Desejo de Verão Entre Primos (Capítulo 6)

Um conto erótico de JustMe00
Categoria: Homossexual
Contém 1246 palavras
Data: 04/10/2025 01:27:56

✧ O Toque Terapêutico ✧

Passaram-se dois dias desde o incidente do banheiro. Dois dias em que Tiago se moveu pela casa com uma consciência elevada de cada gesto, cada palavra trocada. Ele evitava olhar diretamente para Daniel por muito tempo, com medo de que seu desejo estivesse estampado em seu rosto. Mas a imagem de Daniel no chuveiro era uma assombração persistente, sobrepondo-se a tudo. Quando Daniel ria, Tiago lembrava de seu peito nu. Quando Daniel se inclinava para pegar algo, Tiago lembrava de suas costas molhadas.

Naquela tarde, Daniel passou horas arrancando ervas daninhas e capinando uma área no fundo do jardim sob o sol impiedoso. Quando finalmente entrou em casa, estava coberto de suor e terra. Ele foi direto para o chuveiro — desta vez, Tiago se certificou de ficar bem longe do corredor — e reapareceu minutos depois, com uma toalha amarrada na cintura e outra secando o cabelo.

"Acho que estou ficando velho", ele gemeu, sentando-se pesadamente em uma cadeira na sala de estar. Ele arqueou as costas, tentando esticar os músculos. "Dei um mau jeito nas costas. Bem aqui." Ele apontou para a área entre as omoplatas.

Tiago, que estava tentando ler no sofá, levantou os olhos do livro. O coração dele deu um pequeno salto. O peito de Daniel estava exposto, os pelos escuros ainda úmidos do banho. As gotas de água brilhavam em sua pele bronzeada. Era uma visão quase tão potente quanto a do banheiro.

"Quer uma massagem?", as palavras saíram da boca de Tiago antes que ele pudesse detê-las. A oferta ficou pairando no ar, carregada de um potencial perigoso.

Daniel olhou para ele, uma sobrancelha arqueada em surpresa. "Você sabe fazer massagem?"

"Eu... me viro", Tiago disse, a voz um pouco instável. "Aprendi algumas coisas na internet. Para dor nas costas, essas coisas." Era uma mentira, mas uma mentira que ele estava disposto a sustentar.

Daniel pareceu considerar por um momento. Então, deu de ombros, um sorriso cansado em seus lábios. "A essa altura, eu aceito qualquer coisa. Não consigo nem girar o pescoço direito." Ele se levantou. "É melhor no sofá. Deita aí."

O comando era simples, mas enviou um tremor através de Tiago. Daniel deitou-se de bruços no sofá, a cabeça virada para o lado, de frente para Tiago. A toalha ainda estava amarrada em sua cintura, cobrindo-o da cintura para baixo, mas suas costas inteiras, largas e musculosas, estavam expostas, um convite aberto.

Tiago se levantou, as pernas um pouco trêmulas. "Temos algum óleo ou creme?", ele perguntou, tentando soar profissional.

"Acho que tem um óleo de amêndoas no armário do banheiro", Daniel respondeu, a voz abafada pelo estofado do sofá.

Tiago foi buscar. Encontrou o frasco e voltou para a sala, o coração batendo descontroladamente. Esta era a sua chance. A chance de tocar, de explorar, com uma desculpa plausível. Ele derramou uma quantidade generosa do óleo em suas mãos, esfregando-as para aquecê-lo. O cheiro era doce e suave.

Ele se ajoelhou no chão ao lado do sofá. "Ok, aqui vou eu", ele murmurou, mais para si mesmo do que para Daniel.

Ele pousou as mãos nas costas de Daniel. A pele dele era quente e firme sob seu toque. O contato inicial foi elétrico. Tiago sentiu um arrepio percorrer seus próprios braços. Ele começou a espalhar o óleo, suas mãos deslizando suavemente pela pele de Daniel. A sensação era incrível. A lisura do óleo, o calor da pele, a textura dos músculos por baixo.

Ele começou com os ombros, usando os polegares para aplicar pressão, tentando lembrar de vídeos que ele nunca tinha assistido. Daniel soltou um suspiro de satisfação. "Nossa... isso é bom."

O som encorajou Tiago. Ele se tornou mais ousado. Suas mãos desceram pelas costas largas de Daniel, seguindo a curva de sua coluna. Ele podia sentir cada vértebra, cada músculo tensionado. Ele trabalhou a área que Daniel havia indicado, amassando os nós de tensão com os nós de seus dedos. Daniel gemia suavemente a cada pressão bem aplicada, e cada som era como combustível para o fogo de Tiago.

O ato começou como uma massagem, mas lentamente, imperceptivelmente, transformou-se em uma carícia. As mãos de Tiago não estavam mais apenas aliviando a dor; estavam explorando. Seus dedos traçavam os contornos das omoplatas de Daniel, mergulhavam na curva de sua cintura, roçavam a borda da toalha. Ele estava em um transe sensorial, perdido no mapa do corpo de seu primo.

Ele se inclinou para a frente, seu rosto pairando a centímetros das costas de Daniel. Ele podia sentir o cheiro da pele dele, uma mistura do sabonete e do óleo de amêndoas. Era inebriante. Ele queria provar.

O pensamento era louco, mas ele não conseguiu resistir. Com uma coragem que não sabia que possuía, ele se inclinou ainda mais e pressionou os lábios suavemente na pele oleosa do ombro de Daniel.

Daniel congelou.

Tiago prendeu a respiração, o coração parando em seu peito. Ele tinha ido longe demais. O silêncio se esticou, pesado e tenso. Ele estava prestes a recuar, a pedir desculpas, a inventar uma desculpa esfarrapada, quando Daniel falou, a voz rouca e baixa.

"O que você está fazendo, Tiago?"

Não havia raiva na pergunta. Havia... algo mais. Uma curiosidade tensa.

Tiago não respondeu com palavras. Em vez disso, ele deixou sua língua sair e traçar um caminho úmido na pele de Daniel. Daniel estremeceu sob seu toque, um tremor que percorreu todo o seu corpo.

Então, lentamente, Daniel começou a se virar. Ele se apoiou em um cotovelo, virando-se para encarar Tiago. Seus olhos castanhos estavam escuros, a respiração visivelmente mais pesada. Ele olhou para Tiago, que ainda estava ajoelhado no chão, e depois para as mãos de Tiago, que agora repousavam em seu peito.

O momento era elétrico. A desculpa da massagem havia se dissolvido, deixando apenas a verdade crua de seu desejo mútuo no ar entre eles.

Tiago, sentindo uma onda de audácia, não recuou. Seus olhos estavam fixos nos de Daniel enquanto sua mão deslizava pelo peitoral dele. Os pelos do peito eram macios e escorregadios por causa do óleo. Ele circulou o mamilo de Daniel com o dedo, e viu a ponta se enrijecer instantaneamente. Daniel fechou os olhos, um suspiro sibilante escapando de seus lábios.

O convite silencioso era inconfundível. Tiago se inclinou para a frente, sua boca substituindo seu dedo. Ele tomou o mamilo de Daniel em seus lábios, chupando suavemente a princípio, depois com mais força. Daniel ofegou, sua mão vindo para a nuca de Tiago, seus dedos se entrelaçando no cabelo liso e preto. Ele não o empurrou. Ele o puxou para mais perto.

Tiago se sentiu poderoso, desejado. Ele moveu sua atenção para o outro mamilo, lambendo, mordiscando, enquanto sua mão continuava a explorar o peitoral quente e escorregadio. Ele podia sentir o coração de Daniel batendo furiosamente sob sua palma.

Ele se afastou, o rosto corado, os lábios brilhando com óleo e saliva. Ele olhou para Daniel. Os olhos de seu primo estavam semicerrados, os lábios entreabertos. A expressão era de pura luxúria.

"Tiago...", Daniel sussurrou, a voz quase irreconhecível.

O toque terapêutico havia se transformado em algo totalmente diferente. Havia quebrado a barragem final. Não havia mais como fingir, não havia mais como se esconder atrás de toques acidentais ou olhares roubados. A massagem havia se tornado um prelúdio, e ambos sabiam, no silêncio carregado da sala, que o ato principal estava prestes a começar. O ar crepitava com a promessa do que estava por vir.

Continua...

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Sensacional, é a palavra que descreve este conto.

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