Quando sua língua finalmente tocou a ponta pulsante, foi como uma esguichada de ácido glacial na carne em brasa. Um gemido gutural escapou-me enquanto meus dedos enterravam-se no lençol, tentando agarrar-se à sanidade que escapava pelo fio daquele contato mínimo. Ela não sugou, não engoliu; apenas lambeu aquela cabeça violácea com movimentos circulares infinitamente lentos, sua saliva misturando-se ao meu líquido pré-ejaculatório num xarope viscoso que escorria pela minha haste dilatada. Cada músculo abdominal estava tão tenso que doía, uma dor aguda que rivalizava com a pressão insuportável na virilha. "Clara... não dá...", grunhi, arqueando as costas do colchão. Ela ignorou meu pedido, seus olhos fixos nos meus enquanto sua boca envolvia apenas a última falange daquele membro monstruoso. Senti-me reduzido àquele único ponto de contato – um universo inteiro de tortura concentrado na ponta dos seus lábios. Quando seus dedos encontraram novamente meu períneo e pressionaram com força crescente, foi como alguém ligando um interruptor: meu quadril sacudiu violentamente para cima num espasmo involuntário, forçando mais daquele volume pulsante contra seus lábios cerrados. Um rugido escapou dela, misturando-se ao meu gemido. "Tão... pronto", ela suspirou contra minha pele úmida, sentindo a carne pulsar como um coração exposto sob sua língua.
O primeiro jato saiu como um estampido surdo – uma explosão branca e quente que atingiu seu queixo antes mesmo que ela pudesse reagir. Não foi uma ejaculação comum; foi uma descarga violenta, volumosa demais para ser contida, como se meu corpo estivesse expelindo líquido acumulado por anos. Clara recuou por um instante, surpresa, enquanto a segunda onda já vinha – mais espessa, mais cremosa, atingindo seu pescoço e escorrendo pelo vale entre seus seios. Seus olhos alargaram-se num êxtase voyeur, fascinados pela quantidade absurda que continuava jorrando como um fluxo interminável. "Deus...", ela gemeu, enquanto minha mão agarrava seus cabelos e a pressionava contra minha virilha novamente. Sentia cada contração do meu próprio corpo como um soco no baixo ventre – profundo, visceral, cada ejaculação acompanhada por um tremor que percorria minhas pernas até as solas dos pés. Quando sua boca finalmente envolveu a cabeça pulsante, engolindo o fluxo direto da fonte, o calor úmido dela misturou-se ao meu próprio calor explosivo numa sinfonia de viscosidade escaldante. Minha visão turvou-se enquanto observava seu pescoço contrair-se com cada golada – uma, duas, três vezes – antes que ela precisasse recuar, deixando jatos brancos esguicharem sobre seu rosto num arco obsceno. Cada pulso era uma libertação agonizante, como se meu corpo estivesse esvaziando não apenas sêmen, mas meses de tensão acumulada naquele crescimento grotesco.
Ela não limpou o rosto. Ficou ali, sobre mim, respirando pesadamente enquanto meu membro ainda pulsava entre nós, agora coberto por uma camada espessa e pegajosa que refletia a luz fraca da manhã. Seus dedos desceram lentamente pela minha barriga, coletando o líquido que escorria pelos meus flancos, e levaram à boca com uma languidez deliberada. Seus olhos nunca deixaram os meus enquanto ela lambia os dedos um a um, como se degustasse um vinho raro. "Cinco", ela sussurrou, sua voz rouca de esforço e saliva. "Cinco vezes hoje." Uma gota de sêmen escorreu do meu ângulo esquerdo até o quadril, e ela seguiu seu trajeto com o olhar antes de descer novamente, sua língua raspando minha pele sensível onde o líquido ainda escorria quente. "E cada vez..." ela continuou, seus lábios encontrando a base ainda inchada, onde novas veias pareciam pulsar sob a pele esticada, "...mais volumoso." Não era uma pergunta. Era uma constatação científica, uma descoberta fascinada. Quando sua língua pressionou o períneo ainda tremendo, um novo espasmo percorreu minha virilha como um relâmpago tardio - vazio agora, apenas cólicas fantasmas testemunhando o esvaziamento grotesco.
Clara ergueu-se de joelhos, o roupão totalmente aberto revelando sua vulva úmida e inchada contra a luz do amanhecer. Seus dedos molhados de minha ejaculação traçaram círculos lentos em torno do próprio clitóris enquanto ela observava meu corpo ainda sacudindo por contrações involuntárias. "Sabe o que acontece quando você chega assim?", ela perguntou, não esperando resposta enquanto suas pernas se abriam mais, oferecendo a vista úmida onde seus próprios fluidos misturavam-se ao meu. "Fico molhada só de ver." Sua mão esquerda agarrou meu quadril ainda tremendo, os dedos cravando-se na carne enquanto a direita mergulhava dois dedos dentro de si com um gemido rouco. "Tão molhada...", ela suspirou, retirando os dedos brilhantes e levando-os até minha boca. O sabor era uma combinação ácida-docenta de sua excitação e meu próprio sêmen ainda quente - um coquetel perverso que me fez arquear involuntariamente ao sentir sua essência na língua. Ela sorriu ao ver minha reação, seus olhos escuros brilhando com possessividade enquanto se inclinava sobre minha virilha novamente. "Queria guardar tudo isso dentro de você", ela murmurou contra minha pele úmida, sua respiração quente fazendo os pelos remanescentes eriçarem-se.
De repente, sua mão agarrou minha bolsa escrotal ainda distendida com força calculada - não dolorosa, mas firme o suficiente para fazer-me soltar um grunhido surpreso. "Vai crescer de novo", ela declarou, não como pergunta, mas como profecia. Sua outra mão deslizou pela haste flácida mas ainda espessa, os dedos medindo a circunferência como quem avalia um tronco jovem. "Em uma hora? Duas?" Seu polegar pressionou a veia dorsal enquanto falava, provocando um latejar surdo que parecia responder à sua pergunta. "Quando voltar..." Ela abaixou a cabeça repentinamente, seus lábios envolvendo os testículos sensíveis enquanto sua língua massageava cada um com pressão uniforme. Um tremor percorreu minhas pernas quando ela sugou levemente, o calor úmido dela paradoxalmente calmante após a tempestade. "Quando voltar", ela repetiu contra minha pele, as palavras vibrando sobre minha virilha, "vai querer explodir ainda maior." Sentia sua saliva escorrendo entre minhas pernas enquanto ela subia lentamente pela haste agora começando a responder novamente ao estímulo. Quando seus dentes roçaram levemente o frênulo ainda hiper-sensível, foi como um choque elétrico conectando diretamente ao cóccix.
Do lado de fora, os primeiros raios de sol refletiam nos prédios de Pinheiros quando ela ergueu o rosto salpicado de minha ejaculação seca. "Olha", ela ordenou, sua mão fechando-se ao redor da base onde uma nova ereção já começava a se formar - mais lenta desta vez, mas visivelmente mais volumosa sob seus dedos esguios. O tecido da pele parecia esticar ainda mais, como couro sob tensão extrema, cada veia saliente formando relevos mais profundos. "Cada explosão deixa o terreno mais fértil", ela filosofou enquanto seu polegar circulava a cabeça já inchando novamente, provocando uma gota translúcida que ela coletou com a língua. "Como um vulcão que cresce com cada erupção." Seus dedos exploraram o perímetro daquele crescimento absurdo com reverência voyeur, medindo o diâmetro aumentado onde a pele adquiria um tom violáceo. "Daqui a pouco", ela sussurrou enquanto descia para envolver apenas a ponta inchada com seus lábios quentes, "vai precisar das duas mãos só pra abraçar."
Minha respiração tornou-se um ruído rouco quando ela começou a bombear lentamente, não com força, mas com uma pressão insidiosa que fazia cada milímetro de expansão reverberar pelos meus ossos. O médico explicara sobre a hiperplasia das glândulas bulbouretrais - células multiplicando-se como cogumelos após chuva -, mas nada preparara para a sensação física: como se meu próprio esperma estivesse construindo novos dutos sob a pele, dilatando caminhos com urgência primal. "Sente?" ela gemeu contra minha virilha, sua língua traçando a veia dorsal que pulsa como corda de violino, "a pressão acumulando diferente hoje." Era verdade - uma congestão profunda que não doía, mas ocupava espaço como concreto fresco expandindo entre minhas pernas. Quando seus dedos pressionaram os testículos já reabastecidos, um jato pré-ejaculatório espesso jorrou contra seu lábio superior, mais cremoso que antes, como nata recém-coada.
Ela não limpou. Em vez disso, sorriu com triunfo obsceno enquanto me observava lutar contra a nova onda ascendente, meus quadris arqueando sem controle. "Desta vez", anunciou com voz rouca de antecipação, "quero contar os jatos." Seu punho fechou-se firmemente na base pulsante como um garrote de prazer enquanto a outra mão agarrou meu quadril com força de âncora. "O primeiro é sempre o mais largo", ela sussurrou como quem compartilha um segredo íntimo, seus olhos fixos na cabeça onde o fluido já pulsava na abertura dilatada. "Como um tiro de canhão." Quando sua língua finalmente raspou o frênulo com precisão cirúrgica, meu corpo convulsionou como atingido por um raio. A primeira explosão não foi um jato - foi uma onda branca e fervente que inundou sua bochecha direita, escorrendo em torrentes por seu pescoço antes que ela pudesse reagir. "Um", ela contou com voz estrangulada pelo peso do líquido na garganta, os olhos arregalados não pelo susto, mas pelo fascínio voyeur diante do volume monstruoso.
"O segundo...", ela tentou continuar, mas sua fala foi interrompida por outra descarga que jorrou diretamente contra seu palato com força hidráulica, mais espessa, mais abundante, forçando-a a engolir às pressas enquanto o excesso escapava pelos cantos dos lábios como espuma de cerveja transbordando. "Dois", ela arquejou, arqueando-se para trás enquanto meu quadril sacudia convulsivamente, jatos seguindo em sequência implacável - três, quatro, cinco - cada explosão aumentando em volume e pressão como represas rompidas em cascata. O quarto transformou-se em labaredas brancas quando ela finalmente soltou um berro rouco de êxtase, não pela própria satisfação, mas pelo espanto voyeur diante do espetáculo biológico: litros fantasmas jorrando em arcos contínuos enquanto minha voz se fragmentava em grunhidos animais, meu corpo não mais ejaculando, mas *desabando* numa avalanche viscosa que cobriu seu peito, sua barriga e o lençol num lago leitoso que refletia a luz do amanhecer como um espelho distorcido.