Capítulo 14: O Eco da Mãe
Antônio abriu os olhos lentamente, o corpo pesado, mas estranhamente leve. A luz suave do amanhecer infiltrava-se pelas frestas da janela de seu quarto no convento de Santa Luzia, banhando o chão de pedra com um brilho dourado. Ele piscou, confuso, esperando o peso opressivo do ar, o cheiro de sexo, sangue e podridão que impregnava cada canto daquele lugar maldito. Mas o quarto estava diferente. Um perfume delicado de ervas, alfazema, talvez, misturava-se ao aroma reconfortante de café fresco. Ao lado da cama, sobre uma mesinha de madeira, havia uma xícara esmaltada e um pequeno bule, o vapor subindo em espirais lentas. Ele tocou o próprio peito, esperando sentir os arranhões, os cortes da adaga cerimonial de Inês, mas a pele estava lisa, sem marcas. Seu pênis, pela primeira vez em dias, não pulsava, repousando tranquilo sob a calça.
“Um sonho,” murmurou, a voz rouca. “Que sonho estranho.” Ele riu, um som nervoso, enquanto se sentava na cama. As imagens de Thalita, Camila, Margarida, suas mortes, o sexo violento, os rituais profanos, pareciam fragmentos de um pesadelo vívido, mas distante. Ele pegou a xícara, o esmalte frio contra os dedos, e tomou um gole do café. O sabor era amargo, mas quente, reconfortante, como se o puxasse de volta à realidade. Levantou-se, a madeira do chão rangendo sob seus pés, e abriu a porta do quarto. O corredor estava silencioso, não havia cânticos guturais, gemidos ou o eco da voz da Mãe das Sombras sussurrando “Você é meu”. O convento parecia deserto, envolto em um silêncio quase sagrado.
Antônio caminhou pelos corredores, os passos ecoando, o coração ainda acelerado pela sensação de que algo estava errado. Ele passou pela capela subterrânea, mas a porta estava trancada, a madeira envelhecida como se ninguém a abrisse há décadas. Chegou à entrada principal, a luz do sol agora mais forte, banhando o pátio externo. Lá fora, seu carro, o velho forte 1929, estava parado, o capô aberto. Rafael e Lucas, vivos, mexiam no motor, as mãos sujas de graxa, rindo como se nada tivesse acontecido. “Sr Antônio, finalmente acordou!” disse Rafael, limpando o suor da testa. “O carburador tava entupido, mas agora tá resolvido.” Lucas acenou, segurando uma chave de fenda, o rosto sem as marcas de terror que Antônio lembrava do ritual.
“Vocês… tá tudo bem?” perguntou Antônio, a voz hesitante, a mente lutando para conciliar a realidade com as memórias do pesadelo. Rafael deu de ombros. “claro que sim.” Eles ligaram o motor, o forde ronronando com um som saudável. Antônio agradeceu, ainda atordoado, e entrou no carro. Ele acenou para os dois, que ficaram para trás, e dirigiu pela estrada de terra, o convento ficando menor no retrovisor, envolto por uma névoa matinal que parecia engoli-lo.
Enquanto dirigia, as imagens do “sonho” voltaram, fragmentos vívidos que o pegaram desprevenido. O cu de Clara, quente e apertado, engolindo seu pênis. A buceta de Inês, rejuvenescida, esguichando fluidos. O sangue de Margarida jorrando no altar. Seu pênis endureceu, pulsando contra a calça, uma onda de tesão sobrenatural invadindo seu corpo. Ele tentou se concentrar na estrada, mas as memórias eram intensas, como se a Mãe das Sombras ainda estivesse dentro dele, sussurrando promessas de prazer. O desejo era insuportável, e, ao avistar a entrada de uma cidadezinha, ele viu um puteiro conhecido na região, uma casa de madeira com luzes vermelhas piscando, mesmo de manhã.
Antônio estacionou, o coração disparado, o pênis duro como aço. Entrou no puteiro, o ar cheirando a cigarro e perfume barato. Uma prostituta jovem, talvez uns 20 anos, aproximou-se, o corpo curvilíneo sob um vestido apertado, os seios fartos quase saltando, a buceta marcada pelo tecido fino. “Quer companhia, senhor?” perguntou ela, o sorriso sedutor. Ele assentiu, sem palavras, e a seguiu para um quarto pequeno, com uma cama de lençóis gastos e um espelho rachado na parede.
Ela se ajoelhou, desabotoando a calça dele, e chupou seu pênis com voracidade, a língua traçando as veias, babando saliva que escorria pelo saco. Antônio gemeu, o tesão amplificado por algo além do normal, como se a magia do convento ainda corresse em suas veias, ele gozou, mas não parou. Ele a levantou, arrancando o vestido, revelando a buceta depilada, os lábios inchados brilhando com umidade. Ele a penetrou com força, a buceta apertada engolindo-o, os gemidos dela ecoando no quarto. Antônio meteu sem parar, cada estocada mais violenta, o pênis pulsando com uma energia sobrenatural. Ele gozou, jatos de sêmen enchendo a buceta dela, mas não parou, o desejo insaciável.
Ele a virou, debruçando-a na cama, e penetrou o cu, o orifício elástico cedendo com um som molhado. Ela gritava, o corpo tremendo, enquanto ele fodia com ferocidade, por vários minutos as estocadas se seguiram ininterruptas, gozando novamente, o sêmen transbordando, escorrendo pelas coxas dela. Ainda não era o bastante. Ele a colocou de joelhos, metendo na boca dela, o pênis deslizando até a garganta, entrando e saindo sem parar, estocadas fortes e rudes, gozando uma quarta vez, jatos grossos pingando no rosto, nos seios, no cabelo. A jovem, ofegante, olhou para ele com espanto, os olhos arregalados. “meu deus, nunca vi tanto gozo assim, nunca tive um homem assim tão viril” disse, limpando o sêmen do rosto, a voz misturando admiração e choque. Antônio, exausto, caiu na cama, o pênis finalmente amolecendo, o corpo tremendo de prazer e algo mais, uma sombra que ainda o habitava.
“Passei a noite naquele convento,” murmurou ele, quase sem pensar, enquanto se vestia. A prostituta, acendendo um cigarro, franziu a testa. “Que convento? Aquele de Santa Luzia?” Ele assentiu, e ela riu, um som seco. “Impossível, meu bem. Aquele lugar pegou fogo em 1920. Todas as freiras morreram. É só ruína agora.” Antônio congelou, o coração disparado, as imagens do “sonho” voltando com força, o altar, a adaga, o sangue, o cu de Clara. Ele pagou a jovem, saiu sem dizer mais nada, e entrou no carro, o motor rugindo enquanto acelerava para longe.
A estrada se estendia à frente, mas o tesão sobrenatural ainda pulsava em seu corpo, como se a Mãe das Sombras o tivesse marcado para sempre. Ele olhou pelo retrovisor, e, por um instante, jurou ver a silhueta do convento na névoa, intacto, pulsante. A voz dela sussurrou, uma última vez: “Você é meu.” Antônio apertou o volante, o pênis endurecendo novamente, e dirigiu em direção à cidade, sem saber se fugia do convento ou se o levava consigo.
Fim
