Meus amigos e eu Final

Da série Meus amigos e eu
Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 1428 palavras
Data: 12/11/2025 18:59:26
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Sexo

CAPÍTULO FINAL

VIDA A DOIS

Um ano e meio morando junto, finalmente, e nossa rotina estava uma loucura! Fred estava nos trâmites finais para pegar seu diploma na faculdade, eu estava com a faculdade de Matemática a todo vapor e ainda os preparativos do casamento. Davi e Bruno eram meus padrinhos e me ajudaram muito; sem eles, eu estaria perdido. Nós negociamos que teríamos dois padrinhos cada: os meus eram meus amigos, os dele eram o casal de amigas que ele me apresentou logo quando começamos a namorar, pelo simbolismo de serem os primeiros amigos a saberem do nosso namoro. Já não tínhamos notícias de Lana há meses; graças a Deus, tudo ia bem. Fred tinha uma paciência para lidar comigo que parecia fora do comum. Nós nos entendíamos na cama e era sempre ótimo. Outro pilar da nossa rotina que não era negociável era nosso surf pela manhã, uma das coisas mais incríveis que me acostumei a fazer por causa dele e amava muito.

Minha mãe antecipou nosso presente de casamento, e isso deixou nossa semana ainda mais agitada: basicamente ela nos deu um apartamento no mesmo prédio em que ela morava e que foi onde eu cresci. De início, não quis aceitar, mas ela me mostrou que já pagava esse apê há anos e agora tinha finalmente quitado. Segundo ela, queria garantir meu futuro quando morresse. Fred amou a ideia de morar lá, primeiro porque ele e minha mãe pareciam mãe e filho e segundo—acredite ou não—ele e Davi jogam videogame e torcem para o mesmo time. Os dois iam para o estádio juntos e tudo! Quem diria que esses dois iriam virar bests? Morar perto dos meus amigos era ótimo, tive que admitir.

Com a mudança, as coisas estavam caóticas e meu humor estava uma loucura. O apê tinha caixas para todos os lados, e aproveitamos que Fred estava de férias do trabalho para casarmos e arrumar o que precisava ser arrumado.

Fred: Amor, que tal você ir para o quarto e deixar eu arrumar essas coisas aqui, hein?

Eu: Não quero que você passe suas férias inteiras trabalhando, amor.

Fred: André, larga essa caixa e vai deitar, ou eu te levo à força.

Eu: Uh, eu vou gostar disso.

Fred: Seu safado. Agora é sério, amor, você está sobrecarregado, e eu tirei minhas férias justamente para isso. Agora vai descansar, que ainda temos o jantar na casa da mãe, lembra?

Eu: Deus seja louvado que é só pegar o elevador e não o carro.

Nossa cerimônia ia ser na praia, no quintal da casa que agora era nossa. Fred gostava tanto do lugar que, quando a tia dele resolveu se desfazer do terreno, ele comprou dela. Ainda estamos pagando, mas como a minha mãe tinha nos dado um apartamento, o condomínio era mais barato que nosso antigo aluguel. Sendo assim, conseguimos pagar as prestações do terreno sem dificuldades. Eu tinha bolsa da faculdade e também dava aulas particulares para ajudar nas contas. Foi difícil, mas Fred finalmente havia me deixado trabalhar para ajudar. Ele não era machista, só dizia que não queria que eu passasse pelo que ele passou de ter que trabalhar e estudar. Como as aulas particulares não me consumiam tanto, ele acabou topando e até me ajudando a conseguir uns alunos.

Minha vida estava boa, com o homem que eu amava e que me amava também, com minha mãe me aceitando e aceitando Fred em nossa família, e meus amigos sendo perfeitos como sempre.

Na semana do casamento, fomos para a casa na praia para arrumar tudo por lá. Decoramos o quintal, colocamos umas cadeiras, tudo estava ficando tão lindo. Como o dinheiro era pouco, nós mesmos fizemos boa parte da decoração. Bruno foi quem mais ajudou; o cara entende muito, já que fazia Arquitetura.

Tudo estava maravilhoso e ainda ia ficar melhor. Bruno e Davi estavam na casa arrumando a parte do bar onde iam ficar as bebidas. Eu estava com nossa moto, então tive que deixá-lo na casa para receber as bebidas e fui buscar o Fred, que tinha ido na faculdade assinar uns últimos papéis da sua formatura. O problema é que eu esqueci meu celular e tive que voltar para pegar.

Assim que entrei, não vejo os meus amigos, mas escuto um barulho estranho. Assim que entro no quarto, pego os dois se pegando em cima da cama: Davi sem camisa e Bruno só de cueca.

Eu: Ai meu Deus, eu durmo nessa cama, seus imorais!

Davi: Calma, Andrezim, eu posso explicar.

Eu: Explicar que você ia comer o Bruno na minha cama, seu tarado?

Bruno: Bem, não ia ser a primeira vez.

Eu: Como assim?

Bruno: No aniversário do Fred que vocês foram na casa da tua mãe, meio que rolou.

Eu: Não creio! Que tara é essa de se comer nos lugares que eu durmo com meu noivo?

Davi: A gente não tá se pegando, estamos namorando, na verdade.

Eu: O quê?!

Bruno: Não queríamos te contar por que, sei lá, você e Davi tiveram um lance.

Eu: Gente, sério isso? Eu tô noivo, lembra? Davi, eu te amo, mas a rola do Fred é maior e mais grossa.

Davi: Uau, machucou! Mas já tinha notado quando seu noivo apareceu de sunga na praia outro dia.

Bruno: Desculpe, André, mas tudo bem para você a gente estar namorando?

Eu: Desde que vocês troquem os lençóis das minhas camas quando usarem, sim.

Meus amigos são umas figuras! Para piorar, Fred já sabia. Quando fui contar para ele, ele me contou que pegou os dois se beijando no banheiro de uma balada que a gente tinha ido há uns dois meses atrás. Como eles pediram segredo, ele não havia me contado. "Ótimo noivo você é, tem que ter a confiança dos seus amigos", foi o que ele me respondeu. No fim, era ótimo saber que eles estavam juntos. Amava os dois e sabia que eles se davam bem, eram companheiros, e me alegrava saber que estavam felizes.

Assim, nossos padrinhos eram, de fato, dois casais.

No dia do meu casamento, fomos para o cartório onde oficializamos nossa relação e depois fomos para a casa na praia. Tudo estava tão lindo, os convidados começavam a chegar, e eu não me continha de tanta felicidade. Ao lado do Fred, todo dia era o melhor dia da minha vida, e eu sabia que ele sentia o mesmo ao meu lado.

Nossa cerimônia foi celebrada pela sua tia, que veio de São Paulo especialmente para nosso casamento. Fizemos nossos votos, onde renovamos nosso juramento de ficarmos juntos e nos apoiarmos, os mesmos juramentos que fazemos quando começamos a morar juntos. Quando encerramos a cerimônia com o tradicional beijo, foi muito especial. Estava beijando meu marido pela primeira vez. Sua boca tinha um gosto diferente, seu gosto era melhor agora, todo ele era meu. Tudo que eu tocava... nossa, ele estava tão lindo em um terno branco! Queria despir ele ali mesmo na frente de todos e fazer amor com ele como louco, mas precisava me controlar para o fim da noite.

Recebemos felicitações de todos e dançamos com nossos amigos. Uma amiga do Fred disse que Lana havia mandando felicidades a nós e pedido desculpas por tudo no passado. Fred, só respondeu que Lana não fazia mais parte de nossas vidas e que nem a queria mais por perto. Concordei com ele. Dançar com minha mãe e com o Fred, nós três abraçados, foi o ponto alto da minha noite.

Fiquei imensamente feliz. Não bebi uma gota; queria estar preparado para uma noite romântica, e meu marido entendeu o recado, ficando só na água a festa toda. Só na hora do brinde foi que tomamos uma taça de espumante. Quem fez o brinde foi Davi, meu padrinho e melhor amigo.

Davi: Bem, poucos aqui sabem, mas eu e o André quase namoramos antes de ele conhecer o Fred. Hoje vejo que era o destino tramando para esses dois se conhecerem e se apaixonarem. Hoje André é meu irmão e Fred, meu cunhado favorito. Amo vocês dois de verdade e quero que vocês sejam muito felizes a cada dia mais. E se não se importam de eu pegar um pouco desse momento de celebração, gostaria de encerrar meu brinde com um pedido para o homem que me fez criar coragem para descobrir quem eu sou: Bruno, me dá a honra de ser meu esposo?

Bruno parecia tão chocado quanto eu, mas foi só olhar para Fred para saber que ele já sabia.

Bruno: Claro, com certeza sim, mil vezes sim.

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