tinha sido vendido. Ela sorriu e disse que ficou feliz por ver que eu não estava mais com a carinha triste da outra vez. Agradeci e perguntei como ela sabia sobre os quadros. Ela disse que a galeria era de um amigo dela, por isso tinha essa informação. Acabamos continuando a conversar e dali nasceu uma pequena amizade.

Eu ia à galeria todos os dias, e ela sempre estava lá. Eu já sabia seu nome e que ela trabalhava em uma empresa ali perto. Ela ia à galeria quase todos os dias na hora do almoço por isso sempre nos encontrávamos. Nossas conversas evoluíram, até que um dia, ao ir à galeria, ela não apareceu. Foi aí que percebi que não ia lá apenas para ver os quadros, mas para vê-la também. Eu estava apaixonada e tinha medo de que ela tivesse desaparecido como o quadro. Aquilo me apertou o coração, e o pior é que eu não tinha nenhum contato dela.

No dia seguinte, cheguei à galeria e a vi logo que entrei. Minha vontade era dar um abraço nela, mas claro, me contive. Nesse dia, pedi seu número para nos comunicarmos fora da galeria, e ela me passou. Foram três meses de conversas, olhares e uma paquera silenciosa. Porém ela nunca tentou nada comigo, mesmo eu dando algumas brechas. Começamos a nos falar direto por mensagens e até marcar encontros fora da galeria, como ir ao cinema ou a outras galerias da cidade. Depois de seis meses, eu tinha certeza de que ela sentia o mesmo que eu. Foi então que resolvi arriscar. Não tinha coragem de olhar nos olhos dela e me declarar, mas mandei um áudio no zap falando tudo o que sentia.

Ela não respondeu e nem apareceu na galeria no dia seguinte. Achei que ela tinha fugido de mim, que eu tinha me enganado e que os sentimentos eram só da minha parte. Fui embora quase chorando, mas à noite, ela me ligou e disse que precisava conversar pessoalmente. Pediu meu endereço e eu passei. Meia hora depois, ela estava na porta da minha casa. Não quis entrar e pediu que eu entrasse no carro dela. Eu entrei, e ela começou a falar. Disse que também estava apaixonada por mim, mas que era muito mais velha e que a família dela nunca aceitaria sua uma relação com outra mulher. Falou que isso não mudaria e que não queria me dar falsas esperanças que nós poderíamos ter um relacionamento normal.

Eu disse que a idade, para mim, não era um problema, e que poderíamos namorar escondidas. Não estava pedindo para ela brigar com os pais, eu apenas queria uma chance para ficar com ela. Ela perguntou se eu tinha certeza do que estava falando, e eu disse que sim. Então, ela se aproximou de mim e me beijou.

Nosso namoro começou ali, mas era complicado. Minha avó não sabia da minha opção sexual, e os pais dela também não. Pelo que ela me contou, a família dela era rica e ela trabalhava na empresa dos pais. Eles faziam de tudo por causa dela, mas eram muito religiosos, e era inaceitável uma mulher namorar outra mulher. Ela amava muito os pais e não queria decepcioná-los. Eu, ao contrário, era pobre. Vivia com minha avó, aposentada, que mal conseguia pagar meus estudos. Meu avô era policial, e quando morreu, minha avó começou a receber dois salários de pensão, mas mesmo assim, vivíamos sem dinheiro.

Quando completamos um ano de namoro, minha avó faleceu. Foi muito triste perder minha avó, mas agora tínhamos minha casa para nossos encontros. Ela ficava comigo o tempo todo que ela podia. Foi nessa época que ela decidiu me contar sobre seus quadros. Disse que a galeria não era do seu amigo Orlando, mas dela. Nunca assinou seus quadros porque sua família nunca aceitaria e ela não queria ficar famosa. Por isso, começou a assinar suas obras como Libélula. A ideia veio porque esses insetos viviam ao redor de uma fonte de água no jardim de sua casa. A janela do cômodo que usava para pintar ficava de frente para essa fonte, e quando pensava em um nome para assinar seus quadros, viu um inseto pousado na janela e decidiu usar isso como sua assinatura.

Passávamos muito tempo juntas, praticamente todo o tempo que ela podia. Não era o essencial, mas era o que tínhamos, e eu estava feliz por tê-la comigo. Depois de um tempo, ela pediu para montar um ateliê aqui. Os pais dela sempre a pressionavam por causa do seu hobby que na visão deles, desperdiçava o seu tempo, então ela disse a eles que doaria suas pinturas para uma instituição de caridade, em vez disso, ela os traria para minha casa. Eu amei a ideia, e ela escolheu o sótão para montar seu ateliê. Na semana seguinte, seus quadros estavam todos aqui. Foram tempos felizes, mesmo com o tempo curto para nos vermos.

Porém depois de dois anos de namoro, ela começou a comandar os negócios da família, e seu pai passou a ir menos à empresa, facilitando nossos encontros. Ela inventava desculpas sobre reuniões que duravam até tarde e viagens de negócios que nunca existiram.

Com o tempo, os pais dela começaram a dar indiretas sobre casamento e netos, e ela disse que precisava arranjar um namorado para acabar com essas insinuações. Foi assim que ela e Orlando começaram um namoro de mentira. Eles se conheciam desde o colegial. Na época, Orlando já namorava o homem com quem vive hoje, mas passava pelo mesmo problema da Isabel. A família dele não aceitaria um filho gay, então o namoro seria uma ótima desculpa para os dois. Esse namoro falso durou muito tempo e ajudou muito nos nossos encontros.

Tudo ia bem, estávamos juntas há três anos, quando comecei a perceber que Isabel tinha mudado. Ela estava triste e raramente ia ao ateliê. Perguntei o que estava acontecendo, e ela contou que estava se sentindo estranha, com fraqueza nos braços ao pintar. Ela achava que era fadiga muscular, mas eu me preocupei e pedi que fosse ao médico. Ela prometeu que iria na semana seguinte, e realmente foi.

Ela contou que o médico pediu alguns exames, mas que provavelmente não era nada grave. Foi nessa época que ela começou a falar da galeria que queria abrir e que me queria como responsável. No início, não queria, mas ela disse que eu já iria me formar em administração, eu poderia estudar mais sobre artes, me informar como gerir uma galeria e que Orlando me ajudaria. Ela parecia querer muito aquilo, e as ideias dela eram ótimas. Acabei embarcando na ideia e, dali em diante, me dediquei a estudar sobre o assunto. Não queria decepcioná-la. Isabel voltou a pintar, ela estava muito mais focada e pintava por muito mais tempo. Porém, notei mudanças em sua pintura. Não transmitiam mais tanta felicidade, e as cores não eram tão vibrantes. Até a questionei, e ela disse que só queria mudar um pouco seu estilo.

Mas as coisas mudaram muito no nosso último ano juntas. Isabel só dava atenção à sua pintura. Praticamente paramos de ter relações sexuais frequentementes. Nos momentos em que estávamos juntas, ela só falava da galeria, que já estava em construção em um galpão da família dela. Ela organizou tudo, como se eu fosse a dona e tivesse alugado o galpão para construir a galeria.

Reclamei várias vezes que ela estava distante. Cheguei a pensar que ela não me amava mais, mas toda vez que eu a questionava, ela me enchia de beijos e jurava que me amava mais do que tudo na vida. Passei um bom tempo confusa com isso. Quando faltavam uns vinte dias para a inauguração da galeria, ela fez uma surpresa para mim no sótão. Montou uma cama no chão, encheu o lugar de flores e balões em forma de coração, montou uma mesa de jantar, e tivemos uma noite incrível. Tivemos um jantar romântico e fizemos amor. Não foi como antes; ela parecia sem entusiasmo, mas no mais, foi perfeito.

Até eu acordar no dia seguinte e perceber que não estava ao meu lado. Em vez disso, havia um pen drive e um bilhete com algumas instruções. Eu não entendi nada, mas segui o que dizia no bilhete e conectei no computador do escritório que ela tinha montado aqui.

Foi o dia mais triste da minha vida. Nunca chorei tanto como naquele dia, nem mesmo quando vi a notícia sobre sua morte na TV, mais de um ano após aquele dia. No pen drive, havia um vídeo de quase meia hora. Ela começou se desculpando por não estar ao meu lado e por nunca mais poder fazer isso. Pedia desculpas pelo sofrimento que iria me causar nos próximos meses, mas tentaria fazer de tudo para que, mesmo depois de sua partida, ainda pudesse, de alguma forma, me ajudar a ser feliz.

Naquele momento, achei que ela tinha me deixado, mas conforme o vídeo avançava, eu entendi o que estava acontecendo. Ela contava que os exames revelaram que tinha ELA e que não havia o que fazer, a não ser esperar pela morte. Pediu ao médico alguns remédios que lhe dessem, pelo menos, alguns meses a mais comigo. O médico atendeu ao pedido, mas esse tempo tinha um limite, e esse limite estava chegando ao fim.

Ela pedia para eu não tentar procurá-la, pois pediu aos pais para não deixasse ninguém se aproximar dela. Ela não queria que eu a visse morrendo em uma cama. Em vez disso, queria que eu focasse em fazer nossa galeria funcionar. Deixou uma autorização por escrito, que eu era a dona de todas as suas obras, e me pediu para cumprir o que tínhamos planejado para a galeria. Ela explicou mais algumas coisas e, ao final, implorou para que eu seguisse minha vida e fosse feliz. Que estaria olhando por mim lá de cima.

Fiquei desesperada quando o vídeo acabou. O pior é que não havia como fazer nada. Fiquei muito mal durante meses e, mesmo assim, fiz das tripas coração para cumprir tudo o que ela pediu. Mas não vou negar que houve dias em que pensei em desistir, desistir de tudo e ir encontrá-la em outro plano. Mas eu não tinha coragem para fazer isso, e não podia deixar de cumprir o que ela pediu.

O tempo passou, e eu sabia que ela ainda estava viva e sofrendo. Essa maldita doença destrói o corpo, mas mantém a memória e a consciência. Você sofre até o último respiro. Eu estava sofrendo, mas sabia que ela ainda estava sofrendo mais. Depois de mais de um ano, vi a notícia de sua morte na TV. Foi horrível. Não desejo isso a ninguém, mas sobrevivi, e o tempo foi curando as dores.

Fiz tudo o que ela me pediu. Só faltam duas coisas: terminar seus quadros e ser feliz. Para a primeira, você pode me ajudar. A segunda, não sei quando conseguirei, mas espero um dia conseguir. Acho que é isso. Com o tempo, vou te contando mais detalhes e esclarecendo alguma curiosidade que você tenha.

Eu até queria dizer algo para Valentina naquele momento, mas só sabia chorar. Sem dúvida, foi a história mais triste que já ouvi. Não sei como ela suportou tudo aquilo, mas com certeza, ela era a mulher mais forte que já conheci.

Continua…

Criação: Forrest_Gump

Revisão: Whisper

( Qualquer erro, incoerência, dica, crítica ou elogio, podem deixar nos comentários 🤝🏻)

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Foto de perfil de Forrest_GumpForrest_GumpContos: 456Seguidores: 99Seguindo: 61Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

Comentários

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A forma como Valentina ainda cuida da memória da mulher que amou é bonito e devastador ao mesmo tempo. Terminar esses quadros parece uma forma de finalizar um ciclo, uma maneira delicada de finalmente conseguir e poder dizer adeus.

Achei simbólico, a Libélula, um inseto que vive pouco, mas é cheio de leveza e cor. Isabel foi exatamente isso, ela pintava o efêmero, mas deixou um legado que resistiu à doença, ao tempo e até à morte.

Eu achei que ia morrer no ano passado, então escrevi cartas. Grazadeus ninguém precisou ler 🙌🏽

Diferente de Isabel, eu não sobreviveria 1 dia sem a mulher que eu amo ao meu lado, contudo, entendo perfeitamente a decisão dela. É duro ver quem amamos sofrendo por uma realidade que não podemos mudar e ainda mais, no caso da personagem, tendo ciência de tudo ao seu redor, vendo o tempo passar e também vendo as pessoas se desgastarem nessa função.

Esse capítulo doeu. Ele é magnífico do início ao fim.

Uma vez eu comentei com o Ryu sobre uma publicação dele que a arte, às vezes, é desconfortável, e hoje lendo esse capítulo eu senti algo diferente que despertou em mim a vontade de agradecer por não ser a Libélula e nem acordar com um pendrive (ou cartas) ao meu lado. Ambos foram cenários extremamente doloridos...

Você é um escritor extraordinário, Beto!!!

Não tenho mais elogios para dedicar ao Rei do Site. Todos parecem abaixo do que essa obra prima que você está construindo, merece 👑❤️

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Provavelmente Valentina se agarrou aos pedidos que Isabel deixou para ter algum motivo para continuar vivendo, porque o que ela passou é algo que destrói qualquer um. Porém com o tempo ela foi conseguindo fazer tudo que Isabel pediu, agora só falta dois e só um deles depende dela, terminar os quadros. Ser feliz não é uma opção de escolha, é algo que depende de vários fatores, então provavelmente terminar os quadros será o último e talvez ele se concretize no momento certo, no momento que ela já consiga seguir em frente 🤷🏻‍♂️

Eu escolhi a Libélula justamente por isso, eu já tinha lido uma história com esse nome, justamente por esse lado simbólico que você falou, vou até usar no texto, mas como você comentou, achei legal contar, até porque é só um pequeno e spoiler 🤭

Graças a Deus mesmo 🙏🏻🙏🏻🙏🏻

Eu também entendo a Isabel, claro que Valentina sofreu, mas acho que se ela estivesse ao lado da Isabel nos últimos meses o sofrimento iria ser maior, além que para Valentina poder ficar ao lado dela envolveria outras coisas, como ela contar aos pais sobre Valentia, no fim acho que sua decisão foi compreensível 🤷🏻‍♂️

Esse capítulo doeu até para escrever, era para ser bem maior, provavelmente daria uns dois capítulos a história das duas, mas resolvi encurtar, ficar prolongando algo triste as vezes não vale apena para a história, até porque acho que o resumo já dá para entender o que aconteceu 😢

Concordo com você, acho que é algo horrível em qualquer uma das situações, eu sinceramente nem consigo imaginar o quanto isso deve ser doloroso 🙁

Muito obrigado Lore 🤗🌹

Eu que não tenho palavras para agradecer seus elogios, só posso dizer obrigado, mesmo que pareça muito pouco para agradecer, não só os elogios, mas o opoio que você me dá sempre ❤️

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Gosto de pequenos spoilers como esse 😍😂

Algo que esqueci de comentar: No início da história, quando Nora está descrevendo o estilo da Libélula, ela já cita a falta de firmeza nos traços dos últimos quadros, agora sabendo da ELA, faz todo sentido. Mais uma vez os detalhes enriquecendo a sua trama!

😘❤️😘❤️😘❤️😘❤️😘❤️😘❤️😘❤️

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Juh fala que eu dou mais pista nos comentários que na própria história, que as vezes meus comentários são uma enxurrada de spoilers 😂😂😂

Sim, tem esse detalhe mesmo, era pequenas migalhas que eu deixava do que estava por vir 🤭

🤗🌹😘

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Me identifico contigo 😂😂😂😂😂😂😂😂

Gênio ✍🏽🧠❤️

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Q triste, eu n sei nem o q comentar 🥺

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Eu sabia que essa parte seria triste, era até para ser maior a parte da história das duas, mas eu procurei resumir o máximo possível, porque até de escrever, foi triste 😢

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Estou na primeira linha e já perdi uma aposta 😂

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🤦🏻‍♂️😂😂😂😂😂😂😂😂

Acho que muitas apostas seram ganhas e perdidas nesse capítulo, ele vai ser o mais revelador da história 🤭

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Bora ler mais um 📖

👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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