A tensão pairava no ar enquanto os jovens se reuniam no porão mal iluminado da igreja, mesmo escavado e construído recentemente apresentava rápidos sinais de deterioração. O teste de coragem proposto pelos gêmeos, Lucas e Mateus, parecia uma ideia divertida à luz do dia, mas agora, envoltos pela escuridão opressiva, todos sentiam um frio na espinha.
Dentro da sala mal iluminada Eduarda estava embaixo da única lâmpada de teto que funcionada, ainda cética, vigiava o grupo com uma lanterna trêmula. Ela era loira de cabelos encaracolados e compridos, seus olhos eram azuis e ela começa a bem tarde proporções de corpo adulto.
— Isso é ridículo — ela murmurou, mas sua voz vacilou. Os outros se aglomeraram atrás dela, olhos arregalados, escaneando as sombras.
Os jovens se entreolharam, um misto de excitação e apreensão pairando no ar. A ideia de explorar o suposto cômodo secreto era tentadora demais para resistir. Com um brilho travesso nos olhos, os gêmeos propuseram:
— E se fizéssemos um teste de coragem? Podemos tentar entrar lá esta noite.
O grupo hesitou por um momento, mas a curiosidade logo venceu o medo. Combinaram de se encontrar à meia-noite, quando a igreja estaria vazia e silenciosa.
Quando a hora chegou, seis jovens se esgueiraram para dentro do porão, lanternas em mãos. O ar estava pesado e úmido, carregado de um cheiro de mofo e antiguidade. Seus passos ecoavam nas paredes de pedra, parecendo absurdamente altos no silêncio sepulcral.
Lucas e Mateus guiaram o grupo até a sala com a fenda misteriosa. eles começaram a procurar pela tal fenda. Mas uma garota nova, de corpo bem fino com um vestido branco, de cabelos dourados levemente encaracolados e olhos cheios de curiosidade que apontou o local. Ao iluminá-la com as lanternas, todos prenderam a respiração. Entre os rebocos caídos, a escada estava lá, descendo para a escuridão.
Com o coração disparado, começaram a remover os tijolos soltos. À medida que abriam a passagem, um vento gélido soprou do interior, carregando um odor pútrido que fez todos recuarem instintivamente.
— Talvez não seja uma boa ideia... — sussurrou Larissa com uma voz baixa, ela era a mais tímida e medrosa do grupo, costumava esconder parte do rosto com suas franjas e tem dia a esconder a suas mãos para dentro das mangas compridas de suas roupas.
Mas a curiosidade era mais forte que o medo. Lucas, o mais corajoso, foi o primeiro a entrar na passagem escura, precisava ser passada lentamente pois era muito apertada e os tijolo que brados raspavam nas roupas e na pele provocando arranhões, era uma passagem que adultos não conseguiriam entrar. A ultima a entrar foi Eduarda, por ser mais velha e maior ela teve muita dificuldade.
— Parece um buraco de esquilo — comentou Eduarda enquanto olhava para a pequena abertura no chão perguntando.
— Por que não aumentaram mais?
Os gêmeos encolheram os ombros e responderam com indiferença:
— Parecia suficiente para nós, não precisava ter vindo.
Eduarda suspirou e balançou a cabeça:
— Claro que preciso ficar de olho em vocês! Quem sabe o que pode estar escondido nesse buraco.
Existia uma velha escada estreita de madeira, parecia muito frágil, Eduarda ficou com medo que quebrasse sob o peso de alguém. Eles desceram pelo que parecia ser mais de dois andares, canos e ductos de ar acompanhavam a passagem estreita.
— Isso deve ter sido um Bunker — falou Lucas — Meu pai disse que antigamente eles tinham medo de morrer se fossem atacados pelos comunistas.
— O que é um Bunker? — perguntou uma das jovens, talvez Juliana, de origem asiática e vice-líder do grupo de jovens.
— É um local onde você se abriga e mantêm comida pra passar por um longo tempo — Lucas sentia-se um sabichão.
O grupo ficou intrigado com a porta de metal que encontraram no final da escada. Era grande e robusta, com uma roda gigante no centro para abrir. Lucas e Mateus tentaram girá-la, mas estava emperrada.
— Ei, vamos embora daqui! — disse Larissa, começando a sentir medo novamente.
— Pronto, fim da linha, acabou a brincadeira temos que voltar.
Os jovens estavam retornando quando ouviram o que parecia o som da porta se abrindo. Eles se assustaram e correram, vários degraus da escada que se quebraram mais todos saíram, exceto Eduarda, a escada tinha se quebrado e ela não conseguia alcançar os andares superiores.
Eduarda estava presa. O pânico começou a tomar conta dela enquanto ouvia os gritos abafados dos outros jovens se afastando.
— Voltem! Não me deixem aqui! — ela gritou, sua voz ressoando desesperadamente no espaço confinado das paredes de pedra. A escuridão ao redor engolia suas palavras, tornando-as inúteis e impotentes. Ela podia sentir o medo se agarrar à sua garganta enquanto lutava para sair daquele lugar solitário e claustrofóbico.
Com o coração disparado, Eduarda se virou e voltou para a porta de metal que agora estava entreaberta. Uma luz fraca de uma lâmpada piscando saída de lá de dentro. Ela sabia que não deveria entrar, mas estava escuro do lado de fora e nada perigoso deveria ter ficado ali.
Respirando fundo, ela empurrou a porta pesada e entrou na câmara secreta. O ar estava estagnado com um leve cheiro acre de enxofre. As paredes eram revestidas de placas de metal, algumas tinham caído expondo os tijolos de barro das paredes.
No centro do cômodo existia uma cadeira, ela tinha cintas e amarras que parecia servirem pra prender uma pessoa. Para não ceder ao medo Eduarda começou a murmurar.
— Meu Deus, que lugar é esse? Parece saído de um filme de terror. Essa cadeira... parece mais algum tipo de instrumento de tortura. Será que a igreja realmente usava isso? Não, não pode ser. Parece uma brincadeira de mau gosto.
— Mas e se não for apenas minha imaginação? E se algo terrível realmente aconteceu aqui? — O medo percorreu meu corpo enquanto tentava encontrar uma maneira de sair o mais rápido possível. — A escada quebrou, estou presa neste lugar abandonado.
Seus olhos vasculharam freneticamente a escuridão em busca de uma saída. Um cheiro de mofo e abandono impregnava o ar, a fazendo sentir ainda mais acuada. Ela precisava encontrar uma maneira de escapar antes que fosse tarde demais.
— Calma, Eduarda. Respire fundo. Deve haver outra saída em algum lugar. Tenho que explorar com cuidado, ver se encontro algo útil. Quem sabe há algum telefone antigo ou rádio que ainda funcione?
Essa luz piscando a deixava nervosa. Parecia que a qualquer momento vai apagar de vez e dando lugar ao breu total.
— Preciso me apressar — raciocinava — mas seu corpo se paralizou, em algum lugar dentro daquela sala escutava-se um chiado um leve sibilo com o que pareciam vozes de permeio.
— O que é esse som? Parece... um sussurro? — ela murmurava cada vez mais baixo — não — deveria ser apenas o vento. Não havia sinal de que alguém tinha estado ali recentemente.
— Por que eu tinha que vir nessa brincadeira idiota? Devia ter ido para casa — ela deu lugar do sussurro ao pensamento cada vez mais acelerado.
Eduarda tentou se acalmar, mas seu coração batia acelerado. Ela examinou o cômodo em busca de alguma saída ou algo que pudesse usar para pedir ajuda. Seus olhos pousaram em uma prateleira empoeirada onde havia alguns livros antigos e o que parecia ser um rádio velho.
Com as mãos trêmulas e suadas, ela pegou o rádio antigo e tentou ligá-lo, mas nada aconteceu. Os botões empoeirados afundaram e não voltaram a subir, seus mecanismos deveriam ter estragado há anos.
— Droga! — exclamou ela, franzindo a testa com frustração enquanto deslizava os dedos sobre os botões emperrados. O rádio estava morto, sem sinal de vida ou som, apenas um pedaço de metal e plástico inútil em suas mãos agora tremendo.
De repente, a luz piscou mais intensamente e se apagou, deixando Eduarda na escuridão. Ela sufocou um grito e tateou em busca de sua lanterna de seu celular. Quando finalmente a achou e ligou, o feixe de luz iluminou uma figura parada bem ali na sua frente, ela só conseguia ver uma camisola e pernas femininas.
Eduarda gritou e deixou o celular cair. Quando o ligou não havia mais ninguém ali.
Nervosa, Eduarda voltou para a escada e tentou subir. Um ou outro degrau ainda estava lá, mas ela precisou se esgueirar pela parede para pisar onde pedaços das tábuas ainda estavam fincadas.
Com o coração disparado, ela foi subindo lentamente, testando cada passo antes de colocar todo seu peso. O suor escorria por seu rosto enquanto ela se concentrava em não olhar para baixo.
A cada movimento, pedaços de madeira podre se desprendiam e caíam no vazio, fazendo um eco sinistro. Eduarda respirava pesadamente, rezando em silêncio para conseguir chegar ao topo.
Quando estava quase na metade do caminho, seu pé escorregou em uma tábua solta. Ela sufocou um grito e se agarrou desesperadamente à parede, as unhas arranhando o concreto áspero. Por um momento terrível, ficou pendurada apenas pela força dos braços, as pernas balançando no ar.
Como um último esforço sobre-humano, Eduarda conseguiu se erguer novamente. Seu antebraço foi cortado pela madeira em um movimento rápido, deixando pequenos pedaços como espinhos cravados na pele. Ela parou por um momento, tremendo de dor e exaustão.
Foi então que ouviu um som vindo de baixo, passos lentos e pesados vinham em sua direção, ecoando pelo corredor escuro e silencioso. O coração de Eduarda bateu mais forte enquanto ela lutava para identificar a origem do som. Era impossível não sentir o medo tomando conta dela e seu corpo reagindo instintivamente, preparando-se para o pior.
Eduarda respirou fundo, tentando acalmar seu coração acelerado. O silêncio era opressivo, quebrado apenas pelo som distante de madeira rangendo. Ela deu um passo hesitante para frente, a luz trêmula do celular dançando pelas paredes descascadas.
De repente, um vulto passou rapidamente pela periferia da luz. Eduarda sufocou um grito, girando bruscamente para tentar capturar o que quer que fosse com o feixe de luz. Mas novamente, não havia nada além de sombras dançantes e poeira flutuando no ar.
Seu coração martelava em seu peito enquanto ela recuava lentamente, os olhos arregalados vasculhando freneticamente a escuridão. Um rangido atrás dela a fez girar novamente, quase deixando o celular cair no processo. A luz vacilante revelou apenas mais escuridão e detritos.
Eduarda sentiu o pânico crescendo dentro dela. Estava presa neste lugar abandonado, com algo — ou alguém — se movendo nas sombras. Ela precisava encontrar uma saída, e rápido.
Ela lutou para escalar até o topo da escada desabada, seu corpo tremendo de medo e esforço. Seus dedos se agarravam nas pedras soltas com força, enquanto ela tentava passar pelo buraco no alto da estrutura. O som de algo rastejando em sua direção a deixava ainda mais desesperada. Finalmente, ela conseguiu sair do outro lado, mas um último momento de terror a assolou quando sentiu um arranhão profundo na perna. Quando finalmente chegou ao lado de fora, ela percebeu que o ferimento era apenas um pequeno corte, mas seu coração ainda batia forte com a sensação de quase perda.
Ela olha ao redor, ofegante, tentando se orientar. O coração ainda batia acelerado pelo medo e pela adrenalina da fuga. Com as mãos trêmulas, ela examinou novamente o corte na perna. Por um segundo teve a impressão de ver um fluido negro entrando naquele corte, mas ele desapareceu sem deixar rastros, agora havia apenas um fino filete de sangue vermelho escorrendo.
Um arrepio percorre sua espinha. O que era aquilo? O que quase a pegou lá embaixo? Ela não quer pensar nisso agora. Precisa se afastar dali o mais rápido possível.
Cambaleando, ela se levantou e começa a correr pelo corredor. Quando ela saíu da igreja as sombras pareciam se alongar ao seu redor, como se a noite estivesse engolindo tudo. Ela sentiu algo estranho na perna ferida, um formigamento.
Durante a noite quanto foi dormir o ferimento na perna começa a coçar. Ela se remexeu inquieta na cama, tentando ignorar a coceira persistente. Mas a sensação de que algo a observava cresceu, fazendo os pelos de sua nuca se arrepiarem. Um frio percorreu sua espinha quando ela ouviu um leve arrastar vindo do canto do quarto. Com o coração acelerado, ela abriu os olhos lentamente, temendo o que pode encontrar nas sombras. Seus membros estavam rigídos e mal se mexiam, conseguia mover um pouco seu pescoço. Então, pelo canto dos olhos ela avistou.
A lua cheia lançava uma luz pálida através da janela e as cortinas balançavam, revelando, entre elas e a cama, uma figura escura, encurvada com cabelos que pareciam ganhar uma auréola prateada. O ser apesar da forma humanoide, movia-se de uma maneira antinatural, quase como se deslizasse pelo chão. Ela prendeu respiração, paralisada pelo medo, enquanto a criatura se aproximava. Os ferimentos em seu braço e sua perna começavam a pulsar dolorosamente, como se respondessem à aquela presença.
Seus dedos não conseguiram se agar ao lençol como queria, debatendo-se não era capaz de gritar por ajuda ou fingir que ainda está dormindo. Mas antes que pudesse tomar uma decisão, a figura parou ao pé da cama desapareceu.
Eduarda piscou, tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Seu coração ainda batia acelerado, mas a figura sombria havia sumido. Ela conseguiu se mover novamente.
— Foi só um pesadelo — murmurou para si mesma, passando a mão pelo rosto suado — Não havia nada ali.
Mas o ferimento em sua perna continuava pulsando, lembrando-a que nem tudo tinha sido apenas um sonho ruim. Com as mãos trêmulas, ela acendeu o abajur ao lado da cama.
A luz suave revelou seu quarto familiar, sem nenhum sinal da criatura assustadora. Eduarda examinou cuidadosamente cada canto, procurando por qualquer coisa fora do lugar. Tudo parecia normal.
Ela então olhou para sua perna. O corte que antes parecia insignificante agora estava inchado e com uma escura coloração estranha ao redor.
"Isso não é normal", pensou Eduarda, sentindo o pânico crescer novamente. "Preciso de ajuda." Mas o medo de ser repreendida por seus pais era maior.
Nos dias seguintes, os ferimentos cicatrizaram sem deixar rastros. Eduarda começou a notar mudanças estranhas em seu corpo e comportamento. Seus seios antes pequenos pareciam ter crescido um centímetro, assim como seus quadris. Seria uma segunda puberdade tardia? Uma excitação incontrolável tomava conta dela sempre que via outras pessoas, fossem do sexo masculino, feminino ou além.
Ela cursava o segundo ano da faculdade de teologia, seu pai insistia que ela deveria seguir o negócio da família, então assim que ela terminou o ensino médio ela entrou na faculdade denominacional local.
Na faculdade, ela se pegava encarando fixamente as pernas torneadas de suas colegas quando usavam shorts nas aulas de educação física. O som da voz grave do professor de filosofia fazia seu corpo formigar de desejo. Até mesmo o roçar acidental de um colega no corredor era suficiente para deixá-la ofegante.
Eduarda tentava se controlar, mas era como se um fogo tivesse sido aceso dentro dela. Seus pensamentos estavam constantemente repletos de fantasias eróticas envolvendo seus colegas de classe. Ela se sentia culpada e confusa com esses novos impulsos.
À noite, sozinha em seu quarto, ela se contorcia na cama, incapaz de encontrar alívio para o desejo ardente que a consumia. Suas mãos percorriam seu corpo febrilmente, mas nada parecia ser suficiente.
O local do ferimento em sua perna continuava a pulsar e esquentar, como se fosse a fonte desses novos desejos proibidos. Eduarda sabia que algo estava errado, que essa luxúria incontrolável.
Eduarda se sentia dilacerada por dentro. Por um lado, havia toda sua criação cristã e os valores morais que seus pais e a igreja haviam lhe ensinado, os quais gritavam com esses novos desejos eram errados e pecaminosos. Ela desde sempre aprendeu que os prazeres da carne eram pecaminosos e deviam ser controlados. Ela podia ouvir a voz de Jasper, seu pai e pastor, em sua mente, condenando a luxúria e os pensamentos impuros.
"Deus está vendo seus pensamentos, Eduarda", dizia a voz. "Você precisa resistir à tentação!"
Mas por outro lado, seu corpo ardia com um desejo que ela jamais havia experimentado antes. Era como se uma chama tivesse sido acesa dentro dela, consumindo toda sua força de vontade. Quanto mais ela tentava reprimir esses pensamentos, mais intensos eles se tornavam.
À noite, deitada em sua cama, Eduarda travava uma batalha interna. Suas mãos queriam explorar seu corpo, tocar-se de formas que ela sabia serem proibidas. Mas ela as mantinha rigidamente ao lado do corpo, rezando fervorosamente para que esses impulsos passassem.
Eduarda se contorcia na cama, seu corpo ardendo de desejo. Suas mãos deslizavam freneticamente por sua pele febril, buscando alívio para a luxúria que a consumia.
Ela tocava seus seios, seu ventre, sua intimidade, com movimentos cada vez mais desesperados. Gemia baixinho, mordendo o lábio para não fazer barulho. Mas por mais que se estimulasse, o clímax parecia sempre fora de alcance.
— Por favor, por favor — ela implorava em um sussurro rouco, intensificando seus movimentos.
Seu corpo tremia, à beira do orgasmo. Ela podia sentir a tensão crescendo, crescendo... e então desvanecendo, deixando-a ofegante e insatisfeita.
Frustrada, Eduarda mudou de posição, tentando uma nova abordagem, se esfregando no travasseiro. Mas o resultado foi o mesmo, ela chegava até o limite, apenas para o prazer escapar por entre seus dedos no último segundo.
Após várias tentativas infrutíferas, ela desistiu, exausta e frustrada. Lágrimas de frustração escorriam por seu rosto enquanto ela encarava o teto, seu corpo ainda pulsando de desejo não satisfeito.
— O que está acontecendo comigo? — ela pensou e chorou, seu desejo ainda crescente. Ela olhou para o lado e viu na sua penteadeira um tubo de desodorante.
Quando fez isso seus pensamentos obscurecidos pelo desejo insaciável se soltaram. Uma parte dela sabia que era errado, que não deveria nem considerar aquilo. Mas a luxúria que queimava em suas veias falava mais alto.
Com as mãos trêmulas, ela pegou o tubo. Era cilíndrico e liso, com um diâmetro que fez seu corpo formigar de antecipação. Eduarda hesitou por um momento, a culpa lutando contra o desejo.
— Isso é pecado — sussurrou uma voz em sua mente. Mas outra voz, mais forte e sedutora, ronronou: "Você precisa disso. Vai te fazer sentir tão bem..."
Lentamente, ela deslizou o tubo por sua pele febril, arrepiando-se com o toque frio. Quando chegou entre suas pernas, Eduarda respirou fundo e fechou os olhos.
— Perdoe-me, Senhor — ela sussurrou, fechando os olhos por um momento.
Com um gemido abafado, ela começou a introduzir o objeto em sua intimidade. A sensação de preenchimento a fez arquejar. Era estranho, um pouco desconfortável no início, mas logo o prazer começou a crescer.
Eduarda moveu o tubo para dentro e para fora, acelerando lentamente. Talvez se não fosse muito fundo não teria risco de perder a virgindade.
Eduarda continuou a aumentar seus movimentos com o tubo de desodorante, completamente consumida pela nova sensação proibida. Seus gemidos abafados preenchiam o quarto enquanto ela se contorcia na cama.
De repente, ela notou uma sombra se movendo no canto escuro do quarto. Seu coração disparou, uma mistura de medo e excitação percorrendo seu corpo. Parte dela queria parar, cobrir-se e gritar por ajuda. Mas o desejo ardente que a consumia era forte demais.
Em vez disso, Eduarda intensificou seus movimentos, seus olhos fixos na sombra enquanto ela se masturbava furiosamente. A adrenalina do perigo apenas aumentava seu prazer.
— Quem está aí? — ela ofegou, sem realmente esperar uma resposta.
A sombra pareceu crescer e se mover em sua direção. Eduarda sentiu o ar ficar mais pesado, carregado de uma energia estranha e intoxicante. Seu corpo tremia, à beira do clímax há tanto tempo negado.
Com um grito abafado, Eduarda enfiou com força o tubo de desodorante dentro de si, ela finalmente atingiu o orgasmo, ondas de prazer intenso percorrendo seu corpo.
Quando as ondas de prazer finalmente diminuíram, Eduarda ficou deitada na cama, ofegante e exausta. Seu corpo ainda tremia com os resquícios do orgasmo intenso.
Ela olhou ao redor do quarto, mas a sombra misteriosa havia desaparecido. Tudo parecia normal novamente.
Com um suspiro, Eduarda removeu o tubo de desodorante. Foi então que notou algo estranho, um filete de sangue escorrendo por sua coxa.
Seu coração disparou. Com dedos trêmulos, ela tocou a umidade entre suas pernas. Quando olhou para sua mão, viu que estava manchada de vermelho.
— Não, não, não — ela sussurrou em pânico.
O sangue vinha de dentro dela. Eduarda sentiu lágrimas se formando em seus olhos quando a realidade a atingiu — ela havia acabado de perder sua virgindade para um tubo de desodorante.
A culpa e a vergonha a invadiram enquanto ela observava o filete escarlate descendo por sua pele pálida. O que ela havia feito? Como poderia explicar isso?
Com as mãos trêmulas, Eduarda pegou alguns lenços de papel e tentou se limpar, mas o sangue continuava a fluir. Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela tentava processar o que havia acabado de acontecer.
— O que eu fiz? — ela sussurrou para si mesma, a voz embargada. — Como pude me deixar levar assim?
O prazer intenso que havia sentido momentos antes agora dava lugar a uma sensação de vazio e vergonha. Eduarda se sentia suja, corrompida. Toda sua educação cristã gritava que ela havia cometido um pecado terrível.
Eduarda com cuidado, suas pernas ainda trêmulas, precisou se limpar, esconder as evidências do que havia feito. Mas quando chegou ao banheiro e se olhou no espelho, quase não reconheceu a garota que a encarava de volta a garota cheia de lágrimas. Sua culpa fazia sentir que estava olhando alguma vagabunda.
Mas ao mesmo tempo, uma parte dela ainda ansiava por mais. O desejo que a consumira não havia desaparecido completamente, apenas diminuído temporariamente. Era tinha despertado dentro dela, algo faminto e insaciável.