.... CON TINUAÇÃO ...
Acordei pensando na noite anterior. Na verdade, pensando nele. No jeito como ele implorou, como ficou desesperado, como praticamente jogou a dignidade no chão só pra me ver.
Eu sorri sozinha. Ainda nua na cama, sentindo o cheiro do meu próprio corpo misturado com o tesão acumulado de ontem.
Peguei o celular. Uma mensagem dele, enviada às 6h:
Geraldo: bom dia, linda.
Geraldo: acordei duro lembrando de vc.
Eu nem respondi. Deixei ele no vácuo. Ele precisava continuar na palma da minha mão.
Levantei devagar, fiz café, coloquei uma música suave. Abri a janela do quarto e o vento da manhã entrou batendo direto nos meus mamilos, que endureceram na hora — lembrei da forma como ele os observou no restaurante, mesmo por baixo do vestido.
Fui para o banho. Um banho longo, quente, daqueles que servem pra abrir o corpo e a imaginação.
Passei a mão na minha buceta e senti… ainda estava sensível.
Enquanto a água caía, imaginei ele me fodendo.
Saí do banho com a pele brilhando.
Hidratante e perfume no corpo, cabelos de coque alto. Escolhi uma roupa padrão executiva, afinal iria para o banco depois. Peguei uma saia lápis branca, camiseta preta de seda com um decote discreto e um blazer branco, Scarpin nude e uma maquiagem discreta.
Me olhei no espelho. A pele luminosa, a marquinha de biquíni ainda evidente, meu corpo com aquele ar de tesão que só melhora tudo. Eu sabia que essa imagem ia pirar ele. Passei pela cozinha peguei um café e sai. Fui ao encontro dele! No carro recebi a seguinte mensagem:
Geraldo: estou contando os minutos.
Quando parei na vaga do supermercado, o celular vibrou.
Geraldo: Cheguei. Tô no carro. Estacionei perto da saída lateral.
Respirei fundo. Antes de qualquer coisa, fiz o que sempre faço:
Fotografei a placa do SUV.
Compartilhei com minha irmã.
Mandei a localização em tempo real.
Profissionalismo, segurança, controle.
Sempre.
Saí do meu carro e caminhei em direção à área indicada. Quando me aproximei, ouvi o clique da porta destravando. Abri a porta de trás pra me certificar que ele estava só. Ele olhou, eu sorri e falei precaução. Abri a outra e entrei.
O cheiro do carro — couro, perfume masculino, ar-condicionado — me envolveu de imediato. Ele engoliu seco, como se não acreditasse que eu realmente tinha ido.
Eu virei o rosto pra ele. E falei bom dia! Ele respondeu.
A pele dele estava quente, levemente suada.
Os olhos iam dos meus lábios para minhas pernas — como se não tivessem coordenação pra escolher um ponto.
Sorri.
— Você sempre fica assim quando quer alguém? — perguntei.
Ele respirou fundo.
— Eu… nunca fiquei desse jeito, pra ser honesto.
Coloquei o dedo indicador no queixo dele, erguendo levemente para que me olhasse nos olhos.
— Hoje você vai aprender a ficar.
O silêncio dentro do carro ficou pesado, elétrico.
Ele apertou o volante, como se precisasse segurar algo.
— Você tá… linda — ele murmurou, quase sem ar. Sua chave pix.
Inclinei o corpo um pouco pra frente, aproximando meu perfume do pescoço dele.
— Eu sei que tô. — sussurrei. — E você pagou pra ver de perto. E dei a chave.
Ele fechou os olhos por um segundo, como se sentisse a frase entrar no corpo.
Sem me dar tempo de reagir, ele aproximou o rosto, segurou minha nuca e me puxou pela cintura, a boca dele encontrando a minha com uma fome absurda.
O beijo veio quente, urgente, com aquela força contida de quem se segurou o dia inteiro só imaginando o gosto da minha boca. Ele gemia baixinho contra meus lábios, as mãos apertando minha cintura como se tivesse medo de eu desaparecer de uma hora pra outra.
Quando ele soltou, estava ofegante.
— Espera… — ele murmurou, com a respiração batendo quente no meu rosto.
Pegou o celular, abriu o app bancário e me mostrou a tela.
Pix enviado.
O valor exato que eu tinha dito.
Sem hesitação.
Ele travou o telefone, jogou no console do carro e voltou a me olhar com aquele desejo febril.
Me segurou pela coxa, puxou meu rosto de novo e disse, com a voz grave, cheia de tesão, quase rosnando:
— Você vai ser minha hoje.
A mão dele deslizou pela minha perna, firme.
— Eu vou te foder todinha.
Eu deixei um sorriso lento surgir no canto da boca, sem desviar os olhos dele.
O carro entrou pelo portão do motel e, assim que a cancela subiu, o silêncio dentro do carro mudou. Não era mais o silêncio do estacionamento, era um silêncio carregado… aquele que só existe quando os dois sabem exatamente o que vai acontecer atrás de uma porta fechada.
Ele dirigiu devagar pelas alamedas e eu olhava seu rosto tenso, excitado, praticamente implorando sem abrir a boca.
Quando encontrou a suíte que queria, encostou o carro na garagem privativa e desligou o motor.
O barulho do motor morrendo pareceu deixar tudo ainda mais íntimo.
Ficamos um segundo em silêncio.
Eu abri a porta do carro primeiro, propositalmente.
Desci devagar, sentindo o ar quente da garagem, e caminhei até a porta da suíte sem esperar por ele.
Quando ouvi a porta do carro bater atrás de mim, sorri por dentro.
Ele estava vindo.
Do jeitinho que eu queria.
Meu dedo deslizou no sensor da porta do quarto, e a tranca abriu com um click suave.
Entrei sem olhar pra trás.
Ele veio logo depois, fechou a porta e encostou, como se estivesse precisando se sustentar.
Parecia incapaz de ficar parado — o corpo dele vibrava, a respiração acelerada, as mãos inquietas como se precisassem me tocar agora.
— Você não tem ideia do que quero fazer com você… — ele disse com a voz rouca, quase perdendo o controle.
Eu dei dois passos até ele, lenta, firme, como se marcasse cada segundo.
Coloquei a mão no pau dele por cima da calça e o empurrei contra a porta, sentindo o corpo quente dele colidir com a madeira.
Falei perto da boca dele, sem beijar:
— Eu sei exatamente o que você quer. E você vai ter!
A porta do quarto estava entreaberta. A iluminação baixa deixava o ambiente com um brilho quente, convidativo — exatamente o cenário para o jogo começar.
Quando eu parei perto da cama e virei pra ele, ele já estava parado na porta, me olhando como se eu fosse a única coisa existindo naquele momento.
Eu passei a mão pelo cabelo solto e falei dengosa:
— Fecha a porta.
CONTINUA....
