Eu sempre soube que a vizinha via tudo. Dona Lúcia, com sua cara de santa e aqueles olhos que fingem inocência, mas que eu pego toda vez que passo pelo portão e ela está no quintal regando as plantas. Ela acha que a cerca viva esconde, mas eu vejo o reflexo da luz da janela dela se mexendo, o vulto dela parada ali, assistindo. No começo, achei que era só curiosidade de velha sozinha. Depois, percebi que era tesão. O mesmo tesão que me pega toda vez que vejo minha mulher e minha filha se entregando uma à outra.
Naquela tarde da ligação de trabalho da Carla, eu já sabia que Lúcia estava lá. Eu tinha visto a cortina dela se mexer mais cedo, quando Sofia começou a tocar Carla no sofá. Então, quando me aproximei por trás e segurei o cabelo da minha filha, eu fiz de propósito: inclinei Sofia um pouco mais para o lado da janela, abri as pernas de Carla mais ainda, como se estivesse montando um show. Eu queria que Lúcia visse bem. Queria que ela se tocasse pensando em nós, que gozasse olhando para minha família se fodendo.
Enquanto Carla gozava na mão de Sofia, eu olhei direto para a janela lateral. Lá estava ela: mão dentro da saia, rosto corado, olhos vidrados. Eu sorri para ela — um sorriso que dizia “eu sei que você tá aí, e eu gosto”. Ela tremeu e, pelo jeito que o corpo dela se curvou, eu soube que gozou junto com a Carla. Meu pau latejou na calça só de imaginar o quanto ela devia estar molhada.
Depois, quando subimos as escadas os três, eu deixei as cortinas do quarto abertas de propósito. A luz acesa, as janelas escancaradas. Eu queria que Lúcia visse o resto do espetáculo. Deitei Carla na cama, tirei a calça dela devagar, beijando as coxas enquanto Sofia se posicionava entre as pernas da madrasta. Eu entrei na Carla por trás, metendo fundo, sentindo ela apertar ao redor de mim enquanto Sofia lambia o clitóris dela. Eu sabia que Lúcia estava vendo tudo: o pau meu entrando e saindo, Sofia chupando minha mulher, Carla gemendo alto sem se importar mais com quem ouvisse.
Eu fodia mais forte toda vez que imaginava Lúcia se masturbando do outro lado da cerca. Quando gozei dentro da Carla, enchendo ela, eu olhei para a janela e vi o vulto dela se afastar rápido, como se tivesse sido pega no flagra. Eu ri baixo, beijando o pescoço da minha mulher.
“Ela viu tudo, né?”, Carla sussurrou, ainda ofegante.
“Viu. E gostou.”
Sofia riu, lambendo os lábios. “Acho que a vizinha tá precisando de companhia.”
Eu não respondi. Não preciso. Eu nunca falo sobre isso com ninguém — nem com Carla, nem com Sofia, nem com Lúcia. Mas eu uso tudo isso. Toda noite que transo com Carla, eu penso na vizinha assistindo, na minha filha me chamando de papai enquanto chupa a madrasta, e eu gozo mais forte, mais fundo.
Eu sou o marido perfeito durante o dia: sorrio para Lúcia quando a encontro na rua, ajudo a carregar as sacolas dela, digo “boa noite” educado. Mas à noite, quando as luzes da casa dela se apagam e a cortina dela fica entreaberta, eu sei que ela está lá, esperando o próximo capítulo.
E eu continuo dando o show. Porque saber que ela vê, que ela se toca pensando em nós, transforma o desejo que já era insano em algo ainda mais perigoso e delicioso.
Eu finjo que não sei. Ela finge que não vê. Mas nós dois sabemos. E isso só me deixa mais duro.