A Patroa Sobe o Morro - Sendo Devorada na Favela

Da série Subindo o Morro
Um conto erótico de Morena Casada
Categoria: Heterossexual
Contém 3646 palavras
Data: 09/11/2025 05:53:35

Sexta-feira. Eu nunca desejei tanto que meu marido saísse de casa. Quando Ricardo fechou a porta, com sua mochila do Cruzeiro nas costas, eufórico pela viagem ao Rio, eu senti a coleira invisível da "Dona Luana" cair no chão da sala.

A casa ficou em silêncio. Um silêncio que gritava.

Sexta à noite foi tortura. Sábado foi pior. A antecipação era um fogo baixo, queimando na minha virilha. O TUM... TUM-TUM do tantã dele parecia ecoar na minha cabeça o dia inteiro.

Eu me preparei para ele como uma noiva se prepara para a guerra.

Eu não ia como a "Dona Luana" visitante. Eu ia como a "puta de luxo" do rei do morro. E eu tinha que parecer o papel.

Escolhi um vestido. Um vestido de seda, cor de vinho, que parecia decente, mas que não era. Tinha alças finas e um decote que, sem sutiã, mostrava a sombra entre os meus seios a cada movimento. Ele era colado, abraçando minha bunda, mas solto o suficiente para ter balanço. E, o mais importante: eu estava completamente nua por baixo. Eu não ia cometer o erro de usar renda cara para ser rasgada ou jogada no chão. Eu ia limpa. Pronta para ser suja.

O salto era alto, mas grosso. Eu tinha aprendido a lição.

Oito da noite. O uber me deixou no mesmo posto de gasolina. O ar estava mais elétrico. O tum-tum-tum do baile já soava mais alto. O cheiro de cerveja e fritura me recebeu como um velho amigo.

Gisele estava lá. E o sorriso dela era diferente. Não era o sorriso da empregada cúmplice. Era o sorriso de quem sabia de tudo.

"Patroa," ela disse, os olhos brilhando, me analisando de cima a baixo. "Caralho. A senhora... a senhora não veio pra brincar, né?"

"Eu vim para o samba, Gi," eu menti, e nós duas caímos na gargalhada.

"O samba... sei. 'O samba' já tá te esperando," ela disse, me puxando pela mão. "Vamos. O morro inteiro tá esperando por isso."

Subir foi diferente.

Na primeira vez, eu era uma curiosidade, uma estranha. Os olhares eram de cobiça e desconfiança.

Dessa vez... eu era um evento.

Enquanto subíamos os becos, o falatório parava à nossa passagem. Os homens nos "barracos", jogando sinuca, paravam o taco. Os "vapores" nas esquinas, com seus radinhos no peito, me olhavam. Mas eles não me olhavam com cobiça. Eles me olhavam com... respeito. Um respeito de quem sabia que eu era dele. Eu não era mais uma "branca" perdida. Eu era a "mina do Cadu".

"Boa noite, Dona Luana," um deles disse, com um aceno de cabeça.

Eu gelei. Eles sabiam meu nome.

Mas o pior... ou melhor... eram as mulheres.

As "minas" do morro. Elas estavam nas janelas, nas portas, nas lajes. Elas me fuzilavam. O olhar era puro veneno. Era ódio. Era inveja. Eu era a "madame do asfalto", a "puta rica", que tinha vindo e roubado o rei delas. Elas me odiavam. E, meu Deus, como aquilo me deu tesão. Eu era a lenda. E a lenda tinha voltado para seu trono.

"Não liga, patroa," Gisele sussurrou. "Essas aí tão tudo morrendo de inveja. Queriam tar no teu lugar."

"Eu não tô nem olhando pra elas, Gi," eu disse, e era verdade. Meus olhos estavam focados no topo do morro, no som do pandeiro que começava a vazar.

Chegamos à laje do Bar do Zé.

Estava entupido. Era o dobro de gente da semana passada. A notícia tinha se espalhado. O "evento" era real. Gisele estava certa: eles tinham vindo para o samba, e para ver o circo pegar fogo. Para ver a gente.

O cheiro de suor e cerveja era tão denso que eu podia mastigar.

Gisele me pegou pela mão. "Vem. Eu guardei um lugar pra gente. Perto do som."

Ela não era boba. Ela me colocou na linha de frente.

E lá estava ele.

Sentado no seu banquinho, como um rei no seu trono. A regata hoje era preta, colada no peitoral forte. A barba, impecável. O cordão de prata brilhando sob a luz amarela. Ele estava afinando o couro do tantã, batendo levemente.

Ele não olhou para cima. Ele sabia que eu tinha chegado. Ele estava me fazendo esperar. O filho da puta.

O samba começou. E eu não existia. Ele tocou o primeiro bloco de músicas sem me dar um único olhar. Ele tocou para a laje, para o povo dele. Ele riu com o cara do cavaco, cantou para as meninas que sambavam na frente dele. E eu... eu estava sendo deliberadamente ignorada.

Eu senti o pânico subir. Ele estava brincando comigo?

Gisele me cutucou. "Calma, patroa. O prato principal ele serve depois."

Eu respirei fundo. Peguei minha cerveja. E entrei no jogo. Se ele não ia olhar, eu ia fazer ele olhar.

Comecei a dançar.

Não como a "Dona Luana" da primeira vez. Agora eu estava no território dele. Eu soltei o quadril. Eu sambei como eu não sambava há anos. Eu dancei com a Gisele, eu ri alto. Eu joguei meu cabelo. Eu deixei o vestido de seda vinho colar no meu corpo suado, marcando meus mamilos duros.

Eu me tornei o centro das atenções do outro lado da roda. Eu podia sentir os olhos dos outros homens em mim. E eu sabia... ele também sentia.

No intervalo, ele se levantou. O suor brilhava na pele escura. Ele pegou uma cerveja. E, como da outra vez, ele veio. Lento. Atravessando a multidão que se abria para ele.

Ele parou na minha frente. Tão perto que eu tive que inclinar a cabeça para trás. O cheiro dele me invadiu. Suor, perfume amadeirado.

Ele não sorriu.

"Pensei que a patroa ia furar," ele disse, com a voz grave, me analisando.

"Eu te disse que gostava de samba," eu respondi, a voz saindo mais rouca do que eu esperava.

Ele riu baixo. "Você não gosta de samba, Luana. Você gosta de barulho. Gosta de ser o centro das atenções. Gosta de fazer os outros olharem."

Ele estava falando de mim, mas estava falando dele mesmo.

"E você?" eu desafiei, dando um gole na minha cerveja. "Gosta de se exibir?"

"Eu não me exibo," ele disse, o olhar descendo para o meu decote, onde o suor escorria. "Eu dou o show. É diferente."

Gisele, minha anja, apareceu. "Patroa, Cadu! Vou ali no banheiro! Não saiam daqui!" E sumiu.

"A sua amiga é esperta," ele disse.

"Ela gosta de mim."

"O morro inteiro gosta de você," ele disse, com ironia. "As mina tão querendo te matar. Tão dizendo que a madame do asfalto veio roubar o que é delas."

"E eu vim?" eu perguntei, o coração batendo no ritmo do tum-tum-tum do baile, que vinha de longe.

O sorriso dele, lento e perigoso, apareceu. "Você não veio roubar. Você veio buscar o que já é teu."

Eu quase caí.

"Eu soube," eu disse, baixando a voz, "que o couro do seu tantã estava... com saudades."

Os olhos dele escureceram. O desejo ali era tão brutal que me fez dar um passo para trás. Ele deu um passo para frente.

"Saudade é pouco," ele falou. "Tá doendo. Tá latejando. Eu não consegui tocar direito a semana toda. Você... desafinou o meu instrumento, Luana."

"Eu?"

"Você. Você com essa sua buceta apertada. Com essa sua cara de santa. Eu bato," ele disse, e levantou a mão calejada, "e o couro não responde mais do mesmo jeito. Fica pedindo... mais. Mais forte."

Eu estava molhada. Pingando. Ali, no meio de todo mundo.

"E o que você vai fazer?" eu sussurrei.

"Eu vou ter que afinar de novo. Hoje. Vou bater nesse couro até ele entrar no tom. Até ele gritar o meu nome."

"Carlos..."

"Mas eu tô preocupado," ele continuou, me cortando. "Você andou batucando em outros tambores essa semana?"

A posse. O ciúme. Era mais excitante que a rola dele.

"Nenhum tambor," eu disse, e era quase verdade, "tem a sua batida. Os outros são... fracos. Desritmados."

A satisfação no rosto dele foi total. "Bom. Porque hoje, Luana... hoje a noite é longa. O seu marido não tá em casa, tá?"

Eu gelei. "Como..."

"A Gisele 'dá o papo', patroa," ele riu. "Eu sei de tudo. Eu sei que você tem o fim de semana inteiro. E eu vou usar cada minuto."

O samba recomeçou. O intervalo tinha acabado.

Ele não se moveu. Ele apenas me olhou.

"Eu tenho que tocar," ele disse. "Mas dessa vez... fica perto. Fica onde eu possa te ver. Porque hoje, eu não vou tocar pro morro. Eu vou tocar pra você. E cada batida... cada TUM... vai ser eu te fodendo com o som. E quando acabar..."

"Quando acabar...?"

"Quando acabar, você não vai nem se despedir da Gisele. Você vai vir comigo. E eu vou te levar pra laje. E vou te mostrar, na prática, como se afina um instrumento de verdade."

Ele se virou. "Ah, e Luana..."

"Sim?"

"Esse vestido seu," ele disse, olhando para o meu corpo. "Tá perfeito. Mas não se acostuma com ele. Ele não vai durar um minutos lá em cima."

Ele se virou e voltou para o seu trono, me deixando ali, tremendo, molhada, e sabendo que aquela noite não terminaria com um orgasmo. Terminaria com a minha alma sendo reescrita pela batida daquele homem

Ele se virou e voltou para o seu trono. E eu... eu estava presa. Pregada no chão. O ar não entrava nos meus pulmões. O morro inteiro estava ali, na minha frente, e a única coisa que eu via era o dono do samba, suando, me prometendo o inferno e o céu.

"Patroa... PATROA!"

Gisele estava me sacudindo. "A senhora tá bem? Ficou branca!"

Eu pisquei, voltando à realidade. "Eu... eu tô ótima, Gi. O calor."

"Sei... O 'calor' tem nome e toca tantã," ela riu baixo, e o samba recomeçou.

Mas era outro samba.

A primeira música que ele tocou foi lenta, um lamento, um samba de raiz que falava de saudade. Mas ele não cantava. Ele só tocava. E ele não tirava os olhos de mim. A batida era funda. TUM.... TUM.... TUM....

E eu, hipnotizada, comecei a dançar. Mas eu não sambava. Eu ondulava. Meus quadris se moviam lentamente, meu corpo respondendo ao chamado grave do tambor. A seda do vestido colava no meu corpo suado, e eu sabia que ele via cada curva, cada mamilo duro.

Então, o ritmo mudou. O cara do cavaco deu um grito. E o samba explodiu.

Carlos sorriu. E ele começou a atacar o instrumento.

TUM-TUKUTUM-TUM-TUM!

A batida era rápida, selvagem, agressiva. Era uma ordem. Dança, puta!

E eu dancei. Eu dancei como se minha vida dependesse disso. O salto grosso batia na laje. Eu joguei o cabelo, eu rebolei, eu me misturei com o povo. Mas eu não era do povo. Eu era o espetáculo dele.

Era um duelo. Um diálogo.

Ele batia uma sequência complexa, e eu respondia com uma rebolada rápida.

Ele batia um TUM fundo e longo, e eu parava, contraindo minha buceta como se ele estivesse dentro de mim.

A laje inteira sentiu. O ar ficou elétrico. As pessoas pararam de conversar. Elas estavam assistindo. Assistindo o Rei do Morro e a Madame do Asfalto fazerem amor em público, separados por dez metros de gente suada.

Eu via os olhos dos outros homens em mim. Desejo. Cobiça. Mas eles não ousavam. Porque eles viam os olhos dele. E Carlos estava em êxtase. O suor escorria da barba, a regata preta estava encharcada. Ele estava ficando duro, ali, sentado, e eu podia ver o volume crescendo na calça dele.

O samba durou horas, mas pareceu um minuto. Quando a última batida morreu, e ele bateu no couro com a mão aberta num TAPA final que ecoou como um tiro, um silêncio caiu por um segundo. E então, a laje explodiu em gritos.

Eu estava exausta. O suor escorria entre meus seios. Meu vestido estava grudado em mim.

Ele não esperou. Ele não foi buscar cerveja. Ele se levantou, jogou a toalha no ombro, e veio.

Ele nem olhou para os lados. A multidão se abriu para ele.

Ele parou na minha frente. Seu peito subia e descia rápido. O cheiro dele era avassalador: suor de homem, perfume amadeirado, cerveja.

Ele não disse "vem". Ele não disse "vamos".

Ele apenas estendeu a mão calejada.

Eu olhei para Gisele. Ela estava com o maior sorriso que eu já vi. "Vai, patroa," ela sussurrou. "E... bom fim de semana. Avisa quando... acordar."

Eu segurei a mão dele.

O toque foi um raio. Ele me puxou. E nós saímos. Ninguém disse uma palavra. O morro inteiro nos assistiu sair, de mãos dadas. O Rei e a sua Puta de Luxo. A lenda estava completa.

Nós subimos os becos. Dessa vez, ele não me apressou. Ele me segurava com firmeza, me guiando pelas escadas escuras. O tum-tum-tum do baile funk era nossa trilha sonora. O perigo era o meu tesão. A posse dele era meu orgasmo.

Chegamos na laje. Na fortaleza dele. Ele destrancou a porta, me empurrou para dentro e a trancou atrás de nós. O som da chave girando foi o som da minha coleira se fechando.

O quarto estava escuro, iluminado apenas pela vista da cidade.

Eu me virei, e ele estava ali. Me bloqueando.

"Você gostou," ele falou. A voz dele era grave de desejo. "Gostou de ser o centro. De fazer todo mundo olhar pra minha mulher."

"Sua mulher?"

"Minha," ele disse, e me agarrou.

Ele me beijou com a fome de uma semana de saudade. A barba dele arranhou meu rosto. A língua dele, com gosto de cachaça, invadiu minha boca. As mãos dele... as mãos do tantã... elas me agarraram. Elas não acariciavam. Elas apertavam.

Ele agarrou o tecido do meu vestido de seda na altura da minha bunda.

"Eu te avisei que não ia durar," ele sussurrou contra a minha boca.

E com um único puxão, ele rasgou. RRRRRRIP. O som ecoou no quarto. O vestido se abriu, e o ar frio da noite bateu na minha pele nua. Eu estava completamente nua por baixo.

"Eu sabia," ele riu, um som gutural. "Puta... pronta."

Ele me jogou na cama. A cama dele. O trono.

"De quatro," ele ordenou. "Eu quero a mesma bunda que estava me chamando lá embaixo. Empina."

Eu obedeci, tremendo. Fiquei de quatro na cama dele, com a cara no travesseiro, olhando para a vista da cidade que era meu lar.

Eu o ouvi tirando a roupa. O som do zíper, da bota batendo no chão.

E então, eu senti o peso dele na cama, atrás de mim.

"A gente vai começar," ele disse, a voz no meu ouvido, "a afinação."

Eu senti as mãos dele na minha bunda. E então, TAPA. Um tapa com a mão aberta, que fez minha pele arder e ecoou no quarto.

"AH!"

"Isso é pela provocação," ele disse. TAPA! "Isso é por me fazer esperar." TAPA! "E isso... é porque eu sou seu dono." TAPA! TAPA! TAPA!

Minha bunda estava em chamas. Eu gemia de dor e de tesão. Eu estava apertando o travesseiro.

"Geme, vadia," ele disse. "Geme pro teu macho."

Ele me segurou pelos quadris, me puxando para trás. Eu senti o pau dele, grosso, quente, batendo na minha buceta molhada.

"Aguenta. Que agora vai doer."

Ele me penetrou. Mas não de uma vez. Ele me penetrou no ritmo. Tpouco) TUM-TUM... (até a metade) TUM! (TUDO).

Eu gritei. Um grito que foi abafado pelo travesseiro. Ele era enorme. Ele me rasgou. Ele me preencheu de um jeito que eu não lembrava ser possível. Ele era dono do morro, e agora era dono do meu corpo.

"Sente?" ele perguntou, me segurando com força. "Sente a batida? Agora dança pra mim."

Ele começou a me foder. E era o samba. Ele me fodia no ritmo do tantã. Rápido, depois lento, depois fundo, batendo fundo. TUM-TUKUTUM-TUM. Eu era o instrumento dele. Eu era o couro sendo batucado, afinado, arrombado.

Ele puxou meu cabelo, me forçando a olhar para trás. Os olhos dele estavam negros, selvagens.

"DE QUEM VOCÊ É, PORRA!?"

"SUA! EU SOU SUA, CADU! ME FODE!"

"GRITA! EU QUERO QUE O MORRO INTEIRO OUÇA A PUTA DO CHEFE GRITAR!"

Eu gritei. Eu gritei quando ele me fodeu mais rápido, mais forte. Eu gritei quando eu gozei, um orgasmo que foi um terremoto, que me fez convulsionar.

E ele não parou. Ele me fodeu enquanto eu estava gozando,, e com um grito que veio do fundo da alma, ele explodiu dentro de mim, me enchendo com seu gozo quente.

Ele caiu sobre mim, me esmagando. E ele não saiu. Ele ficou ali, dentro de mim, me marcando.

Eu não dormi. Eu desmaiei.

e no Domingo

Eu acordei com o sol. E com dor. Meu corpo inteiro. Minha bunda estava latejando. Minha buceta, inchada. Eu estava na cama dele, nua, e ele estava me olhando.

Ele estava sentado na cadeira, nu, apenas fumando um cigarro.

"A Bela Adormecida acordou," ele disse, sem sorrir. "Já é quase meio-dia."

"Meio-dia?" eu tentei me sentar. "Meu Deus..."

"Teu Deus não tá aqui, Luana. Aqui só tá eu," ele disse. "E eu tô com fome. E com tesão."

Aquele foi o ritmo do nosso fim de semana.

Eu não saí daquela laje. O morro sabia que eu estava lá. Ninguém ousou bater na porta. Nós éramos o rei e a rainha no nosso castelo.

Nós fodemos. Meu Deus, como nós fodemos.

Ele me fodeu na cama. Ele me fodeu na cadeira, de frente para a vista da cidade, em plena luz do dia, onde qualquer um com quem chegasse em alguma casa mais acima poderia me ver cavalgando no pau dele. Ele me levou para o chuveiro, e me fodeu contra o azulejo frio, me segurando no colo, me arrombando enquanto a água lavava nosso suor.

Ele era insaciável. E ele era um mestre. Ele não era um selvagem como o Damião. Ele era um artista da foda. Ele sabia onde tocar, como morder, como me levar ao limite e me puxar de volta.

Ele cumpriu a promessa.

No domingo de manhã, depois de uma noite inteira de sexo, eu estava exausta. Eu implorei por uma pausa.

"Tá cansada, patroa?" ele riu, me beijando. "Mas eu nem... afinei o outro couro."

Meu corpo gelou. "Cadu... por favor... não..."

"Shhh," ele disse, e a voz dele ficou séria, dominante. "Você não manda aqui. Você não veio aqui pra ter o que você quer. Você veio aqui pra me dar o que eu quero. E eu quero... tudo."

Ele me deitou de bruços. E ele me pegou. Ele usou o óleo de amêndoas, que estava no banheiro. Ele foi... metódico. E foi a coisa mais brutal e ao mesmo tempo mais íntima que eu já vivi. Ele me arrombou o cu com a mesma cadência do tantã, me levando de uma dor que rasgava para um prazer tão intenso que eu gozei, só de ser penetrada ali.

Ele me fodeu de todos os lados. Ele me chupou. Ele me fez chupar. Ele me fez engolir. Ele me marcou.

Domingo, quatro da tarde. O sol estava baixo.

O pânico começou a bater. "Cadu. Eu tenho que ir. Meu marido. O Ricardo."

Ele estava na laje, só de bermuda, bebendo uma cerveja, olhando a vista. Ele parecia... satisfeito.

"Eu sei," ele disse, calmo. "O voo da van do Cabuloso."

Ele me olhou. Eu estava um caco. Meu cabelo, um ninho. Meu corpo, coberto de marcas de mordida, de tapas, de barba. E o meu vestido... era um trapo.

"Você não vai assim," ele disse.

Ele entrou no quarto e voltou com roupas. Um par de jeans limpos da irmã dele, e uma camiseta preta, lisa.

"Veste."

Era um ato de... cuidado? De posse. Ele não queria que o "asfalto" visse a marca dele.

Eu me vesti, o jeans apertado na minha bunda dolorida.

"O que... o que eu te devo?" eu perguntei, me sentindo uma idiota.

Ele riu. Uma risada alta, gostosa. Ele veio até mim. O cheiro dele estava em mim, nas minhas roupas.

Ele segurou meu rosto com aquelas mãos fortes, calejadas. "Você me deve?" ele disse. "Luana, você é a patroa. Você tem tudo. Mas aqui em cima, você não tem nada. Você não paga. Você... pertence."

Ele me beijou. Um beijo longo, fundo. Um beijo de dono.

"Agora vaza," ele disse, me dando um tapa estalado na bunda. "Vai ser a esposa boazinha."

"E... e você?"

"Eu? Eu vou afinar meu instrumento. Sozinho, dessa vez. Porque você arrebentou o couro."

Ele me acompanhou até a porta.

"Cadu..."

"A Gisele tá te esperando lá embaixo," ele me cortou. "Ela sabe a hora. Ela te bota no uber."

"Eu... eu volto?"

Os olhos dele ficaram sérios. "O samba é todo sábado, Luana. O meu tantã... ele aprendeu o teu ritmo. Ele vai te chamar. E você vai voltar. Você sempre vai voltar."

Eu desci as escadas, mancando. O morro me viu sair, de novo. Mas dessa vez, eles não pareciam me odiar. Eles pareciam ter... pena. Pena da pobre madame que tinha sido tão fodida que nem conseguia andar direito.

Gisele me esperava no posto, com um sorriso de quem sabia de tudo. Ela não fez perguntas. Apenas abriu a porta do uber.

"Até segunda, Dona Luana," ela disse, e piscou.

Eu entrei no carro. Eram cinco e quinze.

Ricardo chegou às seis e meia, cansado, fedendo a cerveja choca e reclamando do juiz.

"Nossa, amor, que saudade," ele disse, me dando um beijo na bochecha. "Como foi seu fim de semana? Muito tédio?"

Eu estava com a bunda em chamas, a buceta inchada, o cu arrombado, e o gosto do meu rei na boca.

Eu sorri, meu melhor sorriso de "Dona Luana".

"Ah, querido..." eu disse, passando a mão no rosto dele. "Você nem imagina.”

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Comentários

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Vc descreve divinamente!!! Doida pra madame largar tudo e virar mulher do Cadu, andar vestida como as mulheres da favela!! Ou então esperar o Cadu na casa do corno vestida como uma mulher da favela

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