Meus amigos e eu VI

Da série Meus amigos e eu
Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4039 palavras
Data: 04/11/2025 10:12:24
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Sexo

CAPÍTULO 6

TRANSANDO COM MEU MELHOR AMIGO

O clima podia estar frio, mas meu corpo ardia feito fogo. O tesão foi ganhando espaço e nossos beijos eram bem mais prolongados, com muitas mãos. Seu toque era firme e quente. Nossos corpos estavam se fundindo dentro da rede, Fred chupava minha língua com tanto desejo e eu retribuía mordendo de leve seu lábio inferior. Ficamos nessa pegação gostosa por um bom tempo, até que não aguentamos mais e fomos para o quarto.

O quarto tinha uma cama de casal e uma cômoda. Tudo era simples, mas muito aconchegante. Me deitei de bruços e ele veio por cima de mim. Senti seu membro duro na minha bunda. Levantei o quadril para garantir um maior contato com seu pau. Ele falava safadezas em meu ouvido. Era maravilhoso ter aquele homem em cima de mim.

Fred tirou minha camisa e minha bermuda, me deixando só de cueca. Logo fez o mesmo, e comigo ainda de bruços, ele voltou a assar na minha bunda com sua pica dura.

Ele mordia meu ombro, minhas costas, enquanto descia para minha bunda. Fred puxou minha cueca de lado e mordeu de leve minha nádega. Gemi e fiquei ainda mais arrebitado para ele. Quando senti sua língua me fodendo, fiquei louco, gemia alucinado.

Fred: Seu gosto é delicioso, você é todo delicioso.

Eu: Quero fazer amor com você hoje de novo, te quero dentro de mim de novo, Fred. (Falava enquanto segurava seus cabelos com força.)

Quanto mais aquela língua quente me penetrava, mais eu rebolava na cara dele. Meu amante estava tão cheio de tesão quanto eu. Vendo que a sua puta já estava no ponto de ser comida, ele vestiu seu pau com uma camisinha e, puxando minha cueca para o lado, deixou meu anelzinho à mostra. Eu queria muito dar para ele, só que sua rola era muito grossa, então precisou ter muita paciência e jeito para me deixar à vontade, como da última vez.

Fred: Quando parar de doer, você avisa.

Eu continuava deitado de bruços, já ele estava sentado em cima de mim com sua pica enterrada no meu cuzinho. Eu ainda não estava acostumado com a dor, mas não aguentava mais esperar, então eu mesmo comecei a fazer movimentos contra sua pélvis. Suas mãos grandes me pegaram pela cintura, e ele me castigou com seu pau grosso. Foi uma metida devagar e com um jeito muito gostoso. Fred sabia muito bem como usar seu dote.

Eu: Mete, vai, mete.

Fred: Fica de quatro para mim, vai.

Atendi seu pedido de imediato, e ele me acompanhou sem sair de dentro de mim em nenhum momento. Parecia que estávamos grudados. Ele me comia com muito carinho e, embora a dor ainda estivesse lá, o tesão tomou conta e eu tive uma loucura na cabeça que eu queria experimentar com ele.

Eu: Fred, me fode com força.

Fred: Posso acabar te machucando assim, André.

Eu: Mas eu aguento. Você fala sobre se permitir e tesão, mas é a segunda vez que te vejo se contendo.

Um sorriso grande se abriu em seu rosto e, se eu já achava que ele era bom antes, me surpreendeu quando tive meus cabelos puxados com força para trás e sua rola acelerou sua penetração. Minha bunda ficou com a marca dos seus cinco dedos com o tapa que ele deu na minha nádega esquerda. Fred parecia um touro, ele transa muito bem! O cara soube me foder com força e ainda sim me fazer gozar loucamente e sem nem me tocar.

Depois que gozei, ainda permaneci firme, levando sua rola no cuzinho sem reclamar. Quando ele viu que estava no seu limite, saiu de dentro de mim, retirou a camisinha e meteu sua vara na minha boca, descarregando seu elixir no fundo da minha garganta. Mamei sua rola até deixá-la limpa.

Fred: Seu boquete está cada vez melhor, puta que pariu.

Eu: Faço o que eu posso, mas, Fred, me fala uma coisa: o que somos agora?

Fred: O que você quer ser?

Eu: Não sei.

Fred: Então vamos nos curtindo até você saber o que quer ser meu.

Dormir agarradinho com Fred foi tudo de bom. Na manhã seguinte, acordei com ele me trazendo café na cama. Tudo parecia um sonho. Fred, um cara gato e maravilhoso, estava mesmo comigo. Eu não era só seu plano B ou alguém para fazer com ele coisas que outra pessoa não toparia. Ele e eu nos beijamos por um longo tempo, até ele me falar que eu não escaparia da minha aula de surf.

Aproveitando que já estávamos na praia, fizemos nossa aula lá mesmo. Dessa vez, curti bem mais a aula, principalmente por poder tirar uma casquinha do meu instrutor. Ele era ótimo surfando e melhor ainda ensinando, tinha o dom. Entre uma lição e outra, minhas recompensas por acertar os movimentos eram beijos doces e gostosos. Eu estava amando nosso momento.

Perto do almoço, nos aprontamos para ir embora.

Fred: Vou te ver mais tarde?

Eu: Já passei tempo demais na rua, preciso estudar, desculpa.

Fred: Ei, você não precisa se desculpar. Eu entendo, só estou muito a fim de ficar o máximo possível com você. Me diz, pelo menos, se vai comer comigo no domingo à noite.

Eu: Você vai me engordar desse jeito.

Fred: Você ficaria ótimo com qualquer peso, André.

Caímos na risada e ficamos mais um pouco, até minha mãe começar a mandar mensagem e me fazer ir logo para casa. Era estranho me despedir dele feito um brother, mas na frente do meu prédio eu não poderia beijar outro cara sem arrumar um grande problema.

Assim que entrei no prédio, recebi uma mensagem do Bruno me chamando para ir no AP dele. Passei em casa e fui para lá.

Bruno: Pronto, Andrezim, agora achamos a menina ideal para ti.

Davi: O nome dela é Amanda e ela é bem gata.

Eu: Gente, eu não quero uma namorada!

Bruno: Do que você tem medo, André?

Eu: Não tenho medo, Bruno, só não quero, caralho, que merda! A gente nunca sai e agora quer me empurrar para outra pessoa?

Davi: Andrezim, relaxa, a gente só quer te ajudar.

Eu: Quer me ajudar? Bate uma para mim, caralho, já que nunca mais fizemos isso. (Respondi meio puto e sem pensar muito no que estava falando.)

Bruno: Na verdade, a gente tem feito umas paradas, só que tu quem não vem mais aqui com frequência.

Eu: Espera, que paradas?

Davi: Cala a boca, Bruno.

Bruno: Que isso, cara, é o Andrezim. É, cara, eu chupei o Davi umas vezes e foi bem legal.

Meu mundo desmoronou na minha frente. Bruno e Davi haviam ficado! Eu pensando esse tempo todo que Davi só ficava comigo. Claro que ele não ia se contentar só comigo, como fui burro! Ele me olhava com uma cara de querer se explicar, mas não tinha nada para explicar. Minha vontade era de dar um chilique, porém não poderia me expor dessa forma e nem dar esse gostinho ao Davi.

Tipo, ele não ligava se não podia me comer porque tinha o Bruno para ele comer. Fiquei com tanto ciúme e com mais raiva de mim por ter sido burro de achar que eu seria especial de alguma forma para o Davi, mas no final, era de fato só sexo.

Na primeira oportunidade, eu voltei para casa, só que Davi apareceu no meu quarto no início da noite.

Davi: Eu não comi o Bruno se é o que você pensa.

Eu: Quem se importa? Vai se foder, Davi.

Davi: Caralho, Andrezim, me escuta! Eu só faço isso contigo, com o Bruno é só a mesma brotheragem de sempre. Eu estou morrendo de saudade de ti.

Tive que ser forte. Davi mexia demais comigo. Estava me sentindo traído e, ao mesmo tempo, minha vontade era de ficar com ele. Entretanto, foi Fred aparecer em minha mente que me fez afastar Davi de mim.

Eu: Olha, eu te amo, Davi. Somos amigos e não quero que passe disso.

Davi: André?!

Eu: Davi, por favor.

Ele aceitou, pois sabia que eu não estava bem. Nós nos abraçamos e ele foi embora, não sem antes me jurar de novo que não estava comendo o Bruno. Mas algo em mim não acreditou nele. Porém, eu estava com Fred agora e tudo que envolvesse o Davi não me interessava mais.

No domingo, me certifiquei que meus amigos não iriam à pizzaria, eles estariam com as namoradas. Só que para minha total surpresa, Lana estava lá no nosso jantar.

Lana e eu conversamos enquanto a pizza e o Fred não chegavam. Lana estava diferente, parecia querer me dizer algo e estava procurando as palavras certas. No fim, a pizza chegou e ela não conseguiu me contar até Fred terminar de comer e voltar ao trabalho.

Lana: Então você deu para meu amigo de novo?

Eu: Bem, a gente ficou, ele me levou na casa de praia.

Lana: Ele te levou na casa de praia da tia dele? Oh, meu amigo, logo agora que eu estava começando a gostar de ti.

Eu: Como assim, Lana?

Lana: Lá é o matadouro dele. Ele sempre leva uns caras e umas minas para lá. Espera, ele te disse que lá era o lugar dele espairecer, né?

Estava em choque e sem saber o que pensar. Não podia ser, ele não mentiria assim para mim. Queria tirar essa história a limpo, mas ele estava trabalhando. Fiquei tão desolado que nem consegui me recompor e tive que ir embora sem nem me despedir dele. No final, meus receios estavam certos: a única pessoa que ele queria realmente estar era a Lana.

Recebi mensagens dele e dei uma desculpa do porquê tinha saído sem me despedir. Em meu quarto, as lágrimas em meu rosto desciam sem controle. Tinha sido um otário de acreditar que poderia ter um namorado. No mesmo dia, havia descoberto que os dois caras que eu gostava só me usavam para se divertir. Depois de muito chorar, acabei dormindo. Tive pesadelos e minha noite foi horrível.

Na manhã seguinte, acordei com uma mensagem de bom dia do Fred e outra do Davi pedindo para conversar comigo. Me arrumei e fui para a aula sem responder nenhum dos dois. Porém, como sempre, eles me esperavam no estacionamento do prédio.

Davi: Andrezim, preciso conversar contigo.

Eu: Pode falar, Davi.

Bruno parecia saber de algo, porque ele só se despediu e foi para a aula sem nos esperar. Davi me chamou para ir para a casa do Bruno, pois não teria ninguém em casa. Resumindo, ele queria que matássemos aula. Eu pensei muito em não ir, só que Davi ainda tinha poder sobre mim, ainda mais depois de saber que Fred não me correspondia da forma que eu achava.

Já estava tão cansado de ser enganado que vi ali uma oportunidade de colocar tudo em pratos limpos: confrontar Davi e depois iria confrontar o Fred, já que Segunda era dia de suas aulas de reforço. Davi estava meio tímido, não estava acostumado a ver ele assim. Assim que chegamos no quarto do Bruno, ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço. Fiquei mole em seus braços, mas fiz um esforço e me afastei.

Eu: Davi, a gente já conversou, não vou ser seu amante.

Davi: Você não é meu amante, Andrezim. Já te falei que a gente é brother, somos héteros e o que fazemos é só coisa de amigo.

Eu estava cansado de sempre voltar a esse assunto, e mais cansado ainda de mentir. Eu não sou hétero e talvez nunca tenha sido. Nossa amizade já não era mais a mesma desde que eles haviam começado a namorar. Eu não me contentava mais só com a brotheragem e ainda tinha o fato de Davi e Bruno estarem se pegando sem eu saber. Eu ainda não acreditava que Davi não tinha comido o Bruno.

Eu: Não, Davi, não somos. Eu não sou. (Falei com a voz embargada pelo choro que começava.)

Davi: Não é o quê, Andrezim?

Eu: Hétero. Não sou hétero, Davi. Nunca fui.

Davi: Você só está confuso, Andrezim.

Eu: Não, Davi. Eu nunca estive tão lúcido em minha vida. Eu sou gay e não posso ser seu amante porque eu sempre quis ser mais que isso, só que você me decepcionou muito. Você não foi meu amigo e nem nada. Eu sempre soube que nunca teríamos nada, só que fui fraco. Agora não quero mais sofrer.

Davi ficou calado me encarando. Ficamos um tempo e o silêncio só crescia dentro daquele quarto. Queria que ele fizesse alguma coisa, me batesse ou me xingasse, ou ainda melhor, me desse um abraço com um beijo. Mas nenhuma reação veio dele. Para não estender meu momento de constrangimento, apenas saí do apartamento do Bruno. Não podia ir para casa e nem para a escola, então saí sem rumo. Fiquei sentado no banco de uma praça que tinha no meu bairro.

Estava distraído quando meu celular tocou.

Eu: Alô.

Fred: Já está na aula? Queria confirmar com você que horas vamos nos ver mais tarde.

Eu: Fred, não acho que seja uma boa ideia.

Fred: Como assim, André?

Eu: Eu quero estar com alguém que me queira de verdade. Não te culpo, você é um cara incrível e eu sou só um moleque.

Fred: Do que você está falando, André? Eu quero ficar com você. Onde você está? Pela sua voz, parece que está chorando.

Depois de insistir muito, contei para ele onde eu estava, e em menos de quinze minutos vejo sua moto encostando perto de onde eu estava. Ele estava lindo como sempre, o que só me fez me sentir ainda pior por estar gostando tanto dele. Queria muito que ele gostasse de mim. Fred sentou ao meu lado e, vendo meu estado, não falou nada. Só me puxou para seus braços, me acolhendo com muito carinho e paciência.

Fiquei em silêncio nos braços do Fred por um bom tempo. Ele esperou que eu me acalmasse pacientemente. Quando enfim recobrei minha fala, ele limpou meus olhos e me deu seu sorriso meigo e gentil. Aquela sensação de ser cuidado era incrível e me enchia de paz, ao mesmo tempo que lembrava que aquele gesto talvez fosse apenas por pena. Resolvi afastar esses pensamentos e organizar minha mente, para assim formular minhas frases.

Eu: Fred, me desculpa, não queria que me visse assim.

Fred: André, o que houve? Me conta, por favor, eu estou preocupado.

Eu: Eu só quero que saiba que eu já sei que o que você busca comigo é apenas algo passageiro. Você já tem a Lana, não se preocupe que não vou fazer cena nem nada. Só não consigo mais estar em uma relação onde não ganho o cara no final.

Fred: Juro que quero entender do que você está falando. Primeiro, André, Lana e eu não temos nada além de amizade. Terminamos há uns três anos e nunca falamos sobre voltar. Segundo, você está longe de ser só uma aventura para mim. Eu adoro sua companhia, o nosso sexo é um capítulo à parte. Agora, por terceiro e último, eu quero você. Pensei ter deixado isso bem claro. De onde você tirou essas ideias tortas?

Eu: Você está falando sério? Você quer ficar comigo, mesmo eu sendo mais novo e inexperiente?

Fred: Estou de olho em você desde que te vi comer aquela pizza sozinho. Nosso beijo no bar foi do cacete, e ainda temos uma química que é impossível que só exista do meu lado.

Nos beijamos ali mesmo, na praça, sentados lado a lado em um banco. Ele ainda queria saber de onde eu havia tirado essas ideias, e talvez Lana só tivesse se enganado. Fred falava a verdade, eu podia sentir em meu peito e na forma que ele me tratava: sempre cuidadoso.

Eu não queria confusão com ninguém, porém, quando nosso clima estava bem melhor, ele fez uma conta rápida na cabeça e matou a charada do mistério por trás de meus pensamentos difíceis.

Fred: Foi a Lana, né?

Eu: Não, eu não posso contar.

Fred: Agora faz sentido você sair sem se despedir e ainda não me responder as minhas mensagens. Ela te falou o quê, que ainda saímos juntos?

Eu: Não. Ela apenas falou que não sou bom o suficiente para você e que a casa de praia não era só nossa, mas que era para lá que você ia quando queria transar.

Fred: Olha, não faço ideia do porquê ela disse isso, mas eu não menti. Nunca estive sozinho com ela e nem com nenhuma outra pessoa lá.

Eu: Desculpa, Fred, eu deveria ter falado contigo antes, mas pensar em ficar longe de ti me deixou muito mal.

Fred: Espera, você sente mesmo algo por mim?

Eu: Sinto.

Fred me levou para casa e, quando entramos no meu quarto, ele me abraçou por trás. No meu quarto não dava para fazer nada além de uns beijos rápidos, mas com ele qualquer coisa era grandiosa e linda. Sentir sua barba rala no meu pescoço e seu volume na minha bunda me encheu de tesão. A qualquer momento minha mãe poderia entrar no quarto, e essa adrenalina ativou meu tesão mais ainda.

Fred: Melhor pararmos e estudarmos mesmo, só não sei se consigo.

Eu: Me come aqui agora, do jeito que estamos. Me faz teu.

Fred começou a lamber meu pescoço e suas mãos entraram na minha camisa, alisando meus mamilos. Seus beijos em meu pescoço me deixaram em transe. Como não dava para demorar e nem fazer barulho, meu homem teve que ser rápido e preciso. Sem se desgrudar de mim, ele pegou uma camisinha da carteira, colocou sua pica dura e linda para fora e encapou usando uma mão só, demonstrando muita experiência. Desabotoou minha calça e baixou-a até deixar minha bundinha à mostra. Lubrificou seu pau com cuspe e foi pincelando a cabecinha da sua pica na minha entradinha.

Eu: Entra em mim. Estava com saudade de ti dentro de mim.

Fred: Caralho, você é muito safado. Gosto muito de ti.

Quando o pau do Fred passou a cabeça pelo meu cuzinho, fiquei louco. Segurei o gemido. Estava sendo rasgado, entretanto, de um jeito delicioso. Suas mãos grandes me abraçavam para não me deixar escapar. A cada estocada, eu sentia ainda mais prazer. Não tinha como fazer muita coisa por causa da minha mãe, que poderia entrar a qualquer momento.

Usei a minha cadeira como apoio e me inclinei para frente. O pau dele era tão grosso que me fazia ver estrelas toda vez que entrava em mim. Ele metia devagar e mordia os lábios para não gemer também. Ali, com nossas calças arriadas até o joelho, tive uma das melhores experiências da minha vida. O tesão foi tanto que Fred não demorou a encher a camisinha com seu gozo. Eu não gozei, mas nem fez diferença; estava tão feliz e satisfeito que nada poderia ser melhor. Fred e eu estávamos na mesma sintonia, e nada poderia estragar isso.

Abrimos a janela e nos arrumamos. Com muita dificuldade, focamos na matemática, porém, conseguimos. Ele ficava ainda mais lindo quando fazia sua cara de pensador. Quando a aula acabou, nos despedimos aos beijos, e tudo ia bem, até ele querer voltar no assunto que eu tentava evitar por estar arrependido de primeiro ter dado trela e segundo por ter contado a ele.

Fred: André, vou falar com a Lana. Isso que ela fez foi muito sem noção.

Eu: Esquece isso, por favor. Vai ver eu que entendi errado, Fred.

Fred: Ela não pode se meter assim na minha vida, ainda mais inventando coisas. Ela, mais que ninguém, sabe que eu não sou de brincar com as pessoas. Se eu quisesse só sexo com você, pode ter certeza que você seria o primeiro a saber.

Eu: Só não quero que você brigue com ela por minha causa.

Fred: Relaxa, está bom? Só me promete que na próxima vez que você tiver alguma dúvida sobre mim, você vai falar comigo.

Eu: Prometo.

Nos despedimos e ele foi embora. Estávamos de boas e eu fiquei feliz por ter um ficante pela primeira vez. Fred não era só bonito e gostoso, ele era um cara incrível. Comecei a pensar que finalmente esqueceria Davi de uma vez, pois o Fred despertava em mim algo muito bom. Davi era uma coisa de pele, já ele era mais que isso: seu beijo, seu abraço, seu cuidado comigo. Davi nunca teria largado tudo para ir me ver e prestar assistência. Eu me declarei para meu amigo e tudo que ele fez foi ficar calado, me olhando.

Passei o restante da noite inteira pensando em como ia ser com Davi no dia seguinte e peguei no sono pensando nisso. Na manhã seguinte, meu coração quase saía pela boca de ansiedade, mas apenas Bruno me esperava quando cheguei ao estacionamento.

Bruno: Bom dia, André. Precisamos conversar.

Eu: Oi, bom dia, Bruno. Cadê o Davi?

Bruno: André, o Davi me contou.

Eu: O que ele contou?

Bruno: Que vocês estavam ficando e que você é gay. Olha, cara, sobre isso, peço desculpas por ele ter me contado. Acho que isso devia ter sido uma escolha sua, mas sendo sincero, fico feliz de você finalmente ter se assumido e prometo que não vou mais te encher para ficar com nenhuma menina. (Meus olhos encheram d’água. Poxa, meu melhor amigo estava de boas comigo.)

Bruno: Também te devo desculpas por estar longe nesse momento em que você precisou muito de mim. Não deve ter sido fácil essa fase de se aceitar. Lembro que para mim foi uma barra.

Eu: Como assim, para você?

Bruno: Sou Pan [Pansexual]. Tipo, descobri tem uns meses. Cara, se eu soubesse que você gostava do Davi, eu não teria ficado com ele. Davi é um gostoso, e não, cara, a gente não fodeu. Eu só chupei ele. No dia que eu queria dar para ele, bem, ele não quis. Me falou que não queria trair sua namorada assim. De qualquer forma, me desculpa. Prometo que daqui para frente seremos só amigos e nada de brotheragem com ele de novo. Só não vamos deixar de ser amigos porque você é uma das pessoas mais importantes na minha vida e perderia um braço só para não ter que te perder.

Abracei o Bruno com tanta força. Pela primeira vez em semanas, estávamos como antes. Esse moleque era meu irmão e não tinha como ficar puto com ele. De fato, Bruno não sabia de nada. Mas minha questão voltou à minha mente: por que Davi havia contado a ele? E outra: onde Davi estava?

Eu: Cadê o Davi?

Bruno: Ele ficou muito mal depois que você saiu do apartamento e resolveu ir atrás de você, só que ele me disse que viu você com aquele garçom lá na praça.

Eu: Mas o quê? Eu não entendo, realmente não entendi o Davi, Bruno. Eu quis várias vezes algo com ele e ele sempre me falou que só poderíamos ter sexo. Quando quis sair, ele não queria deixar. Agora, ele deveria estar com nojo de mim ou qualquer merda dessas.

Bruno: Você é tão idiota quanto ele. André, o Davi te ama, sempre amou. Davi sempre foi mais seu amigo, sempre te mimou. Por que tu acha que a Cíntia te odeia tanto? Ela vê a forma que ele sempre te olha. E vou te dizer, nunca vi Davi tão abatido como ele estava ontem. Acho que você deveria conversar com ele. Mesmo estando com o garçom, seria bom resolver logo isso e darmos um jeito de seguir em frente.

Eu: Você tem razão, mas não posso fazer isso agora. Preciso digerir isso. Não sei o que eu sinto com tudo isso.

Se o que Bruno me contou fosse verdade, então Davi tinha sentimentos por mim todo esse tempo. Agora, mais que nunca, meu coração ardia no peito. Eu queria o Davi há tanto tempo, mas meu coração não era dele, era por Fred que ele batia com mais força. Não consegui prestar atenção na aula nem em nada mais. Na saída, vi Davi me esperando. Ele estava com uma cara triste e isso me cortou o peito.

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Comentários

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Porra, Rafa, você adora dar nó na cabeça do leitor…kkkkk amando a reescrita dessa história

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Andre, novinho, inseguro. Bruno e Davi, amigos e não vai passar disso. Na real acho Davi um safado e aproveitador. Ainda não sei se Fred presta ou não mas só pela dedicação e exclusividade que tem mostrado acho que ele merece um crédito e uma atenção mais dedicada. A merda é que quando somos novinhos geralmente tomamos sempre as decisões erradas.

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Andrezinho precisa aprender a lidar melhor com as emoções, pena que ele faz isso sofrendo muito, inclusive por antecipação. Muito novinho ainda! Fred é um homão, uma hora vai cansar disso

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