Pneu Furado

Um conto erótico de Inventordememorias
Categoria: Heterossexual
Contém 902 palavras
Data: 02/11/2025 21:46:18
Assuntos: Heterossexual

🚗 Pneu Furado, Desejo Acendido

O calor da tarde de sexta-feira era sufocante. Eu já estava no final do meu turno e, sinceramente, exausto. O cheiro de cedro e limão do meu perfume não me aliviava mais. Liguei o ar-condicionado no máximo antes de a cliente entrar. Quando ela abriu a porta, a vi.

Seu nome no aplicativo era Carla. Uns trinta e poucos anos, cabelos escuros presos, mas com mechas soltas que emolduravam o rosto. Ela estava ligeiramente suada por causa do calor, e a brisa do meu ar-condicionado fez a blusa fina grudar levemente em seu corpo. Ela me deu um "boa tarde" com a voz rouca, e a tensão começou ali.

O carro parecia pequeno demais. Eu mantive a conversa no mínimo, mas era impossível ignorar o que estava acontecendo no espelho retrovisor. Nossos olhares se cruzavam mais do que o necessário. Ela me media, eu a media. Seus olhos tinham um brilho faminto, e eu, acostumado a decifrar a linguagem silenciosa da atração, sabia que ela estava sentindo o mesmo. Eu me sentia confiante, sim. Ela era linda, e eu sabia que ela me desejava.

Estávamos no meio de uma rua pouco movimentada quando o pfffft seco estragou meu silêncio.

— "Pneu furado…" falei, tentando manter a calma, mas com um sorriso leve. No fundo, a frustração se misturava a uma estranha excitação. Aquele imprevisto tinha acabado de criar um tempo extra, uma bolha fora da realidade.

Eu desci. O suor começou a encharcar minha camisa quase imediatamente. Enquanto trocava o pneu, senti o olhar dela em minhas costas. A camisa colava no meu peito, e eu sabia que cada movimento que eu fazia estava sendo observado. Era como se o sol daquela tarde estivesse ali só para realçar a tensão entre nós.

— "Quer ajuda?", ela perguntou.

A voz dela era música. Eu nem precisava de ajuda, mas a ideia de ela sair do carro me agradou.

— "Se quiser, só fica aí me fazendo companhia… já é suficiente," respondi.

Ela se encostou no carro, observando, mordendo de leve o canto do lábio. Começamos a conversar, coisas banais para preencher o silêncio pesado. Mas o peso da minha vida real era grande demais para ser ignorado naquela atmosfera.

— "Sou casado, mas… sabe quando as coisas esfriam?" A frase escapou, honesta e imprudente. Ficou no ar, uma confissão que era quase um convite.

Quando terminei, fechei o porta-malas e caminhei em direção a ela. Fiquei perto o suficiente para que ela sentisse meu calor, o cheiro do meu perfume agora misturado com o suor do esforço.

— "Obrigado por esperar. Muita gente já teria pedido outro carro."

— "Não tinha pressa…" ela respondeu. O jeito que ela disse, mordendo o canto do lábio, era um "sim" alto e claro para a pergunta que não tínhamos feito. Eu sorri, um sorriso que deixava claro o que eu estava imaginando.

Ela voltou para o banco de trás. Eu entrei no meu lugar. Mas em vez de ligar o carro, olhei para ela no retrovisor e senti o toque suave dos dedos dela no meu cabelo. Um arrepio subiu pela minha nuca, inegável. Parei o carro na hora. Não ia conseguir dirigir com aquela faísca acesa. Virei o rosto.

— "Fiquei arrepiado," sussurrei.

— "Arrepiei outra coisa também…," ela disse, e meu autocontrole desmoronou.

A próxima coisa que percebi foi ela deslizando do banco de trás para o da frente. Minha mão já estava em sua coxa. O carro mal parou de balançar e a mão dela desceu, sem hesitação. Ela abriu meu zíper. O membro estava duro, pulsando. Carla inclinou-se. O calor e o sabor da boca dela me atingiram. Era um prazer violento, proibido, que me fez gemer baixo.

— "Assim… continua…," murmurei, segurando firme em sua nuca, guiando-a.

Enquanto ela me levava ao limite, minha mão explorava seu corpo. Os dedos deslizaram por dentro do shorts e encontraram a calcinha, que já estava encharcada. Enfiei dois dedos, senti a umidade e a necessidade dela, e o gemido que ela soltou foi a música mais suja e deliciosa que eu já tinha ouvido. O carro balançava levemente com a intensidade da cena.

Não consegui aguentar só aquilo. Puxei-a para o meu colo. Ela montou em mim. Senti o calor da pele dela, o roce da glande na sua entrada, e com um movimento, ela me engoliu inteiro. O encaixe foi perfeito, apertado, úmido.

— "Tá tão apertadinha…" consegui dizer, antes de acelerarmos o ritmo.

Segurei firme em sua cintura, cada estocada era profunda, o som dos nossos corpos batendo ecoava. Mordi seu pescoço, sentindo o prazer crescer exponencialmente. Foi um clímax explosivo. Nossos corpos estremeceram juntos, e eu a preenchi com o calor do meu gozo.

Ficamos ali, ofegantes, em silêncio por alguns instantes, recuperando o fôlego, o cheiro de sexo e perfume misturado no ar do carro. Olhei para ela, e o sorriso era inevitável.

— "Acho que esse foi o pneu furado mais interessante da minha vida," eu disse.

Ela desceu do meu colo, arrumando a roupa. Olhei para o retrovisor, a camisa dela um pouco amarrotada, o cabelo desgrenhado, e a certeza de que algo irreversível tinha acontecido.

Quando a deixei no ponto final, olhei para ela. Ela sorriu de volta, com os olhos de quem guarda um segredo sujo e delicioso. Eu sabia que aquela "corrida" nunca apareceria no histórico do aplicativo.

Gostaria que eu escrevesse uma continuação para este conto, descrevendo o que aconteceu depois?

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