YKARO 26
Luan realmente fez, ele terminou com Stella. Parado em pé no meio do meu quarto está meu namorado. O mais perto de um namoro que eu cheguei a ter foi quando fui amante da a Ale, agora eu tenho um cara que é meu namorado, posso continuar repetindo isso varias e varias vezes e ainda é maluco pensar assim, mas o mais maluco mesmo é que nunca fui tão feliz quanto estou sendo agora.
— E ai Nego, quer beijar seu namorado?
— Quero muito — repondo já pondo minhas mãos nele.
Tiro sua camisa polo lentamente, só aí que me dou conta de que ele está com alguns arranhões na pele. Em uma rápida troca de olhares eu já sei o que aconteceu, Stella não recebeu muito bem o termino e principalmente a noticia da traição. Mas por ele ter me questionado sobre ter ficado com ela é provável que ela ainda não saiba sobre mim, acho que seria a primeira coisa que Luan me contaria se fosse o caso.
— Ela ficou muito puta comigo, tipo com razão né.
— Mas Nego agreção é foda.
— Tá tudo bem, isso não doi muito, para mim é pior saber que fui um escroto com ela.
— Eu também não gosto disso, só que nos dois erramos, não foi culpa só sua — assumo minha parcela — só que não foi intencional, o que aconteceu com a gente foi muito rápido e natural.
— Sim. só não queria que tivesse sido à custa de magoar a Stella — a gente errou, mas tenho certeza de uma coisa, Luan tem um coração muito puro, ele é doce, sensível e muito amoroso, é impossível não se apaixonada — mas Nego, eu quero que você saiba que em momento nenhum eu pensei duas vezes, ou me arrependi, o que a gente está descobrindo é novo, sim, porém nunca tive tão feliz.
— Me sinto igual, sabia.
Amar e ser amado é muito do caralho. E pensar que nunca tinha vivido essa lua de mel de início de relacionamento. Ficamos na cama — pelados — nos beijando e trocando carícias, eu adoro seu pau, ele é grosso e macio, é bom de pegar, de punhetar, fora que a forma que ele morde o lábio inferior toda vez que estou batendo uma para ele é muito safada. O saco do Luan é um espetáculo à parte, é difícil até de imaginar como tive sorte de ter um homem desse tamanha e ainda delicioso só para mim.
— Nego, me chupa — ele pede todo manhoso.
— Nem precisava pedir, já ia fazer isso.
Me coloco entre suas pernas e seguro seu pesado membro pela base, encantando seus olhos vou colocando sua pica de pouco em pouco dentro da boca. Luan nem se atreve a desviar os olhos dos meus. O sabor do seu pau é inconfundível, delicioso, o cheiro de macho que ele tem, tudo nesse homem me faz querer ser sua puta. Com o tempo ele vai se animando e seu pau vai ficando cada vez maior.
Luan segura meus cabelos e passa a foder minha boca, indo no fundo da minha garganta quase me fazendo engasgar. minhas mãos brincando com suas bolas enquanto minha língua e boca deixam seu pau úmido e bem acolhido. Sempre curti chupar e modéstia parte as mulheres sempre curtiram o meu oral, agora sinto que finalmente peguei as manhas, mesmo grande consegui dominar a arte de chupar o Luan, seus gemidos de prazer são a prova cabal de que eu mamo ele muito melhor do que qualquer mulher já tenha feito, assim como ele me chupa de uma forma única e incrível.
— Nego vou gozar nessa boquinha quentinha e gostosa.
Puta que pariu! Quase me engasgo com tanta porra descendo pela minha garganta, leitinho de macho — do meu macho! — Agora ele é meu Nego, não é mais de ninguém só meu e eu sou dele, até nosso beijo parece ter mudado, parece ter ficado mais gostoso. Tudo nele ficou melhor, o peso de ser amante sumiu, embora ainda acredite que vamos passar por uma turbulência quando nosso namoro ficar publico, ainda sim me sinto aliviado e feliz de ter feito essa escolha — de ter escolhido ele!
Ficar deitado namorando com ele é a melhor coisa do mundo, sério, a boca do Luan é sensacional. Hoje eu trabalhei bastante e nossa noite anterior já tinha sido agitada, resultado? Bem, ambos caímos no sono agora, na minha cama, no meu quarto. Essa é a terceira vez que durmo com Luan e preciso falar, quando eu durmo com ele parece que durmo melhor, é como se me sentisse acolhido e protegido, só de sentir seu cheiro e o calor do seu corpo irradiando para o meu me faz querer ficar nessa cama para sempre.
— Bom dia Nego — ele diz com a voz fraca de quem está tentando acordar, mas o sono não deixa.
— Bom dia — respondo igualmente cansado.
Estou tão relaxado que meu corpo dorme de novo, até que — “VRUUM-VRUUM” — o som do liquidificador na cozinha me faz despertar e com meu despertar vem o choque, Adriano está em casa, que horas são? Luan segue dormindo completamente alheio ao problema que temos nas mãos agora. Adriano está em casa e ele não faz ideia que o melhor amigo dele está nú na minha cama.
Puta merda, começo a sacudir ele de leve para acordá-lo — um adendo rápido, ele é muito fofo dormindo — mas voltando ao foco precisamos dar um jeito de tirar ele do meu quarto, minha janela tem grades então não é uma opção. Não tem como sair de casa sem passar pela sala, e quem está na cozinha tem uma boa visão da sala, ou seja se Adriano está na cozinha significa que ele vai ver se o Luan passar por lá, bem, ele não dormiu no quarto do Adriano, então só sobra o meu quarto, como explicar isso sem falar que estamos juntos? Pois é não faço ideia.
— Nego, acorda a gente dormiu demais, já são quase nove horas.
— Eu não trabalho hoje, Nego, tá tranquilo — ele ainda tá começando a ficar operacional.
— O problema não é esse Nego, você tá no meu quarto esqueceu?
— Verdade Nego, esse barulho o Adriano está na cozinha, caralho o que a gente vai fazer? — Agora ele acordou.
Como nada é tão ruim que não possa piorar a campainha toca, mais gente, deve ser o Breno ou o Caio, no pior dos cenários são os dois. Enquanto tento pensar no que fazer, Luan confere seu celular, por sorte está silencioso, pois o Adriano ligou para ele umas três vezes só essa manhã. Definitivamente não estamos prontos para assumir assim nosso namoro e nossa recém descoberta da bisexualidade.
— Você fica aqui, eu vou lá ver quem está aqui em casa — digo para ele que faz que sim com a cabeça.
visto uma cueca e uma bermuda, quando estou saindo do quarto, Luan faz um som estranho com a garganta, quando olho para ele tenho vontade de rir, pois seus olhos estão me fuzilando, logo eu saquei o que ele tem, então vou até o guarda roupas e pego uma camiseta, só aí sua feição melhor, ele sabe que o Caio está aqui e não me quer exibindo meu corpo na frente do maior inimigo dele, até o ciúme do meu namorado é fofo. Beijo ele antes de sair do quarto, só para ele ter certeza que só tenho olhos para ele.
Ao me aproximar da cozinha escuto a voz do Caio e do Breno, de fato estão todos aqui reunidos, isso complica um pouco as coisas, definitivamente tenho que pensar rapido em uma forma de tirar esse povo da cozinha por pelo menos uns minutos, assim Luan pode ter tempo de sair do meu quarto sem ser visto.
— Oi, desculpa amigo a gente te acordou? — Adriano pergunta assim que ver minha cara amassada de quem estava em um sono profundo.
— Não, eu já estava acordando, sem problemas.
— Bom dia, Ycaro — Breno levanta para me dar um abraço de brother e o Caio apenas me lança um aceno de cabeça.
— Tem café?
— Tem sim amigo, na garrafa — Adriano responde enquanto gira uma panqueca na frigideira sem usar uma espátula — Breno olha ai no grupo se o Luan respondeu, tô começando a ficar preocupado com ele, ele não é de dormir até tarde.
— Ai Madrinha, ele deve está com a Stella, quando ele se desocupar ele te responde.
— O visto por último dele continuar sendo de ontem a noite — escuto Breno falar e quase me engasgo com café.
— Tá vendo, na mesma hora que a Stella sai do trabalho, ele está com ela certeza — Caio se enche de certeza, quase tenho vontade de gritar na cara dele que está enganado, que Luan e Stella não existem mais, mas preciso controlar meu ciúmes.
— Você tá bem Ykaro? — Adriano diz olhando bem para minha cara — parece meio pálido.
— Só estou com um pouco de dor de cabeça — minto.
— Eita amigo, pior que estou sem comprimido, tenho até que passar na farmácia.
— Tranquilo, só tomar um café e um banho e deve passar.
— Se você quiser eu vou rapidinho na farmácia e compro para você — Adriano sempre prestativo, se não fosse pelos outros até seria uma ótima forma de resolver o meu problema.
— Não quero dar trabalho — digo.
— Não é trabalho nenhum — ele coloca a última panqueca em um prato junto com as outras que ele preparou, pela sua cara tô achando que pode até ser uma virose, faz assim, vão comendo ai que eu vou aqui na farmácia da rua de trás rapidinho, só me trocar.
Adriano não aceita meus protestos e já vai indo em direção ao quarto, Caio o acompanha, quando Breno faz menção de ir com eles no quarto eu seguro seu ombro de forma discreta, espero estarmos em uma distância “segura” e falo bem baixinho no seu ouvido.
— Me ajuda.
— O que tá acontecendo?
— Tem alguém no meu quarto que eu não quero que vocês vejam saindo daqui — digo fitando o corredor para ver se os meninos já estão voltando.
— A Pamela? — Breno pergunta assustado.
— Claro que não, dessa eu quero distância — não vou sair dessa sem ele, então respiro fundo e abro o jogo parcialmente — é um cara, lembra? Eu te falei.
— Caralho, que bom para você — Breno me parabenizá na hora em que os dois estão voltando.
— O que é bom para o Ykaro? — Caio pergunta com um olhar inquisidor.
— Eu recebi uma proposta de emprego no bar que estava trabalhando ontem — essa foi a primeira coisa que me veio à cabeça.
— Que incrível Ykaro, o lugar é ótimo mesmo e o dono é super responsável — Adriano me lembra o Luan, todo animado com a oferta, bem mais do que eu.
— É, mas eu já tenho um trabalho.
— Um trabalho ruim né — Caio diz com seu deboche de sempre — eu acho que seria ótimo ganhar mais e trabalhar menos horas.
— É o Caio, tem razão, devia pensar bem nessa proposta — Adriano diz inocente a ironia do amigo.
— Vou pensar — digo mesmo, já tenho uma descrição clara na minha mente.
— Adriano eu lembrei agora que to precisando comprar umas coisas na farmácia, eu vou você, bom que vamos de carro é mais rápido.
— Se quiser só me dizer o que você quer que eu compro — Adriano sempre tentando ser útil para todo mundo.
— Deixa disso mana, a gente vai todo mundo junto, bom que eu compro logo meu protetor solar que está acabando — graças a Deus o Caio vai precisar ir junto, já tava pensando em como iria me livrar dele.
— Vamos todos juntos, quando a gente voltar a gente come então — Breno toma a frente e vai puxando os outros dois.
Quando estão saindo eu agradeço ao Breno mentalmente, estou devendo uma para ele, esse moleque me salvou agora, ou melhor ele salvou a gente. Assim que eles saem, vou correndo para o quarto, quase na porta ouço uma conversa do Luan, provavelmente com a mãe dele.
— Deixa disso mãe — ele está falando baixo, mas pelo tom da sua voz parece muito irritado — o que? Quem falou isso para senhora?
Fico sem saber o que fazer, mas minha intuição me diz que preciso entrar no quarto pois meu nego está precisando de mim. Minha intuição não falhou, Luan está com o telefone na orelha e com a mão cobrindo os olhos, o silêncio do quarto é suficiente para ouvir os gritos da minha sogra. Eu sei que ela é crente do pior tipo que tem, deve ser muito difícil conviver com uma pessoa assim, meus pais não eram tanto quanto acho que ela seja.
— Tá bom mãe, eu estou indo para casa, ai a gente conversa — ele até tenta ser paciente, mas pelo pouco que o conheço já dá para ver que a coisa tá feia.
— O que foi Nego? — Pergunto depois que ele encerra a chamada com a mãe dele.
— Eu preciso ir para casa agora!
— Beleza, eu te levo, mas aconteceu alguma coisa? — Tô começando a ficar preocupado.
— Nada, só as loucuras da minha mãe — ele desvia o olhar do meu, tem algo rolando, mas ele não quer me contar.
— Nego, a gente combinou sem segredos, lembra?
— É então porque você não quer aceitar um emprego que claramente é melhor para você? — Eu sei que ele só está bravo com a mãe dele e que não quer descontar em mim, mas se isso veio à tona assim é porque esse assunto também está incomodando ele.
— Eu, eu — não consigo pensar em nada e também não quero mentir, mas explicar toda a verdade com ele puto da vida assim não sei se vai ser melhor.
— Pois é, sem segredos né?
— Desculpa Luan.
— Olha tá tudo bem, eu só preciso ir para casa, desculpa não quero descontar em você — ele dá dois passos na minha direção e me beija.
— Nego eu juro que vou te contar tudo, só que é complicado para mim.
— Eu sei, eu disse que ia esperar, não quero ser injusto com você, desculpa.
— Essa foi nossa primeira briga como namorados — até brigar com ele me faz sentir vivo, tipo que essa relação é real. Depois de me ouvir ele abre um sorriso lindo também.
— Eu tenho que ir.
— Eu te levo.
— Não, deixa Nego, eu pego um uber.
— Sabe que pode me contar né? — Ele me encara de forma séria e percebo minha hipocrisia, esse é um conselho que serve para mim também.
— Obrigado Nego.
Luan se vai de uber, até porque os outros podem chegar a qualquer momento — ainda bem que deu tempo — foi vacilo nosso pegar no sono, mas nem posso falar que não gostei, já que ter meu Nego dormindo agarradinho comigo é a melhor coisa do mundo. Como não estou nem um pouco afim de ficar trocando ideia com o Caio, volto para o meu quarto para dormir mais um pouco — mesmo que Luan use o mesmo perfume que eu ainda sim consigo diferenciar seu cheiro na minha cama — durmo abraçado com o travesseiro que ele usou.
Não sei que horas são, mas escuto a voz do Adriano meio exaltada vindo da sala, me levanto do susto, pelo sol entrando na minha janela meu palpite é que deve ser quase fim de tarde — dormi demais — estou faminto, mas minha prioridade agora é ver o que está acontecendo, mas antes de sair do quarto visto uma camisa de manga longa vermelha, é a primeira que encontro — afinal meu Nego não me quer desfilando sem camisa na frente do Caio, como não sei se ele está ou não aqui, achei melhor me cobrir.
Na sala Adriano está abraçando o Nathan e ambos estão chorando bastante, fico na duvida se devo me meter ou não, olhando rápido ao meu redor não vejo nem o Caio e nem o Breno, realmente não faço ideia do que eu devo fazer agora. No meio da minha confusão sou notado parado em pé no corredor.
— Ykaro! — Adriano está com os olhos vermelhos e com uma cara péssima.
— Tá tudo bem aqui?
— Está sim, desculpa, eu não queria te acordar — só ele para se preocupar em está me incomodando no meio do que parece ser uma DR.
— Sem problemas, eu vou dar privacidade a vocês.
— Eu já estou indo — Nathan que também chora copiosamente, lança um último olhar para o Adriano — por favor, promete que vai pensar no que eu te falei.
— Tá bom, mas agora é melhor você ir.
Adriano o acompanha até a porta da garagem, já que eles estão saindo vou até a cozinha e pego uma maçã — preciso mesmo mastigar algo agora. — Adriano retorna e me pegando totalmente de surpresa me abraça, um abraço forte e cheio de dor, ele não está legal e não tem muito o que eu possa fazer, mas se é um abraço que ele precisa agora eu retribuo o abraçando com toda minha força também. Estou com o coração na mão, suas lagrimas molhando minha camisa, ele não para de chorar, algo muito ruim aconteceu, mas espero até ele se recompor.
— Melhor? — Pego uma água para ele depois do nosso abraço.
— Ele é casado.
— Oi?
— Nathan é casado Ykaro, eu fui seu amante — essa frase me pega com força, eu sei exatamente o que é se apaixonar por alguém casado.
— Porra cara, mais você sabia?
— Não, não, eu jamais faria isso — me sinto meio mal, pois eu sou esse cara, que aceita ser amante.
— E aí você terminou com ele?
— Não, quer dizer nem sei, acho que sim, a gente não falou sobre isso — ele está confuso, mas é normal, vai mesmo precisar de tempo para chegar em um raciocínio coerente agora.
Adriano é sempre um cara tão feliz, tão pra cima, é uma merda que coias assim aconteçam com ele que sempre foi tão legal com todo mundo, o mundo é injusto mesmo com os justos, minha mãe sempre me dizia isso, acho que agora entendi de fato o peso que essa frase realmente possui.
— Por favor, não conte para o Caio.
— Não se preocupe com isso.
— É que você conhece ele, não tô pronto para ouvir um eu te disse ainda — a relação que o Adriano tem com Caio é muito estranha, o cara é um saco e mesmo assim meu colega de casa se mantém fiel a essa amizade.
— Ninguém pode te julgar Adriano, você não sabia, acreditar nos outros não é um defeito.
— Obrigado Ykaro, eu sei é só que eu cansei de ser feito de trouxa sabe, vejo todo mundo se abrindo para o amor e eu não tenho sorte.
— Uma hora vai acontecer, eu mesmo já estava sem esperança de me apaixonar — Adriano arregalou os olhos olhando para mim e só aí percebo que falei demais.
Adriano é tão parceiro que me acaba me deixando seguro para me abrir com ele, mas não posso contar sobre o Luan, preciso ficar um pouco mais ligado.
— Você está apaixonado?
— Sim.
— Nossa, me conta, eu conheço? Por favor me diz que não é a Stella — não quero mentir, mas falar a verdade só vai complicar as coisas.
— Não é a Stella.
— E nem a Pamela, né? Por favor Ykaro, essa gata é louca!
— É um cara, mas é só isso que eu posso dizer — meu corpo está tremendo, estou em uma caminho muito perigoso.
— Um homem? Mas você não era Hetero, tipo não tô julgando, só em choque mesmo.
— Aconteceu, não sei como explicar e nem o que eu sou agora, só por favor Adriano não posso.
— Claro, eu sou gay esqueceu, eu sei como funciona o armário, amigo fico feliz que esteja se permitindo e olha eu estou aqui para o que você precisar, eu sei que essa novidade pode assustar, vai por mim é assustador mesmo, mas estou aqui para ouvir.
— Obrigado Adriano, é um pouco assustador mesmo, tipo nunca me sentir atraído por outro homem, não dessa forma, ele é lindo e tipo tudo nele é perfeito.
— Amar é bom né amigo — me arrependo de esfregar minha felicidade em sua cara.
— Você é foda Adriano, se você olhar bem vai ver que tem gente que te valoriza da forma que você merece.
— Amigo não sei, acho que o amor não é para mim.
— Só tá dizendo isso porque está se sentindo magoado, mas acredita que vai passar — queria poder fazer mais para ajudá-lo — antes do Nego ter perdido.
— Nego, ah que lindinho já tem até apelidinho, ele te chama como?
— A gente se chama de Nego, não sei explicar, eu fico todo derretido quando ele me chama assim.
— Olha eu sei que estou com dor de cotovelo agora, mas quero que você saiba que estou muito feliz por você. Eu te achava um pouco sério demais e meio triste e ultimamente tenho percebido muitos sorrisinhos seus, fora essa sua moda de dormir fora, sabia que era uma rabo de sair, quer dizer uma cueca — nós dois caímos na risada.
— Olha de verdade, você devia dar uma chance para o amor, ele pode está bem mais perto do que você pensa — Adriano me encara pensativo, tenho quase certeza que ele está começando a ver o Breno.
— Cê deve tá com fome né, deixa eu esquentar o almoço para você, eu fiz pudim de sobremesa, eu gosto de cozinhar quando estou deprimido.
— Você devia falar com Luan pelo menos.
— Eu vou falar com eles, só não agora, agora eu vou te servir um pudim e quero ouvir tudo, como se conheceram e mais sobre ele, ele deve ser gato né, você é muito fato, com todo respeito.
— A gente se conheceu no meu trabalho, depois a gente saiu e acabou rolando, aí foi acontecendo de forma natural e sem nada planejado.
— Ai, já estou shippando muito esse casal — será que ele faria isso se soubesse que meu Nego é o Luan?
Conto um pouco mais para ele, só escondendo a identidade do meu Nego e também o fato de que ele namorava antes da gente começar a namorar, pelo menos falar um pouco sobre minha relação o distrai do próprio coração machucado. Eu quero gritar para o mundo que estou apaixonado pelo Luan, mas eu sei que isso vai levar um tempo, para mim só o fato de poder estar com ele já é perfeito para mim, de verdade Luan é tudo que eu sempre quis, mas que não sabia que precisava.
