A Submissão de Thiago - Parte 11 - Segredo de craque

Um conto erótico de Rafa Porto
Categoria: Gay
Contém 4479 palavras
Data: 24/11/2025 16:03:23
Última revisão: 24/11/2025 16:18:29

Novo conto da saga do Thiago! Espero que curtam :)

Lembrando: essa série envolve elementos do universo BDSM, como humilhação verbal e uso de cinto de castidade. Essa é uma história de ficção. Sempre recomendável separar o que é realidade e fantasia ;)

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Os moleques já tavam reunidos no vestiário. Meu irmão...o esporro que eu ia levar prometia ser lendário! Conseguia até imaginar todos eles me cercando, pingando de suor, disparando contra mim como uma metralhadora de palavrões (“Porra, Thiago”, “Caralho, Thiago”). Toda a galera unida pra cobrar uma explicação de como era possível o craque do time ter se transformado, da noite pro dia, no maior perna de pau!

E o pior? Lá no fundo, tinha certeza que muitos deles tavam adorando me ver na pior. Quantas vezes em cada batidinha nas costas, em cada elogio forçado, eu não pegava uma notinha de inveja no olhar daqueles caras que considerava meus “parças”. Eles eram tipo uns tubarões, que ficavam de tocaia, esperando o menor sinal de fraqueza pra atacar. Não, não era hora de dar pra trás: como daquela vez em que exibi a glória do “Thiagão” no vestiário, tinha que defender minha posição naquele time!

Mas, apesar de tanta coisa em jogo, minha cabeça voava longe. Tudo porque existia um cara no mundo – só um cara – que se me chamasse, eu iria. Sem questionar. Então, quando vi que quase toda a galera já tava no vestiário, pensei que era minha deixa para me encontrar com o Yuri no bendito quartinho:

– Ei Thiago, aonde é que você vai? – “Ah, se tu soubesse, Otávio!”, pensei, ouvindo a voz do meu amigo cada vez mais próxima – bem agora que a gente precisa alinhar pro segundo tempo, irmão!

– Tô ligado, mano! Mas é que surgiu uma parada aí que preciso resolver...

O Otávio me puxou com força pelo braço. Nunca imaginei que ele, sempre o mais tranquilão do time, fosse falar comigo daquele jeito. Puto da vida!

– Mas que MERDA é mais importante do que o jogo, Thiago? – ele tava tão irritado que a veia saltava da testa – Tu esqueceu que é capitão do time?

Desviei o olhar do Otávio para o relógio eletrônico que ficava em cima da arquibancada. Dois minutos do intervalo já tinham passado. Não tinha tempo a perder:

– Otávio, confia em mim – disse no tom mais sério que consegui – eu vou resolver essa parada e a gente ainda vai virar esse jogo!

Nem deu tempo de ver a reação do meu amigo. Logo saí correndo em direção ao quartinho, sem nem pensar em olhar pra trás. Certeza que o Otávio deve ter ficado sem entender nada. Ou ainda mais puto da vida. Mas nada disso importava… “Yuri, Yuri, Yuri”, uma voz alucinada repetia dentro da minha cabeça. Só conseguia pensar naquele peitão peludo, nos braços fortes, na mandíbula marcada, no sorriso malandro, na cara de mau. E nos olhos negros, que era onde o verdadeiro perigo morava!

Cheguei no quartinho. Um pouco distante do campo, ele ficava em um canto que ficava escuro quando os refletores iluminavam o gramado nas partidas noturnas. Tive que apertar o interruptor com força, pra fazer aquela lâmpada de luz fraquinha acender na marra. “Caralho, como é que nunca transei com uma mina aqui?”, passou pela minha mente enquanto olhava pras estanrtes cheias de bolas, cones e outras paradas de futebol. Realmente, aquele era bem o lugar ideal pruma rapidinha!

– Yuri?

Minha voz saiu em um fiapo. Me senti em um daqueles filmes de terror, em que o personagem principal caminha devagar por um corredor escuro, perguntando “quem está aí?”, com uma lanterna tremendo na mão. Mas a resposta ao meu “chamado” veio rápida, De repente, senti uma mão enorme, pesada, agarrar o meu cabelo e pressionar minha cabeça pra baixo. Como eu tava bem de frente pruma mesinha velha, me apoiei nela com os dois braços. Minha bunda, claro, ficou jogada pro alto:

– Fala, campeão! – o Yuri falou naquele tom piadista inconfundível – preparado pra levar na xota?

– Porra, Yuri! – eu tentava me libertar, mas meu rival já tinha colocado minhas mãos na mesa, como fazem nos interrogatórios de polícia – Precisa de tudo isso, mano?

Pelo cabelo, ele me puxou para cima. Me esforcei pra não gritar de dor. O Yuri não tava mesmo pra brincadeira!

– Sim Thiago, precisa – ele me respondeu sério, sem um pingo da zoeira de antes – hoje não vou ficar de amorzinho com você não. Hoje vai ser pancadaria, sua puta!

Com uma mão só, o Yuri então abaixou meu calção e minha cueca. Por um segundo, achei que ele fosse rasgar meu uniforme!

– Maluco, olha esse rabão! E todinho suado do jogo, ainda por cima! A buceta já vem até lubrificada! – ele então deu um senhor tapa na minha bunda, fazendo um eco no quartinho. Conseguia até imaginar a cara de macho escroto dele, lambendo os beiços – e nem vem me dizer que tu não tá gostando, porque tenho certeza que o “Grande Thi” tá animadão aí embaixo!

o Yuri nem precisava ter falado nada: sabia muito bem que o “grande Thi” tava mesmo duraço! Mas como minha pica ficou embaixo da mesa, não dava pra ver nada. ó conseguia enxergar a pentelhada, enquanto a cabeça dela roçava na parte de baixo da mesinha. Depois de um mês em que minha vara tinha entrado em cada buceta que tinha dado mole naquela faculdade, o “Thiagão” ficou ali, escondido. Quase um “remember” dos meus tempos da gaiola de castidade!

Com uma mão, o Yuri abriu as minhas pernas. O maluco não perdeu tempo: meteu a picona de uma vez só. Mano, eu me sentia a porra de um boneco inflável, um objeto que o único propósito fosse saciar a vontade daquele macho cheio de testosterona. Assim que a cabeça da vara do Yuri tocou na minha próstata, deixei escapar um gemidinho envergonhado. Respirei fundo. “Ah, que alívio!”, pensei. Aquela merda de angústia que insistia em me apertar os ombros desde o “dia da minha liberação” se evaporou. Tudo que sentia era um prazer sem limite, frenético, como um ex-viciado que, depois de anos sem experimentar uma droga forte, tem uma recaída.

- Ih, tá toda molinha, já! – sentia a respiração do Yuri no meu cangote, enquanto ele, bem devagarinho, ia abrindo as pregas do meu cuzinho – fêmea no cio é foda mesmo! Agora bora lá, que a gente não tem muito tempo!

Meu antigo rival começou a meteção. Bruta, sem dó. "Pancadaria", como ele mesmo tinha dito. Meu, falar que ele “metia” em mim seria pegar leve. Ele tava cavando a porra de um buraco no meu cu! Tudo o que se ouvia no quarto era nossa respiração pesada e o barulho da mesinha rangendo. E caralho, como era gostoso! Nunca, na minha vida toda, eu tinha transado daquele jeito. A gente era como dois bichos, dois animais, seguindo um instinto primitivo. O Yuri era o macho, e eu a femeazinha no cio dele!

Minha mão direita, sorrateira, foi descendo até embaixo da mesinha. Um resquício do meu “eu” de antes queria bater uma enquanto levava no cu. Achei que o Yuri nem iria reparar. Mas ele, ligeiro como um raio, logo junto minhas duas mãos atrás das costas:

– EI! Esquece dessa porra de pau, moleque! Tu vai gozar que nem mina hoje!

Ah, mas era óbvio que o Yuri não iria me deixar bater uma! Aquela mente doentia dele sempre imaginava novas formas, cada uma mais pervertida que a outra, em me tirar do pedestal, esculhambar minha masculinidade. Era o Yuri tirando à força meu segredo mais escondido e me mostrando, com um risinho cruel que dizia “tá vendo o que você é de verdade, Thi Thi?”:

– Não tem vergonha não, Thiago? – ele me provocava, aumentando o ritmo das bombadas – A porra do capitão do time, depois de levar três gols, em vez de dar exemplo, tá dando o rabo no quartinho dos fundos?

– Hmmmmm, simmmm! – eu, banhado em suor, nem raciocinava mais. Já tava imerso em um transe doido, totalmente refém do Yuri.

– Sabe por que, Thi Thi? – A barba áspera dele roçava no meu rosto enquanto ele me esculachava. As mãozonas dele continuavam a prender minhas mãos por trás. – é como te falei: tu é uma fêmea no cio! Precisa de um macho pra sossegar esse facho! Me fala, porra: quem é o dono desse rabão musculoso?

– Ahhhhh, VOCÊ, Yuri! – eu arfava, enquanto ele apertava com gosto minha bunda. Eu gemia cada vez mais alto, cada vez mais fino. Era a senha que o Yuri precisava:

– Deixa eu ver o teu amigão, Thiago!

Pra minha surpresa, ele próprio pegou no meu pau e botou ele por cima da mesa. Minha pica, que até então tinha ficado fora de vista, ressurgiu em seus 18cm de pura ostentação, jorrando fios de pré-gozo. Era bom ver ela de novo: grande, grossa, veiuda. “Mano, como é bom ser pauzudo!”, eu sempre pensava quando via os olhares cheios de inveja dos outros caras no vestiário, ou a reação gulosa das minas quando eu abaixava a cueca e elas viam que a fama do “Thiagão” não era à toa!

Mas, naquele dia, o meu tão adorado “Thiagão” não estava comendo nenhuma mina. Nem mesmo outro cara. Tudo o que ele fazia era balançar pra cima e pra baixo, batendo na mesa, em sincronia com o ritmo do Yuri estourando minhas pregas. Meu pauzão, que sempre foi o centro das atenções, tinha sido deixado totalmente de lado. O craque do time, deixado no banco de reserva!

– Eita, que isso! Olha só esse pauzão, essas bolas enormes!– o Yuri zoava, parecendo ler meus pensamentos – Por isso que as menininhas da facul se amarram tanto em você!

Ele então apertou com força meu saco, me fazendo urrar de dor. Sabia que ele tava afiando a língua prum escracho fatal:

– Um pau tão grande, tão bonito! Pena que não vai servir mais pra nada! – A pancadria não parava. O cara era uma metralhadora! – Olha bem pro teu amigão, Thiago. Ele é o símbolo de tudo o que você era: craque do time, pegador, reizinho da facul, o namorado da Amandinha! E você jogou tudo isso na lata de lixo! Tudo pra se transformar nessa… você quer que eu te fale, Thi Thi?

– AHH SIM, Yuri! Me fala, por favor! – gritei desesperado, quicando meu rabo na pica do Yuri. Sem desgrudar os olhos da minha pica, que batia com força no tampo da mesa.

O Yuri molhou os lábios e sussurou no meu ouvido, pronunciando bem cada uma das palavras:

– Uma rabuda gostosa, com xoxota larga e um grelão inútil!

“AAHHHHHHHHH”. Meu pau, uma barra de aço de tão duro, soltou um jato de porra que cobriu a mesa toda, chegando até a respingar na parede. Quem diria: o “Thiagão” gozando não por causa de uma gostosa peituda que enchia minha bola, mas por ser chamado de “grelão inútil”! Nessa hora, também senti a gala do Yuri preencher meu cuzinho. Quente, espessa. Verdadeira essência de macho!

“PLOFT”. Terminada a meteção, o Yuri tirou a vara de mim:

– Bora lá, bonitão! – ele me disse, tascando um último tapa no meu rabo – tu tem 4 minutos!

Mano, o jogo! Foi o Yuri me falar isso que despertei daquela hipnose!

– Boa! Melhor eu correr! – Me levantei e subi o calção e a cueca, totalmente sem graça – Cacete, vai ser foda virar essa porra!

O Yuri, que tava com a regata preta encharcada de suor, chegando a marcar o contorno dos gominhos do abdômen, deu um risinho. “Lá vem ele me arrastar de novo!”, pensei. Mas o que ele me disse foi bem diferente do que imaginava:

­– Ah, Thiago, para! Cadê aquele cara que meteu três gols naquele jogo contra o time da galera de direito ano passado? E quase fez um quarto, olímpico ainda por cima!

– Ah, meter um hat trick assim, do nada? Sei não, Yuri… – de repente, atinei pruma coisa – mas pera lá, não era você que “tinha coisa mais importante pra fazer” do que assistir os jogos da facul, hein?

O Yuri franziu as sobrancelhas, fazendo uma cara brava, mas mais de zoeira:

– Vem cá, espertão – ele me disse, apontando pra janela do quartinho – tá vendo como essa janela dá vista pro campo do todo? Foi por aqui que assisti todos os seus jogos, seu trouxa!

Ah, essa não! Quer dizer então que toda aquele desprezo pelo meu futebol era bravata? Que o Yuri tinha me assistido em segredo desde o início, acompanhado cada momento de glória meu em campo? Caralho, saber daquilo me encheu de alegria! Por algum motivo, era importante pra mim que ele me admirasse como jogador!

– Tu é o melhor jogador dessa porra, Thiago. Volta lá e mostra quem é que manda! – ele finalizou, sem o menor pingo de ironia.

– Obrigado, Yuri! – tomei então coragem pra perguntar – Tu vai me assistir então?

– Claro! Até porque, o futebol é só pano de fundo. O verdadeiro show é ver esse teu rabetão marcado no calção, quicando em campo!

A gente rachou o bico com aquela piada idiota dele. Quem visse a gente ali, acharia que nós dois éramos amigos de infância, zoando um com o outro, sem maldade. Mas no meio da risada, nossos olhares se cruzaram. Ficamos quietos, já entendendo o que estava prestes a acontecer.

Foi questão de segundos: aquele beijo, que a gente ensaiou no porão da Sinistra, finalmente aconteceu no quartinho. As mãos do Yuri, que eu já conhecia bem, me puxaram para perto, logo descendo pra agarrar minha bunda. E eu joguei meus braços por cima dos ombro dele, pra depois sentir aquele peitão peludo, suado, por debaixo da regata. Fazia anos que eu não tremia por causa de um beijo. Acho que desde a primeira vez que beijei na boca, com uma namoradinha da escola, eu não me sentia assim. Ansioso e invencível:

– Vai lá, se não vão começar a te procurar! – ele deu a ordem, ainda recuperando o fôlego depois beijo.

– Pode deixar, Yuri! – falei já dando um passo atrás. Estava já indo em direção à porta, quando Yuri assobiou.

– E não esquece – ele ergueu o queixo e me falou como um verdadeiro campeão – tu vai jogar com meu leite no teu cu, Thiago! Faz teu macho orgulhoso, porra!

Ah, mano do céu! Juro por Deus: se eu não tivesse aquela porra de segundo tempo, eu caía de quatro pro Yuri depois dessa! Respondi com um sorriso e saí correndo, pra não cair em tentação. “Faz teu macho orgulhoso, porra!”. Essas cinco palavras ficaram rodopiando na minha cabeça, me dando a energia que eu precisava pra enfrentar qualquer parada!

Quando voltei pro gramado, a galera já estava toda em posição em campo. Pra minha sorte, tinha rolado um atraso de cinco minutos antes do segundo tempo começar. Depois fui descobrir que o Otávio, preocupado com meu sumiço, foi quem negociou esses tempinho a mais com o árbitro, que arrumou uma desculpa qualquer pra explicar o atraso. Enquanto caminhava em direção à minha posição, senti os olhares fulminantes pelas minhas costas.

É, o clima não tava nada bom pra mim!

– Cacete, Thiago! – o Otávio já começou a tagarelar, roxo de tanta raiva – onde é que tu se meteu? Como é que o capitão some assim, mano?

– Pois é, parça! – o Guga engrossou o coro dos indignados – justo agora, que a gente precisava combinar várias paradas pro segundo tempo!

– Eu precisava resolver um negócio – respondi, sem alterar a voz. Que bizarro: eu parecia o Yuri falando, naquela cadência firme e calma, sem espaço pra desafio – e agora já tá resolvido.

Os moleques entenderam o recado, até baixando a cabeça depois de me ouvir. O Otávio então falou, ainda nervoso, mas já com o respeito que o “Thiagão” do futebol merecia:

– Tá bom, Thi! Se tu falou, tá falado! Espero que teja tudo bem contigo agora!

– Opa, melhor impossível! Chega mais, time – me virei de costas, pronto pra falar com o time todo – caras, foi mal: no primeiro tempo, eu não tava com a cabeça no lugar. Tive um problema pessoal e tal. Mas na moral: nesse segundo… não vai ter pra ninguém!

– É isso aí! – o Otávio, sempre fiel, logo veio me ajudar a animar o povo – esse é o capitão que vai fazer a gente ganhar o tri, porra!

Todos os caras logo começaram a bater palma e falar uns “isso ae!” soltos, alguns com mais energia do que outros. Tinha certeza que ainda não tinha recuperado a confiança de toda a equipe. Já os moleques do outro lado já tavam com aquela pose arrogante de partida ganha, felizes da vida de ter tombado o time do “Thiagão do futebol” logo no primeiro jogo. Mas ah...como eu faria questão de ver cada um daqueles arrombados que duvidam de mim quebrando a cara!

Mas mais importante do que tudo isso, eu sabia que o olhar de um cara muito especial iria acompanhar cada passo meu em campo. E somente praquele olhar que eu devia alguma satisfação. No primeiro tempo, joguei sem tesão, pensando em ninguém, para ninguém. Mas no segundo, eu tinha uma missão muito clara: dar orgulho pro meu macho!

O apito. A bola em campo. Os gritos da torcida. Enfim, o segundo tempo começou. Eu transbordava de adrenalina, cheio de ansiedade por aquele momento mágico quando a bola encaixa no cantinho certeiro o gol e a rede balança, pro desespero do goleiro. Aquela noite, minha intuição me dizia, era noite de virada!

E, debaixo do meu calção de fut e da minha cueca, eu ainda sentia. Nenhum dos meus parças, nem as meninas que suspiravam por mim na arquibancada, tinham a menor ideia. Mas eu e ele, a gente sabia. E era isso que importava.

Sabia que, naquele dia, eu jogava com o leite do Yuri escorrendo pelas bordas do meu cu….

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– CA- RA- LHO! – o Otávio falava com um choque eu parecia que ele tinha visto um disco voador – Como assim, tu tirou esses três gols da cartola, moleque?

O clima do vestiário era de carnaval. A galera toda cantava e rodopiava a camisa, como se a gente tivesse ganhado a copa do mundo. Claro que futebol é esporte de equipe: todo o time mandou bem naquele segundo tempo, um dos mais incríveis que a gente já jogou na vida. Mas, modéstia à parte, eu tinha dado o nome: bem como o Yuri tinha previsto, não é que meti três gols? Um dele,s então, foi um puta golaço, de cobertura fora da área. Quase no fim do segundo do tempo, o Otávio assinou o gol da virada. O outro time, que começou o segundo tempo cheio de banca, não sabia onde enfiar a cara.

“Thiagão!, Thiagão!, Thiagão!”, a galera gritava, enquanto o Guga e o Otávio me erguiam pelos ombros. Caralho, que sensação: calar a boca de todos aqueles que apostavam na minha queda e ver que meu reinado seguia inabalável!

– Cara, esquece essa merda de curso de economia! – o Guga me falou enquanto me descia de novo – tu é jogador que devia tá na Europa, mano!

– Ah, que nada! – me fiz de modesto, como o papel de capitão pedia – a gente só ganha assim porque é um time de verdade!

– Meu irmão, tá doido! Esse jogo vai ficar pra história! – o Helder, o volante que uma vez teve a audácia de duvidar do tamanho do meu pau, se meteu na conversa – Mas vai Thiago, agora abre o jogo: que porra que tu tomou no intervalo?

Toda a galera riu da brincadeira. Meu cuzinho piscou, só de lembrar da verdade:

– Segredo de craque, parça! – falei, dessa vez sem medo nenhum de parecer arrogante – quando tu for um, daí te conto!

– Hmmm, então tá certo… – o Helder riu da piada, mas, naquele olhar de falsa admiração dele, reconheci um fundinho de inveja – mas falando do que interessa: a festa vai ser onde, rapaziada?

– Opa, hoje tem festa na casa da Ju! – o Otávio respondeu. Ele era sempre o cara que arranjava os rolês pós-jogo – fala aí galera, algo me diz que o Thiagão aqui vai meter mais um hat trick hoje!

Depois dessa zoeira do Otávio, rolou mais um coro de “Thiagão! Thiagão”, em homenagem à minha fama de comedor. Pensando bem, era bem zoado como todos os moleques não só sabiam que eu tinha um casinho com a Ju, mesmo namorando, mas ainda me davam a maior força! Em outros tempos, saber que eu a bucetinha rosa da Ju me aguardava no pós-jogo me deixaria doido. Era como recolher uma recompensa, um troféu, depois de uma vitória merecida. Um campeão pegando o que é dele!

Mas aquela noite, claro, não era uma noite comum. Muito pelo contrário...

– Bora, Thiago! – o Otávio me chamou, depois da ducha, quando ele e outros caras já tavam chamando um Uber pra ir pra festa.

– Aguenta aí, Otávio, que eu vou depois…

– Beleza! Mas não atrasa muito, hein? Hoje tu merece festejar! Brilhou muito, cê é doido!

Então, aquele vestiário, que tava um verdadeiro salseiro, ficou completamente em silêncio. Ah, até que enfim pude ficar sozinho! Não que eu não quisesse curtir a vitória. Eu já até imaginava os moleques me recebendo como um rei na festa. As minas, então, iriam me disputar a tapa.

Mas antes, precisava agradecer pro verdadeiro responsável pela aquela vitória:

– E aí, senhor hat trick! – só de ouvir voz do Yuri do outro da ligação, já abri um sorriso – não te disse que tu tinha essa vitória no bolso, porra?

– SIM! Caralho, nem eu acreditei! – eu falava com a animação de um moleque em manhã de natal – ah Yuri, que bom que você assistiu!

– Mas é claro, besta! Agora tive que sair pra resolver umas coisas pra próxima noite de pôquer… mas eu vi cada segundo! Tu acha mesmo que eu ia perder você jogando com a minha gala dentro do cuzinho?

Puta merda, como o Yuri era safado! Só de lembrar do que a gente tinha aprontado no quartinho, minha vontade era de dar um perdido no Otávio e na galera e repetir a dose!

– Seu puto! Mas agora na moral, Yuri: eu te liguei pra agradecer. Sem você, eu não teria conseguido!

Silêncio. Acho que por essa o Yuri, todo durão, não esperava! Ele não era o tipo de cara que abaixava a guarda facilmente pra esse tipo de conversa mais “sentimental”:

– Vish, tá todo melosinho já! Mas bom… de nada, Thi Thi! – apesar do tom de brincadeira dele, conseguia captar um carinho genuíno – e hoje tu vai celebrar na casa da Ju, pelo que fiquei sabendo...

E mais uma vez, o Yuri provava que ele sabia de tudo que rolava naquela facul!

– Pois é, vou sim ! Mas nossa, Yuri...– olhei pros lados, com medo de alguém me ouvir. Quando confirmei que a barra tava limpa, falei pra ele baixinho – cacete, como eu senti tua falta! Sério, o sexo de hoje no quartinho… foi sensacional! Viu, eu tava pensando aqui e…e….

– E…? – o Yuri completou, vendo que eu tava criando coragem pra falar. Respirei fundo e, finalmente, disse o que eu deveria ter dito um mês antes na Sinistra, no dia da minha “libertação”.

– Yuri, eu quero você. Eu sempre quis, mas só agora eu me dei conta! Sério, hoje eu tô com ZERO vontade de comer a Ju! Nem mina nenhuma! Eu… eu só penso em você, mano!

Mais um silêncio. Mas, dessa vez, um silêncio de alguém que percebeu que acabou de ganhar não só o jogo...mas o campeonato!

– Ah, sem problema, Thi Thi! – o Yuri me respondeu, com a maior natualidade do mundo– Assim, tudo bem que você bem babaca comigo naquele dia na república! Mas bom, vou pensar no seu caso…agora, pra ficar comigo, tu sabe que tem que pagar um preço...

Logo saquei do que ele tava falando. Com a mão que não segurava o celular, puxei meu calção e a cueca. Meu pau mole descansava tranquilo entre as bola. Um grandão inocente, sem ter ideia de que o futuro dele tava sendo discutido em tempo real…

Respondi sem pensar duas vezes:

– Yuri, eu aceito! Eu...eu quero que tu me engaiole de novo! Pelo menos até a Amandinha voltar...bota meu pau no cintinho!

Pronto, tava dito. Agora não tinha volta. Senti minha pica endurescer. Era uma loucura, ficar duro justamente com a ideia do Yuri me meter na jaula mais uma vez!

– Ah, até que enfim você caiu em si! Muito bem, Thi Thi… – ele conversava comigo como um professor, feliz com a resposta certa do aluno – passa amanhã em casa, 8h da noite. Já sabe: sem atraso!

– Mas poxa, eu pensei que a gente iria se ver agora, Yuri! – meu Deus, até eu me surpreendi em como disse isso como uma putinha carente!

– Nada disso, Thiago! Hoje o “Thiagão” tem que festejar! Vai lá com seus “parças”, campeão! Come a Ju, que é uma puta de uma gostosa! Aproveita tua vitória...

Pausa. Eu sabia que o bom e velho Yuri estava se preparando pra me escrachar mais uma vez. A especialidade dele!

– Aproveita, porque essa vai ser sua última noite como homem! Tua despedida dessa vida, Thi Thi! A partir de amanhã, tu vai continuar com essa pose de machinho pra sociedade, mas, na verdade, vai ser minha garota! Esse grelão aí que tu tem no meio das pernas não vai comer mais ninguém! NINGUÉM, sacou?

– Ahhhh, Yuri! – meu pau estalava de duro, marcando no calção. Tava me controlando pra não bater uma ali mesmo no meio do vestiário – porra, como é que você mexe assim comigo?

– Lembra bem dessa noite, Thiago… – o Yuri continuou, ignorando minha pergunta – daqui a algum tempo, vai parecer uma coisa distante, uma lembrança de outra vida. Ah, e quero que faça uma coisinha pra mim: grava um vídeo teu comendo a Ju hoje! Não precisa de rosto. Mas eu quero ter um registro de como foi a última noite do “Thiagão” em liberdade…entendido?

– Ahammmm… – eu já tava quase gozando só de ouvir ele falando – entendido, senhor!

Por dentro, o Yuri devia estar pulando de felicidade. Mas ele, com a frieza de um campeão de xadrez, não deu na telha. Ouvi apenas a respiração pesada do outro lado da linha, o som dos lábios se tocando, se preparando pra falar alguma coisa. Mano, eu queria que o Yuri passasse a madrugada me dizendo as putarias mais pesadas que ele pudesse imaginar! Mas tive que me contentar apenas com duas palavras. Duas palavras, que me perseguiram pelo resto da noite...

“Boa menina!”

E desligou na minha cara.

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Mais um pra conta! E fiquem de olho, porque até dezembro posto o encerramento da série do gaúcho! Aliás, quem quiser mandar sugestões de histórias pro próximo ano, me escreve pelo e-mail (rafaporto2424@gmail.com) ou Bluesky (@rafaporto24.bsky.social). Também estou estudando a possibilidade de começar a escrever histórias encomendadas. Para mais informações, também só mandar mensagem ;)

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