REDESCOBRINDO O AMOR
Para minha total infelicidade segunda era dia de educação física o que significava que eu veria Roger e sendo sincero era tudo que eu menos queria agora, como eu poderia olhar na cara dele, eu era só a porra de um amante, uma vagabunda que topava fazer com ele o que ela não topava, me perguntava por que ele não tinha sido honesto.
Não sou o senhor da moral talvez até tivesse ficado com ele mesmo assim, mas o que me irritou foi que pela segunda vez fui feito de trouxa, Marcos mentiu e agora Roger e isso me bateu muito forte, odiava que mentissem para mim, Zé fez isso, Marcos fez isso, Roger fez isso, a única pessoa que não mentiu o destino havia me tomado, eu estava puto da vida, até que me ocorreu que eu nem sabia o que eu tinha com Ryan, mas pelo menos eu sabia que ele não mentiria para mim — ele não, eu não iria suportar outra quebra de confiança.
Durante a aula de EF eu evitava olhar para Roger, toda a admiração que antes eu sentia por ele viraram ódio e raiva, no final da aula ele me pediu para ficar e ajudar a guardar os equipamentos, não queria ficar, porém seria uma boa oportunidade para dar um fim no nosso caso, e assim eu fiz, quando ele me encontrou no depósito da quadra já veio me agarrando por trás, mas eu o empurrei, seu rosto logo formou uma cara de confusão e dúvida.
— Relaxa, ninguém vai ver a gente aqui.
— Eu não quero mais — falei ríspido.
— Como não quer mais, olha se for sobre ontem eu pensei que tinha curtido.
— Roger por favor, só não quero mais ficar contigo e nem ser teu amigo.
— Fabio que porra é essa, o que aconteceu?
Deixei ele lá e saí, já tinha dito o que eu queria, agora não devia satisfação para aquele babaca, na saída da escola ele até tentou vir falar comigo mas vi que Ryan estava no portão me esperando sair então ele seguiu reto com sua moto.
— Tá não vou perguntar se você está bem, vou só te levar lá pra casa e você fica calado até querer me contar beleza?
Acenei com a cabeça e seguimos para sua casa, Ryan tinha um jeito estranho de me ler, ele sabia como minha cabeça funcionava e era engraçado pensar nisso, de fato está com ele me acalmava, e essa nova versão do Ryan me agradava muito, além de cuidadoso como sempre ele estava mais carinhoso, eu sabia que algo tinha mudado desde que transamos a última vez e ali vê a oportunidade de poder enfim me entregar para alguém que não ia mentir para mim e nem me deixar.
Estávamos no sofá vendo um jornal que passava antes da novela, sua mãe não estava em casa, então estávamos sozinhos, ele estava com um calção de futebol e sem cueca, o safado gostava de me provocar, como estava calor ele estava sem camisa e pude ver que ele tinha feito uma tatuagem no peito — umas tribal que deixou ele muito mais sexy, — ele deitado com a cabeça em minhas pernas e eu fazendo cafuné em sua cabeça, era incrível como ficar com ele mesmo fazendo nada era bom, então sem mais enrolar e disposto a seguir em frente eu me curvei e beijei sua boca, não foi um beijo que dávamos no sexo, tinha desejo sim, entretanto tinha ternura, tinha doçura, tinha amor naquele beijo, ele retribuo meu beijo com o mesmo sentimento e isso encheu meu coração.
Ele se sentou no sofá sem tirar a boca da minha, eu passava as mãos pelo seu ombro e pelos seus cabelos, nosso toque era calmo, ele me puxou para seu colo, suas mãos apertavam minha bunda e subiam pelas minhas costas, me fazendo soltar gemidos em sua boca, minhas mãos passaram por seus ombros e estávamos abraçados e nos beijando, aos poucos a calma de nosso beijo foi dando espaço para um beijo quente e cheio de paixão, como era bom beijar ele, como era fácil amar ele, a cada toque que ele fazia em meu corpo corria eletricidade, eu só havia me sentindo amado assim uma vez, porém era diferente pela primeira vez beijar uma boca não me fez querer que fosse de outro alguém, eu estava prestes a me entregar para o Ryan e pensando no Ryan, se você leu minha história sabe do que eu estou falando.
Ele levantou do sofá comigo em seu colo e me levou para o quarto, me deitou na cama e tirou minha calça e cueca juntos, me deixando nu, exposto ali em sua cama, tinha algo em seu olhar que me deixava à vontade, e muito excitado, Ryan deitou sobre mim e me beijou, depois foi para meu pescoço sentindo meu cheiro e me arrancando gemidos, foi descendo até meus mamilos, chupando com força, fazendo meu corpo se erguer contra sua boca.
Seguiu o caminho até meu pau e o colocou em sua boca, sua língua quente deslizava por todo o meu pau, passou seus braços por baixo de minhas coxas colocando minhas pernas sobre seus ombros, eu segurei seus cabelos com força pois o tesão era incontrolável, senti seus dedos brincarem com minhas bolas e seguir até minha entrada, parou de me chupar, cuspiu nos dedos e voltou a passá los no meu cuzinho.
Ryan era calmo e premeditado, ele sabia o que queria fazer comigo e sabia que tinha tempo para trabalhar, ele curtir me torturar e se torturar no processo porque ambos sabemos a vontade de tê lo dentro de mim, o primeiro dedo entrou em mim e gemi, um gemido genuíno e carregado de prazer, eu não era a puta dele, eu queria ser mais, eu precisar dele e queria que ele me quisesse o Fábio e não a puta que me tornei para evitar sofrer, Ryan introduzi-o segundo dele e voltou a me chupar, ele engolia meu pau inteiro enquanto enfiava três dedos dentro de mim, não me aguentava de tanto prazer,
— Me come, me fodi, vem quero você me fudendo meu homem — não pedia eu implorava.
— Não, não vou te fuder Bim, eu vou fazer amor com você!
Aquilo me tirou de órbita, com uma frase ele me deu mais prazer do qualquer orgia que eu poderia ter feito com o Roger, ele me virou com gentileza me deixando com o rosto no colchão e com a o rabo todo aberto para você, sua língua era melhor até que a do francês safado, tudo no Ryan era melhor, até quando meu deu um tapa na bunda não foi dor que eu senti e sim prazer, eu estava extasiado e tudo que eu mais queria era ter Ryan, meu macho ou melhor meu homem dentro de mim e como ele sempre sabia o que eu pensava não deu outra, senti seu pau forçando na minha entrada.
Ele era o único cara que eu confiava transar sem camisinha, mesmo sabendo que ele tinha uma vida sexualmente ativa, mas para minha surpresa ele parou antes de entrar em mim e foi até seu guarda roupa pegar camisinha e lubrificante,
— Você não confia em mim?
— Bim, eu quero você só para mim e quero cuidar de você do jeito certo, então vamos fazer do jeito certo sem pular nenhuma etapa.
Sai da posição para beijá lo, ele em pé e eu de joelhos em cima da cama.
— Porque cê tá chorando? — Disse ele preocupado.
Não consegui responder, só beijar sua boca, não chorava de tristeza e sim de felicidade, ele limpou minhas lágrimas e me olhou com ternura.
— Faz amor comigo Ryan, meu macho!
Ele logo que ouviu a palavra macho me agarrou com tanta felicidade e desejo, me colocou de frango assado e enquanto me beijava senti seu pau entrar em mim, Ryan tinha um pau enorme e bem grosso, mas eu amava ser penetrado por ele, mesmo sabendo que seu pau me rasgava, — porém entrava fácil porque ele encheu o pau de lubrificante — eu não sentia dor apenas prazer, meu namorado meteu em mim com calma, a cada estocada ele ia mais fundo, nossa respiração estava no mesmo ritmo.
Respiramos forte e intensamente, com o tempo senti o vai e vem aumentar a pressão e logo no quarto tudo que se ouvia era o som dos nossos corpos colidindo e de nossas respirações altas e eufóricas. Mudamos de posição mais uma vez e dessa vez fiquei de quatro que era como eu adoro dar, fiquei na ponta da cama com ele em pé atrás de mim com uma perna sobre a cama fazendo seu pau ir mais fundo ainda dentro mim.
Toda vez que seu pau alcançava minha proposta era uma vez que eu ia ao céu e voltava, mais um tapa na minha bunda e comecei a rebolar com seu pau todo enterrado em mim, uma de suas mãos foi até meu cabelo e puxou para trás e com a outra segurou minha cintura, ali totalmente entregue gozamos quase que juntos, gozei muito e ele encheu a camisinha, mesmo assim meteu em mim por mais um tempo até cairmos em cima da cama, ambos exaustos.
Ficamos trocando caricias pelados na cama, chupei seu pau e ele gozou na minha boca, estava ótimo até ouvirmos sua mãe chegar, fui tomar banho ele se vestiu e foi falar com ela, quando voltou me beijou e me pediu para dormir com ele, o que aceitei prontamente e muito fez como a muito tempo eu não ficava.
Ele foi banhar e eu fui ligar para minha mãe para avisar que dormiria fora, mas meu celular estava descarregado, praguejei e resolvi ligar do celular do Ryan para ela, já que ele tinha o numero dela também, quando encontro o seu celular é só o tempo de começar a procurar o número da minha mãe na agenda o seu telefone toca, congelo nesse minuto meu coração era uma batida, paro de respirar e meu mundo inteiro para, meu corpo inteiro treme de uma maneira que nunca pensei ser possível o nome do identificador de chamada era do Diogo.
Diogo, meu Di, ali um botão de poder ouvir sua voz, como só o nome dele na tela de um celular poderia ter tanto poder sobre mim? Quando a chama caiu meu corpo caiu junto na cama, meu corpo ainda tremia e só agora que eu voltei a ter oxigênio na cabeça de novo foi que raciocinei, Di cortou contato comigo, mas não cortou com os outros, nosso acordo deixava claro que não nos falávamos e fui ingênuo de pensar que ele não falaria com os outros.
Resolvi fazer algo que eu sabia que ia doer mais fiz entrei no histórico de ligações e descobri que de fato Ryan falava com ele, porque Ryan nunca me falou que falava com ele, porque Ryan nunca me disse que ele estava bem ou será que ele falava sobre mim com Di? Será que ele sabia… nem em pensamento eu conseguia terminar essa frase, pensei em ver as mensagens, mas meu coração não aguentaria, apenas me vesti e fui embora sem me despedir nem da mãe do Ryan.
Só queria ficar sozinho, não consegue parar de pensar que Ryan tinha mentido e se ele fosse quem contava para o Di sobre mim além da louca da amiga do Di? Não pensava coisa com coisa, perdi o caminho de casa e quando cheguei em casa vi Ryan na porta conversando com minha mãe, voltei antes deles poderem me ver, não conseguiria falar com ele agora e também não tinha para onde ir.
Vaguei pelo bairro até a praça onde eu vi Nat com umas amigas, ela foi quem me amparou e eu só conseguia chorar, não conseguia dizer nada, ela me jurou e até me mostrou seu celular que não tinha contado com o Di, vendo meu estado Nat me para dormir na sua casa o que aceitei porque não conseguiria falar com Ryan naquele momento.
Nat ligou para ele para avisar que eu estava bem mais que precisava de espaço, ouvi ele dizendo que ia na casa dela e ela o convenceu a esperar até o outro dia para conversarmos, ela não disse o que eu tinha, mas nem precisava, Ryan devia ter visto a chamada perdida em seu celular em cima da cama quando saiu do banho.
Quando meu celular carregou liguei para minha mãe e disse que dormiria fora e que ela não se preocupasse que eu iria para aula, quando desliguei meu celular tocou novamente e não era Ryan e sim Roger, ele insistia para conversarmos e eu só mandava ele me esquecer, depois de insistir muito e por não esta com meu juízo no lugar certo aquela noite, eu aceitei encontrar com ele, mesmo Nat falando para mim não ir eu disse que era algo que eu precisava encerrar e começar a ter controle sobre minha vida, encontrei com ele na rua lateral da escola a mesma que ele me buscou da outra vez, era escura e muito discreta, pouco tempo depois ele chegou.
— Cara o que deu em você?
— Eu sei que você namora a Bia seu babaca e não vou ser seu amante.
— Ah, só o que me faltava tua crise de ciúmes né Fábio.
— Não é isso, eu só não vou ser seu brinquedo Roger e eu só vim aqui para te dizer que se você continuar insistindo eu vou contar tudo na diretoria da escola e também para a Bia incluindo seu caso com o Louis.
— Você não faria isso seu viadinho de merda.
— Experimenta Roger.
Quando a última palavra saiu da minha boca senti seu punho atingir meu rosto, de novo e de novo, depois meu estômago foi alvo de seus punhos, quando cai ele desferiu chutes em mim, esbravejava algo que a dor não me deixava entender, todo meu corpo tremia e a dor era algo que nunca senti, tive meu coração e meu corpo quebrado no mesmo dia, senti ele pegar meu celular do meu bolso e depois o vi quebrando o aparelho só ai ouvi sua voz com clareza.
— Se você contar isso para alguém, eu juro que eu te mato, entendeu seu viado de merda, você acha que vai me chantageá? — mais um chute — EU QUERO QUE VOCÊ ABRA A BOCA, entendeu seu merda?
Eu só balancei a cabeça, nunca tive tanto medo, logo depois ele subiu na moto e foi embora, fiquei encolhido no chão e nem sei quanto tempo passou, só conseguia chorar, até que ouvi a voz do Ryan, bem longe e apaguei. Quando acordei estava no hospital e alguém tinha cuidado dos meus ferimentos, minha mãe falava com o médico e senti as mãos do Ryan segurando a minha,
— AH graças a deus você acordou, que ideia foi essa Bim?
— Meu corpo dói.
— Eu te juro que eu vou matar esse desgraçado.
— Eu fui assaltado, isso não tem nada a haver com ele.
Ryan ficou puto quando eu mantive a história do assalto para os médicos e para polícia que minha mãe fez questão de chamar, foi difícil mais consegui convencer Ryan de não fazer nada, como estava muito fodido não conversamos sobre a ligação, como não quebrei nada fomos para casa ainda naquela noite, deixei Ryan dormir comigo para garantir que ele não ia fazer besteira pois conhecia o temperamento dele, no dia seguinte a conversa foi inevitável, óbvio que não fui para aula e nem ele que ficou comigo cuidando de mim enquanto minha mãe ia trabalhar.
— Eu não acredito que você vai defender esse cara Bim?
— E eu não acredito que você não me contou que ainda falava com o Diogo.
Minha afirmação deixou ele sem respostas por um tempo até ele mesmo voltar a falar.
— Bim, Di é meu amigo e você também é, mas você tem que saber que aquela ligação foi a primeira que ele me fez em muito tempo, desde quando a gente, você sabe, não falei mais com ele.
— Vocês falavam de mim?
— No começo sim, mas depois de um tempo nem ele perguntava e nem eu queria falar.
Eu queria saber se ele sabia sobre a gente mais não tive coragem de perguntar e demos o assunto como encerrado,
— Ryan eu prometo ficar de boas se você me prometer esquecer essa história do Roger.
— PORQUE VOCÊ ESTÁ DEFENDENDO ESSE MERDA DO CARALHO?
— EU ESTOU DEFENDENDO VOCÊ SEU IDIOTA! — Me recompus — eu estou defendendo você, porque sei que você não vai parar e não quero que você arruíne sua vida por causa desse cara.
Fiquei em off por uns dias só o Ryan sabia o que tinha acontecido para a escola eu tinha sofrido um assalto e sido agredido, Lucas que eu só soube depois de um tempo que já tinha voltada a uns dias, mas que estava resolvendo negócios sobre a faculdade e muito ocupado alugando um novo local para morar. Ele resolveu só aparecer para gente quando estivesse com tudo pronto, segundo ele queria nos fazer uma surpresa já que agora morava em outro bairro com muitos lugares legais para gente conhecer, mas tamanha foi a surpresa dele ao me ver dois dias depois do acontecido, eu disse que tinha sido um assalto, mas Ryan contou a verdade para Lucas e eu não entendi porque, Lucas não poderia fazer nada a respeito.
No terceiro dia fui a aula e Ryan fez questão de ir me deixar e disse que estaria no portão me aguardando na saída, Roger estava na escola mas graças a deus em outra turma, quando a aula acabou eu fui indo para saída e logo vi uma movimentação fora do normal, meu coração gelou, eu sabia que Ryan viria me buscar, me aproximei e a cada passo que eu dava tinha certeza que Ryan e Roger estavam brigando na saída da escola, antes que eu chegasse a aglomeração sinto uma mão puxando meu braço e quando olho pro lado vejo Ryan, o alívio me toma o peito, mas meus olhos voltam a aglomeração e meu coração acelera, por puro instinto me solto de Ryan e caminho até o local da briga, eu estava certo Roger está tomando uma surra merecida, mas não é Ryan quem está aplicando e sim o Diogo!