Enquanto o site não libera a continua do relato com o pião Damião, vou contar esse outro relato que me ocorreu com um mecânico logo depois do Damião.
A rotina em BH tinha voltado, mas eu estava diferente. Os garotos da loja e o Coronel eram meus portos seguros, minha dose controlada de perversão. Mas a roça... ah, a roça. Bento e Damião, o peão do mato e o peão da obra, tinham despertado em mim um tesão novo, um tesão pelo bruto. Pelo cheiro de trabalho, pela mão grossa, pela sujeira que não saía com água e sabão.
Eu estava viciada nesse cheiro de homem. E foi por isso que eu quase sorri quando meu carro começou a fazer um "tec-tec-tec" irritante na roda dianteira.
Eu sempre levei meu carro na mesma oficina. Uma oficina de bairro, antiga, honesta. O dono, Seu João, era um português de uns 60 e poucos anos, que me tratava como uma filha. "Dona Luana, a senhora de novo? Esse carro seu bebe mais que eu!"
Aquele lugar era o meu novo paraíso olfativo. O cheiro de gasolina velha, de óleo queimado, de graxa quente e de borracha. Era o cheiro do Damião, mas com um toque químico.
Cheguei lá numa terça-feira. A oficina estava cheia. Seu João limpou as mãos num pano imundo e veio me atender com seu sorriso de dentes amarelados.
"Dona Luana! Que honra! O que manda a senhora?"
"Ah, Seu João... é um barulhinho na roda. Acho que é a pastilha..."
"Vamos ver, vamos ver." Ele chamou. "Ô, Robson! Chega aí! Deixa esse motor aí e vem ver o carro da Dona Luana!"
Eu não conhecia nenhum Robson.
E então, ele saiu de debaixo de um Opala antigo, se levantando.
Eu parei de respirar.
Ele não era o gigante Damião, mas era quase. Moreno, da cor de jambo maduro. O rosto estava coberto por uma barba cheia, preta e cerrada. Os braços, expostos pela camiseta regata do time do Atlético, que um dia foi branca e hoje era cinza de graxa, eram enormes. Músculos de quem apertava parafuso e carregava motor, não de quem puxava ferro. O suor fazia a sujeira grudar nele.
E o olhar. Ah, o olhar. Ele limpou a mão (sem sucesso) no pano e me olhou com um sorriso de canto. Um sorriso de quem sabe. Um sorriso de "sem vergonha".
"Robson, essa é a Dona Luana, cliente antiga. Dona Luana, esse é o Robson. Tá trabalhando comigo agora. Menino bom, de mão cheia," disse Seu João.
Robson estendeu a mão suja para mim. Eu, a "Dona Luana", não podia recusar. Estendi a minha. A mão dele era grossa, cheia de calos, e a graxa preta e quente manchou minha pele instantaneamente. O toque dele foi firme.
"Prazer, Luana," ele disse.
Ele não usou o "Dona". A voz era grave, com um leve sotaque da periferia. E o sorriso sem vergonha não saiu do rosto dele.
"Então, qual o problema no... carrinho?" ele perguntou.
Eu gaguejei. "Um... um barulho. Na roda."
"Barulho, é?" ele disse, se agachando ao lado da roda. Ele não parecia um mecânico. Parecia um predador. Ele apertou, forçou, e me olhou de baixo, o olhar subindo pelas minhas pernas. "Isso aqui parece ser... folga, patroa. Muita folga."
Fiquei molhada. “Patroa”, me faz lembrar muita coisa.
Seu João interrompeu. "Vamos botar no elevador. Robson, cuida da Dona Luana. Eu vou ali no depósito."
Seu João sumiu. E eu fiquei sozinha com ele.
"Então, folga?" eu perguntei, tentando manter a compostura.
"É," ele disse, se levantando. Ele estava perto demais. O cheiro dele me invadiu. Graxa, suor e um cheiro almiscarado de homem. "Às vezes, a peça tá gasta. Fica batendo, solta. Precisa de um... aperto. Ou às vezes, tem que trocar tudo. Botar uma nova."
Ele estava falando do carro. Mas os olhos dele diziam outra coisa.
"E você... sabe dar esse aperto, Robson?"
O sorriso dele se alargou. "Sou especialista, Luana. Gosto de fazer o serviço... completo. Deixar tudo justinho, sem nenhum barulho."
A tensão era tão espessa quanto o óleo no chão.
"Vou ter que encomendar a peça," ele disse, quebrando o feitiço. "Liga amanhã. Mas pode deixar que eu mesmo cuido disso pra você."
Eu voltei para a loja com a mão suja de graxa. Eu não lavei. Eu cheirava minha mão a cada cinco minutos.
Dois dias depois, eu não liguei. Ele me ligou. No meu celular pessoal. Eu não sei como ele conseguiu.
"Luana? É o Robson. Sua peça chegou."
A voz dele no telefone me fez molhar a calcinha.
"Ah, Robson. Que bom. Posso passar aí... no fim da tarde?"
"Tô te esperando. Não demora." Ele desligou.
Eu sai da loja mais cedo. Falei para minha gerente que tinha um "compromisso". Para ela fechar a loja.
Cheguei na oficina às cinco e meia. O sol estava se pondo. O cheiro de metal quente estava no ar.
Seu João estava de saída, limpando as mãos na estopa.
"Dona Luana! Já no fim do dia? Veio buscar o carro?"
"Vim, Seu João. O Robson me ligou."
"Ah, o moleque é rápido! Já tá terminando. Eu já tô indo, que a patroa tá me esperando. Robson!" ele gritou. "Termina aí o carro da Dona Luana e fecha a oficina pra mim! A chave tá no lugar de sempre!"
"Pode deixar, patrão!" a voz de Robson veio do fundo da oficina.
Meu coração saltou. Fecha a oficina.
Seu João saiu. Eu andei para dentro da oficina, meus saltos fazendo barulho no chão de cimento sujo. A luz principal estava apagada. Apenas as luzes de serviço, penduradas, iluminavam o local, criando sombras longas.
Ele estava lá, debaixo do meu carro, que estava no elevador. Eu só via as pernas dele, calçadas nas botas imundas.
"Robson?"
Ele deslizou para fora no carrinho. A regata estava ainda mais suja. O suor escorria pela barba. O sorriso de sem vergonha estava lá.
"Chegou na hora certa, patroa. Eu tava... só dando o aperto final."
Ele se levantou. E ficou me olhando. A oficina estava em silêncio, exceto pelo barulho do trânsito lá fora.
"Quanto... quanto ficou?" eu perguntei, a voz fraca.
"O serviço?" ele disse, rindo. "O serviço... a gente combina."
Ele veio andando na minha direção. Ele não estava mais flertando. Ele estava caçando.
"A senhora é casada, né, Luana?"
"Sou."
"Mas gosta de oficina, né? Gosta de um mecânico sujo."
Ele parou na minha frente. As mãos dele estavam pretas de graxa. Ele as levantou, como se mostrasse a sujeira.
"Eu vi o jeito que você olhou pra minha mão, naquele dia. Você gostou da sujeira, não gostou?"
Eu não respondi.
"Gostou," ele afirmou. Ele estendeu um dedo, preto, e tocou meu rosto. Um toque leve. Ele desenhou uma linha de graxa na minha bochecha. "Fica bem em você. A minha marca."
Eu fechei os olhos, tremendo.
"Eu te vejo passar aqui todo dia. Indo almoçar com o coroa. Ele é teu marido?"
"Não."
"Teu chefe?"
"Não."
"Teu fodão," ele riu. "Mas ele não te suja assim, né? Ele não tem coragem."
Ele me agarrou. Rápido. Me puxou pela cintura, colando meu corpo de "Dona Luana" contra o corpo sujo de graxa dele. Meu vestido branco de linho... eu senti a graxa úmida manchar o tecido instantaneamente.
"Robson... aqui não..."
"Aqui sim," ele falou, e me beijou.
Foi um beijo de gasolina. A boca dele era quente, a barba arranhava, e o gosto era de metal, de óleo. As mãos dele, pretas, invadiram meu vestido. Uma subiu pelas minhas costas, manchando tudo. A outra desceu, agarrou minha bunda com uma força que me fez gemer.
"Gostosa," ele falou, me soltando. "Vem."
Ele me puxou para o quartinho dos fundos. O vestiário. O cheiro era insuportável. Um cheiro azedo de suor de dias, de bota velha e de marmita. Era o cheiro do paraíso.
Ele me empurrou contra os armários de metal. CLANG. O som ecoou.
"Tira," ele ordenou.
"O quê?"
"A roupa, porra! Tira tudo! Quero ver a patroa limpinha."
Eu tirei. O vestido caiu no chão, agora uma peça perdida. Tirei o sutiã. Tirei a calcinha. Fiquei nua, meus mamilos duros, na luz fraca do vestiário imundo.
Ele me olhou, lambendo os lábios.
"Perfeita."
Ele não tirou a roupa. Ele apenas abriu o zíper da calça de brim. O barulho foi como um tiro. A rola dele saltou. Era grossa, morena, pulsando, e, para minha surpresa, estava limpa.
"Eu lavei pra você," ele riu, percebendo meu olhar. "Mas as mãos... as mãos vão ficar sujas."
Ele me agarrou pelos quadris. As mãos dele, cheias de graxa, marcaram minha pele branca. Quatro dedos pretos de cada lado.
"Vira," ele disse. "Quero ver essa bunda."
Eu virei, apoiando as mãos no armário de metal. A superfície fria arrepiou meus mamilos.
Ele pegou uma camisinha, colocou, cuspiu na mão e passou na própria rola.
"O Doutor lá do restaurante te come de quatro?"
"Às vezes..."
"Mas ele te fode assim? Como uma cadela na oficina?"
Senti a cabeça da rola dele me cutucando. Grossa.
"Aguenta, patroa. A ferramenta é bruta."
Ele me penetrou de uma vez só.
Eu gritei. Um grito abafado contra o metal do armário. Ele era enorme. Ele me preencheu de um jeito que eu não lembrava. Era a grossura do Damião, mas com uma energia urbana, sem vergonha.
Ele não esperou. Começou a me foder. Rápido, forte, pistoneando.
"TOMA, PUTA! GOSTA DE GRAXA, NÉ? GOSTA DO CHEIRO DE MACHO!"
A cada estocada, meu corpo batia contra o armário. CLANG! CLANG! CLANG! O som era a nossa música.
As mãos dele estavam na minha bunda. Ele me dava tapas, e a graxa se espalhava. Minha bunda estava ficando preta.
"Isso... fode... me arromba, Robson!" eu gritava, minha voz ecoando.
"Grita, vadia! Grita pro teu mecânico!"
Ele era uma máquina. O ritmo dele era perfeito. Ele sabia o que estava fazendo. Ele me fodia com uma precisão de quem conhecia cada porca e parafuso do meu corpo.
Eu estava quase lá. "Eu vou gozar... ahhh..."
"Pode gozar!" ele gritou. "Goza pra mim!"
Eu gozei, um espasmo violento que fez minhas pernas tremerem. E o meu orgasmo, o aperto da minha buceta, foi o que ele precisava.
"AGORA EU!"
Ele deu as últimas estocadas, tão fundas que eu senti bem fundo, e ele explodiu dentro de mim. Eu morrendo de vontade de sentir sua porra, mas foi na camisinha, encheu ela de gozo, grosso, que parecia óleo fervendo. Ele gozou e continuou me socando.
Ele caiu sobre mim, me imprensando contra o armário, arfando no meu pescoço. O cheiro de suor dele, misturado com o cheiro de sexo, era o meu novo vício.
Ele ficou ali, a rola ainda dentro de mim, pulsando.
"Porra, Luana..." ele sussurrou. "Você é mais fodida do que eu pensava."
Ele saiu de mim. Eu quase caí. Minhas pernas eram gelatina. Eu me virei, e me vi no espelho quebrado do armário.
Eu era uma obra de arte da perversão. Meu rosto estava borrado de rímel e graxa. Meu pescoço e meus seios, manchados de preto. Minha bunda... minha bunda estava quase toda preta das mãos dele, se misturando com a sujeira.
Robson me olhou, e o sorriso sem vergonha estava lá.
"Serviço completo, patroa," ele disse, fechando o zíper.
Ele pegou um pano do chão, um pano que já tinha visto dias melhores, e jogou para mim. "Se limpa aí. Ou não. Fica com a marca."
Eu peguei meu vestido arruinado. Eu não podia sair assim.
"Puta merda," eu disse, olhando para a mancha de graxa.
Robson riu. "Relaxa." Ele foi até o armário dele e pegou uma camiseta limpa. "Veste isso." Mas é claro que eu não podia chegar em casa com uma camisa de homem.
Eu já estava acostumada a andar com algum outro vestido reserva no carro, caso precisasse.
Eu saí da oficina, andando como se tivesse cavalgado por horas, com a minha bunda preta de graxa e minha buceta toda fudida.
Quando cheguei no carro, tinha um bilhete no para-brisa.
"Serviço da roda: Cortesia da casa. Mas a próxima revisão... vai custar mais caro.”