O despertar - Cap. Final (A conquista proibida)

Um conto erótico de Os Contos da Fah
Categoria: Heterossexual
Contém 1975 palavras
Data: 16/11/2025 13:35:52

Cap. Final: O Ápice do Desejo – A Conquista Proibida

A tensão tornara-se uma coisa física, um peso opressivo e doce que carregávamos conosco por uma semana inteira após o fim de semana na praia. Cada mensagem de texto no grupo de amigos, cada possível menção ao seu nome, fazia meu coração acelerar. A memória do toque dele debaixo d'água, o peso do seu desejo explícito, era um loop constante na minha mente, alimentando minhas fantasias mais secretas e minhas punições mais solitárias.

Ricardo notou uma certa distração minha, mas atribuiu-a ao cansaço do trabalho. A dualidade da minha vida nunca havia sido tão extrema. Beijava meu marido com a ternura de sempre, enquanto minha boca ainda saboreava o sabor imaginário de Gustavo. Deitava-me ao lado do homem que era meu porto seguro, enquanto meu corpo ardia por outro.

Foi o Gustavo quem quebrou o impasse. Uma semana após a praia, recebi uma mensagem direta no Instagram. Não era no nosso grupo, era só para mim. Um coração. Simples, inócuo para qualquer um que visse, mas para nós, era uma declaração de guerra contra o bom senso, um sinal verde.

O coração foi seguido, minutos depois, por uma pergunta: "Posso te ver?"

Meus dedos tremeram sobre a tela. Cada fibra do meu ser que havia sido treinada para proteger o meu casamento gritava "não". Mas o desejo, aquele monstro lindo e egoísta, sussurrava "sim".

"Quando?" digitei, a culpa já se misturando com uma antecipação tão forte que era quase dolorosa.

"Hoje. Diz que tem um jantar de trabalho. Eu te busco no shopping perto do seu trabalho. 19h."

Era um plano. Um plano real, concreto. A traição deixava o reino da fantasia e se materializava no mundo real. A respiração ficou presa no meu peito. Olhei para a foto de Ricardo e eu na minha mesa. Ele sorria, confiante, seguro do nosso amor, do nosso acordo. Um acordo que eu estava prestes a violar da forma mais fundamental.

"Ok," respondi.

A palavra mais perigosa que já havia digitado.

O resto do dia passou como um nevoeiro. Liguei para Ricardo e menti, com uma voz que soava estranha aos meus próprios ouvidos, sobre o jantar de trabalho. Ele, sempre solícito, desejou-me boa sorte e disse que jantaria sozinho. A faca da culpa torceu-se no meu estômago, mas já era tarde demais. O desejo era um trem desgovernado, e eu estava amarrada aos trilhos.

Às 19h em ponto, eu estava no estacionamento coberto do shopping. Usava um vestido verde-esmeralda, decotado, que sabia que faria meus olhos parecerem mais claros. A lingerie era preta, rendada, escolhida não para ser vista por Ricardo, mas para ser arrancada por outro homem. Meu coração batia tão forte que eu temia que as pessoas ao redor pudessem ouvir.

O carro dele – um SUV preto e elegante – parou ao meu lado. A porta do passageiro abriu-se. Nossos olhos se encontraram, e não houve necessidade de palavras. Entrei. O interior cheirava a ele, a couro limpo e aquele mesmo aftershave amadeirado que me perseguia nos meus sonhos.

Ele não disse "olá". Assim que fechei a porta, sua mão entrelaçou-se na minha nuca, puxando meu rosto para o dele, e sua boca encontrou a minha num beijo que não era de saudade, mas de fome acumulada.

Era um beijo devorador, possessivo. Sua língua invadiu minha boca com uma urgência que me deixou sem ar. Meus dedos enterraram-se em seus cabelos, puxando-o para mais perto ainda. O mundo exterior desapareceu. Não havia marido, não havia regras, não havia culpa. Havia apenas aquele beijo, a língua dele dançando com a minha, o sabor dele, a sensação áspera da sua barba no meu rosto. Foi o beijo mais lascivo, mais sujo e mais perfeito da minha vida.

Quando nos separamos, ofegantes, ele apenas olhou para mim, seus olhos escuros eram poços de pura luxúria. "Meu Deus, você é ainda mais linda do que eu imaginava."

Ele dirigiu até um hotel boutique discreto no centro da cidade. Ele já tinha reservado um quarto. A premeditação daquilo tudo deveria ter me assustado, mas, em vez disso, me excitou ainda mais. Ele tinha planejado cada detalhe, tinha-me desejado tanto que arquitetou tudo para me ter.

O quarto era amplo, com uma cama enorme e lençóis pretos. Assim que a porta se fechou, a fachada de controle desmoronou. Ele me empurrou contra a porta, seu corpo duro pressionando o meu. Suas mãos agarravam meus seios sobre o vestido, seus dedos encontrando meus mamilos endurecidos através do tecido.

"Você tem ideia do que você me fez passar?" ele rosnou contra meu pescoço, enquanto seus lábios e dentes exploravam a pele sensível do meu pescoço e ombros. "Todas aquelas noites, te vendo, te desejando... maldito seja o Ricardo por ter você e maldita seja você por ser tão... gostosa."

Suas palavras, rudes e cheias de desejo, eram um afrodisíaco. "Mostra-me," desafiei, minha voz um sussurro rouco. "Mostra-me o que você faria comigo."

Ele puxou a alça do meu vestido para baixo, expondo meu seio, e sua boca agarrou meu mamilo. Não foi uma sucção gentil, foi uma conquista. Sua língua rodopiava, seus dentes mordiscavam, e uma onda de prazer tão intensa percorreu meu corpo que minhas pernas cederam. Ele me segurou, carregando-me para a cama como se eu não pesasse nada.

Deitou-me sobre os lençóis pretos, e ficou de pé, ao pé da cama, me devorando com os olhos enquanto se despia. Cada peça de roupa que ele tirava revelava um corpo ainda mais impressionante do que eu havia imaginado: ombros largos, um peito definido, um V muscular que levava até a cintura e, finalmente, o seu pau. Era grande, grosso e perfeitamente ereto, pulsando com uma veia saliente. Um fio de fluido transparente já brilhava na ponta.

"Tira o vestido," ele ordenou, sua voz uma autoridade que eu nunca havia ouvido antes.

Eu obedeci, levantando-me o suficiente para puxar o vestido por sobre a cabeça. Fiquei apenas de lingerie preta e salto alto. Seus olhos percorreram cada centímetro do meu corpo como se estivesse memorizando.

"Deita-te. Abre as pernas."

Deitei-me de costas e abri as pernas para ele, uma exibição completa e submissa. A umidade da minha excitação já tinha encharcado a fina renda da minha calcinha. Ele ajoelhou-se na beirada da cama, puxou minha calcinha para o lado com um gesto brusco e, sem qualquer cerimónia, enterrou o rosto entre as minhas pernas.

Seu ato não foi de carícia, foi de consumo. Sua língua era uma chama viva, lamberdo, sugando, explorando cada dobra do meu sexo com uma expertise que me fez gritar. Ele encontrou meu clitóris inchado e focou-se nele, uma pressão rítmica e implacável que me fez arquear as costas e agarrar os lençóis. Ele usava os lábios, a língua, a leve pressão dos dentes, conduzindo-me para o orgasmo com uma velocidade brutal.

"Gustavo... porra... eu vou...!" gemi, minha voz estridente, estranha para os meus próprios ouvidos.

Ele não parou. Pelo contrário, intensificou. E eu explodi. Um orgasmo violento, convulsivo, que fez meu corpo tremer incontrolavelmente e um grito abafar-se nos meus próprios pulmões. Ondas de prazer irradiaram do meu centro, deixando-me fraca, ofegante, completamente dominada.

Antes que eu pudesse recuperar o fôlego, ele subiu sobre mim, sua imponência pairando sobre o meu corpo ainda a tremer. A ponta do seu pau, roçou a minha entrada, já inundada.

"Olha para mim," ele ordenou.

Abri os olhos, embaçados de prazer, e encontrei o seu olhar intenso.

"Quero que você sinta cada centímetro. Quero que se lembre de quem é que te fode assim," ele sussurrou, e então, com um empurrão poderoso e único, ele entrou em mim.

Ele encheu-me completamente, esticando-me, preenchendo-me de uma forma que era quase dolorosa, mas profundamente prazerosa. Um gemido gutural escapou dos meus lábios. Ele permaneceu imóvel por um momento, deixando-me acomodar o seu tamanho, seus olhos fixos nos meus, bebendo cada reação minha.

Então, ele começou a mover-se.

Era uma foda primitiva, animalesca. Não havia a doçura que eu tinha com Ricardo, a cumplicidade. Havia apenas carne, suor e um desejo raw e incontrolável. Suas investidas eram profundas, rítmicas, cada uma delas atingindo o meu colo do útero, fazendo-me gritar de prazer a cada embate. As suas mãos agarravam os meus pulsos, prendendo-os acima da minha cabeça, imobilizando-me. Eu estava à sua mercê, e aquela submissão total era incrivelmente libertadora.

Ele mudou de posição, virando-me de bruços e levantando meus quadris. Entrou em mim por trás, e a nova profundidade fez com que eu visse estrelas. Suas mãos agarravam meus quadris, os dedos cravando-se na minha carne, enquanto ele me fodia com uma força que fazia a cama bater contra a parede. Os sons que saíam de nós eram obscenos: os gemidos roucos dele, os meus gritos abafados no travesseiro, o som molhado e ritmado dos nossos corpos se unindo.

"Diz o meu nome," ele rosnou, inclinando-se sobre as minhas costas, sua boca perto do meu ouvido.

"Gustavo!" gemi, sem hesitação.

"Diz outra vez."

"Gustavo! Porra, Gustavo!"

Foi o que ele precisava ouvir. Seu ritmo tornou-se frenético, descontrolado. Ele soltou um dos meus quadris e sua mão deslizou pela minha lateral, até encontrar meu clitóris novamente. A estimulação foi demasiada. Um segundo orgasmo, ainda mais forte que o primeiro, começou a construir-se, uma pressão insustentável no meu baixo-ventre.

"Vou gozar," avisei, minha voz um quebrar.

"Goza comigo," ele ordenou.

E nós fomos. O meu corpo contraiu-se violentamente à volta dele, um espasmo interminável de prazer que me fez gritar até ficar rouca. A sensação do meu orgasmo foi o gatilho para o dele. Ele enterrou-se em mim até ao fundo, e um rugido gutural escapou-lhe do peito enquanto a sua semente quente jorrava dentro de mim, enchendo-me em jatos poderosos e pulsantes. Ele continuou a bombear, suavemente, enquanto os últimos espasmos do nosso prazer conjunto sacudiam os nossos corpos.

Ele desabou sobre as minhas costas, o peso do seu corpo suado e quente uma cobertura deliciosa. Ficámos assim por longos minutos, ofegantes, tentando regressar à realidade.

Quando ele se virou e me puxou para o seu peito, o silêncio desceu sobre nós. E com ele, a realidade.

Deitada ali, com o cheiro dele impregnado na minha pele, com o sêmen dele ainda a escorrer pelas minhas coxas, o peso do que tinha acabado de acontecer caiu sobre mim como um bloco de granito. Eu tinha traído o meu marido. Não uma traição dentro das regras, consensual, que fortalece o nosso vínculo. Esta foi uma traição real, uma quebra de confiança, uma punhalada nas costas do homem que me amava, que me dava liberdade, e que tinha apenas uma regra.

Gustavo adormeceu ao meu lado, um sorriso de satisfação nos lábios. Eu fiquei acordada, olhando para o teto, o meu corpo incrivelmente saciado, mas a minha alma num tumulto.

Devo contar ao Ricardo?

A pergunta ecoou na minha mente, um mantra de angústia. Contar seria aliviar o meu próprio peso de culpa, mas seria despejá-lo sobre ele. Destruiria a confiança que era a base de tudo, mesmo da nossa liberdade. Ele poderia perdoar uma transação dentro das regras, mas esta... esta era diferente. Esta era uma traição ao nosso acordo, ao nosso segredo mais íntimo.

Não contar seria viver com um segredo podre no centro do meu casamento. Seria sorrir para ele, beijá-lo, fazer amor com ele, sabendo que tinha esta mancha, este momento de puro egoísmo escondido. Seria justo com ele? Ele, que merece a verdade, mesmo que doa?

O corpo de Gustavo, tranquilo e satisfeito ao meu lado, era a prova física da minha falha. O prazer que ainda ecoava em cada fibra do meu ser era a recompensa do meu pecado.

Então... devo contar?

A resposta não veio.Apenas o eco da pergunta, e o silêncio pesado do quarto de hotel, testemunha do meu prazer mais intenso e da minha traição mais profunda.

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Comentários

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É um momento de prazer, e uma vida de arrependimento, de frustração, com o ato da traição pesando uma tonelada nas costas. Estive numa situação semelhante, mas no último instante consegui reagir e dizer não, hoje muitos anos depois, tenho um pouquinho de arrependimento de não ter feito e uma alegria imensa de ter recuado e não praticado o ato.

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Acho que a pergunta é outra...valeu a pena???

Sempre digo que não importa o tipo de relacionamento, pq tudo que é consensual é válido...mesmo que não consiga ver vantagem num relacionamento como esse (pensando na perspectiva do seu marido). Mas se funciona, estão felizes e saudáveis psicologicamente, tudo é válido.

Mas...a traição é complicada... sinceramente eu comento algumas histórias com a possibilidade de que sejam verdadeiras, para reflexão mesmo...e o que fica é...já percebeu que uma brincadeira dessa poderia ou pode não só destruir seu relacionamento mas acabar psicologicamente com a pessoa que vc ama e que faz tudo...nesse caso tudo mesmo...por você??

Ele ouve vc falar de outros caras e etc...vê sua alegria, satisfação e etc...o que ele deve pensar...

"poh sou tão ruim, tão insuficiente que ela tem que ficar com outros...e nem me respeita mais, pq poderia ficar com qq um, mas quis na verdade atingir o nosso acordo...a única coisa que exigi e impus na nossa relação"

"Qual o respeito que ela tem por mim??? Sou realmente seu cúmplice, seu companheiro ou alguém que ela está por conveniência??"

Eu sinceramente espero que ele tenha ainda um pouco de alto estima e não se destrua por causa de uma brincadeirinha...de um impulso "egoísta", como vc mesma disse...e espero que esse cara seja o senhor comedor...que tenha pelo menos válido a pena.

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