O Barman e o Confeiteiro 16

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4624 palavras
Data: 14/11/2025 17:03:10
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Sexo

YKARO 16

Mano queria saber o que foi que eu fiz para merecer isso, estou tentando seguir com minha vida, mas meu passado não me deixa, que merda! Já imaginava que Pamela fosse tentar conseguir meu número ou meu endereço, só não esperava que fosse aparecer aqui no meu trabalho e ainda por cima me confrontar dessa forma. Pamela não me pareceu saber que eu fiquei com a mãe dela, pelo menos nesse ponto Helena está honrando nosso acordo, mas sua filha não podia ter vindo aqui no meu trabalho para me importunar dessa forma, também já tinha dito a ela que não estava mais fazendo, o que eu fazia.

Se não fosse tão tarde eu ligaria para Helena, mas não posso também arrumar problemas para ela com o marido, então vou esperar até amanhã para falar com ela sobre sua filha, não vou querer essa garota vindo aqui no meu trabalho, nem sei se ela falou sobre meu passado para Stella, tudo que menos quero agora é que descubram com o que eu trabalhava antes.

Para piorar fui um babaca com Adriano e o cara só queria me ajudar, não foi de propósito, é que a presunção da Pamela de deixou tão puto que acabei descontando nele. Olho para o duzentos reais que ela deixou em cima da mesa, essa filha da puta está achando que pode me comprar, isso é culpa minha, afinal eu me vendi durante um tempo, deixei que usassem meu corpo, dei prazer a várias mulheres em troca desse dinheiro, mas não quero mais, não vou mais voltar a fazer isso, não por ser puritano e nem nada disso, só que essa vida quase acabou comigo, não vou me permitir ficar na merda que eu fiquei daquela vez, sem trabalho, sem casa e sem perspectiva. Se não tivesse guardado dinheiro teria sido ainda pior!

Finalizando minha limpeza Stella aparece colocando a cara na porta.

— Amigo sua folga no sábado já está certa, o chefinho mandou te avisar, o diarista vai vir!

— Ótimo, obrigado Stella — não desvio meu olhar para olhar para ela.

— Aconteceu alguma coisa Ykaro?

— Não, porque!

— Sei lá, você anda distante e tipo não sou boba né amigo, você conhece a Pamela né?

Respiro fundo, não sei se ela está jogando uma verde ou se realmente só quer saber mais sobre minha relação com sua amiga, de qualquer forma me irrita ter perdido o controle assim, só mostra que ainda não estou cem por cento livre do meu passado, imagina se não fosse a Pamela, quero nem pensar no que Alexandra faria se soubesse que trabalho aqui.

— Stella eu só estou cansado.

— Não é isso, olha Ykaro eu sei que estou namorando com o Luan e que a gente não conversou.

— Conversou? Ah você deixou bem claro Stella que queria ficar com ele, só que aí depois disso você me levou para o seu apartamento e fodeu comigo e com seu namorado ao mesmo tempo, o que eu tenho que pensar sobre isso?

— Eu não planejei isso, só aconteceu e foi bom, vai dizer que você não gostou? —- Stella quer alguma coisa e não é de hoje que venho notando, o fato de ter ficado com Luan só piora as coisas, me sinto um hipócrita.

— Stella ser um trisal não está nos meus planos e você acha que o Luan aceitaria algo assim também?

— Não precisa ser nada serio e outra não vai ser traição se ele também participar — que merda que eu estou fazendo da minha vida, meu passado correu mais rápido do que eu e agora estou em uma típica situação que meu antigo eu entraria.

Olhar nos olhos de uma pessoa sabendo que já me deitei com o amor da sua vida, a sensação é de puro poder, você sabe um segredo que a outra pessoa não sabe, porém esse poder pode ser perturbador, é preciso ter o sangue muito frio para enganar alguém assim, nunca tinha pensado muito sobre isso até um desses cornos — ou melhor uma dessas vitimas da minha profissão — começou a infernizar minha vida, entretanto dessa vez é ainda pior, estou enganado alguém de que eu gosto muito.

Eu sei o que você está pensando, “tipo se ela está querendo ficar com você mesmo namorando é sinal de que ela também não é pura” só que dois erros não fazem um acerto. Queria que fosse fácil, mas não é, não é só o prazer da descoberta com Luan, com ele sinto que cada passo que dou em direção a essa aventura as recompensas podem ser ainda mais prazerosas, ainda sim isso precisa acabar. Jurei a mim mesmo que não mais seria amante de ninguém, como posso querer ser justo e íntegro se estou traindo até mesmo minha própria palavra?

— Oi, estou falando com você — Stella me traz de volta.

— Stella você foi a mulher que mais me deu prazer na cama — ou seja a que mais consegui fazer gozar de formas diferentes — mas não posso, não vou ser um trisal e não vou ser seu amante.

— E nem meu amigo?

— Eu gosto de você e sim sinto ciumes, eu sei que não deveria, mas eu sinto, preciso de um tempo só até me acostumar com a ideia — só me resta tentar ser honesto, pelo menos em um dos motivos.

— Tudo bem, mas nada precisa mudar entre a gente, se eu falar com Luan tenho certeza que ele toparia também.

— Até parece, o cara até pouco tempo nem conseguia te namorar por causa da religião dele — admito fui desnecessariamente maldoso agora.

— A religião da mãe dele, ele mesmo não pensa assim, mas enfim não vou forçar, só me responde uma coisa, você já ficou com a Pamela?

— Por que? — Seu interesse nesse assunto é um pouco preocupante para mim.

— Ciúmes talvez.

— Stella, eu não tenho nada com sua amiga e nem vou ter, tá legal?

— Beleza, mas se for por minha causa não precisa se preocupar, pode ficar com ela se quiser.

— Eu não quero e nem preciso de permissão — preciso voltar ao meu normal — desculpa tá, só estou estressado e um pouco cansado.

— Tudo bem, me leva para casa hoje?

— Levo — digo.

Após finalizar meu trabalho dou uma carona a ela, mas em sua casa nem chego a tirar meu capacete, literalmente espero ela entrar no prédio para sair de lá. Só quero chegar em casa e dormir e é o que acaba acontecendo. O sol entra pela janela me acordando, deixei a cortina aberta de propósito, queria acordar cedo mesmo para fazer uma ligação muito importante.

— Nossa que cedo, está com saudade? — Helena com seu bom humor de sempre.

— Não, só quero que você diga para sua filha parar de me importunar.

— O que? Você viu a Pamela?

— Ela apareceu no meu trabalho e fez uma cena muito paia, inclusive fiz um deposito de duzentos reais para você, não quero seu dinheiro e nem o da sua filha mimada.

— Calma Ykaro — ela entra em seu modo racional — eu não sabia.

Conto a ela o que aconteceu desde que encontrei por acaso com a filha dela e aproveito para dizer que não podemos mais nos ver também, se Pamela descobrir que eu comi a mãe dela de novo nunca mais vai me deixar em paz. Helena claro protestou, mas dessa vez não vou ceder. Recado dado encerro a chamada e vou ao banheiro, já acordei mesmo vou tomar um banho e comer alguma coisa, estava tão puto ontem que nem comi nada quando cheguei, estou morto de fome.

— Bom dia, quer dizer, posso te dar bom dia, né? — Adriano me alfineta assim que chego na cozinha atrás de comida.

— Bom dia — abro a geladeira em busca de algo, Adriano parecendo ler minha mente corta um pedaço generoso de bolo e me serve um pouco de café —- obrigado.

— De nada.

— Adriano — respiro fundo antes de falar, não queria, mas não posso correr o risco dele ir um pouco mais a fundo ou comentar com os outros fazendo surgir uma curiosidade maior — Eu não, não devia ter sido grosseiro com você, desculpa!

— Tudo bem, não deveria ter me metido também.

— Você pode não falar para ninguém sobre o que você ouviu e viu ontem?

— Claro, jamais falaria sobre isso com alguém, não é assunto meu — ele faz um gesto como se fechasse a boca com um zíper.

— Obrigado.

— Mas Ykaro se um dia você quiser conversar, sobre qualquer coisa, eu sou um otimo ouvinte.

— Tá certo.

— Massa.

— Tinha um carro na garagem quando eu cheguei — mudo de assunto.

— Era o carro do Breno, mas ele já foi.

— Você e o Breno? — Adriano arregala os olhos para minha pergunta e se apressa a negar.

— Não, não, não, não! Nada haver, ele curti o Caio e a gente é só amigo, não, não, não.

— Tá bom — ergo as mãos em rendição.

—- Pois é e tipo eu estou bem dizendo namorando com o Nathan.

— Como é namorar um cara? — Não sei o porquê da minha pergunta, só a fiz como se não pudesse mais controlar minha própria boca.

— Você já namorou?

— Sim, claro!

— Então é a mesma coisa — só agora me dei conta que minha pergunta foi mal formulada e um pouco estúpida também, mas agradeço que ele tenha me respondido mantendo um tom amigável.

— Foi mau.

— Relaxa, se eu ganhasse uma moeda para cada dúvida de amigo hetero o Luan pagaria o salário dele todo mês para mim.

Adriano é gente boa, ainda bem que ele não levou pro coração, seria uma merda se ficasse um clima paia aqui em casa. Não tenho muito o que fazer hoje além de trabalhar, então deixo meu telefone no modo avião e volto para o quarto, vou dormir até a hora de sair para trabalhar.

O despertador me puxa de volta a realidade — sabe quando você só apaga, — parece até que eu pisquei na cama e já é hora de ir trabalhar. Só tiro o celular do modo avião quando já estou montando na moto para ir trabalhar. Tem uma mensagem da Stella, me pedindo uma carona para o trabalho, respondo perguntando se ela ainda quer carona e logo ela confirma que sim.

Além da mensagem dela tem cinco mensagens da Pamela — que merda, essa garota não vai me deixar em paz? — E tem uma do Luan. Meu coração bate mais forte só de ver a notificação, quero saber o que ele me enviou, mas ao mesmo tempo não sei se consigo abrir essa mensagem, pois nossas ultimas conversas tem ido para lugares muito cinzentos na minha cabeça. Para piorar tem uma foto de visualização única.

— Ele não me mandou uma nude! — Nego em voz alta, a essa hora Adriano deve está com o boy dele e como estou só em casa não tem problema falar comigo mesmo em voz alta.

Respiro fundo e por mais que eu queria colocar essa porra de celular no bolso e fingir que isso não me afeta não consigo, minha curiosidade vence a indiferença e eu abro sua mensagem.

“E aí” — Seguido de uma foto dele de roupa social com direito a gravata e crachá do banco tomando uma caneca de café no que parece ser uma copa.

Como assim? Que tipo de mensagem é essa? Pior é que eu sei exatamente que tipo de mensagem é essa, ele quer puxar assunto, mas não sabe como — posso julgá-lo? Não, pois pensei em fazer isso umas mil vezes já! — O que pegou foi a foto, preferia que fosse mil vezes uma nude, pois isso justificaria meu pau dar sinal de vida, quer dizer, esse puto me deixou excitado agora só com sua carinha de safado e uma roupa social que o deixa muito — muito mesmo — sexy!

“Pensei que era outra coisa nessa foto” — Porque respondi isso? Nem eu sou capaz de dizer agora.

“Tipo o que?” — Não esperava que ele fosse responder assim tão rápido.

“Fotos de visualização única são para outra coisa”

“Entendi” — sua mensagem vem seguida de uma foto de visualização unica de novo, ele deve está me tirando.

“Agora que sei o que é não vou abrir” — não vou cair na provocação dele, mas aproveitando que meu pau ficou duro, abri minha calça e tiro minha peça de dentro da cueca, apoiada no tanque do combustível da moto pego um ângulo que só mostre minha boca e que valorize bem meu pau, meu tempo de michê me deu essa prática e tiro uma foto, depois mando como visualização única, seguida de uma nova mensagem — “vamos ver quem pisca primeiro”

Ah não vou mentir, quero muito abrir essa foto de visualização única, de alguma forma eu sei que é um nude e saber que o Luan não é do tipo que envia esse tipo de foto nem para Stella — ela já tinha comentado comigo, mas na época ignorei — só me atiça ainda mais, é um nude eu posso sentir o tesão sem nem abrir a foto, mas essa tensão barra tesão que ele arrumou para mim, bem isso é um jogo que eu sei bem jogar, vamos ver quem provoca mais quem?

Ele aceita o desafio com um emoticon de legal, e assim a sorte foi lançada, tem duas nudez na nossa conversa, a pergunta que fica é quem vai abrir primeiro. Queria não precisar ir trabalhar e continuar a conversa com Luan, só que estou na minha hora e ainda vou ter que passar para buscar a Stella, o que me faz pensar, que merda eu estou fazendo trocando nudes com o namorado da minha melhor amiga? Vou para o inferno e nem vai ser por ter sido michê.

Quarta nunca é um dia muito movimentado, quinta é que começa de fato a lotação aqui, mesmo assim me esforço para entregar meu trabalho da melhor forma, vou faltar no sábado, acho que na minha cabeça mostrar serviço essa semana é uma forma de compensação. Não é tão difícil para mim fazer um trabalho de excelência, constantemente sou elogiado pelos clientes, então só mantenho meu padrão.

Sempre mantenho meu local de trabalho limpo, com tudo em ordem para otimizar o serviço, se me vendessem ainda sim conseguiria preparar os drinks. Dá essa atenção a mais no trabalho até me ajuda de certa forma — tipo ajuda a não pensar que tem uma foto no meu celular, que eu quero muito ver!

— Boa noite, você ainda sabe fazer um Sex on The Beach? — Helena apareceu do nado, veio como uma loba silenciosa e meu pegou de surpresa.

— O que você está fazendo aqui?

— Em vim em paz — erguendo suas mãos em rendição e com um sorriso que só ela tem, um desse que acalma até a mais ferida das feras — você me ligou e depois sumiu baby.

— Desculpa.

— Tudo bem, eu aceito meu Sex on the beach como pedido de desculpas! — Espero que o bom humor dela seja por boas notícias.

— Eu precisava ficar off por um tempo — explico o meu sumiço.

— Imaginei, por isso quis vir aqui pessoalmente.

Helena é uma mulher refinada, seu drink tem que corresponder suas expectativas e gosto desse desafio, preparar drinks para pessoas assim foi o que me motivou a querer aprender mais sobre o ofício de barman. Começo a preparar o suco de laranja natural, enquanto trabalho espero que ela continue falando o motivo de sua vinda.

— Meu bem, Pamela é uma garota muito, mimada, culpa do pai, ele sempre fez todos os quereres dela — puta menina mimada velho — parti disse foi minha culpa também, quando tentei fazê-la acordar para vida já era tarde para ela.

— Mas e aí, não vou ficar aceitando esse comportamento dela Helena — estou serio, quero que ela entenda a gravidade do problema que a filha dela pode me colocar — ninguém aqui sabe e quero que continue assim.

— Eu te entendo, e não precisa se preocupar, já foi resolvido.

— Como, o que você fez?

— Eu cuido muito bem dos meus Ykaro, você sabe disso.

— Não sou mais um dos seus Helena!

— Amigo.

— O que? — Digo confuso.

— Você é meu amigo e para mim já basta, meu bem eu posso resolver qualquer problema que você tenha e faço isso com o maior prazer.

— Mesmo se eu parasse de transar com você? — Ela finge uma cara de ofendida.

— Eu lamentaria muito isso, mas sim — sua afirmação até parece sincera — Ykaro olha, eu dei um jeito, mas querido você devia abrir o jogo com seus amigos.

— Não posso.

— Não é vergonha ganhar a vida meu bem e você era muito bom no que fazia, mesmo assim largou.

— Essa vida só me trouxe problemas Helena e agora que estou conseguindo me reerguer não posso voltar para isso e nem quero lembrar dessa época.

— Você não sente nem um pouco de falta, nem mesmo um pouquinho? — Paro no momento em que o copo fica cheio de gelo, quero responder que não, mas seria mentira e ela sabe, mas não me pressiona — bem, minha filha vai sair da sua vida, se ela voltar a te procurar é só me avisar e aí ela vai começar a entender que a vida não é o morango que o pai dela tanto insiste em convencê-la.

— Ela deve ter ficado puta com você — Helena rir.

Sempre me perguntei como uma mulher que nem ela virou mãe e se casou, Helena tem tanta certeza sobre seus prazeres e ambições. Ela não pensaria duas vezes em se entregar a um sentimento maluco por uma pessoa que não deveria nunca ter chegado perto.

— Já estava na hora dela aprender a não mexer no que não é dela — Helena se aproxima de mim encurtando cada vez mais o espaço entre nós.

— E eu sou seu por acaso?

— Não, eu queria mais você é o único homem que nunca conseguiu dobrar — nossos rostos estão a centímetros um do outro.

— E é isso que te faz me querer até hoje não é — ela desperta um tesão em mim, e agora mais que nunca quero me agarrar nesse tesão para tentar não pensar em outro tesão de um metro e oitenta, preto e muito gostoso.

— Gosto, você é o único que me tem e mesmo assim me esnoba, o que eu fiz para ficar assim por um novinho?

— E não sou mais novinho!

— Para mim você sempre vai ser!

Nossas bocas se encontram em um beijo quente, porém a afasto quando escuto um barulho, porém meio tarde e Stella nos pega no flagra, minhas mãos na bunda macia de Helena e ela com as mãos em volta do meu pescoço.

— Menina esse barman sabe como preparar um sex on the beach — Helena pega sua bebida e começa a se afastar de mim, mas antes me lança uma piscadela — quando meu copo acabar vou querer outro.

— Pode deixar — estou um pouco envergonhado por ter sido pego, mas algo dentro de mim não deixa de achar cômico a cena.

— Não era você quem tinha a regra de não pegar as clientes?

— Sim, Helena não é minha cliente — não mais pelo menos.

— Ela saiu daqui bebendo algo que você fez.

— Sim, mas eu não cobrei, agora preciso organizar tudo, o que era? — Ela leva meio segundo para voltar a si e me passar o pedido que veio fazer.

Stella está cheia de perguntas, mas deixo claro que não estou disposto a conversar mais sobre a figura emblemática de vestido branco que me beijou no meu local de trabalho. O trabalho chega ao fim, fechamos até mais cedo hoje por conta do movimento fraco, me ofereço para dar uma carona para Stella, mas ela recusa — melhor assim — vou direto para casa, mas antes confiro meu celular, ele ainda não abriu minha foto. Luan é duro na queda ou não está tão interessado assim, cara devo está ficando maluco, meu pau ficou duro só de beijar a Helena e mesmo assim quero ficar duro denovo só que me pegando com Luan.

Não posso fazer isso, ele é um cara e ele namora, prometi a mim mesmo que jamais seria amante de novo, mas estou aqui gozando com o Luan e com a Helena, tudo isso no papel de amante de novo, qual o meu problema, parece até que minha mente esqueceu o sufoco que foi me sair da ultima vez!

“Saiu do trabalho?” — Luan me envia uma nova mensagem.

“Sim e sua namorada também”

“Eu sei, ela me falou, vamos para casa dela hoje”

“Bom para vocês” — não sei porque mais isso mexe comigo, não gosto de sentir ciúmes deles dessa forma.

“Você podia vir também”

“Não, eu vou para casa mesmo, melhor” — não acredito que ele esteja mesmo sugerindo que role outra vez nós três, não era para ter acontecido nem da primeira vez.

Desligo minha internet, não quero mais falar com ele, não pensei que ele fosse fazer isso, Stella vem querendo o mesmo, parece até que os dois combinaram. Mano isso me deixa muito irritado, o que eles acham que eu sou, um brinquedo, algo que os dois podem usar quando querem? Não devia ter ido daquela vez, aquela noite só me trouxe problemas.

Para piorar começa a chover na hora que estou indo para casa, que merda. Chego completamente encharcado. Na garagem o carro do Breno se faz presente de novo. Em outros tempos ter essas pessoas transitando em casa me irritava um pouco, mas ultimamente até que tenho gostado de ter a casa cheia. Pela hora eles devem está dormindo então coloco a moto para dentro tentando não fazer muito barulho, depois vou para o meu quarto.

Estou bem cansado, mas preciso tomar um banho antes de dormir. Olho para o meu telefone e cedo a porra da tentasão, tipo a internet está deligada, ele não tem como saber que eu vi. então faço isso, pego o celular e abro a bendita foto — me arrependo no momento em que a imagem carrega na tela.

Luan está no banheiro do trabalho, em frente ao espelho quase todo vestido — quase todo — com uma mão ele segura o celular, com a outra seu pau, duro como uma rocha na sua mão, o fato da foto não pegar o rosto dele me trás uma sensação forte de proibido, esse sentimento que nos cerca desde a nossa primeira brotheragem, puta que pariu, que delícia esse macho. Não entendo o porquê de me sentir assim, mas eu sinto, sinto tesão, sinto um pouco de vergonha, medo e tudo mais, tudo ao mesmo tempo.

No banho a imagem fica presa na minha mente, sou obrigado a me masturbar pensando nele, no gosto que sua porra deixou na minha boca e que nunca mais saiu. De todas as pessoas com quem eu poderia ter me relacionado, Luan é o mais complicado delas, como foi que um ex crente problemático foi se pegar com um barman traumatizado pelo passado? Parece até castigo, só claro tirando o fato de que se for mesmo um castigo ele deveria ser um pouco mais pesado e não prazeroso.

Gozo duas vezes batendo punheita e pensando nele. Visto só uma cueca branca e deito, por conta da chuva o quarto está frio, mas com meu humor um pouco de frio é mais que bem vindo. Não demorou muito para pegar no sono. Eu meu sonho escuto batidas de leve na porta do meu quarto, levo um tempinho até perceber que tem alguém batendo na porta do meu quarto mesmo e não no sonho. O relógio na tela do meu celular marca duas da manhã e a chuva lá fora virou um verdadeiro temporal.

A batida na porta torna a voltar, levanto ainda um pouco atordoado e abro a porta. Tamanho é o susto que eu levo ao ver o Luan todo molhado, dos pés a cabeça parado em frente a minha porta. Ele parece péssimo e também pudera, está acontecendo um dilúvio lá fora. Olho por cima do seu ombro e percebo que ele está sozinho.

— Como você entrou aqui?

— Eu tenho uma chave para emergências — levanta a mão me mostrando o molho de chaves na sua mão — posso entrar?

— Pode — seu corpo treme ineiteiro, deve está congelando de frio e por falar nisso ficar de cueca não foi uma ideia muito inteligente, por causa dele e claro do frio que parece ter ficado mais forte.

Pego uma toalha pra ele. Os olhos do Luan parecem presos no meu corpo, pego meu lençol e me cubro — por causa do frio e por que não quero que ele avance para cima de mim — Estou totalmente confuso, não sei porque ele está aqui, tipo ele enfrentou essa chuva toda para chegar aqui, por que?

— Você parou de responder.

— O que?

— Você parou de me responder.

— Luan, olha eu não vou jogar esse jogo com vocês — agora minha confusão parece ter se transferido para ele.

— Que jogo?

— Não vou ser um trisal e também não tenho vocação para ser marmita de vocês.

— Não — ele tenta negar, só que isso só me irrita, então pego no celular do monstro a mensagem que ele me enviou.

— Eu não te chamei pensando nisso.

— Ai, não? Então Luan me responde porque você queria que eu fosse? — Seus olhos se desviam dos meus indo para o chão — fala!

— Porque eu queria te ver, cara, você tem noção do quanto é difícil não pensar em você?

— O que? — Não sei o que falar ou pensar.

— Eu tô maluco, eu tenho a Stella, a mulher que eu sonhei em ter a muito tempo, eu transo com ela, mas não é você, tipo porra nem quando ela me chupou foi daquele jeito — Luan parece lutar contra sua propria conciencia ao me confidenciar o mais secreto dos seus segredos.

Em um ato completamente falho deixou o lençol cair e pronto, antes que eu possa pensar em qualquer coisa Luan cruza o quarto, suas mãos forte agarram meus braços e nossas bocas se encontram, sua língua quente pedindo passagem para dentro da minha boca, sua barba rala roçando no meu rosto, o calor do deu corpo aquecendo o meu.

Tudo no beijo dele parece encaixar comigo, tipo é tão errado e ao mesmo tempo é certo, o beijo, o calor do momento e o turbilhão de sentimentos.

— Luan! — Me agarro no primeiro sentimento de lucidez que me vem e o afasto, sendo muito mais difícil do que me atrevo a admitir.

— Desculpa.

— Não, não.

— Tô ficando maluco Ykaro.

— Eu também — ele me beija de novo, mas agora dessa vez só colando os lábios nos meus por um tempo e depois de novo, e de novo.

— Não podemos — digo entre um beijo e outro.

— Eu sei, mas eu quero tanto.

— Eu também quero, o problema é esse.

— Ykaro.

— Luan, espera por favor — finalmente consigo tomar uma certa distância dele, mas me sinto um pouco constrangido, pois meu pau está quase escapando da cueca de tão duro, e no caso dele não parece diferente.

— Eu não queria, mas fiquei maluco quando você parou de responder.

— Luan, eu não posso, você namora a Stella.

— Eu namoro.

— Sim, você é um cara legal, não é um babaca.

— Não sou — ele diz tentando se convencer.

— O que aconteceu foi um erro e não vai mais acontecer, Luan eu não vou ser seu amante.

— Somos dois caras, como isso foi acontecer.

— Não sei.

— Ykaro, eu não quero que você seja meu amante.

— Você tem uma namorada Luan, qualquer coisa que a gente faça leva para o mesmo resultado.

Ficamos os dois calados por um longo tempo.

— A gente pode ser amigo — ele sugere.

— Não sei, acho que sim, mas Luan eu não posso fazer isso, está ficando cada vez mais difícil.

— Para mim também.

— Melhor você ir — assim ele faz, mas antes Luan se aproxima de mim e me dar mais um beijo, nossas línguas se encontram como se fosse uma última valsa.

— Boa noite.

— Boa noite! Luan.

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Comentários

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Se vc não sabe definir”coito interrompido” de esse final para ler é a definição está perfeita kkkkk

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