21. O presente

Da série Eu sou novinho
Um conto erótico de Mateus
Categoria: Gay
Contém 3100 palavras
Data: 28/11/2025 06:56:03
Assuntos: Gay

presente

O filme que assistimos quando João veio morar conosco foi o melhor até agora, não na minha opinião, mas temos um caderninho, onde anotamos o filme, diretor, quem o escolheu para nós e damos a cada um uma nota, e esse é o de maior nota. Ter escolhido As branquelas nos divertiu muito, mas agora eu sou o que escolheu o filme com pior nota. É isso.

Depois do almoço Murilo passou maionese no meu cu e me fodeu me empurrando contra o tampo da mesa, que delícia, me fodeu gostoso e gozou bastante dentro, era para ter sido uma rapidinha, mas não foi, foi uma demoradinha, depois meu marido me fodeu aproveitando o rombo deixado por Murilo, gozou também, João foi incitado a chupar meu cu e beber as leitadas com sabor de maionese que estavam a disposição e ele ficou sem saber se sim ou se não, Hélio lhe pegou pelo cabelo e lhe fez aproveitar tudo o que eu tinha a oferecer, e terminei a tarde sendo fodido por esses dois ao mesmo tempo, agora estão numa fase de me comerem a dois.

João ainda não entende que eu detesto que me roubem da solidão depois de foder muito, eu gosto de ficar namorando depois de uma foda a dois, ou a três, mas depois de quase uma hora levando pica e dar para quatro, me deixe no chão dormitando um pouco em paz com a minha solidão. Quando quase adormeço ele me recolhe e me leva para o banho. Ele está bem chatinho, ciúme porque meu tio veio me buscar na noite anterior com o claro intento de me comer com o marido dele. Isso eu não abro mão, sou de Joel, sou o marido dele, claro, mas ele é meu macho, obedeço, faço o que ele quiser, e tem sido assim porque tio Caio deixou, meu macho é meu marido e eu sei que o de meu marido é tio Caio.

Não houve sexo como João ficou pensando, mas deixei ele com isso na cabeça, na verdade dormi na casa de meu tio por dois motivos, um tenho um quarto lá, dois a conversa terminou depois das duas da manhã. Estou meio assim, agitado. Vai fazer um ano que conheci tio Caio e depois desse tempo eu posso dizer que sou um gerente mediano, que estudo muito e passei no vestibular da faculdade que vou pagar com meu salário. Que estou casado com um homem que entende minha fase de restos de adolescência, essa liberdade que preciso e essa vontade de trepar com vários caras.

Meu marido não leva vocação pra ser corno, se quero comer um puto tem de ser na frente dele e se for pra dar ele tem de estar junto, ou tio Caio, mas de outra forma não. O negócio é que eu penso em Joel e me desinteresso por outros caras. Joel e João estão cada vez mais apaixonados um pelo outro, assim como ambos por mim. Hélio ensaiou sair com Murilo de nossa casa, mas aí foi uma briga enorme com Joel que ficou sem falar com ambos, levou quase um mês para ambos os lados cederem, mas quase aconteceu essa separação.

Eu me levanto do chão bem fodido e com um rombo se refazendo, meu marido quer me acompanhar no banho, quer que eu lhe conte qual o teor da conversa. Acho que nunca menti para ele e creio que essa seria a primeira vez se ele mesmo não tivesse antecipado, “Você tem de ser honesto comigo e dizer que o ama com a mesma honestidade que eu te confiei que podia dizer que estava apaixonado por João, Fernando fez de tudo também para não se meter entre a gente e claro que ele conseguiu, mas está precisando de você, e talvez de nós…”, como as portas daqui de casa ficam sempre abertas, Hélio entrou e já encontrou o abraço de Joel, meu marido ouviu um ‘eu te amo’ verdadeiro, honesto e sem qualquer risco pra mim, Hélio me perguntou o assunto que meu tio tinha pra falar comigo, olhei pra ele em silêncio e ele entendeu o meu dilema, essa vantagens da intimidade, nem tudo é dito com palavras.

“Eu quero meter rola no teu marido e nesse seu namoradinho, você deixa, Mateus? Murilo diz que o boiolinha é um gostoso do caralho e que você fica ainda mais safado quando o gordinho fica mostrando que quer ser mais putinho que você, porra, Mateus, é verdade que se eu falar Nandinho, você vai ajoelhar e mamar gostoso teu marido e eu só pra provar que é um veadinho de primeira linha?”

Hélio estava me dizendo que a cama dele tinha lugar para o ex-namorado de seu marido assim como a minha cama acolheu João. Fernando estava a caminho da cidade, eram quatro da tarde mais ou menos e eu me coloquei de joelhos para mamar duas pirocas, mas só fiz isso depois de beijar bastante Joel, dizer que não queria que ele se sentisse como se eu pudesse ter vida que não fosse ao lado dele, ele disse que entende, sente o mesmo por mim, mas depois de uma suruba minha solidão o destroi, e eu gosto de ficar abraçado a Fernando porque ele é muito parecido comigo. “Então corre risco de Murilo e eu nos apaixonarmos por Fernando?”

Eu queria dar para um e chupar o outro, mas estava arrebentado e sabia que eles iriam querer comer Fernando e eu juntos, e que eu daria a quatro novamente, mas Fernando iria dar a cinco, porque eu iria comer aquela bunda gorda demais, desde a noite anterior eu estava sonhando com os beijos que só ele sabe dar, aquele peso sobre mim, metendo a pica no meu cu quando estou de frango assado e ele se deita sobre mim, ou quando ele fica de quatro e eu subo sobre ele como se fosse um cachorro montando a cadela, e puxo os cabelos dele, e ele diz que… que é apaixonado por mim, “Seu favelado, come esse cu de mauricinho, fode forte e me arromba, Mateus.”

Mais que a qualquer outra pessoa, Fernando é a pessoa em quem minha rola gosta de entrar, é o pescoço que gosto de morder, gosto de sentir um homem com um poder como o meu, os outros… sei lá… Os outros homens são mais viris, mais agressivos, mais machos mesmos, nenhum deles é feliz ao serem chamados de boiola, de veado, e eu sou veadinho, todos entendem isso quando passo na rua e mesmo todo discreto e sendo cantado por uma ou outra garota, os caras sacam que eu gosto de pica, é evidente, e Fernando é como eu e eu não o sinto competindo comigo, e a gente se ofendeu pra caramba da última vez e eu queria pedir desculpas. Mas Joel me segura pelos cabelos e eu estou com a rola de Hélio quase toda entalada na garganta, Joel bate a sua própria pica na minha testa e cospe certeiro entre meus lábios, “...pra te ajudar a engolir”.

Eu sei o gosto da porra de Nando, salgado. Em menor quantidade e mais fluida que a de Murilo, mas gostosa também, me deu saudade de um bukake me deu curiosidade se esse putinho gostava disso, me deu vontade de colocar a conversa em dia, de o abraçar depois que a gente passasse pela fase inconveniente de cortar o gelo. Mas eu estava chupando os ovos de meu marido e batendo punheta pra dois, óbvio, eu tinha que me concentrar em fazer ambos gozarem muito, “Muito obrigado, Mateus, mas essa galada tem destino certo e se você quiser porra vai ter de chupar do cu de Fernando”, fiquei puto com essa safadeza de Hélio e de como gargalhando Joel concordou e me deixou na mão, filhos da puta.

Voltei para o banho, estava todo babado, explodindo de tesão e com o pensamento lá no ruivinho gordo, será que ele ainda estava gorduchinho?, e será que continua gostoso?, e ainda pensa em mim? Quanto, como, quando? Eu estava pensando nele, no meu amigo, na nossa relação conturbada, na sua orfandade, no mundo que é cruel e cheio de delícias.

Ele chegou exatamente no por do sol, envergonhado, eu o abracei e perguntei se a gente podia se desculpar um ao outro e pular a parte chata, ele estava lacrimejando, feliz, triste, aliviado, envergonhado, tudo junto ao mesmo tempo, fui morder o pescoço dele e disse no ouvido dele que queria meter no cuzinho dele, disse alto, tio Renato gargalhou e soltou duas malas no chão com barulho, “Você tá em casa, Fernando”, ele me beijou e eu levei uns segundos para me entregar ao beijo, mas fui isso de olhos abertos, nos dois sentidos.

João estava ao lado de Joel e me observavam, “Bem, Fernando, faça as pazes com Murilo, lembra dele? Lembra o quanto você gostava de conversar com ele? Pois é, ele não quer conversa, falaram pra o marido dele que tu é um boiola, e Hélio é louco por veadinhos como você.” Depois de falar isso peguei João e Joel e os levei para meu quarto, eu não sabia o que se passava com minha cabeça, mas meu coração era só certeza, chaveei a porta, quebrando nossa regra por um momento.

Falei para os dois que eu vou sentir um prazer enorme em quebrar as costelas de qualquer um que chame de veadinho novamente, inclusive os dois ao mesmo tempo, “Eu quero me casar com você João, eu quero dizer que depois daquele beijo lá na sala, beijo gostoso, mas não foi em um de vocês… eu fiquei com medo de perder você, minha vida tá muito boa com você. Eu detesto ter de admitir, Joel está certo, você é um presente em nossas vidas, e eu só preciso de vocês dois, só quero vocês, ou putaria com vocês juntos.”

Aquele beijo a três, aquelas correrias pra ficar pelado, aquelas caras olhando uns nos olhos dos outros… João correu para deixar a porta destrancada, depois abriu, a gente podia ouvir as putarias de Murilo no quarto ao lado com a porta escancarada. Me deitei com o pau apontando pra o teto, “João vem cá e senta no cacete de teu macho…”, ele me olhou com cara de quem queria fingir que estava com raiva de minha ousadia, mas chegou chupando minha rola, Joel foi linguando o cu de João, porra, eu tive a mais completa certeza, eu estava plenamente feliz.

João sentou calmo na minha pica, eu estava sentindo ele relaxar, ele ainda não tinha muita prática nesse negócio de dar o cu, fazia pouco, sempre com medo, Joel o beijou e disse que o amava, muito, ele nem entendia, me ouvir falar de amor pra João fez Joel sentir toda ansiedade e medo irem embora.

Agarrei João para beija-lo, Joel tava ligado e já foi tirando meu pau, lubrificado ainda mais João e eu, e finalmente foi colocando a cabeça de seu cacete pra forçar entrar no rabinho de João, “Joel, para, cabe não.”, “Cala a boca, seu porra, sou teu macho, teu marido e Mateus também, Mateus e eu cabemos dentro de você sim, é só você imaginar o prazer que vai dar pra nós dois se se entregar. Beija esse puto, Mateus.”

João com medo me beijou, “Abre a bunda pra ele, meu amor, diz que quer ser o veadinho de nós dois hoje, seja homem e veadinho pra mim e meu marido agora.” Caramba, ele abriu a bundinha e segurou o mi-mi-mi, levou o segundo pau no cu, vi a cara de alegria de Joel, minha pica e a dele fazendo frenética dentro do homem que amamos, eu tive de me segurar para não gozar imediatamente.

João gemia e lamuriava, Joel o puxou pelo cabelo, “Vai, veadinho, diz que esse cu não pede José e eu o dia inteiro, bate uma seu gostoso, bate uma, safado, ficou até mais bonito dando essa raba pra os seus machos”, apertei as telas de João, depois vendo ele beijar Joel fiquei excitado, raivoso, enciumado com meu preto, dei na cara dele, ele ficou em choque não esperou, mais gostou rebolou um pouco e cuspiu em minha cara, me lambeu, mordeu, beijou… o veadinho dentro dele soltou-se e veio à tona com tudo. Pediu para enfiarmos tudo, encher ele de porra. Sentir o cu de João e a pica de Joel no meu pau era maravilhoso, Joel o beijava olhando para mim, o oferecendo pra mim, eu estava apaixonado por João naquele momento, não podia ser de outro jeito, lembrei de como eu me sentia quando era eu a sentir isso no lugar de João e só a lembrança de ter os dois dentro de mim fez meu pau pulsar, fechei os olhos e me concentrei para resistir a tudo mais um pouco, mas Joel não aguentou, chamou um dos dois ou os dois de filho da puta e gozou, João sentido a leitada convulsionou o rabo e gozou no meu peito, pescoço, então eu nem podia nem queria mais me conter e explodi dentro dele. Não deixei que ele se levantasse e quisesse viver a solidão que era minha depois do sexo, fiz ele encostar-se no meu peito cheio da gala dele, mandei Joel o abraçar por trás e ficamos assim numa solidão compartilhada, meio mortos e felizes, realizados, João cedeu ao sono e depois eu, cochilamos uma meia hora antes de levantar para o banho.

Joel disse que o próximo ia ser ele, seu presente de aniversário pra mim, pegar ele por trás com o cu cheio de nosso homem e eu fazer dele o veadinho, porra de box pequeno, já estávamos novamente de pau duro só de imaginar os próximos dias, João me chamando de José e falando que adorou ter dado a nós dois ao mesmo tempo, disse que não ia ter sossego até ter tio Galvão e tio Caio fodendo ele assim, eu disse que nunca fiz com eles, João me chamou de burro e disse que a vez era dele, Joel deixou cair o sabonete, piada velha, gargalhadas, caramba, como a felicidade é fácil de alcançar.

Murilo, João e Nando foram fazer uma janta e uns belisquetes pra depois, Hélio e eu fomos arrumando a bagunça enquanto Joel saia pra comprar cerveja. Que coisa gostosa, trouxemos os colchões para a sala e montamos o projetor para assistirmos alguma coisa, um show, uma apresentação do Cirque du Solei, a casa estava vibrante, estávamos felizes, jantamos um purê de batata, arroz, milho e uma bisteca de porco, Joel chegou falando que talvez faltasse luz por conta de uma árvore caída na calçada perto do posto de gasolina onde ele foi comprar a cerveja e voltou com a possibilidade de um corte na eletricidade. Foi só o tempo de colocarmos os pratos na lavadora de pratos (ela finalmente foi instalada) e antes de ligarmos o corte de luz.

Nada de pânico, escovamos os dentes e cada um de nós leu um conto de terror de um ebook no tablet de João, Mateus notou que os outros dois me chamavam de José, fiquei envergonhado e orgulhoso ao dizer que um nome com quatro letras que começasse com jota ó era o último detalhe para fundamentar meu casamento a três, Murilo me beija no pescoço e eu o beijo de verdade, eu amo muito Murilo como se fosse o irmão que eu gostaria de ter tido e não tive, ele sabe disso, eu já disse isso um centena de vezes e já ouvi a mesma coisa dele também, meu galego, meu loirinho, meu irmão, e por ele… como eu o amo. A briga que aconteceu entre Hélio e Joel só serviu para acabar com o restante de mal estar entre meu marido e Murilo, nada estava como antes, era como uma reformulação, um rearranjo que precisávamos fazer e fizemos.

Fernando leu o conto e depois falou de como foi o ano dele, de como superou um namoro abusivo, com chantagem psicológica de um cara bem mal caráter, mas ele acabou engravidando uma garota de outro curso e o jogo virou, Fernando foi até a casa dela e deixou umas xerox bem nada a ver da faculdade para ela entregar a ele, o cara surtou, “...então eu disse assim, ou você sai de minha vida definitivamente, ou seus pais, os pais dela e toda a faculdade vão saber que o garanhão gosta de leite de homem. Ele ficou violento e eu lembrei do que contaram sobre Joel no hospital, e… eu revidei, usei o meu peso e me joguei sobre ele, quis machucar e ouvir gritos de dor e a cor do sangue dele, dessa vez eu só tive medo de não parar no momento certo, não ia ter um Murilo, então eu fui com tudo e bati, bati e bati, e cansei, e ele saiu cuspindo sangue sim, mas eu estava feliz, não sei quem quebrou meu notebook, mas eu me livrei dele, depois foi me levantar por dentro e isso foi horrível. Meu pai e suas monstruosidades, liguei pra tio Renato e pra tio Galvão, e eu me levantei e saí de minha história de terror individual e abandono parental com os dois, e tio Nelson me dando apoio com os processos, tive três conversas com tio Caio, ele me deu umas bofetadas para eu parar de me sentir coitadinho e cuidar mais de mim, foi super necessário, isso que eu estou vivendo com vocês no escuro é mais que um presente, é meu prêmio por eu ter me superado, por ter parado de sabotar o que dá certo pra mim, aceitado o amor que eu posso dar a mim mesmo e amar a mim mesmo é mais importante que qualquer outro amor, eu preciso me mostrar digno de amor e respeito antes. Mas eu estou falando muito, desculpa, eu só queria dividir.”

Passamos o resto da noite comendo batata frita, asinha de frango e tomando cerveja e falando de nossas quedas, das coisas que a gente superou e do que a gente não conseguiu deixar pra trás, de um jeito bizarro a nossa família ficou alicerçada ali, naquela roda de desabafo e apoio que aconteceu por umas duas horas até a gente ficar tímido quando a luz voltou e a gente teve de se olhar, eram todos os meus amores, tio Galvão e tio Renato ligaram para saber se estávamos bem ou precisando de alguma coisa. Não, a gente tem mais que o suficiente.

Dormimos na sala como se fosse o fim da festa do pijama.

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