Naquela mesma noite, Daniela foi tomar banho e se livrar daquele cheiro de cigarro. Ela havia ficado brava, pois não suportava esse cheiro e detestava fumantes. Após tomar banho, ela foi à sala-de-estar encontrar com seu marido. Ele estava assistindo uma série, enquanto ela estava tomando banho. Ela se encostou em seu marido e ele passou a mão nos cabelos sedosos de sua amada esposa.
— Agora, sim. Está bem cheirosa. Quer fazer um amorzinho gostoso? — disse Samuel. Ele começou a dar selinhos e depois foi levando seu beijo para bochecha, depois para a orelha, mas quando chegou no pescoço, ele reparou que havia um arranhão no pescoço dela. — Amor, o quê aconteceu? Tem um arranhão aqui em seu pescoço.
— Vixe, sabe que nem sei. Devo ter me arranhado em algo, mas não sei o que foi, amor — disse ela, com voz manhosa. — Sabe, amor... se você quiser fazer amorzinho... eu também quero. Quer fazer aqui no sofá?
— Claro. Meu amigo aqui já está ligado no duzentos e vinte — disse Samuel, mostrando o volume da ferramenta dele que estava coberta pelo shorts. Eles começaram a se beijar, Samuel mordia a língua de Daniela, e ela, naquele momento de excitação, passava a mão pelo singelo membro de seu marido por cima do shorts. Samuel foi descendo os beijos dele, da boca molhada de Daniela para bochecha macia dela, depois começou a mordiscar a orelha dela, e ela começou a dar leves gemidos. Os dedos dele foram ao alcance da parte intima de Daniela, e quando tocaram a fenda macia dela, que se afundava na pequena floresta de fios ruivos, percebeu que lá se encontrava a fonte do prazer, um liquido pegajoso encharcou os dedos dele. — Já está molhadinha, meu bem? Nem começamos ainda — disse Samuel, com um sorriso. De repente, o celular de Samuel começou a tocar. — Merda... é meu chefe. Preciso atender. Já volto...
Daniela ficou largada no sofá, com sua vulva umida e sem ninguém para saciar seu desejo. Ela foi para o quarto, para colocar seu pijama, pois aquela noite havia sido estragada pelo chefe de seu marido. Quando ela deitou a cabeça no travesseiro, ela reparou que o celular dela que estava em cima da cômoda se acendeu, era uma notificação. Era Emily.
"Oi, miga, desculpa por hoje. Não pude te acompanhar até a estação de trem"
"Sem problema, Emily. Mas está tudo bem por ai?"
"Está tudo ótimo. Eu aproveitei para falar com nosso novo colega pelo whats, Dani"
"Ah, é, que bom pra você"
"Ele parece ser tudo de bom. Tem uma ótima conversa, é safadinho e tem um pau maravilhoso"
"Que papo é esse, Emily? Você dormiu com ele?"
"Não, ainda não. Mas ele mandou uma foto. Fiquei daquele jeito, sabe? Rsrsrs. E ele sabe tentar uma mulher"
"Nossa, que bom pra você, Emily."
Daniela ficou imaginando como sua amiga era doidinha. Como pode ter uma conversa assim com alguém tão rapidamente. Ela ficou imaginando como elas eram amigas, pois eram tão diferentes. Uma detesta cigarro, a outra ama... uma ama besteiras, a outra ama coisas saudáveis... uma ama safadeza, a outra é mais caseira.
"Quer ver a foto de peru dele, amiga?"
"Tá louca. Sou casada, e já tenho o pênis do meu marido para me agradar. Não preciso ficar vendo os dos outros homens."
"Tá bom, sua sem graça. Mas quando eu provar, não vou contar para você como foi"
"Emily, eu sei como é. Já faço sexo com meu marido, e sei como é a sensação"
"Ah, amiga, mas o dele é diferente..."
"Diferente quanto?"
"Quer ver a foto?"
"Não. Deixa pra lá. Vou dormir, Emily. Desejo que você faça o mesmo"
"Vai ser difícil. Eu e ele ainda estamos conversando... ele até perguntou algo sobre você."
"Sobre mim? O que foi que ele perguntou?"
"Ah, ficou curiosa, é, amiga? Vai fica na curiosidade. Rsrsrs. Boa noite."
"Boa noite, Emily."
Daniela, deitada, ficou indagando sobre o que aquele garoto estava perguntando sobre ela para a Emily. "Aqueles dois se merecem" — pensou Daniela. Ela ficou encucada sobre o que seria esse diferencial que Lucio tinha em seu pênis que a Emily havia descrito. Mas pensou melhor, e tirou isso da cabeça. Nessa mesma hora, entrou no quarto Samuel. — Oi, amor. Ainda está com vontade de fazer um sexo gostoso?
— Ah, amor. Agora não. Vou aproveitar para secar meu cabelo e depois ir pra cama dormir. Amanhã é mais um novo dia — disse ela, um pouco sem graça.
— Certo, amor...
No dia seguinte, Daniela estava em um chat com um cliente, enquanto as cadeiras da Emily e do Lucio estavam vazias. Provavelmente eles estavam curtindo o tempo de descanso juntos. Após, Daniela terminar a ligação e conseguir sua primeira venda da semana, ela saiu de sua cadeira, pegou uma maçã em sua bolsa e foi fazer um descanso também. Ela foi ao pátio, onde ela e Emily sempre passavam o tempo livre, porém, nem ela e nem o Lucio estavam lá. Ela começou a morder a maçã, essa também era bem vermelha, mas havia alguns pontos um pouco moles. Andando pelo pátio, ela ouviu um barulho vindo de uma pequena sala, era a sala de limpeza. A porta estava entreaberta, e o barulho vazava para o pátio... era um barulho baixo, mas ritmado. Ela não sabia se devia abrir mais a porta e ver a origem do barulho, ou se deixava para lá.
Ela resolveu se arriscar e abrir um pouco mais a porta. Quando a porta se abriu mais, a luz começou a iluminar a escuridão que residia naquela sala, e ela pode ver uma mulher agachada e um rapaz em pé, e o barulho vinha do meio deles. Ela olhou com mais atenção e viu que era as costas de Emily, e aquele rapaz em pé era o Lucio. A amiga estava chupando o novo contratado. Daniela não pode acreditar. Ela reparou que Lucio a viu e estava sorrindo para ela.
— Emily... — resmundou Daniela. — O que você pensa estar fazendo?
Emily engasgou e virou assustada para a amiga. Lucio guardou o membro dele. — Amiga, o que você está fazendo aqui? Entra logo e fecha a porta.
— Tá doida, Emily. Não vou ficar aqui dentro com vocês dois. Se vocês querem se pegar, sem problema, mas tomem cuidado para não serem pegos — disse Daniela, brava.
— Eu vou indo, Emily. Vou entrar primeiro e depois vocês entram. — Aquele cômodo era apertado, então para Lucio passar, ele teve que relar levemente por Daniela, e Daniela sentiu algo passar pela mão dela e não era a perna dele. Por impulso, ela levantou a mão e levou-a ao rosto.
— Miga, desculpa...
— Emily, que doideira foi essa? Você tem noção do que poderia acontecer com vocês? — indagou Daniela, pondo a mão na fronte. — Vocês poderiam ter esperado até a saída, não é?
— É que ele pediu que eu fizesse aquilo aqui e agora para ele— disse Emily, um pouco nervosa.
— Então, se ele pedisse para você pular da ponte, você pularia? Que doideira é essa?
— Você não entenderia, amiga. Mas só posso dizer uma coisa... valeu a pena... — disse Emily, com um sorriso.
— Você deve estar louca. Vamos trabalhar. Vamos — disse Daniela, empurrando a amiga para fora daquela sala. As duas voltaram a trabalhar, mas mais nada de estranho aconteceu naquela tarde.
Na hora da saída, Daniela estava caminhando sozinha pela rua até a estação, quando de repente Emily aparece ofegante ao seu lado.
— Amiga, você estava indo embora sem mim? Que malvada — disse Emily, ofegante. Seu rosto estava brilhando de suor e sua camiseta estava levemente úmida.
— Achava que você iria acompanhar seu novo amigo.
— Ah, não. Hoje, não iremos nos ver mais. Você ficou chateada comigo?
— Não, né, Emily. Só fiquei preocupada. — Daniela colocou a mão no ombro dela. — Toma cuidado com aquele cara. Você não o conhece direito.
— Eu sei, amiga. Mas estamos nos conhecendo. — Ela abraçou Daniela e afagou o cabelo dela. — Não vou fazer nada de idiota.
— Afff, Emily, você está com cheiro de cigarro — disse Daniela, enquanto se desvencilhava do abraço da amiga. — Você sabe que não gosto desse cheiro.
— É o cheiro do Lucio. Desculpa, amiga.
— Tá desculpada. Mas vê se toma um bom banho quando chegar em casa — disse com uma voz anasalada, pois tapava seu nariz com os dedos.
— Não é para tanto, Daniela. Você vai acabar se acostumando e até gostando do cheiro uma hora.
— Como assim? Por que eu me acostumaria?
— Não é nada. Vamos logo pegar o trem. Quero chegar em casa logo. — Emily segurou a mão de Daniela e começou a puxá-la.
Quando Daniela chegou em casa, Samuel já estava em casa. Ele a recebeu com muito amor. Um beijo na boca e um chamego no pescoço... — Amor, você está com cheiro de cigarro novamente.