O sábado seguinte começou normal demais, o que, para mim, já era um mau presságio.
Eu tentava estudar no meu quarto, mas qualquer linha do livro me trazia de volta para Leandro. As mãos dele. A respiração dele. O quarto iluminado pela luz da tarde. A sensação de pertencimento proibido que ainda queimava na pele.
Quando vi a notificação no celular, eu já sabia que seria ele.
“Tá de boa mais tarde? A gente podia ver um filme aqui em casa. Nada demais. Só… senti sua falta.”
Perguntei sobre o filho, estava na casa de uma amiga da esposa que também tinha filhos.
A justificativa era frágil. A intenção, transparente. Mas eu não consegui dizer não.
A casa de Leandro parecia igual, mas, para mim, tudo estava diferente. O sofá, a cortina, o tapete… cada detalhe parecia impregnado da lembrança de nós dois. A sala de estar, com suas paredes pintadas de um tom suave de bege e o sofá preto que já vira tantos momentos, parecia menor do que nunca.
Leandro escolheu um filme qualquer, só para justificar estarmos ali. O som da TV, um filme de ação com explosões e diálogos rápidos, parecia distante, quase irrelevante diante da intensidade que nos envolvia.
Leandro se senta ao meu lado, a uma distância respeitosa demais, como se o próprio corpo fosse um risco. Os primeiros minutos foram normais. Nós comentamos o filme. Rimos de uma cena boba. Tentamos parecer dois amigos comuns.
Mas o medo pairava no ar como uma nuvem pesada, quase palpável, enquanto Leandro ajustava o controle remoto na mão, os dedos tremendo levemente. Eu estava sentado ao seu lado, os olhos fixos na tela da TV, mas Leandro sabia que eu não estava realmente assistindo ao filme. A tensão entre nós era evidente, como uma corrente elétrica que pulsava no ar, carregada de desejo e ansiedade.
Leandro respirou fundo, aquele tipo de respiração que denuncia tudo. Ele lançou um olhar rápido para mim, notando como eu mordia o lábio inferior, um gesto que sempre o deixava excitado.
O meu coração acelerou quando senti o olhar de Leandro sobre mim, mas eu mantive a compostura, tentando me concentrar na tela. Tentei segurar o máximo que pude, mas acabei virando o rosto em sua direção. E, quando nossos olhos se encontraram, não houve mais retorno.
Primeiro foi um toque leve, os dedos dele roçando o meu braço, como se pedissem permissão. Depois um deslizar lento da mão dele pela minha perna. E, por fim, o gesto que quebrou o nosso frágil autocontrole: Leandro entrelaçou os dedos com os meus.
Eu não precisava de mais nada.
O beijo veio urgente, abafado, cheio de saudade acumulada. Leandro segurou o meu rosto com ambas as mãos, puxando-me para perto, e eu me deixei tombar contra o peito dele, sentindo o calor, o cheiro, a falta que quase doía.
Os beijos ficaram mais intensos. Os corpos se alinharam. As mãos percorriam costas, nuca, braços, carícias profundas, esfomeadas de afeto. Nós mal percebemos que havíamos deitado no sofá.
E foi aí que aconteceu. O quase-flagra. A portão da frente tremeu com uma chave sendo inserida na fechadura.
Leandro congelou. Eu fiquei mais branco que já era. O tempo parou, o filme continuava rolando na TV, indiferente ao caos.
Em menos de um segundo, Leandro me puxou para cima. Nós nos separamos, com a respiração descompassada, cabelos bagunçados, cor nas faces. Eu mal tive tempo de me sentar direito quando a esposa de Leandro entrou, carregando sacolas de supermercado.
— Uai, amor… já chegou? — Leandro disse, forçando um sorriso, a voz meio falha.
Ela olhou para nós dois, estranhando o ar abafado, o silêncio, a postura rígida dos dois no sofá.
— Vocês estão… tudo bem? — perguntou, confusa.
Eu murmurei um “tudo sim”, completamente trêmulo.
A esposa franziu a testa. Não percebeu nada, não tinha como perceber, mas algo no ambiente estava… errado.
Algo fora de tom. Fora de lugar. Fora da naturalidade comum de sempre. E ela sentiu.
A esposa passou pela sala, seu olhar penetrante como uma lâmina. Ela parou por um momento, como se sentisse algo estranho no ar, mas não disse nada. Apenas continuou em direção à cozinha, a porta se fechando suavemente atrás dela. Leandro e eu trocamos um olhar rápido, o silêncio entre nós carregado de significado.
Foi naquele dia que a esposa começou a observar Leandro de verdade. Primeiro, pequenas coisas: ele saía mais tenso de casa; mexia no celular e apagava mensagens logo em seguida; ficava estranhamente calado, distante; demorava para voltar do trabalho; a evitava às vezes.
Nada disso era suficiente para acusar nada. Era apenas a sombra de um pressentimento.
Mas, na nossa história, foi o começo do fim da inocência. O primeiro sinal de que o terreno onde pisávamos não estava mais firme.
Algumas semanas depois, a coincidência perigosa voltou a acontecer: a esposa trabalhando até tarde, o filho na casa da avó.
E Leandro, tomado por saudade e culpa em igual medida, me chamou de novo. Mas dessa vez não havia filme, nem desculpas, nem disfarces.
Era quase noite. A casa estava silenciosa, escura, quase em suspenso.
Assim que a porta se fechou e eu entrei, o clima mudou. Leandro me puxou pela mão, sem hesitação, sem racionalidade, e me abraçou com uma força que quase me derrubou.
Na quietude e solidão da casa, Leandro e eu finalmente nos vimos a sós, a porta trancada e o mundo exterior esquecido. A tensão que se acumulava entre nós há semanas, entre olhares furtivos e promessas sussurradas, estava prestes a explodir. O ar estava carregado de expectativa, nossos corações batendo em sincronia enquanto estávamos frente a frente, o espaço entre nós crepitando com eletricidade.
Leandro se inclinou para perto de mim, seu hálito quente roçando o meu ouvido enquanto sussurrava palavras sujas que fizeram o meu corpo arrepiar.
"Eu não consigo mais esperar," Leandro disse, a voz rouca de desejo. "Você me deixa louco, Mateus."
Eu fechei os olhos, sentindo o calor das palavras de Leandro percorrer meu corpo. Eu me virei para encará-lo, nossos lábios se encontrando em um beijo desesperado, como se fosse a última vez.
O beijo veio imediatamente, um choque de saudade, respiração, necessidade. Nós tropeçamos até o corredor, encostando-se na parede, sem se soltar um do outro. Eu gemia durante o beijo, quase uma lamentação, as mãos agarrando os ombros fortes de Leandro, puxando-o para mais perto de mim. Nossos corpos se pressionaram um contra o outro, as linhas rígidas de nossos músculos se encaixando como peças de um quebra-cabeça.
Leandro, com os olhos escuros de desejo, estendeu a mão para acariciar o meu rosto, o polegar roçando a barba que começava a se formar. Eu me inclinei para o toque, os olhos se fechando por um instante antes de abri-los novamente, o olhar fixo no de Leandro.
"Eu queria isso há tanto tempo", sussurrei, a voz rouca de desejo.
As mãos de Leandro deslizaram pelas minhas costas, apertando minha bunda firme, enquanto eu puxava a camisa de Leandro, revelando seu peito suado. O cheiro de Leandro, uma mistura de sabonete e testosterona, encheu as minhas narinas, aumentando minha excitação de adolescente.
Eu beijava o pescoço de Leandro com devoção, enquanto as mãos dele percorriam minhas costas, minha cintura, meu rosto, traçando as linhas de meus pequenos músculos, seus dedos mergulhando nas curvas e reentrâncias de minha pele. Eu estremecia sob seu toque, minha respiração falhando quando os dedos de Leandro encontraram meus mamilos, beliscando-os suavemente.
Era como se cada toque fosse uma confissão: “Senti sua falta. Preciso disso. Preciso de você.” Nós nos abraçamos tão apertado que parecia que tentávamos caber um no outro.
Deslizamos até o quarto de visita, de novo, onde nos deitamos juntos, trocando carícias intensas, mãos percorrendo braços, peito, nuca, costas; beijos longos, profundos, em que parecíamos esquecer do mundo inteiro.
As respirações se misturavam. Os corpos se encaixavam. Os sussurros eram quase preces.
Leandro me empurrou contra a cama, seus beijos descendo pelo meu pescoço, deixando um rastro de fogo na minha pele. Ele chupou os meus mamilos com vontade, sentindo-os endurecer sob sua língua. Eu gemi baixinho, segurando a cabeça de Leandro contra o meu corpo.
A mão de Leandro desceu, seus dedos envolvendo o meu cacete duro. Apesar de jovem, o meu pau já era bem grande para a minha idade. Ele me acariciou lentamente, o polegar roçando a gota de líquido pré-ejaculatório que se formara na ponta. Eu arqueei os quadris, um suspiro escapando de meus lábios.
"Porra, Leandro", ofeguei, agarrando os ombros de Leandro com força.
Depois, minhas mãos exploraram o corpo dele, descendo pelas costas, pelo peito, pela barriga, até alcançar a cintura e arrancar o seu calção com mãos trêmulas.
"Eu quero você", sussurrei, minha voz cheia de necessidade.
Eu me ajoelhei diante de Leandro, enterrando o meu rosto contra o volume na sua cueca. Eu aspirava o seu cheiro e beijava o formato do seu cacete por sob o tecido fino, a minha respiração quente contra a sua virilha. A cueca de Leandro deslizou para baixo, revelando seu pau duro e pulsante, já latejando de desejo. Eu sorri maldosamente, passando a língua pelos lábios antes de envolver a pica de Leandro com a boca, ou o máximo que eu conseguia engolir dela.
"Já estava com saudades de te provar", murmurei, a voz embargada.
Sem esperar por uma resposta, tomei o cacete de Leandro em minha boca, a língua girando ao redor da glande. Leandro gemeu, a cabeça caindo para trás, segurando os meus cabelos enquanto eu chupava devagar, sentindo cada centímetro de minha língua quente e úmida passear pelo seu pau.
Eu olhei para cima, meus olhos cheios de desejo, antes de engolir o pau de Leandro até a garganta, quase sufocando, fazendo-o tremer de prazer. O som de Leandro gemendo era música para os meus ouvidos, que se deleitava no controle que tinha sobre mim.
A minha boca era como o paraíso, a língua girando e lambendo, os lábios sugando e puxando. Leandro moveu os quadris para cima e para baixo, levando seu pau cada vez mais fundo em minha boca, minha garganta relaxando para acomodá-lo por completo.
Os quadris de Leandro se ergueram e se moveram, literalmente fodendo a minha boca, sua respiração vindo em curtos suspiros.
"Mateus, tô quase gozando", ofegou ele, suas mãos agarrando os meus cabelos com força.
Eu não parei, minha boca se movendo mais rápido, minha língua girando ao redor da vara de Leandro. Eu podia sentir o corpo dele se tensionando, seu cacete pulsando em minha boca. Com uma última sucção, Leandro gozou, seu sêmen jorrando na minha boca. Eu engoli tudo, faminto, minha língua lambendo cada gota.
Eu me levantei, o meu próprio pau duro como pedra. Leandro, deitado, estendeu a mão, envolvendo o meu cacete com a mão e acariciando-me lentamente. Eu gemi baixinho, os olhos fechados. Eu me deitei do lado de Leandro, a respiração quente contra a orelha dele.
"Me fode, Leandro", sussurrei, com a voz rouca. "Quero sentir você dentro de mim."
Leandro abriu os olhos, o olhar fixo e grave em mim. Estendeu a mão, os dedos traçando as linhas do meu corpo, o toque suave e delicado. Inclinou-se, os lábios roçando os meus, a língua deslizando para dentro de minha boca. Eu gemi seu nome durante o beijo, pressionando o meu corpo contra o dele.
De repente, Leandro me puxou até ele, levantando-se e me empurrando de bruços no colchão. Ele tirou a minha roupa, expondo minhas costas nuas, e começou a me beijar, começando pela nuca, descendo lentamente até a bunda. Leandro separou as minhas nádegas, revelando meu cuzinho apertado e pulsante, e lambeu-o com língua ágil, fazendo um beijo grego que me deixou completamente ofegante.
"Leandro... por favor," eu murmurei, meu corpo se contorcendo de prazer.
As mãos de Leandro desceram, traçando as linhas das minhas nádegas, me abrindo e passando os dedos pela entrada do meu cuzinho. Ele deslizou um dedo para dentro da minha boca, minha língua girando ao redor de seu dedo. Chupei seus dedos, um a um, os olhos fixos nos de Leandro.
Ele retirou o dedo da minha boca, os olhos escuros de desejo. Estendeu a mão por trás de mim, pressionando os dedos contra meu orifício apertado. Eu arquejei, meu corpo se tensionando. Os dedos de Leandro eram delicados, seu toque suave enquanto se pressionava contra o meu cuzinho.
Ele deslizou um dedo para dentro, seu toque gentil e lento. Eu gemi, meu corpo relaxando, meus olhos se fechando. O dedo de Leandro se movia para dentro e para fora. Acrescentou outro dedo, enquanto eu me ajustava à sensação. Leandro lubrificou meu cuzinho com mais saliva, preparando o meu corpo para o que estava por vir.
Ele se posicionou atrás de mim, pressionando a cabecinha do seu pau contra o meu cuzinho, bem devagar, sem pressa, sarrando gostoso, sentindo a minha bunda quente e macia querendo se abrir contra a sua vara. Mas, no último momento, Leandro hesitou, o medo de me machucar o paralisando. Ele retirou-se, respirando fundo, e me posicionou deitado de costas no colchão, as coxas bem juntas.
Leandro esfregou seu pau duro entre as minhas coxas, apertando a minha pele macia contra seu cacete quente. Leandro gemeu, segurando os meus ombros, enquanto ele aumentava o ritmo, desesperado de paixão. Eu me esfregava contra o seu corpo e o colchão, o som de pele contra pele enchia o quarto, misturado aos gemidos abafados de ambos.
"Eu vou gozar," Leandro avisou, sua voz rouca de desejo.
Com um grito abafado, ele gozou, mais uma vez, fartamente nas minhas coxas, o esperma quente escorrendo pelas minhas pernas. Com o peso do corpo de Leandro sobre o meu e a fricção do meu pau no colchão, acabei gozando também, convulsionado. Agarrei a cueca de Leandro e gozei no tecido, para não sujar os lençóis e o colchão, testemunhas da nossa traição.
Leandro caiu ao meu lado, suado e ofegante, seu corpo colado ao meu. Nós nos olhamos, os corações batendo forte, o ar entre nós carregado de satisfação e promessa. Pelo menos por enquanto, estávamos a salvo. Eu, de maneira completamente levada, chupei o pau meia bomba de Leandro, limpando o seu gozo com a minha boca.
Leandro me puxou para si, me beijando profundamente, enquanto passava os dedos pelos meus cabelos, sabendo que esse momento de entrega não seria o último.
"Isso não acaba aqui," Leandro sussurrou, seus lábios roçando os meus.
E eu, com um sorriso nos lábios, sabia que era verdade. A tensão sexual entre nós era muito forte para ser ignorada, e ambos sabíamos que o desejo que nos consumia não seria saciado tão facilmente. A nossa história estava apenas começando, e o segredo que compartilhávamos nos unia de uma maneira que nenhum de nós poderia negar.
Ficamos assim por muito tempo, tão próximos, tão entregues, que por um instante ambos achamos que finalmente cruzaríamos o limite final da intimidade.
Nós quase consumamos a relação ali mesmo, não o fizemos, mas chegamos perto o suficiente para sentir que a linha entre o possível e o proibido estava desaparecendo.
E, naquele momento, deitados um ao lado do outro, peito contra peito, mãos entrelaçadas, estávamos mais apaixonados e mais perdidos do que jamais estivemos.