Estávamos seguindo para a praia, um carro com 4 garotas e um com 4 caras, não é necessário ser adivinho para saber o que os 4 casais que estavam nessa viagem queriam, sozinhos na praia por três dias, a surpresa, era:
Eu chupei o André no Madame, não sabia que era ela, mas fiz e a Patrícia sentada do meu lado deu para meu namorado, quer dizer, estariam na praia, as duas pessoas com quem nos traímos mutuamente, isso era um desastre pronto para acontecer.
Também não saia da minha cabeça como o André conhecia tão bem meu corpo, um homem pode ser hábil com uma mulher, mas saber EXATAMENTE o que estava fazendo, impossível… Por sorte eu e as outras três garotas quebramos logo o gelo.
Descobri que somos quatro universitárias, eu a mais nova ainda no meu primeiro ano, Gisele a mais velha, já quase formada em Odontologia, Patrícia que parecia prestar atenção em cada gesto meu está fazendo jornalismo, eu também reparava em cada gesto na minha rival, mas ela em uma conversa paralela disse que ia ficar com o Carlos.
Será que foi por isso que o Rafa me trouxe, dessa vez, ele ia ficar sem garota, “Quanto tempo você está com o Rafa?”, eu sorrio um pouco sem jeito, “Quase um ano, eu conheci ele pelo Carlinhos que apresentou ele para mim e para a minha mãe, eles trabalham na mesma firma.”, Patrícia que é quem tinha perguntado, sorri e o assunto continua…
Claro que depois disso, elas perguntaram se eu não ligava do Rafa ser uma galinha, um pouco tentando me dizer sem dizer que ele me traia, eu sorri e disse que chifre trocado não dói, além do que eu havia proposto abrir o relacionamento, se ele quiser continuar me enganando ele só vai perder.
“O mundo roda, a catraca gira, a fila anda e não falta homem querendo senha para essa fila.”, as meninas deram um gritinho empolgadas, “Poderosaaaa”, eu dei risada com elas, quando a Patrícia solta uma piadinha que na hora me lembra da Nanda, “Eu ouvi dizer que não falta mulheres também.”, fico um longo segundo olhando para ela, mas logo, piadinhas e risadas descendo a serra.
Quando chegamos na praia era a mesma casa que eu já estava acostumada, não lembrava os detalhes mas já vim passar fim de semana aqui com a família do Rafael, dois quartos de casal, para os pais dele e os tios, e dois quartos com beliches para sobrinhos e sobrinhas que tenham vindo.
Quatro casais jovens em uma casa de praia, Patrícia estava ficando com o Carlos, acho que principalmente para não ficar sozinha, já que eu estava com o Rafa, mas não fiz caso ou comentei isso, a presença dela, me deixava nervosa, me comparando, tentando ser como ela, compensar.
Na praia com o sol quente na pele molhada de mar, deitada na areia, bateu a vontade de provocar o Rafa independente dos homens em volta que podiam estar vendo, o que com o meu biquíni fio dental verde claro amarradinho nas costas e na lateral, seria muito fácil, eram provocadas simples não ia exagerar também, começou com colar meu corpo no dele na água.
Uma encaixadinha do bumbum no pau dele na água antes de mergulhar, tomar sol toda sereia na areia e na hora de se virar, ficar de quatro com a bunda virada na direção dele ‘e dos amigos’, antes de deitar de bruços e soltar o lacinho do sutiã… Coisas simples… kkk.
A tarde estava acabando e começamos a pensar no que fazer, eu me ajoelhei sobre a toalha que me serviu enquanto tomava Sol, participando da conversa, ajeitando o biquíni, fingindo não ver a cara dos garotos, que babavam enquanto olhavam fingindo não reparar.
Primeiro dei uma desamarradinha inocente na lateral da calcinha para apertar melhor, sentadinha sobre os calcanhares, alguém estaria mentindo se dissesse que viu algo, mas sem dúvida, quase, vendo meu corpo de perfil, nua da cintura para baixo por um segundo, enquanto reajustar a cordinha prendia ela apertadinha no lugar.
Depois com meus dedinhos indicadores, passando por dentro do elástico da calcinha, dei uma ajeitadinha no pequeno triângulo acima do meu bumbum, fazendo ele ficar bem centralizado, caro que eu percebia a cara dos meninos, quase pulando em cima de mim, mas fingia não ver, distraída, ‘a famosa moreninha distraída ataca novamente’.
Como já falei em outros contos, não tenho um super corpo como a Patrícia, ou sarada como a Giselle, sou do tipo magrinha, alta com 1,72, pernas longas, parecendo uma modelo de propaganda, com os cabelos castanhos escuros até o meio das costas e os olhos azuis, mesmo não sendo a gostosona do pedaço eu chamo a atenção e sei o que fazer com ela.
E assim ficou decidido que iríamos em um bar, depois de passar em casa e tirar a areia do corpo e eu rindo por dentro, com o pensamento, que os meninos pareciam precisar de uma ducha fria antes de seguir com a nossa noite… Assim fomos todos caminhando até em casa, eu e as meninas já estávamos totalmente amigas.
É engraçado como isso aconteceu naturalmente durante a descida, eu baixei minha guarda, e já falávamos besteira juntas, já me faziam sorrir com facilidade, já curtia a companhia delas e conversávamos livremente, algo que se a Nanda estivesse aqui já teria me puxado a orelha que estou deixando a guarda baixa para estranhos.
Éramos 4 jovens universitárias se arrumando em um quarto, claro que virou uma zona cheia de brincadeiras, rindo juntas e fazendo piadinhas…
Com nós quatro banhadas e vestidas para ir para o bar, os meninos também, Rafael estava de bermuda e camiseta com tênis de skate, eu de sainha curtinha e soltinha, usando camiseta também, com botinha de caninho curto, os cabelos soltos e boininha, andando em bandinhos, no meu caso ao lado do Rafa, que fez questão de me envolver pela cintura.
“Tah com fogo em princesa.”, dou uma risadinha tímida, sentindo as bochechas ficando vermelhas, “Não sei de onde tirou isso.”, ele dá uma risadinha e um leve apertão na bundinha, me fazendo dar um pulinho pelo susto e surpresa, “Rafaaa!!”, dou risada ele dá risada também, a Patrícia dá um risinho de quem percebeu, a única que percebeu.
Logo já estávamos no bar se divertindo, eu bebendo de leve, tomando cuidado para não beber de mais como se fosse adiantar, eu e o Rafa sabíamos, não precisa de muito, para ficar bêbada super rápido, mas isso é uma questão de conhecer mesmo, estava uma noite bastante quente e agradável e um forró tocava com pessoas dançando.
Puxei o Rafa para dançar, ele nunca levou jeito era divertido, mas definitivamente, era fofinho ele tentar só por mim, que sempre fui de dançar em todos os lugares, como já foi dito aqui, sair para dançar é algo que faço, principalmente quando não estou bem, como diz a música, “Dançar é meu remédio”.
Mas quando terminamos de dançar sorrindo, Patrícia se aproxima de mim, “Sabrina vamos dançar?”, eu olho para ela, sem saber o que ela quer, mas ela está sorrindo, o mesmo sorrisinho da viagem, algo de quem quer me dizer algo, mas não quer, quer que eu descubra, eu sorrio e aceito ofereço minha mão.
Mão na minha cintura, minha mão na cintura dela, começamos a dançar, dançando forró, ela a japonesinha gostosa de 1,65 com um quadril grande e seios grandes, o quadril dela parece que têm vida própria traçando movimentos circulares logo abaixo da minha mão ao som do Forró que está tocando com um shortinho jeans desfiado.
Eu com 1,72 a moreninha de olhos azuis e corpo magrinho, usando uma saia soltinha de tecido leve, meu quadril como o dela se movendo rápido ao som da música, traçando movimentos circulares, que fazem a saia dançar ao redor das minhas coxas as perna cumpridas.
Eu sei que a gente estava dando um show, logo abriu a roda para ver as duas dançando os quadris se movendo rápido, olhos nos olhos da parceira, as mãos delicadas e gentis segurando a cintura uma da outra, algumas pessoas batiam palmas, outras, gritavam e diziam algo, mas eu não ouvia mais nada, só me concentrava nos olhos…
Completamente entregue ao momento, entregue a música, hipnotizada pela música, deixando todos os meus problemas desaparecem, sentindo só a pele quente, o toque firme da mão dela, vendo apenas seus olhos, ouvindo apenas a música, mais nada, nada tinha espaço na minha cabeça nesse momento.
Ela segura minha mão com firmeza e por impulso eu vou, uma, duas, três, quatro voltas, a saia se levanta como um balão para delírio dos meninos e homens do quiosque a beira mar, por baixo da saia um shortinho de exercício, mostrava uma parcela boa do bumbum, mas ainda era um short, volto para os braços dela e terminamos a dança, o impulso de beijar ela me faz dar um pulinho para trás.
Ela sorri me olhando, vejo nos olhos dela, que ela também quer e isso me assusta um pouquinho por ser inesperado, mas sorrimos uma para a outra.
Claro que quando volto para a mesa Rafael está de cara fechada comigo, mal me dirige a palavra é quando recebo uma mensagem da minha mãe, algo que eu não esperava, mas deveria esperar… Minha mãe me xingando por deixar meu namorado com ciúmes e fazer um “show” com uma garota dançando.
Com direito a frases de, “Quem vai cuidar de você.”, “Você nunca foi confiável.”, “Ele te aceita apesar de você não merecer.” e outras coisas crueis, após discutirmos um pouco meu humor não estava dos melhores, me levantei e saí do quiosque, o Rafa sinalizou que viria atrás e eu sinalizei que não.
Ando para a praia, ainda chorando, tentando colocar a cabeça no lugar, minha mente está uma bagunça, meu psicológico está uma bagunça, eu odeio quando minha mãe se mete no nosso namoro, quando ela deixa ele entrar no meu quarto mesmo eu estando com raiva, mas principalmente quando ela fica do lado dele nas brigas.
E tudo isso por causa da droga da minha cabeça, por causa da minha “estadia”, no Hospital Vera Cruz, “Sua cabeça é quebradinha Sabrina…”, algo que escuto da minha mãe desde sempre, “Você precisa parar de colocar palavras na boca dos outros, ninguém nunca disse isso.”, outra coisa comum, o mundo é horrível e as vezes eu exagero.
Será que estou exagerando agora????
“Ei gata, tudo bem?”, eu olho para trás é a Patrícia atrás de mim, com um copo na mão e outro para mim. “Sim só uma discussão com a minha mãe.”, aceito o copo, “Ela está incomodada pela filhinha com o namorado na praia sozinha, fazendo sei lá o quê.”, eu dou risada, “Acredito que não, o Rafael ficou com ciúmes e reclamou com ela.”, ela me olha por um tempo como se tivesse visto um alien.
“Manda os dois tomar no cu mulher, pelo amor de Deus, você sabe que ele te trai.”, eu fico olhando para a mulher com quem meu namorado está transando e fico vermelha, faço que sim com a cabeça e olho para o mar. “As vezes eu só queria sumir.”, “O mundo seria um lugar bem ruim sem você.”, eu fiquei abismada com o comentário.
“Qual é a sua Patrícia? Primeiro você dá para o Rafa, agora está dando em cima de mim?”, ela da risada, uma risada de quem quer que se foda qualquer julgamento sobre o que faz da vida dela. “Eu larguei o Rafa porque ele filmava a gente escondido.”, meu queixo caiu na hora, boquiaberta, olhando completamente indignada, eu tinha um vídeo que ela nem sabia da existência, quando foi feito.
“Você têm toda a minha atenção desde a mesa de bilhar, mas acho que está muito na do Rafa.”, eu dou risada e confirmo, passamos um tempo conversando, não só sobre o Rafa, mas sobre pais e problemas para sair de casa, ela quanto uma mulher que jogou tudo para o alto e foi morar sozinha mesmo sendo jovem, me entendeu bem.
Voltamos para a mesa do quiosque, o Rafa veio imediatamente me pedir desculpas, “Desculpa mas…”, ele têm direito de sentir ciúmes, que minha mãe é a única pessoa para quem ele pode se abrir sem me comprometer, que ele me ama de mais, que ele não saberia viver sem mim e etc.
“Eu pago a rodada povo, como pedido de desculpas por ter feito cena.”, diz o próprio Rafael, como desculpa não só para mim, mas para todos, eu sorrio olhando para ele, virando minha bebida para pedir outra, quando o André é quem solta a piada, “Hmmm… A chefe gostosa deu aumento e já está gastando Rafa? O que fez por esse aumento?”, meu sangue ferve e eu corto na hora. “CALA A BOCA ANDRÉ, A CHEFE DELE É A MINHA MÃE…”.
Todo mundo pára tudo e me olha como se eu fosse um fantasma, inclusive o Rafa fica nitidamente incomodado com a informação ter vazado desse jeito, eu continuo olhando para o André com raiva nos olhos, afinal uma coisa é falar dessas vagabundas que dão em cima deles, outra é falar da minha mãe.
Eu me viro e vou para o balcão pedir outra bebida, escutando os cochichos dos amigos dele e das meninas, que eu sabia que era exatamente por isso que era segredo, por causa da mulher que criou minha mãe, a sombra que pesa sobre meus ombros a vida toda… “Ela é a herdeira da milionária…”, eu sabia que agora, tudo ia ficar mais complicado.
======== FIM ========
É isso povo, comentem e votem, quando puder quero saber o efeito das revelações, o conto está em um momento de soltar as bombas, como repararam, mas aguenta que têm mais chegando.