O novinho da academia - Parte 6

Um conto erótico de Taylor
Categoria: Gay
Contém 1064 palavras
Data: 16/10/2025 10:40:27

Era quase noite quando as batidas soaram na porta. Não a campainha, mas batidas fortes, impacientes, que fizeram as paredes vibrarem. Meu coração disparou, um tambor descontrolado no peito. Gelei. Era ele? A hesitação durou apenas um segundo – não atender seria pior, muito pior. Respirei fundo, o gosto metálico do medo na boca, e abri a porta.

Ele estava ali, o rosto uma máscara de fúria sombria. Seus cabelos loiros, geralmente impecáveis, estavam desalinhados, caindo sobre a testa suada. A camiseta branca, antes nítida, agora amassada, revelava os contornos de um corpo atlético, a calça cinza de moletom parecia ter sido jogado às pressas. Os olhos, de um azul gélido que eu conhecia bem, faiscavam com uma intensidade quase selvagem. Não havia traço da frieza calculista ou do desprezo divertido das outras vezes. Era raiva pura, crua. Ele me empurrou com força para dentro, fazendo-me tropeçar para trás, e por um instante, um lampejo de algo que parecia surpresa ou talvez um leve arrependimento cruzou seu olhar antes de ser substituído pela fúria renovada.

"Aquela vadia!" ele rosnou, batendo a porta atrás de si com um estrondo que fez o apartamento inteiro tremer. "Acha que pode me dizer o que fazer? Acha que manda em mim?"

Ele andava de um lado para o outro na pequena sala, tenso como um animal enjaulado. Chutou uma almofada que estava no chão, e o som abafado ressoou no silêncio opressor. Eu permanecia encolhido perto da porta, sem ousar respirar, meus olhos fixos em seus movimentos erráticos, tentando decifrar o próximo passo.

"E você?" Ele parou abruptamente, virando-se para mim, o olhar queimando. "O que você tá olhando? Perdeu alguma coisa?"

"Nada..." gaguejei, a voz mal saindo.

"Cala a boca!" ele gritou, avançando sobre mim com uma velocidade que me fez recuar. Agarrou meu rosto com uma mão, os dedos apertando minhas bochechas com força, quase esmagando-as. Seus olhos furiosos estavam a centímetros dos meus, e pude sentir o calor de sua respiração. Antes que eu pudesse reagir, ele me beijou. Foi um beijo violento, punitivo, a língua invadindo minha boca com agressividade, sem qualquer traço de desejo, apenas dominação e raiva. Afastou-se abruptamente, deixando meus lábios latejando, e eu podia sentir o gosto de sangue na minha boca.

"Tira a roupa," ele ordenou, a voz áspera, quase um sussurro rouco. "Rápido! Não me faça perder mais tempo."

Ele avançou, e antes que eu pudesse reagir, suas mãos fortes agarraram a barra da minha camiseta, rasgando o tecido com um som seco que ecoou no silêncio. Meus dedos tremiam, paralisados pelo terror, enquanto ele puxava a roupa para cima, expondo meu corpo. Cada peça que ele arrancava parecia me deixar mais vulnerável, mais exposto à sua fúria, e eu podia sentir seus olhos me queimando, avaliando cada movimento, enquanto o medo gelava minha espinha.

"De joelhos," ele comandou, apontando para o tapete com um movimento seco da cabeça.

Obedeci imediatamente, caindo de joelhos à sua frente, o impacto doloroso nos meus joelhos desprotegidos. Ele abaixou a calça, e pude ver a cueca boxer preta, justa, que mal continha o volume. Colocou a mão dentro e puxou o membro para fora, já duro, pulsando de raiva tanto quanto de desejo, a veia saltada em seu comprimento.

"Abre a boca," ele rosnou. Não era um convite, era uma ordem carregada de ameaça, e eu vi um brilho de antecipação cruel em seus olhos.

Abri a boca, tremendo, a garganta seca. Ele agarrou meu cabelo com força, puxando minha cabeça para trás, forçando-me para frente e empurrando seu pênis para dentro da minha boca com violência. Engasguei instantaneamente, meus olhos lacrimejando, o reflexo de vômito subindo pela garganta. Ele não se importou, seu aperto em meu cabelo se intensificou. Começou a foder minha boca com força, um ritmo rápido e brutal, ignorando meus engasgos, meus sons sufocados de dor e pânico, e eu podia sentir o cheiro forte e masculino dele, misturado ao meu próprio hálito.

Cada estocada era uma punição, uma descarga de sua frustração. Ele segurava minha cabeça firmemente, controlando cada movimento, usando minha garganta sem qualquer consideração, e eu sentia a pressão em minha mandíbula, a dor em minha nuca. O gosto dele misturado ao meu próprio medo e saliva era sufocante, e eu podia sentir o calor de seu corpo contra o meu rosto. Eu estava sendo usado da forma mais crua, mais despersonalizada, um objeto para absorver sua raiva.

Senti a tensão em seu corpo aumentar, os movimentos tornando-se ainda mais frenéticos, mais profundos. Ele gemeu, um som gutural de alívio e fúria combinados, e então gozou. O jato quente e espesso explodiu no fundo da minha garganta, forçando-me a engolir em espasmos, lutando para respirar. Ele continuou a pressionar por um momento, garantindo que eu engolisse tudo, antes de se retirar abruptamente, e eu senti o alívio imediato da pressão.

Caí para frente, ofegante, tossindo, lágrimas e saliva escorrendo pelo meu rosto, e o chão frio contra minha pele. Ele ficou ali, parado, recompondo-se rapidamente, o peito subindo e descendo, os músculos do abdômen contraídos. Ajeitou a roupa, o rosto ainda tenso, mas por um breve instante, seus olhos azuis se desviaram, um lampejo de confusão ou talvez um resquício de algo que ele não queria reconhecer, antes que o brilho de satisfação cruel retornasse, acompanhado de um leve sorriso de canto de boca.

Ele cuspiu no chão, perto de onde eu estava arquejando, e o som úmido ecoou no silêncio. Olhou para mim com um nojo palpável, seus olhos azuis fixos nos meus.

"Lixo," ele murmurou, a voz carregada de desprezo.

Virou-se e caminhou até a porta. Abriu-a e saiu, batendo-a com força atrás de si, o som reverberando pelo apartamento vazio.

Fiquei ali, ajoelhado no tapete, tremendo, a garganta doendo, o gosto forte e amargo dele ainda preenchendo minha boca. O silêncio pesado que ele deixou para trás vibrava com a brutalidade do que acontecera. A humilhação era profunda, o medo ainda gelava minha espinha. Mas por baixo de tudo isso, uma faísca perversa se acendeu. Eu havia provado. Finalmente. O gosto do clímax dele, a prova definitiva de que, naquele momento de fúria, eu fui a escolha, o objeto necessário. Ser usado assim era degradante, aterrorizante... e, de uma forma doentia que eu mal ousava admitir, intensamente gratificante. O vazio ainda estava lá, mas agora misturado a uma satisfação sombria e secreta.

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Comentários

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Cara... surpreendente. To gostando demais a conexão mesmo que por linhas tortas esta cada vez maior!

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