Quem Vai Comer a Advogada Evangélica? - Capítulo 10

Um conto erótico de Jonas
Categoria: Grupal
Contém 5645 palavras
Data: 05/10/2025 17:05:30

AVISO AOS LEITORES: Este capítulo não tem cenas de sexo e é bem menor que a média dos capítulos usuais. No entanto, ele é bastante importante porque traz eventos que repercutirão em praticamente todas as séries da novela.

Olá, leitores. Meu nome é Jonas. Sou um professor universitário comum de 46 anos. Mas essa história não é sobre mim. É sobre quem vai comer minha vizinha evangélica, Rebecca.

A Rebecca era a minha vizinha do apartamento do lado, uma advogada evangélica batista. Tinha por volta de uns 28-30 anos, não me lembro exatamente. Altura mediana, pele clara, feições suaves, olhos castanhos claros que pareciam sempre analisar tudo ao redor. Os cabelos, castanhos claros longos e ondulados. Seu corpo era proporcional. Seios médios, mas firmes, cintura marcada, quadril levemente acentuado. Uma bunda empinada que se destacava em qualquer vestido justo ou calça colada ao corpo. Pernas torneadas, resultado das aulas de pilates e musculação que ela praticava religiosamente.

Ele é casada com meu colega professor da mesma faculdade, Maurício. Ele também é evangélico, daqueles bem rígidos e conservadores. Eles são crentes tão fervorosos, de irem ao culto toda a semana, vestidos daquela forma estereotipada, que parecem nem fazer sexo.

Mas na privacidade das quatro paredes, eles gostavam de uma putaria das boas, botar ela de quatro e socar até as pessoas do quarto ao lado ouvirem os choques da virilha dele com a bunda dela. Sei disso porque testemunhei uma dessas fodas e tenho uns registros dela. Vai que elas se provem úteis algum dia para algo além de homenagens.

Nos capítulos anteriores, a Rebecca veio se hospedar no meu apartamento enquanto o dela estava em reformas e o Maurício estava viajando na Itália. Quem se aproveitou disso foi o meu sogro, seu Raimundo, que usou toda a sua lábia nela. Mas não conseguiu nada durante essas semanas e ela voltou pra sua casa. Por outro lado, eu consegui várias fotos incriminadoras dos dois e as divulguei em segredo ao Maurício.

O nosso capítulo começa por volta das 13h do sábado.

Eu estava sentado no sofá, assistindo uma temporada boa do Arquivo X, quando o velho Raimundo passou pela porta do meu apartamento, ajeitando o chapéu como quem se despedia. Ele saiu e esqueceu a porta aberta.

Bufando, fui fechar a porta e, então, pareceu como se a sorte tivesse um apreço especial por mim. E, por sorte, digo que foi porque me levantei com o celular.

Perto da porta, pude ver quando o Maurício saiu do seu apartamento, quase como se estivesse à espreita.

O olhar dele? Quente. Não de raiva contida, mas de raiva à beira do estouro. O corpo rígido, os olhos faiscando, o andar curto e pesado. Eu mal precisei ajeitar a postura para entender que aquilo seria melhor que qualquer seriado. E preparei a câmera pra filmar.

— Seu Raimundo! — berrou Maurício, e a voz dele soou como um trovão no corredor. — Acha que eu sou idiota?

O velho Raimundo virou-se com a serenidade de quem já tinha visto muito na vida, e talvez exatamente por isso não se deixava impressionar.

— Não sei do que está falando, senhor Maurício. Mas não gosto de ser tratado assim — respondeu o velho, educado.

Maurício não deixou nem o eco apagar.

— Sei bem o tipo de sujeira que você sempre fez! Sempre cercado de mulher, sempre enfiado onde não devia. E corrompeu a minha esposa?!

— Você está enganado — disse seu Raimundo. — Sempre tratei a Rebecca com respeito. Sempre.

Maurício deu um passo adiante, as mãos cerradas.

— Respeito?! — rugiu. — Você se fez de amigo! Fez pose de sábio, de conselheiro... E ficou se esfregando na minha esposa, cercando ela, sorrindo pra ela... Acha que eu não percebi?! Acha que eu sou um otário?!

O seu Raimundo, com uma paciência quase comovente, respirou fundo.

— Maurício, isso não é jeito de falar. Está perdendo o controle por uma coisa que nunca existiu. Eu nunca faltei com a sua esposa. Nunca.

— Cínico! — gritou Maurício. — Você sempre foi um velho safado! Só se faz de santo pra enganar os outros. E se não fosse pelo que eu vi...

Ele parou, se contendo, os punhos tremendo. Raimundo deu um meio passo atrás, não por medo, mas como quem não queria escalar a situação.

— Não precisa disso, Maurício. Você é um homem inteligente. Sabe que está cometendo um erro.

— O único erro que eu cometi — rosnou Maurício, avançando — foi deixar um velho safado desses se aproximar da minha mulher!

E antes que qualquer um dissesse mais uma palavra, ele empurrou o Raimundo com força no peito.

O velho caiu no chão, batendo o ombro no piso, o impacto seco ecoando no corredor. Ele era esperto, mesmo com a idade. Sabia como apanhar. Se tivesse caído de bunda, nessa idade, teria quebrado a bacia. Apoiado com uma mão? Fratura no braço. Escolheu a queda que oferecia maior região pro impacto em pouquíssimo tempo.

Não me mexi pra ajuda-lo. Francamente, o Maurício tinha quase 2 metros de altura, estava em plena forma e estava com ódio no olhar. Eu ia apanhar. De todos os homens do condomínio, os únicos que teriam alguma chance contra ele numa briga seria o Enéias e o Pedro, jogando sujo. Com chute no saco, usando cabo de vassoura como bastão, essas coisas. Até o Antônio, mesmo forte e definido, apanharia no estado que o Maurício estava.

O melhor jeito de ajudar meu sogro era filmando e, depois da surra, pagando as contas hospitalares.

O Maurício deu um passo adiante, a expressão desfigurada pela fúria, claramente prestes a chutar o velho. Estava começando a achar que filmar seria arriscado porque se ele visse, eu também seria o próximo a apanhar. Antes que o velho Raimundo desse adeus às suas costelas, uma voz feminina cortou o ar como uma lâmina.

— Maurício! — gritou Rebecca.

Ela surgiu saindo do elevador com o Rogério ao lado. Em menos de um segundo, os dois estava, na linha de frente. Ele correu pra acudir o meu sogro e ela pra se por em frente àquele touro que chamava de marido.

Ela tinha coragem, admito.

— Defendendo a minha honra! — berrou. — Ou você acha que eu ia aceitar ser feito de palhaço? Depois de tudo o que você fez com esse velho?

— Eu nunca fiz nada com o seu Raimundo, Maurício! Nunca!

— Fez sim! Meretriz! Traidora! Vadia!

— Chega! — gritou Rebecca, com mais firmeza que imaginava dela. — Chega dessas acusações! Chega disso! Eu não sou sua propriedade!

Maurício bufou.

— Ah, claro. Agora vem pagar de vítima. Sempre foi assim, né? Sempre se fazendo de boazinha enquanto enganava todo mundo!

— Enganar?! — Rebecca avançou um passo, o olhar dela queimava. — Eu me casei com você porque fui pressionada! Porque você queria ir pra cama comigo e forçou o casamento pra adiantar isso! Todo mundo na igreja sabia disso! Eu me anulei por anos! Por você! Relevando as suas grosserias, a sua frieza, o seu egoísmo, essa sua mania de se fazer de santo quando não passa de um hipócrita mesquinho! Chega!

Ele tentou falar, mas ela não deixou.

— Eu tolerei quando você me desrespeitou em público, quando me diminuiu pra amigos, quando controlou tudo o que eu fazia. Tolerei porque achava que devia, porque achava que isso era casamento. Mas quer saber? Acabou! Eu não quero mais viver com um homem que me vê como inimiga, que tenta me controlar pelo medo, pela culpa e pela Bíblia!

O Rogério já estava ao lado do seu Raimundo, ajudando o velho a se levantar.

— Está tudo bem? — perguntou Rogério, com atenção.

Seu Raimundo assentiu, ajeitando a gola da camisa, apontando que o ombro estava dolorido. Talvez deslocado.

O Maurício olhou para Rebecca com um misto de choque e fúria.

— Então é isso? Vai me abandonar? Vai jogar nosso casamento fora pra viver como uma libertina vadia? Vai me abandonar, sua puta de merda?

— Sim! Eu vou me divorciar de você — disse Rebecca, e o tom dela era um golpe seco. — E se tentar me impedir, vai ser litigioso. E dessa vez, Maurício, você não vai mais me calar.

Eu quase aplaudi.

O Maurício, vermelho, deu um passo na direção dela e estava para socar ela no rosto. Meu Deus! Não pensava que ele baixaria a esse ponto.

Por sorte, o Rogério se moveu. Muito rápido.

Antes que o punho do Maurício acertasse o rosto da Rebecca, o Rogério já tinha segurado o punho do covarde no ar.

— Se quer brigar, escolha alguém do seu tamanho — disse Rogério, firme, os olhos estreitos.

Coitado do Rogério. Tão certinho que foi a causa da sua morte. Encarar um homem que era 19cm maior que ele e estava furioso a ponto de bater na esposa sem pensar duas vezes. Ia ser um massacre.

Pra surpresa de todos, eu tava errado.

O Maurício tentou se soltar, o Rogério não deixou. O crente girou o corpo e tentou um chute. Um chute raivoso, mas o Rogério desviou com facilidade. Em um movimento seco, Rogério o agarrou por trás, prendendo ambos os braços com firmeza.

Caralho! O Rogério sabia autodefesa! O que era aquilo? Jiu-jitsu? Judô? Não fazia ideia. Sem dar um soco sequer, sem um revide sequer. Pegou o Maurício, pôs no chão e imobilizou. Era o que diziam sobre alguém que sabia lutar de verdade contra um berserker. A diferença é que o Rogério não quer lutar, só impedir ele de machucar a Rebecca e o seu Raimundo.

Agora, o Rogério ia ser o herói do prédio em vez de mim e meu vídeo... Um pouco de inveja, admito.

— Tá maluco, Maurício? — disse Rogério, voz baixa, tensa. — Quer bater numa mulher e num velho? O que deu na sua cabeça?

O Maurício se contorceu, mas Rogério o manteve imobilizado. Limitava-se a mantê-lo contido. Mesmo assim, o evangélico rosnava.

— Covarde! — rosnou Maurício, cuspindo as palavras. — Vai fazer isso só pra depois comer a Rebecca, né? Era isso o tempo todo! Pagar de bom moço pra comer a mulher do outro!

O Rogério soltou um suspiro.

— Eu sempre vou defender os meus amigos — disse Rogério. — E quem não puder se defender. Por favor, Maurício, se acalma antes que tudo piore.

Foi aí que as portas começaram a se abrir. Vizinho é um bicho curioso.

A Rebecca ajeitou a postura e disse, para todos ouvirem:

— Pois agora vai ser litigioso. E com testemunhas.

Eu, do meu canto, continuei gravando. O Maurício esqueceu que a sua esposinha pseudosubmissa era uma advogada... Se fodeu bonito.

Olhei pro Maurício esperneando no chão. Portas se abriam, vizinhos espiavam, celulares eram erguidos. Eu me perguntava como diabos aquele palhaço conseguiu cavar a própria cova em menos de dois minutos.

Eu sempre soube que o seu Raimundo era um velho tarado, fofoqueiro, cínico, manipulador e, claro, um vigarista sem remorso. Mas eu tinha que admitir que o velho tinha princípios, tinha ideais. Ele nunca mentiu sobre quem era. Até pra Rebecca, contou seu passado. E ele nunca usava de violência. Nunca bateu em mulher, nunca começou uma briga ou bateu em quem não podia revidar. Pelo contrário, sempre foi adepto do “quem não resolve no papo, que aceite a derrota”. E eu, por mais que tenha minha cota de desprezo por ele, admito que ele tinha razão nessa filosofia. No papo e na negociação, sim. Pela violência, jamais.

Já o Maurício se achava um homem de Deus. O mestre da retidão, o professor moralista, o exemplo de marido. E, agora, lá estava ele, babando de ódio, empurrando um velho e quase acertando a própria esposa.

Eu posso não ser flor que se cheire, mas o Maurício tinha passado dos limites. Então, era meu dever, e um pouco de diversão, salvar o vídeo que gravei e enviar pro grupo de WhatsApp dos moradores do condomínio. Postei.

Talvez eu tenha começado do ponto em que o Maurício começou a ser agressivo, mas se ele tivesse ficado na discussão e gritaria, nada disso teria acontecido.

Não demorou muito e o estouro não decepcionou.

Eliana: “Gente...”

Leandro: “Mas que confusão foi essa?”

Jéssica: “Gente, ele quase bateu nela. Isso não tem desculpa!”

Marieta: “Isso é uma vergonha! Uma mulher falar em divórcio é sinal dos tempos do fim! A Rebecca devia estar orando, não gritando!”

Irene: “Amém, irmã Marieta! A mulher deve ser submissa ao marido, como diz a Palavra! Efésios 5:22!”

Rita: “Verdade. E esse Rogério? Um homem se intrometendo em briga de casal é absurdo!”

Sílvio: “Os tempos estão perdidos. O marido corrige a esposa e o mundo chama de violência.”

“Corrige a esposa” era uma forma poética de dizer que o Maurício tentou dar um soco nela. Os fanáticos só precisavam de um versículo para transformar crime em liturgia.

Carolina: “Finalmente a Rebecca falou tudo que precisava.”

Anacleta: “Calma, gente. Eu também sou da igreja, mas não é bem assim. Não tem justificativa pra agressão. Ele empurrou um velho no chão e quase bateu na Rebecca!”

Marieta: “A senhora está defendendo o pecado, Anacleta! Ele perdeu a cabeça, mas quem nunca?”

Alessandra: “Quem nunca empurrou um idoso e quase bateu na esposa, né, Marieta?”

A Alessandra não perdoava. O grupo explodiu em reações.

Lorena: “O Rogério fez o certo. Ele impediu uma covardia.”

Enéias: “Eu teria espancado esse Maurício. Rogério foi um banana.”

Jéssica: “Claro que fala isso, Enéias. É fácil ser valente no WhatsApp. O Rogério evitou uma tragédia.”

Enéias: “Não se irrite, doutora. Tô dizendo que homem que é homem vai na trocação, não fica nessa frescura de imobilizar.”

Pedro: “Esse sojado tem mesmo déficit de testosterona.”

Érico: “Eu tô indo pra lá. Não vou deixar o Rogério e o seu Raimundo sozinhos.”

Antônio: “Vou também. Esse Maurício que tente alguma coisa.”

Letícia: “E o que você vai fazer? Apanhar no lugar dos dois?”

Marieta: “Eu sempre disse. Mulher que se mistura com quem não é da fé acaba nisso. Se guardasse sua decência, não estaria nessa.”

Ângela: “Pois é. Essa Rebecca vive se exibindo na piscina, ainda por cima com esse velho...”

Eliana: “Vocês estão de brincadeira? A Rebecca quase apanhou! Ou vocês acham normal esse tipo de coisa?”

Lorena: “É o cúmulo vocês culparem a vítima.”

Jéssica: “Vocês têm noção do que estão dizendo?”

Letícia: “E eu já mandei o vídeo no grupo da faculdade. Quero ver como o pastorzinho vai se explicar.”

Alessandra: “Acabei de fazer o mesmo no grupo dos professores.”

Carolina: “Bem feito.”

Andréia: “A Rebecca devia era ter metido um processo no Maurício.”

Eliana: “Concordo. E ela não falou nada que não fosse verdade. Aquilo foi a gota d'água.”

Carlos: “Espero que a Rebecca esteja bem.”

Eliana: “Tomara mesmo. Ela precisa de apoio, não de julgamento.”

Carolina: “Perfeita, Eliana. O que aconteceu foi abuso. Empurrar um velho e ameaçar a mulher é crime.”

Irene: “A palavra ‘abuso’ é muito usada hoje em dia. Antigamente isso era correção.”

Lorena: “E antigamente a mulher morria calada. Que bom que o tempo mudou.”

Sarah: “Tá certíssima, Lorena. O Rogério foi corajoso.”

Antônio: “Caralho, o Rogério foi foda. Segurou na moral. Outro teria precisado descer a mão.”

Raquel: “Eu já desconfiava desse Maurício. Não gostava dele desde que olhou torto pra Larissa.”

Assis: “Homem arrogante. Um dia ia acontecer algo assim.”

Larissa: “Gente, que vídeo bizarro. O Rogério foi um herói. Se não fosse ele, a Rebecca taria no hospital.”

Ângela: “Ah, que horror. No meu tempo não tinha dessas coisas.”

Larissa: “No teu tempo as mulheres apanhavam e morriam quietas, Ângela.”

Dona Lourdes: “E o coitado do seu Raimundo? Ninguém vai falar dele?”

Dona Cida: “Coitado mesmo! Deve ter quebrado o quadril.”

Tatiana: “Isso é um retrato do que acontece quando a violência vira normal. E o síndico, não vai se pronunciar?”

Síndico Alberto: “Gente, calma. Vamos manter o respeito. Eu tô vendo o que fazer.”

Ninguém respeitou. O grupo virou uma guerra de emojis e versículos.

Marieta: “Mulher virtuosa não provoca o marido. Provérbios 31.”

Alessandra: “Homem decente não empurra idoso e não tenta agredir mulher. Código Penal, artigo 129.”

Enéias: “Alessandra virou advogada agora?”

Letícia: “Pelo menos ela sabe o que fala.”

Antônio: “Esse Maurício devia era ser expulso do prédio.”

Ângela: “Tudo isso por causa dessa mulher e do velho safado.”

Anacleta: “Vamos orar por eles... Mas a Rebecca procurou.”

Eliana: “Vocês vão é orar pra vocês pararem de falar besteira.”

Andréia: “Eu quero ver o Maurício explicar essa vergonha pros amigos crentes dele.”

Alessandra: “E pra Justiça.”

Carolina: “Justiça é o mínimo.”

Carolina: “Se fosse uma mulher querendo esmurrar um homem a troco de nada, tavam todas as crentes daqui acusando de feminazi.”

Jéssica: “Exatamente. Dois pesos, duas medidas.”

Odete: “Deixa eles se morderem. O que importa é que o Rogério impediu o pior.”

A cada mensagem, o grupo se dividia mais. Evangélicos contra liberais, moralistas contra feministas. Não imaginava que o vídeo, além de expor o Maurício, iria abrir rachaduras em todo o prédio.

Marieta: “Se fossem só dois homens brigando, não tavam fazendo drama. Mas é só ser mulher que o mundo inteiro se levanta.”

Irene: “Exatamente, irmã Marieta! E essa Rebecca ainda quer se divorciar! Deviam tirá-la do prédio, é má influência.”

Sílvio: “E o Rogério devia ser punido também. Ele agrediu o Maurício!”

Anacleta: “Ele só conteve o Maurício, Silvio! Ninguém viu ele bater!”

Rita: “Quem garante? O vídeo corta antes!”

Era até engraçado. O vídeo mostrava o Rogério segurando o Maurício com calma, mas bastava querer ver violência que o pessoal da igreja via sangue.

Tatiana: “Vocês têm certeza de que querem punir o homem que evitou uma agressão?”

Marieta: “Ele devia ter deixado o casal resolver entre eles! Não é função dele se meter em relação de marido e mulher.”

Andréia: “E deixar a Rebecca apanhar? Você é maluca, Marieta.”

Marieta: “Respeite os mais velhos!”

Larissa: “Mais velhos e mais atrasados, né. Porque o pensamento de você é da Idade da Pedra.”

Rita: “Olha o desrespeito! Essa juventude é toda perdida!”

Lorena: “A juventude é perdida, mas não é covarde. Rogério fez o certo.”

Enéias: “Fez o certo? Sei... estranho ele se meter tanto pra defender a Rebecca.”

Ah, lá vinha. Sempre tinha um que joga lenha.

Alessandra: “O que você quer insinuar, Enéias?”

Enéias: “Nada não. Só acho curioso esse heroísmo repentino.”

Jéssica: “Curioso é você falar besteira. Rogério é decente.”

Odete: “Jéssica, não perde tempo com ele. Enéias fala o que quer pra ver se ganha atenção.”

Enéias: “Só tô dizendo o que todo mundo pensou.”

Sarah: “Não, querido. Você que tem mania de se colocar como macho-alfa de grupo.”

Tatiana: “Concordo com a Sarah. O Rogério agiu por empatia. Não é preciso estar de caso pra ter decência.”

Letícia: “E mesmo que tivesse, não é da conta de ninguém.”

Marieta: “Então vocês acham bonito adultério agora?”

Carolina: “Não, Marieta. A gente acha bonito homem não bater em mulher.”

Eliana: “Não distorçam as coisas. O Rogério impediu uma agressão. Ponto.”

Carlos: “Exatamente. Esse tipo de situação exige bom senso, não fofoca.”

Tatiana: “A gente precisa discutir é o comportamento do Maurício, não o do Rogério.”

Síndico Alberto: “Pessoal, calma. Eu vou abrir uma investigação interna sobre o caso.”

Alessandra: “Investigar o quê? O vídeo tá aí!”

Síndico Alberto: “Sim, mas o Maurício não tocou na Rebecca. Quem tocou no Maurício foi o Rogério.”

Síndico Alberto: “Portanto, o verdadeiro caso aqui é a agressão do Rogério ao Maurício.”

Síndico Alberto: “Preciso verificar o estatuto.”

Lorena: “Você só pode estar brincando, Alberto.”

Odete: “Investigar o Rogério?”

Andréia: “O vídeo literalmente começa com o Maurício empurrando um velho de 73 anos!”

Síndico Alberto: “A suposta agressão do Maurício ao Raimundo não anula a agressão do Rogério ao Maurício.”

Odete: “Você devia estar pensando em chamar a polícia pro Maurício.”

Síndico Alberto: “Eu só tô fazendo o meu papel, gente.”

Rita: “Muito bem! Finalmente uma atitude correta!”

Irene: “Amém! Que a verdade venha à tona.”

Revirei os olhos. O síndico fraco tentando agradar a todos. Covarde, indeciso e com medo de perder votinho.

Andréia: “Alberto, você é um banana.”

Síndico Alberto: “Ei, vamos manter o respeito.”

Larissa: “Respeito é o que faltou ao Maurício quando empurrou um velho.”

Arnaldo: “E quando ele quase bateu na mulher.”

Dona Lourdes: “E ainda foi filmado! Que vergonha!”

Dona Cida: “Eu avisei que esse povo da faculdade é problemático.”

Alessandra: “Ah, claro, a culpa é da educação agora?”

Marieta: “A culpa é do pecado.”

Lorena: “A culpa é da lavagem cerebral que vocês recebem na igreja.”

Sarah: “E da falta de bom senso.”

Enéias: “E da covardia.”

Jéssica: “Não, Enéias, a covardia é sua.”

O grupo explodiu por toda a tarde. A guerra santa do prédio estava só começando.

A poeira não baixou pelo resto da tarde. Acho que as únicas pessoas que não estavam sabendo da treta eram a Natália e o zelador Zé Maria, que estavam sumidos, e o porteiro seu Geraldo, que estava de folga. Mas aposto que mesmo eles devem ter recebido o vídeo nos grupos de WhatsApp dos funcionários ou dos professores da engenharia elétrica.

Naquela noite, lá estávamos eu e Cinthia no apartamento da Rebecca e do Maurício. Tecnicamente, viemos pra “ajudar”, mas sejamos francos: ninguém ali estava por caridade. A curiosidade nos moveu. Enquanto isso, o piedoso Maurício passava a noite na igreja, com meia dúzia de beatos orando pela “paz interior dele”. Que piada deliciosa.

O apartamento estava cheio. Rogério, Jéssica, Carlos, Eliana, Leandro, Lorena, Sarah e Érico. Cada um tentando parecer mais moralmente indignado que o outro.

A Jéssica estava de jeans colado e camiseta branca. O tecido marcava os pequenos seios e a cintura firme. Aquela mulher tinha o dom de parecer recatada e provocar ao mesmo tempo. O cabelo castanho combinava com a pele amendoada.

A Eliana, por outro lado, parecia saída de um comercial de academia: legging escura, top por baixo da blusa, barriga de tanquinho insinuando sob o tecido. Aqueles olhos verdes varriam o ambiente. O Leandro ao lado, todo tenso, parecia meio imbecil.

A Lorena usava um shortinho e regata azul-claro. Era simples, mas o corte justo colava nas curvas como se pedisse atenção. O sorriso de canto, aquele jeitinho debochado, tornava tudo ainda mais provocante.

A Sarah estava mais discreta, calça preta e blusa leve, mas o tecido delineava os seios generosos e o quadril arredondado. Ela se movia devagar, tentando parecer serena, mas os olhos traíam um desconforto. Difícil saber a razão.

Érico, Carlos e Rogério ficavam de guarda perto da porta, parecendo seguranças de terceira categoria esperando que o Maurício chegasse com uma tropa da igreja para impedir a mudança da (ex-)esposa. As mulheres ajudavam a Rebecca a enfiar roupas em duas malas enormes. Ela estava decidida, fria. Definitivamente, se ela já tinha sido uma mulher submissa ao Maurício, não era mais.

A Rebecca vestia uma calça jeans de cintura alta e uma blusa de manga comprida. Nada chamativo, mas o corpo dela fazia o resto. Quadris desenhados, seios pequenos porém firmes, e um rosto de serenidade estranha. Bonita de um jeito novo, de quem enfim desistiu de agradar.

— Pra onde você vai, Rebecca? — perguntei, fingindo preocupação.

— Vou ficar no apartamento do senhor Carlos por enquanto — respondeu ela, sem parar de arrumar. — O senhor Carlos gentilmente ofereceu um quarto pra mim lá. Pra que eu não tivesse que procurar um hotel.

O Carlos assentiu, confirmando com um ar de quem sabia mais do que dizia.

— Ué... no apartamento do Carlos? — estranhou Jéssica. — Mas lá só tem dois quartos. E, agora, que eles se divorciaram, os dois estão ocupados. Um do Carlos e o outro da Odete. Não tem onde você ficar.

A Rebecca parou e olhou pra Carlos e Eliana. A Eliana olhou pra Carlos. O Carlos olhou pra Rebecca. Aquele era um curto-circuito estranho, porém interessante. Anotei aquela informação. Finalmente, Carlos pigarreou:

— Nós temos umas redes. A minha ideia era ela dormir na sala por enquanto. Até ela achar um canto novo.

— Se for o caso, ela pode ficar lá em casa — interveio Eliana, apressada. — Temos quarto de hóspedes.

— Não, Eliana — cortou Leandro. — A gente não vai se meter nessa briga mais do que já está se metendo. Desculpe, Rebecca, mas eu prefiro ser imparcial.

Eliana olhou pra ele, incrédula. A tensão entre os dois ficou palpável pra todos. Todos notaram.

Enquanto isso, Rogério e Jéssica se entreolhavam em silêncio, trocando olhares que diziam mais do que qualquer frase. Eu percebi. Aliás, todo mundo percebeu. Só fingimos não ver.

Todo mundo sabia a razão da hesitação do casal perfeitinho. Duas horas atrás, o Enéias tinha conseguido, sabe-se lá como, prints das câmeras de segurança do condomínio que foram instalados no começo da semana. Elas eram mais modernas e dava pra ver nitidamente quem era quem. E mostravam a Rebecca e o Rogério andando juntos, conversando agradavelmente, nas áreas comuns. Os dois saindo e chegando juntos no mesmo carro. Coisas assim.

Nada ali provava nada, eu sabia. Qualquer um que conhecesse os dois, sabiam que eles trabalhavam próximos e, por vezes, ofereciam carona um pro outro. Até pra liberar o carro pra Jéssica. Bem como sabiam que o Rogério era meio afeminado com esse negócio de ser amiguinho de várias mulheres. Provavelmente, estava falando da Jéssica ou de moda. Na verdade, era até engraçado que o Maurício só passou a parar de fazer escândalo sobre a Rebecca andar sozinha com ele de carro quando eu o convenci que o Rogério devia ser gay enrustido, pra andar com tanta mulher sem dar em cima de nenhuma.

Mesmo sendo prints inocentes de conversas, fora de contexto, eram combustível puro pro povo histérico da trupe da Marieta que queria linchar a Rebecca por trair o marido ao não aceitar se submeter a ele. E, claro, ninguém se importava com o fato do Enéias ter possivelmente cometido um crime ao conseguir e divulgar imagens de câmera de segurança. A moralidade desse prédio era um circo.

Rogério abriu a boca pra dizer algo, mas Jéssica o calou com uma cotovelada disfarçada.

Eu quase ri. Quase. A Jéssica tinha caído direitinho no que, supunha, ser a armadilha do Enéias. Ela não ia deixar o marido oferecer o quarto de hóspedes pra Rebecca. Das duas uma: ou não confiava 100% no marido perto da Rebecca de camisola ou temia as fofocas e acusações do time da Marieta caso a Rebecca se hospedasse justo com o homem que “atacou” o (ex-)marido dela. Ou era ciumenta ou era vaidosa suficiente pra deixar uma amiga na mão por medo do que falariam. De qualquer forma, a Jéssica era uma mulher falha.

Percebi logo que a Lorena seria a próxima a abrir a boca para oferecer abrigo à Rebecca. Não podia deixar isso acontecer, não podia perder essa oportunidade. Então, com meu melhor sorriso solidário, me adiantei:

— Rebecca, se quiser, pode ficar lá em casa. Você já conhece o lugar, já se hospedou lá. É praticamente da família.

Cinthia se apressou em completar, animada:

— Claro! A gente vai adorar te ter lá de novo por umas semanas. O seu quarto continua do jeito que você deixou.

A Rebecca me olhou com aquele ar de gratidão e alívio. Deu pra ver que estava exausta. Não titubeou:

— Obrigada, Jonas. De verdade.

Pra garantir que ela não mudasse de ideia, já fui levando uma das malas (já pronta) pro meu apartamento. Eu tinha me dado melhor do que pensava com minha ação e aquela situação era toda conveniente. A Rebecca vulnerável, afastada do marido e confiando em mim... Eu não podia ter script melhor. Não daria duas semanas e ela seria a minha nova putinha particular.

Quando voltei, o clima no apartamento estava mais calmo, mas tenso. O Érico, como sempre, tinha notícia quente:

— Pessoal no grupo tá dizendo que o Maurício foi à delegacia prestar queixa contra o Rogério por agressão.

O Rogério bufou, mas antes que ele falasse, a Rebecca respondeu com segurança:

— Juridicamente, não há base pra queixa nenhuma. O Rogério agiu em legítima defesa de terceiro, prevista no artigo 25 do Código Penal. As câmeras de segurança no corredor, o vídeo do Jonas e as testemunhas corroboram a conduta dele. Mesmo no âmbito do regimento interno, não há infração tipificada. Qualquer tentativa de sanção seria nula por ausência de justa causa. Se precisar, eu mesma redijo o parecer. E se o síndico levar o que ameaçou pra frente, eu mesma vou resolver isso com ele.

Ela falava com uma calma que me impressionava. Parecia outra pessoa, mais leve, quase feliz. Talvez fosse o alívio de finalmente se libertar do Maurício.

Enquanto isso, olhei para Lorena, sentada no braço do sofá, com aquele ar pensativo e elegante. Resolvi puxar conversa.

— E você, Lorena, o que acha que vai acontecer nos próximos dias?

— Como assim? O pior já passou, não?

— Não sei. A Marieta pode tentar usar isso pra empurrar aquele código de vestimenta dela de novo. Ou até coisa pior e mais rígida. Alegar que o prédio anda “sem moral”.

A Lorena riu, balançando a cabeça:

— A Marieta que tente. A gente não vai deixar ela transformar o prédio numa Gilead.

Ela falava leve, mas firme, como quem está acostumada a peitar gente difícil. Eu, enquanto isso, observava cada gesto. A Lorena era o tipo de mulher que não percebia o quanto era gostosa. E tinha esse ar de certinha. Mais do que comer ela, eu queria destruir aquele superior ar de certinha que ela tinha. Mostrar que ela era tão vadia quanto qualquer adúltera que dava pro porteiro.

Eliana, sempre apaziguadora, se aproximou da Rebecca:

— Você está bem mesmo?

— Tô bem. Acho que fazia tempo que não me sentia tão leve.

A Sarah comentou, apoiada na parede:

— Isso é o que acontece quando a gente se livra de um peso. Dá pra ver no seu rosto.

— A Rebecca tá até radiante — comentou Érico. — Parece até mais nova.

Todos concordaram com gestos, e ela riu, um riso curto, sincero. Era verdade: parecia mesmo aliviada. Finalmente livre do grilhão moral de um casamento falido.

Mas eu sabia que aquilo também era fachada. Livre daquele casamento que tampava sua buceta, sabia que a Rebecca ia pular em todos os paus disponíveis na praça. Primeiro, o meu, claro. Depois, o do seu Raimundo por pena. Aposto. Depois, o do Enéias, o do Antônio, o do Pedro... Se bobear, ela iria cair até na rola do Rogério se a Jéssica não se atentasse.

Uma hora depois, quando entramos no apartamento, o seu Raimundo já estava na sala, sentado na poltrona com aquele ar de quem fingia fraqueza pra ganhar simpatia. Ele abriu um sorriso quando viu a Rebecca.

— Ora, se não é minha visita favorita! — disse ele, levantando-se devagar e estendendo os braços.

Rebecca, sempre polida, correu para abraçá-lo.

— Seu Raimundo! Eu fiquei tão preocupada com o senhor. Como está o ombro?

— Duro na queda, minha querida. — Ele riu.

Ela sorriu, aliviada, e eu observei a cena com um certo divertimento. Claro que o velho estava adorando. A Rebecca, toda preocupada, delicada, o tratando como se fosse um vovozinho indefeso. Mal sabia ela que o velho Raimundo não deixaria essa nova oportunidade passar.

Ele se ofereceu pra levar a mala dela, e ela, educada como sempre, deixou. Os dois sumiram pelo corredor em direção ao antigo quarto dela, e eu fiquei ali na sala, trocando um olhar com a Cinthia.

— Você já foi mais discreto — disse Cinthia, num tom baixo. — O seu plano de trazer a Rebecca pra cá pra comer ela foi tão óbvio que eu saquei na hora que você me chamou pra ir ao apartamento dela.

— Eu só acho que ela precisa de carinho. E não é isso que você sempre diz? Que o carinho cura?

Ela encostou-se no encosto do sofá e cruzou os braços.

— Eu disse que ia te ajudar com aquelas 12 mulheres, mas acho que o caso da Rebecca vai ser um pouco diferente.

— Diferente como?

— Vamos competir em vez de cooperar. — Ela sorriu, maliciosa. — Quero ver quem consegue levar ela pra cama primeiro.

— Competitiva, como sempre. — Dei um sorriso tranquilo, sem deixar transparecer o quanto aquela ideia me divertia. — Mas tudo bem, aceito o desafio. Que vença o melhor.

— Ou a melhor.

Ficamos em silêncio por um instante. Eu olhei para o corredor, onde o som de gavetas abrindo e fechando indicava que Rebecca estava se instalando, achando que estava num ambiente seguro e acolhedor.

Era quase cômico. A pobre coitada, tão racional, tão certinha, tinha caído direitinho numa armadilha. Um apartamento em que todos queriam comer ela e ninguém mais tinha qualquer razão para não avançar com tudo pra cima dela.

Pois bem, leitor. No próximo capítulo, eu finalmente vou começar meu plano de comer as mulheres da turma da academia. E vou começar com grande estilo, comendo uma das mais gostosas. Pra tanto, terei que recorrer à “união faz a força” com um antigo colega num ménage. Quem será?

Coloquem nos comentários para o que vocês torcem que aconteçam nos próximos capítulos. Em breve, teremos a continuação.

NOTA DO AUTOR: Eu tenho ciência de que este capítulo tem um ar de “capítulo pela metade”, já que só tem o evento da novela sem as partes de sexo. Mas como disse na série do Rogério e Jéssica, estou com sérios problemas pra postar novas histórias durante este mês.

Estou com muito pouco tempo livre este mês e devo publicar apenas mais duas ou três histórias durante outubro. Por isso, adiantei este trecho que era vital pra continuação dos enredos logo. E estou priorizando as histórias de maior sucesso/demanda ou que sejam mais simples de fazer.

O one-shot da Tatiana, a parte 4 do Lucério e a parte 2 do Miguel vão ficar pra segunda ou terceira semana de novembro.

Não vou conseguir postar nada inédito na segunda metade de outubro. Estou avisando com antecedência pra não parecer que estou sumido ou desisti de escrever. Espero que em novembro eu consiga voltar a publicar normalmente. Mas durante este mês, será bastante difícil publicar muita coisa.

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Foto de perfil genéricaAlberto RobertoContos: 86Seguidores: 263Seguindo: 0Mensagem Em um condomínio de classe média alta, a vida de diversos moradores e funcionários se entrelaça em uma teia de paixões, traições e segredos. Cada apartamento guarda sua história, no seu próprio estilo. Essa novela abrange todas as séries publicadas neste perfil. Os contos sempre são publicados na ordem cronológica e cada série pode ser de forma independente. Para ter uma visão dos personagens, leia: Guia de Personagens - "Eu, minha esposa e nossos vizinhos"

Comentários

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Excelente! Maurício covarde! Só éspero que o Jonas não coma a Eliana. Não faz sentido nenhum essa traição ao Carlos que já passou por um relacionamento liberal que degringolou.

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