A rainha, com um sorriso que não chegava aos olhos, observou o escravo se aproximar do espelho. A imagem refletida era a de um homem transformado, marcado, submisso. A pele, outrora lisa, agora ostentava as marcas de uma noite de punição e prazer.
“Olhe para si, meu escravo”, ela sussurrou, a voz aveludada ecoando no quarto. “Veja o que você se tornou. Veja a minha obra.”
Ele obedeceu, os olhos fixos no reflexo. A humilhação e o êxtase se misturavam em seu olhar. Ele era dela, completamente. Sua vontade, sua carne, sua alma. Tudo pertencia à rainha.
“Agora”, ela continuou, envolvendo-o com os braços, as mãos deslizando pelas marcas em suas costas, “vamos adicionar um novo capítulo à sua educação. Um capítulo que testará sua lealdade de uma forma que você jamais imaginou.”
Ela o guiou de volta à cama, onde um novo cenário a aguardava. Sobre o lençol de seda negra, repousava um objeto que ele reconheceu com um misto de horror e excitação: um vibrador ainda maior que o anterior, adornado com detalhes intrincados e ameaçadores. Ao lado, um pequeno frasco de óleo, e um par de algemas de couro, mais macias, mas igualmente restritivas.
“Você se lembra da vizinha, não é?”, ela perguntou, a voz doce como veneno. “Aquela que tentou seduzi-lo? Aquela que despertou em você desejos proibidos?”
O escravo engoliu em seco, o medo se instalando em seu peito. Ele sabia o que estava por vir.
“Sim, minha rainha. Eu me lembro.”
“Ótimo”, ela respondeu, com um sorriso cruel. “Porque hoje, você vai provar a sua lealdade de uma forma que vai além da dor física. Hoje, você vai provar que a sua submissão é completa. Hoje, você vai provar que você é meu, e de mais ninguém.”
Ela o fez deitar na cama, prendendo seus pulsos e tornozelos às extremidades. A sensação de aprisionamento era sufocante, mas ele não ousou protestar. Ele era seu escravo, e ele obedeceria.
“Agora”, ela disse, pegando o vibrador e o óleo, “você vai se masturbar. Mas desta vez, você vai imaginar a vizinha. Você vai se entregar aos desejos que você reprimiu. E quando estiver prestes a gozar, você vai me chamar. Vai me implorar para que eu o liberte. E então, meu escravo… então, você vai me ver trazer outro homem para este quarto.”
O choque percorreu o corpo do escravo. Cuckold. A palavra ecoou em sua mente, um prenúncio de humilhação e dor. Ele sabia o que isso significava. Ele sabia que a rainha estava prestes a quebrar a última barreira de sua dignidade.
Ele fechou os olhos, a imagem da vizinha invadindo sua mente. Ele se entregou à fantasia, sentindo a excitação crescer, a cada toque, a cada pensamento. Ele se permitiu imaginar o que poderia ter sido, o que nunca seria.
“Mais rápido, meu escravo”, a rainha ordenou, a voz fria e distante. “Deixe-se levar. Deixe-se afogar em seus desejos. Mas lembre-se, você é meu. E você vai me obedecer.”
Ele obedeceu, a mão se movendo com fúria, a excitação o dominando. Ele estava à beira do abismo, prestes a cair.
“Rainha…”, ele implorou, a voz embargada. “Por favor… eu… eu não consigo…”
“Você consegue”, ela respondeu, a voz cortante. “Você vai. E você vai gostar.”
No momento em que ele estava prestes a explodir, a porta do quarto se abriu. Um homem alto e musculoso entrou, seus olhos brilhando de curiosidade e desejo. Ele era um estranho, mas o escravo sentiu uma pontada de inveja, de ciúme.
“Bem-vindo, meu amor”, a rainha disse, com um sorriso radiante. “Prepare-se para uma noite inesquecível.”
O escravo assistiu, impotente, enquanto a rainha se aproximava do homem, beijando-o, acariciando-o. Ele sentiu a dor da traição, a humilhação de ser substituído, a fúria de não poder fazer nada.
“Agora, meu escravo”, a rainha disse, voltando-se para ele, os olhos brilhando de malícia. “Você vai assistir. E você vai aprender. Você vai aprender o que significa ser meu escravo. Você vai aprender o que significa ser completamente meu.”
Ela se virou para o homem, e o beijou apaixonadamente. O escravo, amarrado e humilhado, foi forçado a testemunhar a cena, a sentir a dor da traição, a provar a amargura da submissão completa. A noite, ele sabia, estava apenas começando. E ele, o escravo, estava pronto para servir, para sofrer, para adorar, até o amanhecer. A rainha, com um sorriso sádico, sussurrou: “A noite é longa, meu escravo. E eu tenho muitos prazeres para compartilhar com você.”