Transamos boa parte da noite, não só eu e o Rafa, às vezes dava para escutar um gemidinho que escapava de um dos outros quartos, os quatro casais estavam investidos na sua putaria noturna, o que mais, quatro casais de universitários, estariam fazendo em uma casa de praia sozinhos.
Mas logo quando tudo acaba, quando a última explosão de prazer é alcançada e fico toda molinha no peito do Rafa deitada em cima dele, meu cérebro volta a funcionar e as vozes, voltando com toda a sua confusão para me enlouquecer.
Me lembrando de cada bola fora dele e da minha mãe que poderia ser uma pista, “Será? Sua cabeça as vezes inventa cenários.”, dizia uma das vozes, “Mas faz sentido.”, dizia a outra, “Cala a boca preciso pensar.”, eu falo em sussurro para mim mesma, para a minha cabeça, escuto uma risada ao fundo, uma delas ri de mim.
Pior cenário possível, André sabe de mais, mas o que mais ele sabe… E se ele sabe, quem mais sabe… Obviamente, ele sabe da Ninfomania, é a única forma dele ter tanta certeza que eu ia ceder, mas, quem contou? Ele não pode só ter deduzido, de ter me visto uma vez.
“E se ele só insistiu e você como é vagabunda se entregou?”, “Vai se fuder…”, respondo a voz atrevida, não é hora de me censurar, já me censurei no dia, é hora de pensar objetivamente, mas e se… E se ele só apostou na minha piranhice e ganhou a cartela premiada.
Sinto um calor no meu cérebro, dentro da minha cabeça, fico pensando coisas assim a madrugada inteira, com os primeiros raios de Sol é que realmente pego no sono…
Rafa tenta me acordar, vê que não vai adiantar e me avisa que volta mais tarde, ele percebe que algo não está certo… Mas consigo dormir bem, sem sonhos, só o descanso merecido.
Estou acordando levinha e preguiçosa quando sinto ser abraçada por trás ainda dormindo nua, sorrio, ‘Um pouco de carinho e talvez sexo iria bem para acordar.’, penso comigo mesma, mas aí percebo que não é o Rafa a forma de tocar é diferente, mesmo assim sabe o que faz.
Mas os toques, a delicadeza dos toques, a forma como me toca, como me faz tremer me fazer gemer, solto todo o ar dos pulmões em um gemido e isso é uma vitória, logo uma mão já está tocando minha bocetinha, outra alisando meus seios.
Tento olhar para trás ele não deixa, então abraço o travesseiro, gemendo, apertando o travesseiro contra meu corpo, rebolando nos dedos dele e no pau atrás de mim encostado na minha bunda, com a outra mão dele, alisando e apertando meus seios, ele me dá um dedo para chuar eu chupo e gozo com ele me calando com o dedo.
Tremendo toda ensopada, sinto um pau me invadir por inteiro, até o fundo me arrancando um gemido alto de prazer, logo o vai e vem começa, durante o sexo, não há vozes, não há pensamentos intrusivos, não há o mundo lá fora, há apenas eu e ele, apenas prazer, apenas sensações.
Essa é a mágica, eu rebolo muito forte, socando o pau para dentro de mim, que ele também soca com força, uma mão segura meu quadril de ladinho, a outra ainda alisa meus seios, minha boca, me dá um dedinho para chupar.
Derepente segura meu pescoço e aperta, aperta firme, cortando o ar, eu coloco a mão para bater, para fazer parar, mas aí entra meu lado autodestrutivo, não o faço, não me permito, sinto tudo escurecer, sinto o mundo se apagar, ele começa a gozar dentro de mim, com fúria, sentindo meu corpo submisso, deixando me enforcar o quanto quiser.
Ele solta e eu explodo em um orgasmo violento, tremendo inteira, em espasmos, o pau dentro de mim ainda sensível, se move e eu gozo de novo, coloco uma das mãos na minha bocetinha e uma terceira, dando para ele o espetáculo, que ele parecia estar buscando.
Toda molinha ainda deitadinha de bruços, abraçada com o travesseiro, uma perna dobrada a outra esticadinha, sinto ele se aproveitar e dar uma pinceladinha no meu cu, estremeço inteira, arrepiada, sinto um medo profundo na barriga e na espinha.
“Aí não…”, sussurro, zero convicção, mas sinto os beijos nos ombros, as mãos me alisando meu corpo todo tremendo de leve, lembro da Patrícia do vídeo, da convicção que estava em fazer isso, antes das coisas complicarem, então tomo uma decisão bem ruim.
“Tah bom só a cabecinha…”, eu mesma sussurro, eu mesma me condeno, eu sei que vai doer, eu quero que doa… ‘MAS NÃO TANTO..’ é o que meu cérebro grita para mim mesma, quando sinto o empurrão comigo relaxada, meu cu é vencido de primeira, estou com a ponta de um caralho enterrada.
Dou um grito de “AIAI TIRA…”, e tento fugir o que me deixa de bruços, com ele sobre meu corpo, não me deixando escapar, tremendo inteira, babando o travesseiro quase chorando.
Ele fica parado pelo que pareceu uma eternidade, me acariciando, me acalmando com carícias, beijos nos ombros, chupadinhas na nuca, no pescoço, meu corpo passa de toda tensa de dor, para relaxada, quase implorando, querendo, dou uma reboladinha e dói tudo.
Mas a reboladinha foi suficiente, para ele entender e começar a se mover também, entrando mais e mais, me arrancando gritinhos, me fazendo arranhar a fronha do travesseiro, enquanto ele mete no meu cu, me abrindo até o fundo.
Devagar e com calma, a mão dele por baixo do meu corpo alcança minha bocetinha e começa a alisar e a me masturbar, o meu cu cedendo a invasão, parando de resistir, minha bocetinha sendo estimulada, a dor vai se transformando em dor e prazer, começo a rebolar a pedir mais e ele acelera.
Logo já está me fodendo de bruços na cama, fodendo meu cuzinho que já está todo larguinho sem pena, me fazendo gemer alto, gritinhos de dor e prazer, a mão dele está me enlouquecendo, estou revirando os olhos, arranhando o travesseiro de forma tão intensa, que sinto ela rasgar, babando e chorando na pica que me fode, até que ele goza ou eu gozo, ou gozamos ao mesmo tempo…
Eu fico tremendo por vários segundos, enquanto ele me acaricia os cabelos, me beija as costas, me deixa toda molinha, sinto meu corpo muito fraco, quase desmaiando, tremendo de leve, ele espera tudo acabar antes de sair de cima de mim, com calma, me acariciando.
Me deixa toda aconchegada e sai do quarto… Minutos depois ouço a porta da casa e o portão, seja quem for, foi embora. Fico um tempo deitada na cama, me sentindo culpada por ter deixado rolar, “Ele sabe que você é uma vagabunda…”, definitivamente mas.
“Esse foi o troco que o Rafa merecia…”, sorrio com esse pensamento, falando isso em sussurro, enquanto aliso meu corpo, minhas mãos descem pela minha bunda, explorando o vãozinho do meu bumbum, encontrando o estrago deixado, "Ai doeu...", me levanto e vou para o banho.
No banho ainda me masturbo mais uma vez pensando nessa foda, o sexo com o Rafa foi bom, mas esse assim que acordei, esse foi para exorcisar todos os pensamentos obscuros da madrugada, eu dou uma risadinha comigo mesma pensando nisso, contente.
Vou tomar um café na cozinha, ainda não perdi o dia, pelo contrário, está na hora do almoço, se sair, talvez encontre o povo voltando, então resolvi ficar em casa, pensando que seria melhor, tentando decifrar quem me comeu, o André é minha principal suspeita, mas ele me pareceu bem mais delicado no Madame, esse era mais bruto, mais maldoso.
“Todos os homens, são um pouquinho maldosos com uma gatinha submissa…”. Ok, isso é um ponto indiscutível…
Começo a separar minhas roupas, vou olhar meu celular, mensagem da Nanda, nada de mais, mas têm uma mensagem, do contato misterioso com os vídeos da Patrícia, “Cuidado com as Lâmpadas.”, apenas isso e mais nada.
No quarto, têm lâmpadas laterais nas paredes, além da do teto, eu lembro que quando chegamos o Rafael trocou elas, porque queimaram da última vez que estiveram aqui, me aproximo como se elas fossem dar choque, imaginando que posso estar caindo em uma armadilha, minha mente, parecendo uma arquibancada.
Eu solto o protetor e é uma lâmpada comum, dessas modernas de led, grande, dois círculos de lâmpadas de led, com defletores, que fazem com que ela fique muito muito mais forte, do que ela deveria, com todo o círculo se ascendendo, eu estremeço e nesse momento, fiquei com muito mais nojo do Rafa…
======== FIM ========
Ao menos agora não preciso deixar os pensamentos dela subentendido, vocês têm uma ideia de porquê ela parece tão indecisa em suas decisões, principalmente sobre com quem deve ficar com raiva e como deve proceder.
Pois é povo, a série começa a seguir para seu final, espero que tenham gostado até aqui, esse foi um conto com um clima mais pesado, a cabeça da Sabrina é bem confusa e eu passei um bom tempo pensando sobre como escrever ela nessa fase, que ela está perdendo o contato com a realidade.
