Os dias que se seguiram àquele sábado com Pedro foram uma névoa de desejo e replay mental. Cada toque, cada ordem sussurrada com aquela autoridade recém-descoberta, o gosto dele, a sensação de preenchimento... tudo ecoava em meu corpo como uma vibração constante. Eu me pegava revivendo os momentos nos lugares mais inoportunos, um rubor subindo pelo pescoço, um aperto na virilha. Era um segredo delicioso e perigoso que eu carregava sob a pele, uma marca invisível que pulsava com vida própria. A normalidade do dia a dia parecia um filme em preto e branco comparado à tecnicolor brutal daquela tarde. E a culpa? Ela tentava se insinuar, sussurrando sobre Rafael, sobre a amizade traída, mas era rapidamente afogada pela maré avassaladora da lembrança do prazer submisso.
Então, na quarta-feira, meu celular vibrou. Um número desconhecido. A mensagem era curta, direta, quase um comando cifrado:
"Vestiário do campo. 19h. Depois do jogo."
Não havia assinatura, mas eu sabia. Ou melhor, *achava* que sabia. Era Pedro, claro. Quem mais seria? Meu coração deu um salto, batendo descompassado contra as costelas. A adrenalina percorreu meu corpo, uma mistura de medo e excitação quase insuportável. A promessa silenciosa feita naquele sofá – "quem sabe a gente não repete a dose" – estava se cumprindo. E eu, pateticamente, desesperadamente, queria.
O campo era um daqueles de bairro, mal iluminado, com um vestiário pequeno e úmido nos fundos. Cheguei às 19h em ponto. O som de chuteiras no cimento e conversas altas. O pessoal, do quais a maioria eu conhecia, estava indo embora. A porta do vestiário estava entreaberta. Hesitei, o cheiro de suor, grama e desinfetante barato já me atingia. Empurrei a porta.
O lugar era abafado, o ar pesado com o vapor dos chuveiros recém usados. Mas o vazio preenchia aquele cômodo. Procurei por Pedro, mas não o vi.
— Procurando alguém?
A voz não era a de Pedro. Era mais grave, mais rouca, com um timbre que me causou um arrepio na espinha. Virei-me devagar.
Encostado em um dos armários de metal amassado, estava João Victor. O irmão do meio. Aquele que sempre pareceu pairar nas sombras de Pedro e Rafael, mais quieto, mais observador, mas com uma intensidade contida que eu nunca soube interpretar. Dois anos mais velho que Pedro, ele tinha uma constituição diferente: mais encorpado, ombros mais largos, uma presença física que parecia ocupar mais espaço. Estava sem camisa, o peito largo e definido brilhando de suor sob a luz fraca que entrava pela janela. Usava apenas um short de futebol escuro e meiões brancos puxados até o meio da canela. A camisa do Palmeiras, encharcada de suor, estava jogada de qualquer jeito sobre um banco. O cheiro que emanava dele era forte, pungente – uma mistura de grama, terra, suor e testosterona pura.
Quando seus olhos escuros encontraram os meus, senti um calafrio percorrer minha espinha. Não havia o brilho malicioso e quase divertido de Pedro. Havia algo mais frio, mais calculista. Ele me mediu da cabeça aos pés, lentamente, como um lobo avaliando uma presa inesperada que caiu em seu território.
— Procurando o Pedrinho? — A pergunta veio com um meio sorriso que não alcançava os olhos. A pergunta veio com um meio sorriso que não alcançava os olhos. — Ele me pediu pra te mandar uma mensagem. Teve que resolver umas coisas da faculdade. Mas ele me contou umas coisas interessantes. Sobre sábado. Sobre você.
O ar ficou rarefeito. O sangue fugiu do meu rosto. Contou o quê? *Tudo*? A imagem de Pedro detalhando minhas humilhações para o irmão mais velho me atingiu como um soco. João Victor riu, um som baixo, gutural, que não tinha nada de divertido. Era um som de poder, de conhecimento.
— Relaxa, porra. Não precisa ficar branco assim. Ele só me disse que você... aprecia uma boa resenha pós-jogo. Que gosta de... *servir*. — A pausa antes de "servir" foi carregada de insinuação. Ele sentou em um banco, apoiando os cotovelos nos joelhos largos, os músculos das costas se contraindo. O olhar dele era um peso físico sobre mim. — Ele contou como você ficou bonitinho de joelhos. Como engoliu a porra e o mijo dele todinho, sem reclamar.
Ele fez um gesto quase imperceptível com a cabeça, um comando silencioso para que eu me aproximasse. Hesitei por um segundo, a mente gritando para fugir, mas as pernas se moveram por conta própria, atraídas por aquela força gravitacional de perigo e desejo. Parei a poucos passos dele. O calor que irradiava de seu corpo suado era intenso. O cheiro era avassalador agora – metálico, ácido, o odor primordial de um macho alfa após o esforço físico.
— Sabe... — ele disse, a voz ainda mais baixa, confidencial, quase íntima, o que a tornava ainda mais ameaçadora. — Lembrei de uma coisa enquanto o Pedro falava... Lembra daquele Carnaval de uns anos atrás? No bloquinho?
Meu cérebro vasculhou as memórias nebulosas de carnavais passados. Sim, um bloco pequeno, alternativo. Eu estava lá, um pouco alto, dançando no meio da rua... Tentei forçar um riso nervoso. — Que Carnaval? Teve tantos...
— Aquele. Você estava com uma fantasia ridícula, todo soltinho, rebolando no meio da muvuca. E eu colei atrás de você. Fiquei ali um tempão, esfregando meu pau duro nas suas costas, na sua bunda. — Ele se levantou devagar, um movimento fluido e poderoso. Parou bem na minha frente, tão perto que eu podia sentir a umidade do suor dele na minha pele. O cheiro me envolveu completamente, sufocante. — Você ria, achava que era brincadeira de amigo bêbado. Mas eu não estava brincando. Eu estava com um tesão fodido em você. Queria te arrastar pra um beco qualquer e te foder ali mesmo, no meio da sujeira, até você não aguentar mais.
A lembrança explodiu na minha mente com a clareza de um raio. Eu me lembrava agora. Lembro do peso atrás de mim, do roçar insistente, da risada dele no meu ouvido. Eu tinha achado que era só a zoeira de sempre, a brincadeira hétero curiosa. Meu Deus, como eu fui ingênuo. Como eu fui cego. Ele me desejava. Desde aquela época. E agora... agora ele sabia que eu era vulnerável a isso. Que eu gostava.
Antes que eu pudesse processar completamente a revelação, a mão dele disparou, agarrando meu cabelo na nuca com uma força brutal. Ele puxou minha cabeça para trás, expondo meu pescoço, forçando-me a encará-lo. A dor aguda no couro cabeludo se misturou a uma onda de pânico e excitação.
— Abre essa boca, puta.
A ordem foi um rosnado. Meus lábios se entreabriram por reflexo. O polegar dele, úmido de suor e talvez saliva, esfregou meus lábios com força antes de invadir minha boca. O gosto era forte, salgado, inconfundivelmente dele. Chupe. A ordem não foi dita, mas meu corpo entendeu. Minha língua envolveu o dedo dele hesitante, depois com mais avidez. João Victor riu, satisfeito.
— Isso... bom garoto. Agora... — Ele me soltou por um instante, apenas para voltar a sentar no bamco, jogando as pernas para frete. Apontou para o próprio pé, ainda calçado com o meião branco, agora sujo de terra e grama. — Cheira.
Obedeci, ajoelhando-me diante dele, a humilhação começando a se misturar com uma excitação quase insuportável. Aproximei meu rosto do pé dele. O cheiro era pungente, uma mistura de suor acumulado, couro da chuteira e terra molhada. Era um cheiro sujo, animal, mas estranhamente viciante. Pressionei meu nariz contra o tecido úmido, inalando profundamente. Ele gemeu baixo.
— Mais. Enfia na boca.
Tentei obedecer, abrindo a boca o máximo que podia, tentando abocanhar a ponta do pé dele através do meião. O tecido áspero roçou minha língua, o gosto salgado invadiu meu paladar. Meus maxilares doíam com o esforço. Ele riu de novo, um som divertido e cruel, e puxou meu cabelo com força, me obrigando a levantar o rosto.
— Aqui. — Ele me arrastou pelo cabelo, forçando meu rosto contra sua axila úmida e peluda. — Lambe. Lambe tudo. Quero sentir sua língua na minha pele.
Hesitei por um instante, o choque da ordem me paralisando. Mas a pressão dos dedos dele no meu couro cabeludo aumentou, e eu obedeci. Passei a língua naquela pele quente e salgada. Os pelos eram ásperos contra minha língua, o gosto era forte, quase amargo, mas incrivelmente excitante. O cheiro dele me dominava, entrando pelas minhas narinas, preenchendo meus pulmões. Lambi com mais vontade, explorando cada centímetro daquela cavidade úmida. Um tremor percorreu minhas pernas quando ouvi João Victor gemer mais alto, um som gutural de prazer, os dedos apertando meu cabelo com mais força.
— Boa puta... Sabia que você ia gostar...
O aroma era uma overdose sensorial. Masculino ao extremo, cru, sem filtros. Lamber aquela axila era como provar a essência mais bruta dele. Era proibido, degradante, e eu estava amando cada segundo. Ele pegou a camisa do Palmeiras encharcada do banco e a pressionou contra meu rosto, esfregando-a com força. O tecido úmido e frio me sufocou por um instante, o cheiro concentrado de seu suor invadindo minha boca, meu nariz. Antes que eu pudesse recuperar o fôlego completamente, ele arrancou o meião sujo do pé que eu tentara chupar e o enfiou na minha boca. O tecido áspero, impregnado de horas dentro da chuteira, preencheu minha cavidade oral, o gosto forte de suor, terra e couro queimando minha garganta.
— Chupa isso. Chupa como se fosse minha rola..
Engasguei, tentando respirar pelo nariz, mas ele empurrou o meião ainda mais fundo. Meus olhos lacrimejaram de novo, não só pela falta de ar, mas pela intensidade da humilhação. Ele segurou minha cabeça, me forçando a sugar o tecido sujo.
— Não para... engole o suor, vadia.
Quando finalmente puxou o meião para fora, eu estava ofegante, babando uma mistura de saliva e o líquido salgado que extraíra do tecido. Minhas mãos tremiam apoiadas no chão. João Victor me observava de cima, os olhos escuros brilhando com uma satisfação sádica, o sorriso cruel estampado no rosto.
Ele se levantou novamente e, com uma lentidão torturante, abaixou o short de futebol e a cueca até o chão. O pau saltou para fora, livre. Era diferente do de Pedro. Mais grosso, ligeiramente curvado para cima, com uma veia proeminente que pulsava visivelmente ao longo do corpo rijo. A cabeça era escura, quase púrpura. O cheiro que emanava dali era ainda mais intenso, mais selvagem, uma mistura de suor e almíscar. Ele segurou o membro pesado na mão e esfregou a cabeça úmida e latejante nos meus lábios, sujando-os com seu pré-gozo.
— Cheira minha rola agora. Sente o cheiro do seu dono.
Afundei meu rosto na virilha dele, inalando aquele aroma proibido. Minha língua saiu por vontade própria, lambendo a base do pau, subindo pelo corpo grosso, provando o gosto salgado de sua pele. Chupava suas bolas pesadas com avidez, tentando engoli-las, querendo extrair cada gota de sua essência masculina. Ele arqueou as costas, um grunhido baixo escapando de seus lábios, a mão apertando meu cabelo com mais força.
Sem aviso, ele puxou minha cabeça para trás e, com um movimento rápido e brutal, enterrou o pau na minha garganta.
— Isso, puta! Engole a rola do macho! Toda!
Ele fodeu minha boca sem qualquer piedade. A cabeça grossa batia repetidamente no fundo da minha garganta, me fazendo engasgar a cada estocada. Seus dedos estavam firmemente enroscados no meu cabelo, controlando minha cabeça, me forçando a receber cada centímetro dele. Eu engolia com dificuldade, lágrimas escorrendo pelo meu rosto, o nariz enterrado na sua virilha peluda, respirando aquele cheiro dominante enquanto ele me usava.
De repente, ele tirou o pau da minha boca, deixando-me ofegante, com a garganta dolorida. Antes que eu pudesse entender, ele cuspiu na minha cara. O líquido quente e espesso atingiu minha testa, escorrendo pelos meus olhos, pelo meu nariz. A humilhação era total, completa.
— Agora a melhor parte. Vou te batizar de novo.
Ele posicionou a ponta do pau sobre minha boca aberta e trêmula. E começou a mijar.
O jato quente e forte acertou minha língua em cheio, enchendo minha boca rapidamente. O gosto era forte, salgado, amargo. O líquido escorreu pelo meu queixo, molhando meu pescoço, meu peito. Ele não parou, continuou mijando, um fluxo constante e abundante. Me fez engolir, forçando o líquido goela abaixo com a pressão do jato. Senti o peso quente no meu estômago, a náusea lutando contra a excitação avassaladora.
Mas ele não tinha terminado. Antes de o fluxo diminuir, ele se abaixou rapidamente e pegou algo do chão. A cueca boxer escura. O tecido estava úmido, e o cheiro acre de virilha suada chegou até mim mesmo antes que ele a trouxesse para perto.
— Abre mais essa boca.
Obedeci, o pânico e a antecipação lutando dentro de mim. João Victor enfiou a cueca inteira na minha boca. O tecido áspero e úmido cobriu minha língua, o gosto amargo e metálico explodindo nos meus sentidos, quase me fazendo vomitar.
— Segura aí. Não cospe.
E então, ele voltou a direcionar o jato de urina, que ainda não havia cessado completamente, para a minha boca, agora obstruída pela cueca.
O líquido quente encharcou o tecido instantaneamente, saturando cada fibra. Senti a urina escorrer pela cueca, um fluxo morno e salgado sendo filtrado pelo tecido sujo antes de atingir minha garganta. Meu corpo se contorceu em protesto, um espasmo de repulsa e desejo. Ele apertou minha mandíbula com os dedos, me forçando a manter a cueca ali, a receber aquele batismo profano.
— Engole, porra! Engole meu mijo com o meu suor!
Engoli em goles difíceis, sentindo o gosto avassalador – sujo, íntimo, a essência pura de João Victor sendo forçada para dentro de mim. Era a submissão definitiva, a anulação completa do meu ser. E uma parte sombria de mim estava amando.
Quando o fluxo finalmente parou, ele puxou a cueca encharcada lentamente para fora da minha boca, torceu o tecido sobre a minha língua, como se quisesse garantir que eu absorvesse até a última gota contaminada. Ele jogou a cueca molhada no meu colo.
— Toma. Leva de lembrança.
Só então ele bateu o pau ainda úmido de urina na minha cara, de um lado para o outro, marcando minha pele com sua essência, seu domínio, sua posse final.
— Agora lembra do Carnaval? — ele rosnou, a voz carregada de uma satisfação sombria. Agarrou meu cabelo novamente e me puxou para o chão com violência, minhas costas batendo no piso frio. — Eu fiquei com tanto tesão acumulado naquele dia... Queria ter te fodido até você desmaiar. Hoje eu vou tirar o atraso.
Ele me virou de bruços com um solavanco e arrancou minha bermuda e cueca com um puxão seco, deixando minha bunda exposta. Cuspiu uma quantidade generosa de saliva na minha entrada e esfregou a cabeça do pau ali, a pressão quente e grossa me fazendo tremer de antecipação e medo.
— Empina mais essa bunda pra mim. Quero ela bem alta. Quero ver o estrago que eu vou fazer.
A primeira investida foi brutal, devastadora. Ele entrou de uma vez só, sem qualquer aviso ou gentileza. Um grito de dor e surpresa ficou preso na minha garganta quando ele rapidamente pegou o meião sujo do chão e o enfiou na minha boca novamente, abafando qualquer som. Ele era mais largo que Pedro, mais pesado, parecia feito de pedra. Cada centímetro que invadia meu corpo parecia rasgar algo dentro de mim, mas ao mesmo tempo, me preenchia de uma forma que me deixava completamente perdido, entregue à força dele.
— Tá gostando, né, sua cadela? — Ele rosnou no meu ouvido, a respiração quente na minha pele, as mãos grandes apertando minha cintura com força, os dedos afundando na minha carne, deixando marcas. — Você nasceu pra isso. Pra ser a puta dos irmãos aqui..
Ele começou a meter com uma força selvagem, brutal. Cada estocada era um impacto que me esmagava contra o chão frio, o ritmo implacável, sem qualquer traço de piedade. O suor dele pingava nas minhas costas, misturando-se ao meu próprio suor frio. Eu gemia contra o meião que abafava meus sons, meu corpo se contorcendo sob o peso e a força dele, minhas unhas arranhando inutilmente o piso de madeira.
O ritmo era alucinante, cada vez mais rápido, mais fundo. Ele me usava como um objeto, um buraco para descontar sua fúria e seu desejo acumulado. E eu, em algum lugar perdido entre a dor e o prazer extremo, estava me desfazendo, me tornando nada além daquela sensação.
— Vira, porra! Vira pra mim! Quero gozar nessa sua cara de puta!
Ele me virou de costas com um movimento brusco, o pau saindo e entrando novamente com uma violência que me deixou sem ar. Arrancou o meião da minha boca, e eu engasguei, tentando puxar o ar.
— Abre a boca. E olha pra mim.
Nossos olhos se encontraram. O rosto dele estava contraído numa máscara de esforço e prazer brutal. Meu corpo estava no limite absoluto. E então, só com a intensidade daquele olhar de comando, com a visão dele prestes a explodir sobre mim, eu gozei. Sem me tocar, sem aviso. Uma explosão involuntária, meu corpo tremendo incontrolavelmente, o sêmen quente jorrando no meu próprio abdômen.
João Victor riu, um som baixo e triunfante. Segurou meu queixo com força, me impedindo de desviar o olhar.
— Agora engole a minha porra!
Ele gozou. O jato grosso e quente acertou minha língua, meus lábios, meu nariz, entrando direto na minha garganta. Ele continuou bombeando, enfiando o pau fundo na minha boca, me forçando a engolir convulsivamente cada gota de seu clímax. Depois, ainda ofegante, esfregou o pau mole e melecado na minha cara, espalhando a porra pela minha bochecha, pelo meu queixo. E cuspiu em cima de tudo, um último ato de profanação.
— Isso. Agora sim. Tá todo meu. Todo marcado.
Ele se levantou, deixando-me ali, no chão frio, destruído. Sujo de suor, saliva, urina, porra, terra. Marcado por fora e por dentro. Então, antes que eu pudesse reagir, ele se inclinou e enterrou os dentes no meu ombro. A dor foi excruciante, uma explosão branca atrás dos meus olhos. Gritei, um som agudo de dor pura. Ele apertou a mordida, senti a pele rasgando levemente, o gosto metálico de sangue na minha boca. Quando finalmente soltou, a área latejava violentamente, e eu sabia que ficaria uma
marca roxa e dolorida por dias.
— Marcado, cadela. — A voz dele era um sussurro rouco, carregado de posse, enquanto ele me dava um tapa estalado na face, o som ecoando no silêncio da sala. Um cuspe quente e denso atingiu minha bochecha, um selo final de sua dominação. Ele se virou, a silhueta imponente bloqueando a luz que vinha da janela, e começou a se afastar.
— E não se esqueça... — João Victor parou na porta, um sorriso de predador satisfeito curvando seus lábios. Com um movimento lento e deliberado, ele puxou o short de volta para cima, e meus olhos, hipnotizados, seguiram o volume que já se reerguia, pulsante, sob o tecido. — ...se for uma boa puta, talvez a gente te use de novo.
Fiquei ali, prostrado no chão frio, por um tempo que não soube medir. O cheiro dele, uma mistura inebriante de suor, urina e sêmen, impregnava cada poro da minha pele, cada fibra da minha roupa. O gosto amargo da cueca, da porra, do mijo, ainda persistia na minha boca, uma lembrança vívida do batismo que acabara de receber. Minhas pernas tremiam incontrolavelmente, os músculos exaustos, mas uma nova sensação começava a se instalar, um formigamento no baixo ventre, uma fome insaciável.
Uma coisa era certa. Eu ia querer mais. Muito mais.