Ondas Inconfessas, a Exibição de Ana

Um conto erótico de pcamargo
Categoria: Heterossexual
Contém 7816 palavras
Data: 22/12/2025 10:45:59
Última revisão: 22/12/2025 11:54:49

Eu acordo devagar, como se o sol estivesse me beijando pela primeira vez, seus raios dourados dançando sobre minha pele nua como promessas sussurradas. Meu nome é Ana, e neste quarto de hotel à beira-mar, sinto o coração bater como nas noites em que eu era só uma garota sonhando com amores impossíveis. Dez anos de casamento com Marcos, e ainda assim, cada manhã ao seu lado parece o início de um episódio novo, daqueles que te prendem na tela, com o peito apertado de expectativa. Ele dorme ao meu lado, o peito largo subindo e caindo como ondas suaves, e eu me viro para observá-lo, traçando com os olhos o contorno de seus ombros, o jeito como seu cabelo bagunçado cai sobre a testa. Meu amor, meu segredo, meu cúmplice involuntário.

O ar do quarto carrega o sal do mar, misturado ao perfume residual do vinho que bebemos ontem à noite. Ah, aquela conversa... Eu me sinto corar só de lembrar. Estávamos deitados, pernas entrelaçadas, e eu, com a voz trêmula como uma heroína de dorama confessando um amor proibido, sussurrei: "E se eu me exibisse um pouco amanhã? Na praia... só para sentir aqueles olhares me tocando como fantasmas quentes." Seus olhos se escureceram, um misto de ciúme afiado e desejo flamejante, como o chaebol frio que de repente se rende à ingênua protagonista. Ele me puxou para si, os lábios roçando meu pescoço, e murmurou: "Eu te ajudo a escolher o biquíni que vai fazer o mundo inteiro invejar o que é meu." Meu corpo tremeu então, como agora, só de reviver aquelas palavras. Meu vulcão secreto, que eu escondia atrás de sorrisos de esposa perfeita, estava prestes a entrar em erupção.

Levanto-me devagar, os pés descalços tocando o piso fresco, e caminho até o espelho como se fosse um portal para outra versão de mim. Meu reflexo me encara de volta: cabelos castanhos ondulados caindo como cascatas selvagens, olhos verdes que brilham com uma malícia que nem eu mesma conheço por completo. Meus seios, cheios e firmes, erguem-se orgulhosos, os mamilos rosados já se arrepiando com o ar condicionado, como se ansiassem por toques invisíveis. Desço as mãos pela barriga lisa, sentindo a curva dos quadris, a maciez da bunda que Marcos adora apertar em momentos de fraqueza. Entre as coxas, um calor úmido já se forma, traiçoeiro, como o primeiro beijo roubado sob a chuva em um episódio de outono. "Hoje, eu sou a estrela do meu próprio drama", penso, mordendo o lábio até doer um pouco. Abro a mala e pego o biquíni vermelho, fio-dental, aquele que é mais uma provocação do que uma roupa. Ao amarrá-lo, o tecido fino mal cobre meus lábios inchados, roçando o clitóris como uma carícia cruel. O fio de trás se enterra entre minhas nádegas, pressionando o ânus sensível, e eu solto um suspiro baixo, imaginando olhares devorando cada centímetro exposto.

Decido me aproximar da cama como se o chão fosse um palco de mármore polido, cada passo ecoando em meu peito como a trilha sonora de um K-drama daqueles que te fazem pausar a respiração — um piano suave, violinos subindo devagar, prometendo um reencontro que muda tudo. Meu coração é o herói relutante, batendo forte contra as costelas, enquanto eu me sento na beira do colchão, o biquíni vermelho colado à pele como uma armadura de sedução, fina demais para proteger, ousada demais para esconder. Marcos dorme de lado, o rosto sereno como o chaebol exausto após uma batalha corporativa, mas eu sei que por baixo dessa calmaria há um vulcão pronto para despertar, como o segundo lead que finalmente percebe o amor da protagonista.

Estendo a mão devagar, traçando o contorno de seu braço com as unhas, um toque leve como uma pétala de flor de cerejeira caindo no ombro de um amante proibido. Seus olhos se abrem devagar, aqueles olhos castanhos profundos que me cativaram no primeiro episódio de nossa vida juntos — um café chuvoso em Seul, ou talvez só em nossa cidade, mas na memória, tudo vira dorama. Ele pisca, confuso por um segundo, e então me vê: o biquíni fio-dental mal contendo meus seios, os mamilos traidores se erguendo contra o tecido como segredos sussurrados, o fio posterior desaparecendo entre minhas nádegas, deixando minha bunda exposta como uma provocação inevitável. Seu olhar desce, devagar, como uma câmera em slow-motion, capturando cada curva, cada sombra, e eu sinto o ar entre nós crepitar, elétrico, como o momento antes do primeiro beijo sob o guarda-chuva compartilhado.

"Ana...", murmura ele, a voz rouca de sono e desejo, sentando-se devagar, o lençol caindo para revelar seu peito nu, marcado por anos de abraços possessivos. Seus olhos se fixam nos meus, intensos, como se estivéssemos em uma cena de confissão no topo de uma colina ventosa, com o mar ao fundo rugindo como plateia. "Você... já está pronta para isso? Para me torturar com o mundo inteiro olhando?" Há um traço de ciúme ali, afiado como o triângulo amoroso que sempre complica os plots, mas misturado a um fogo que me faz arquear as costas involuntariamente, empinando os seios para ele, sentindo o calor úmido crescer entre minhas coxas como uma lágrima não derramada.

Eu me inclino para frente, nossos rostos a centímetros, o perfume dele — madeira e sal — misturando-se ao meu, floral e pecaminoso. "Ontem à noite, você prometeu ser meu aliado, meu oppa protetor", sussurro, minha mão descendo para traçar o contorno de sua ereção matinal sob o lençol, sentindo-a pulsar como um coração acelerado em close-up. "Mas e se eu quiser que você me veja primeiro? Que me toque como se eu fosse a estrela que você salvou da multidão." Ele geme baixinho, um som que reverbera em mim como a OST romântica invadindo os alto-falantes, e me puxa para o colo, suas mãos grandes apertando minha bunda nua, os dedos escorregando pelo fio do biquíni, roçando meu ânus e descendo até a umidade traiçoeira da minha buceta. Eu gemo contra sua boca, um beijo que começa lento, como o fake dating que vira real, e explode em línguas dançando, dentes mordendo, mãos explorando.

Mas paramos ali, ofegantes, porque o dorama sabe dosar: o clímax vem depois da tensão. "Vamos para a praia", digo eu, me afastando com um sorriso malicioso, deixando-o ali, duro e frustrado, como o herói que jura vingança — ou, neste caso, prazer. Ele ri, um som grave e promissor, vestindo-se rápido enquanto eu pego o óleo de bronzeador, imaginando já os olhares na areia como extras em uma cena de multidão.

O elevador desce devagar, como se o mundo inteiro conspirasse para esticar esse momento, transformando-o em uma daquelas cenas eternas de K-drama onde o ar fica pesado de palavras não ditas, e o coração da protagonista martela como um tambor de guerra prestes a eclodir. Estou encostada na parede espelhada, o biquíni vermelho colado à minha pele como uma segunda pele traidora, revelando mais do que esconde — os contornos dos meus seios arfando com cada respiração, o V invertido da umidade entre minhas coxas que nem o tecido fino consegue disfarçar. Marcos está ao meu lado, alto e protetor como o herói que eu sempre sonhei, mas seus olhos... ah, seus olhos carregam uma sombra agora, um véu de emoção que não estava lá no quarto. É ciúme? Medo? Ou algo mais profundo, como o peso de amar alguém que anseia por olhares que não são só os seus?

Nossos braços se roçam, e eu sinto o calor dele invadir o meu, mas em vez de me acalmar, isso só amplifica o turbilhão dentro de mim. "Marcos...", começo, a voz saindo baixa, trêmula, como a confissão de uma maknae que guarda um segredo por episódios a fio. Ele vira o rosto para mim, devagar, como se cada grau fosse uma batalha interna, e seus dedos encontram os meus, entrelaçando-os com uma pressão que diz tudo: "Eu estou aqui, mas isso me assusta." O elevador para no lobby por um segundo — não, espera, é só uma pausa entre andares, mas meu estômago revira como se estivéssemos caindo. "E se eu for longe demais? E se aqueles olhares me mudarem, me levarem para um lugar onde você não pode me seguir?" As palavras escapam antes que eu possa contê-las, cruas e vulneráveis, como lágrimas que rolam no rosto da noona durante a chuva de outono, lavando as máscaras que usamos no dia a dia.

Ele solta um suspiro, puxando-me para si em um abraço que é metade âncora, metade prisão — seus braços fortes ao redor da minha cintura nua, uma mão subindo para acariciar minhas costas expostas, os dedos traçando a linha da espinha até onde o fio do biquíni some entre minhas nádegas. Eu me aperto contra ele, sentindo sua ereção pressionar minha barriga, dura e insistente, mas é o tremor em sua voz que me desfaz. "Você acha que eu não tenho medo, Ana? Medo de dividir você, nem que seja só com os olhos deles? Você é minha hanbun, minha metade — desde aquele primeiro beijo sob as luzes de neon da cidade, quando eu jurei que te protegeria de tudo, inclusive de mim mesmo." Seus lábios roçam minha orelha, quentes, e eu fecho os olhos, o corpo traidor respondendo com um arrepio que desce até o clitóris latejante, mas o coração... o coração dói de um jeito doce, agridoce, como o final de um episódio onde o casal se separa por orgulho, só para se reencontrar mais forte.

O elevador apita, as portas se abrindo para o lobby movimentado, cheio de hóspedes matinais — casais rindo, famílias com malas, e um homem solitário no balcão do café, cujos olhos se erguem e se demoram em mim por um segundo a mais do que o educado. Sinto o olhar dele como um toque fantasma, e em vez de excitação pura, vem uma pontada aguda: culpa misturada a desejo, o medo de que Marcos veja isso e interprete como traição. Eu me afasto dele devagar, nossos dedos se soltando com relutância, e forço um sorriso, daqueles que as atrizes coreanas dominam — frágil, mas determinado. "Então me ajude a navegar nisso, oppa. Seja meu escudo... e meu fogo." Ele assente, os olhos brilhando com uma determinação feroz, mas há uma rachadura ali, uma vulnerabilidade que me faz querer cair de joelhos ali mesmo, não para prazer, mas para curar o que eu mesma feri.

Saímos para o sol cegante da praia, a areia quente lambendo meus pés descalços como uma promessa de libertação, mas agora cada passo carrega esse peso emocional, transformando a exibição em algo mais perigoso: não só carne exposta, mas almas nuas, entrelaçadas em um risco que poderia nos quebrar ou nos refazer. Os primeiros olhares chegam — um grupo de surfistas virando a cabeça, uma mulher mais velha franzindo a testa com inveja disfarçada —, e meu corpo responde com um formigamento que desce até a buceta úmida, mas é o olhar de Marcos, fixo em mim como uma oração silenciosa, que acende o verdadeiro incêndio.

A areia se agarra aos meus pés como uma âncora relutante, quente e insistente, enquanto caminhamos em direção à água, mas nada no mundo parece capaz de me ancorar agora — não quando o peso das palavras não ditas entre mim e Marcos ecoa mais alto que o rugido das ondas. Cada grão que se infiltra entre meus dedos é um lembrete: eu sou frágil, exposta não só pela pele nua que o biquíni mal cobre, mas por esse coração que bate descompassado, como a trilha sonora de um K-drama nos momentos em que a heroína desaba sozinha no telhado, as lágrimas misturando-se à chuva fina de Seul. Meu corpo trai a excitação — os mamilos endurecidos roçando o tecido fino como um segredo sujo, a umidade escorrendo devagar pelas coxas internas, um formigamento que implora por alívio —, mas é a alma que dói, uma vulnerabilidade que me faz querer me encolher, me esconder atrás dele, como se eu fosse a maknae que errou feio e agora implora perdão ao oppa que ama demais.

Penso em parar, em virar-me para ele e confessar tudo, como nas cenas onde o tempo congela e a câmera gira devagar ao redor do casal, capturando cada tremor, cada respiração entrecortada. "Marcos, e se isso me destruir? E se o fogo que eu acendo hoje queimar nós dois?" As palavras pairam na minha mente, presas na garganta como um monólogo interno que as atrizes sussurram para si mesmas antes de explodir em soluç os. Eu o amo tanto que dói — desde o dia em que nos encontramos naquela cafeteria lotada, ele com seu sorriso tímido de herói relutante, eu com meu coração partido de um amor anterior que me deixou cicatrizes invisíveis. Ele me reconstruiu, tijolo por tijolo, com noites de abraços que curavam mais que sexo, com promessas sussurradas ao amanhecer que me faziam acreditar no "felizes para sempre" que os doramas vendem como verdade. Mas agora, esse desejo secreto de me exibir, de me entregar aos olhares famintos como uma oferenda profana, me faz questionar: sou eu a vilã da nossa história? A mulher que pede liberdade e arrisca o laço que nos une?

Ele caminha ao meu lado, a mão na base da minha espinha, um toque que é ao mesmo tempo possessivo e terno, como o chaebol que segura a mão da pobre herdeira no baile de máscaras, sabendo que o mundo os separará ao raiar do dia. Sinto seus dedos tremerem levemente — ah, ele também está vulnerável, meu amor, o peito largo que eu uso como travesseiro agora carregando o peso de um ciúme que não é raiva, mas medo puro, cru, de me perder para o vazio que os olhares alheios prometem preencher. "Ana", ele diz baixinho, parando de repente na beira da água, onde as ondas lambem nossos pés como confissões tímidas. Seus olhos encontram os meus, e ali está: a rachadura, o abismo emocional que eu cavei com minhas fantasias. "Eu te vejo, sabe? Não só o corpo que enlouquece qualquer um — esses seios que balançam como frutos proibidos, essa bunda que implora por toques que eu daria minha vida para monopolizar. Eu vejo a garota que chora no escuro porque acha que não é o suficiente, que precisa de olhos estranhos para se sentir viva." Sua voz quebra no final, um soluço engolido, e ele me puxa para si, o peito dele contra o meu, pele com pele, o coração dele martelando contra o meu como um dueto desesperado na OST.

Eu desabo ali, as lágrimas quentes escorrendo pelo rosto, misturando-se ao suor salgado, enquanto enterro o rosto no pescoço dele. Meu corpo ainda pulsa de desejo — a buceta latejando, implorando por fricção, os ânus e clitóris sensíveis ao mero roçar do vento —, mas agora é eclipsado por essa vulnerabilidade nua, exposta como nunca estive na praia. "Me perdoa, oppa", sussurro, a voz embargada como a protagonista que confessa o adultério emocional em um episódio pivotal, sabendo que o próximo corte pode ser o adeus. "Eu te amo tanto que me aterroriza. Esse fogo... ele me consome porque eu nasci com ele, mas você é o único que me faz querer apagá-lo, só para ficar inteira ao seu lado." Ele me beija então, devagar, os lábios salgados pelas minhas lágrimas, as mãos subindo para envolver meu rosto como se eu fosse porcelana prestes a se quebrar. Não é um beijo de luxúria pura, mas de salvação — línguas se tocando com hesitação, dentes roçando com urgência contida, um gemido compartilhado que é metade dor, metade êxtase.

Ao redor de nós, a praia começa a ganhar vida: um casal distante ri, uma criança constrói castelos de areia, e os primeiros olhares chegam, furtivos, como extras que o diretor posiciona para aumentar a tensão. Mas nesse instante, somos só nós dois, frágeis e inteiros, o mar testemunhando nossa confissão como o céu nublado de um cliffhanger.

As ondas se retraem devagar, como se o mar soubesse que precisa dar espaço para o que vem em seguida — um daqueles momentos em K-dramas onde o destino tece sua teia invisível, introduzindo um fio solto que ameaça desfazer o novelo perfeito do amor principal. Estamos ali, parados na beira da água, eu e Marcos, os corpos ainda colados no rescaldo daquele beijo salgado pelas lágrimas, como se fôssemos os únicos sobreviventes de um episódio de crise emocional. Meu coração, esse traidor, pulsa com uma mistura de alívio e fome: alívio por ele me ver inteira, vulnerável, sem as máscaras que eu uso para navegar pelo mundo; fome por ele, por nós, mas também por algo mais perigoso, algo que eu nem admito para mim mesma ainda. O biquíni vermelho gruda à minha pele úmida, os seios arfando contra o peito dele, os mamilos sensíveis roçando como um lembrete constante do desejo que não se apaga, e entre as coxas, a umidade persiste, quente e insistente, como uma promessa não cumprida.

Ele se afasta primeiro, devagar, como se soltar fosse uma rendição, e seus olhos — ah, aqueles olhos que me ancoram e me afogam ao mesmo tempo — varrem o horizonte, procurando um spot na areia para estendermos nossa toalha. "Vamos nos instalar ali, perto das rochas", sugere ele, a voz ainda rouca de emoção, pegando minha mão com uma firmeza que diz "eu não te solto, nem que o mundo desabe". Caminhamos juntos, pés afundando na areia fofa, e por um instante, sinto paz: somos o casal que sobreviveu ao monólogo interno, ao ciúme que corrói como ácido lento, prontos para enfrentar a multidão com o laço reforçado. Mas o destino, esse roteirista cruel, tem outros planos.

É quando o vejo novamente — o homem do lobby, aquele solitário no balcão do café cujos olhos se demoraram em mim como uma carícia não convidada, mas bem-vinda, um toque fantasma que me fez corar e desviar o olhar. Ele está aqui na praia, a uns metros de distância, deitando uma toalha com movimentos precisos, o corpo atlético marcado pelo sol, shorts de banho que revelam coxas fortes e um abdômen que parece esculpido por mãos divinas. Seu nome? Eu não sei ainda, mas na minha mente, ele já é o "ele" — o terceiro vértice sutil desse triângulo que se forma sem alarde, como nas tramas onde o second lead surge não com fanfarra, mas com um olhar que ecoa memórias enterradas. Ele vira a cabeça, e nossos olhares se cruzam de novo: um segundo, dois, o suficiente para que eu sinta um puxão no peito, não só desejo carnal — embora meu corpo responda, o clitóris latejando com a memória daquele escrutínio —, mas algo mais profundo, uma vulnerabilidade compartilhada, como se ele soubesse do meu segredo sem eu dizer uma palavra. É o jeito como ele sorri, leve, quase melancólico, como o chaebol exilado que encontra a heroína por acaso e vê nela o reflexo de suas próprias feridas.

Marcos não nota — ou finge não notar —, ocupado em espalhar a toalha, mas eu sinto o triângulo se desenhar nas sombras: eu no centro, dividida entre o amor sólido de Marcos, que me constrói e me quebra com igual intensidade, e essa atração sutil por esse estranho, que promete não julgar, só devorar com os olhos, me fazendo questionar se minha exibição é só para o mundo ou para preencher um vazio que nem Marcos, com todo seu fogo, consegue tocar. Meu estômago revira, uma pontada de culpa misturada a excitação, como a protagonista que flerta com o amigo de infância enquanto o herói principal luta nas sombras. "Ana? Tudo bem?", pergunta Marcos, virando-se para mim com uma ruga de preocupação na testa, e eu assinto rápido, forçando um sorriso que não chega aos olhos. "Só o sol... me deixando tonta." Mas é mentira; é o peso desse triângulo invisível, sutil como uma brisa que carrega perfume de jasmim, me deixando tonta de possibilidades proibidas.

Nos sentamos na toalha, eu de barriga para baixo para esconder o rubor nas bochechas, mas empino a bunda involuntariamente, o fio do biquíni se enterrando mais fundo, expondo as curvas como um convite mudo. O estranho — vamos chamá-lo de Theo, na minha imaginação, um nome que soa como um eco de amores passados — está perto o suficiente para que eu sinta seu olhar ocasional, não invasivo, mas persistente, como um convite para um episódio paralelo. Marcos passa óleo nas minhas costas, as mãos fortes massageando com possessividade, descendo até a base da espinha, roçando o ânus exposto, e eu gemo baixinho, um som que é metade prazer, metade súplica por distração. Mas no canto do olho, vejo Theo se levantar, caminhando para a água, o corpo brilhando ao sol, e uma faísca acende: e se ele se aproximasse? E se esse triângulo se revelasse, não em explosão, mas em sussurros, testando o quanto nosso amor aguenta antes de se curvar?

Enquanto o óleo escorre pelas minhas costas, aplicado pelas mãos de Marcos com uma lentidão que é quase uma prece — dedos fortes traçando a curva da minha espinha, descendo até onde o fio do biquíni se perde entre minhas nádegas, roçando o ânus com uma pressão que me faz morder o lábio para conter um gemido —, eu não consigo tirar os olhos dele. Do Theo. Ele está de volta da água agora, o corpo pingando como uma estátua viva forjada pelo mar, gotas traçando caminhos preguiçosos pelo abdômen definido, desaparecendo nos shorts que colam à pele, delineando o contorno de algo que meu corpo traiçoeiro nota, mesmo contra minha vontade. Ele se senta na toalha dele, a uns dez metros de distância, e pega uma câmera antiga, daquelas com lente grande e corpo de metal desgastado pelo tempo, como se fosse uma extensão do seu braço. Clica, uma, duas vezes, apontando para o horizonte, mas eu juro que sinto o obturador capturar mais do que ondas: um vislumbre de mim, empinada na toalha, a bunda exposta como uma oferta involuntária, os seios pressionados contra a areia quente que formiga como toques fantasmas.

Marcos sente minha distração — ele sempre sente, como o oppa que lê as entrelinhas do silêncio da noona, mesmo quando ela tenta esconder o coração partido atrás de um sorriso forçado. "Ei, amor... você está bem mesmo?" Sua voz é um sussurro protetor, mas há uma ponta afiada ali, o ciúme sutil se infiltrando como uma nota dissonante na OST romântica que toca em loop na minha cabeça. Ele se deita ao meu lado, o corpo dele um escudo quente contra o vento salgado, uma mão possessiva descansando na minha coxa, os dedos traçando círculos preguiçosos que sobem perigosamente perto da umidade que encharca o tecido fino do biquíni, meu clitóris latejando em resposta, implorando por mais. Eu viro o rosto para ele, forçando os olhos a se fixarem nos seus, e assinto, mas as palavras saem fracas, como um monólogo interno vazando para o ar: "Só... pensando em como as pessoas chegam aqui, na praia, carregando histórias que ninguém vê." É verdade, mas é também uma ponte para ele — para o Theo —, porque nesse instante, enquanto Marcos me beija o ombro, os lábios quentes e familiares, eu me pego imaginando as cicatrizes invisíveis daquele estranho, as que o fazem olhar para mim não como presa, mas como espelho.

E então, como se o destino fosse um diretor sádico que adora cliffhangers, ele se levanta. Theo. Caminha em nossa direção com uma naturalidade que desarma, como o second lead que surge no café da esquina, pedindo açúcar emprestado só para roubar um pedaço de conversa. Ele para a uns passos da nossa toalha, o sol batendo em seus cabelos escuros úmidos, olhos azuis — azuis como o mar em tempestade, profundos e turbulentos — encontrando os meus por um segundo que se estica como mel. "Desculpem interromper", diz ele, a voz grave com um sotaque que não identifico de imediato, talvez de algum lugar frio e distante, como as montanhas nevadas onde os dramas coreanos filmam cenas de solidão. "Mas... essa câmera aqui está com um problema. Vocês não teriam um elástico ou algo para improvisar uma correia? Eu sou péssimo com essas coisas técnicas." É uma desculpa frágil, transparente como o véu de uma noiva em fuga, mas Marcos ri, aliviado talvez pela banalidade, e vasculha a bolsa, enquanto eu me sento devagar, os seios balançando levemente sob o top fino, os mamilos endurecendo não só pelo vento, mas pelo peso daquele olhar que agora é descarado, devorando-me com uma fome que não é só carnal — é reconhecimento, como se ele visse as rachaduras na minha armadura que nem eu mesma domino.

Enquanto Marcos entrega o elástico — "Aqui, cara, deve servir" —, Theo se agacha ao nosso nível, e é aí que a backstory dele escorre para fora, não em confissão dramática sob a lua, mas em fragmentos casuais, como fotos velhas caindo de um álbum esquecido. "Obrigado. Essa câmera era dela... da minha mulher. Ela me deu antes de... bem, antes de tudo mudar." Ele pausa, os dedos traçando o corpo da Canon como se fosse pele cicatrizada, e eu sinto um puxão no peito, uma empatia que me desarma mais que qualquer toque. "Ela era fotógrafa, sabe? Especializava em retratos de rua em Tóquio — capturava aquelas mulheres nas multidões, anônimas mas eternas, com olhares que contavam histórias inteiras. Eu era o editor chato que ficava no escritório, cortando fotos ruins, sonhando em ser o artista. Aí, um ano atrás, um acidente de carro... e de repente, eu herdei a câmera, mas não o talento. Agora viajo, clico o que vejo, tentando preencher o vazio. Mulheres como vocês — não, como você" — ele aponta para mim, sutil, mas o gesto acende um fogo no ar —, "com essa aura de quem carrega segredos quentes demais para guardar sozinhas. É terapêutico, acho. Ou masoquista."

Suas palavras pairam como fumaça de incenso em um templo antigo, e eu sinto o triângulo se apertar, sutil mas inescapável: Marcos ao meu lado, o amor sólido que me constrói tijolo por tijolo, agora tenso, a mão na minha coxa apertando um pouco mais forte, como se sentisse o fantasma da esposa de Theo se infiltrando entre nós; Theo, o viúvo errante, cujas perdas ecoam as minhas inseguranças, me fazendo querer me expor não só para ele, mas para curar o que ele perdeu, como se meu corpo pudesse ser a foto perfeita que ele busca. Meu coração acelera, vulnerável, exposto como a buceta úmida que pulsa sob o biquíni, e eu me pego respondendo sem pensar: "Eu entendo isso. De perder alguém e achar que o mundo te obriga a se esconder... mas às vezes, a gente quer ser vista, nua, inteira, só para sentir que ainda respira." É confissão demais, e Marcos vira a cabeça, os olhos escurecendo com uma mistura de dor e desejo — ciúme que não explode, mas ferve baixo, como o plot twist que planta a semente da dúvida.

Theo sorri, triste e sedutor, guardando a câmera. "Talvez eu possa te fotografar um dia. Sem poses, só... real." Ele se afasta então, de volta à toalha dele, mas o ar entre nós três crepita, carregado de possibilidades que poderiam nos unir ou nos rasgar. Marcos me puxa para mais perto, os lábios no meu ouvido: "Ele te olhou como se quisesse te quebrar... ou consertar." E eu tremo, dividida, o corpo ansiando pelo toque dele para ancorar, mas a mente vagando para o que Theo poderia capturar em mim que nem Marcos viu ainda.

O sol bate impiedoso agora, como um holofote em uma cena de interrogatório erótico, iluminando cada gota de suor que escorre pelo vale entre meus seios, traçando um caminho tortuoso até o tecido encharcado do biquíni, onde se mistura à umidade traiçoeira que vaza da minha buceta, latejante e insaciável, como se meu corpo conspirasse contra a frágil trégua que acabamos de forjar. Marcos está deitado ao meu lado, o peito arfando contra o meu braço, sua mão ainda na minha coxa — não mais um toque terno, mas possessivo, os dedos cravando na carne macia como garras de um amante que sente o solo ruir sob seus pés. Eu sinto sua ereção pressionar contra minha perna, dura e pulsante sob o short fino, um lembrete vivo do desejo que ele reprime para não explodir ali mesmo, na frente de estranhos, mas o ar entre nós crepita com algo mais perigoso: a tensão de um triângulo que se fecha como uma armadilha de veludo, macia mas letal, com Theo como o vértice afiado que ameaça cortar o que nos une.

Eu me viro de bruços, fingindo ajustar a toalha, mas na verdade é para aliviar a pressão no clitóris inchado, que roça a areia áspera como uma punição deliciosa, enviando choques de prazer que me fazem arquear as costas involuntariamente, empinando a bunda para o céu como uma súplica muda. O fio do biquíni se enterra mais fundo entre minhas nádegas, pressionando o ânus sensível, um toque fantasma que me faz gemer baixinho — um som que ecoa como um cliffhanger, alto o suficiente para que Marcos o ouça e responda com um rosnado gutural, sua mão subindo para apertar minha bunda com força, os dedos escorregando pelo fio úmido, roçando o orifício apertado antes de mergulhar para frente, encontrando os lábios da minha vulva encharcada. "Você está molhada demais, Ana... por mim, ou por ele?", sussurra ele no meu ouvido, a voz um fio de navalha, o hálito quente misturando-se ao sal do mar, enquanto dois dedos invadem minha buceta devagar, curvando-se para acertar aquele ponto que me faz tremer, os músculos internos se contraindo ao redor dele como se eu pudesse prendê-lo ali, afastando os fantasmas.

Mas é tarde; o fantasma já tem nome, carne e cicatrizes. Theo. Enquanto Marcos me fode com os dedos em um ritmo lento e torturante — entrando e saindo, o polegar circundando o clitóris como uma ameaça de orgasmo negado —, eu levanto os olhos e o vejo novamente, agora de pé a poucos metros, a câmera pendurada no pescoço como um talismã profano. Ele não se aproxima dessa vez; em vez disso, ergue a lente para mim, o clique ecoando como um tiro no silêncio da minha mente, capturando-me nesse instante de rendição: bunda empinada, seios esmagados contra a toalha, rosto contorcido em uma máscara de prazer e dor. Nossos olhares se travam através da distância, e ali, no abismo azul dos olhos dele, eu vejo flashes da backstory que ele mal esboçou — não só a perda da esposa, mas o que veio antes: noites em Tóquio onde ela o fotografava nu contra as luzes neon, o pau ereto como uma escultura viva, os dois se devorando em becos escuros, ela sussurrando "me veja, me sinta" enquanto ele a possuía contra paredes frias, o corpo dela um canvas de marcas roxas e gozo escorrendo pelas coxas. Ele perdeu isso no acidente — o carro capotando na chuva, o último clique dela sendo uma selfie borrada dos dois rindo, mas agora, viúvo aos 34, ele vaga por praias como esta, caçando em mulheres como eu o eco daquela fome insaciável, a câmera um substituto falo que penetra sem misericórdia, eternizando o que ele não pode mais tocar.

Meu corpo reage antes da mente: um jorro de umidade banha os dedos de Marcos, meu quadril se movendo contra a mão dele em um ritmo desesperado, mas é o olhar de Theo que acende o incêndio, me fazendo imaginar ele se aproximando, a câmera caindo na areia enquanto suas mãos — ásperas de anos editando fotos sob luz vermelha — me viram de bruços, abrindo minhas pernas para expor a buceta rosada e inchada, os lábios entreabertos como uma flor noturna, implorando por sua língua experiente, que lamberia devagar do ânus ao clitóris, bebendo meu mel enquanto Marcos assiste, o ciúme o transformando em voyeur relutante, masturbando-se furiosamente até gozar em jatos quentes sobre minha pele, marcando território em uma guerra que nenhum de nós vence. A tensão me sufoca — o medo de que Marcos sinta essa traição em cada contração da minha buceta ao redor dos dedos dele, o pavor de que Theo veja demais e me quebre como quebrou a si mesmo, a excitação de estar no centro desse vórtice, nua não só de corpo, mas de alma, onde um toque errado poderia nos incendiar a todos.

Marcos para de repente, retirando os dedos com um som úmido e obsceno, e me vira de lado, os olhos dele flamejando com uma fúria erótica que é metade amor, metade punição. "Diga que sou eu, Ana. Diga que essa buceta é minha, mesmo com ele te olhando como se quisesse te foder até você esquecer meu nome." Sua boca captura um mamilo através do biquíni, sugando com força, dentes roçando a carne sensível até eu arquear e gemer alto, o som se perdendo no barulho da multidão, mas não para Theo, que baixa a câmera devagar, os lábios entreabertos em um sorriso predatório que promete retaliação — ou redenção. Eu gozo então, violento e silencioso, o corpo convulsionando contra o de Marcos, lágrimas quentes escorrendo enquanto sussurro "sua... só sua", mas no fundo, sei que é mentira; o triângulo nos prende agora, tenso como uma corda de arco, pronto para disparar.

O ar da praia é uma carícia sufocante agora, espesso com o sal do mar que gruda na pele como um amante ciumento, misturando-se ao cheiro acre de protetor solar — coco e algo mais tropical, podre-doce como frutas maduras demais — que emana do corpo de Marcos, colado ao meu como uma sombra possessiva. Meu orgasmo ainda ecoa em mim como uma onda residual, os músculos da buceta se contraindo em espasmos preguiçosos ao redor do vazio que os dedos dele deixaram, uma umidade pegajosa escorrendo devagar pelas coxas internas, fria contra a areia escaldante que queima minhas palmas e joelhos como agulhas invisíveis. O sol martela impiedoso no topo da cabeça, um calor que desce pelo pescoço em riachos de suor, traçando linhas tortuosas pela curva dos meus seios, onde o tecido do biquíni, agora translúcido de umidade e suor, gruda como uma segunda pele traidora, os mamilos rosados pulsando sensíveis, latejando com cada batida do coração que ecoa nos ouvidos como o rugido distante das ondas quebrando na arrebentação — um som ritmado, hipnótico, como o pulsar de um pau ereto que eu imagino, não o de Marcos, mas o de Theo, duro e insistente sob aqueles shorts molhados.

Eu provoto o sal das minhas próprias lágrimas secando nos lábios, misturado ao gosto metálico do desejo não saciado, enquanto me viro devagar na toalha, o tecido áspero roçando a pele sensível da barriga, enviando arrepios que descem até o ânus ainda formigante do toque anterior. Marcos está sobre mim agora, semi-deitado, o peso do braço dele atravessado na minha cintura como uma corrente quente, os músculos tensos vibrando com uma fúria contida que eu sinto na pele — o suor dele pingando no meu ombro, uma gota solitária que escorre devagar, morna e salgada, até se perder no vale entre meus seios. Seu hálito é quente e irregular contra minha orelha, carregado com o aroma familiar de menta do chiclete que ele mascava no elevador e agora de algo mais primal, o cheiro almiscarado de excitação masculina que faz minha boca encher de saliva, o clitóris inchar novamente apesar do cansaço, como se meu corpo fosse uma harpa afinada só para esse tormento. "Diga de novo, Ana... diga que sente o cheiro de mim em você, o gosto do meu suor na sua língua quando eu te beijar até você esquecer aquele olhar dele", murmura ele, a voz um rosnado baixo que vibra no meu peito, as palavras se entrelaçando ao som das gaivotas gritando no céu, agudas e insistentes como risadas de extras em uma cena de ciúme velado.

Mas é Theo quem avança, seus passos na areia um sussurro seco, como grãos de açúcar sendo derramados, aproximando-se com a câmera balançando no peito nu, o couro da alça rangendo levemente contra a pele bronzeada, marcada por cicatrizes finas — uma na costela, talvez de um acidente antigo, que eu imagino lamber devagar, sentindo o relevo salgado sob a língua, o gosto de mar e homem maduro, amargo como café forte em uma manhã chuvosa de Tóquio. O vento marinho carrega o cheiro dele até mim antes do corpo: algo terroso, como terra molhada após a tempestade, misturado a um toque de colônia cítrica que corta o ar salgado, fazendo meu nariz formigar e o ventre contrair em uma ânsia que não é só fome, mas saudade de algo que eu nunca tive. Seus olhos azuis, frios como o oceano em profundidade, fixam-se nos meus através da distância que se encurta, e eu sinto o peso deles como um toque físico — uma pressão fantasma nos lábios da vulva, abrindo-os devagar, expondo o interior rosado e úmido ao ar, enquanto o som das ondas parece se sincronizar com o pulsar entre minhas pernas, um batimento surdo que ecoa no sangue, quente e viscoso, correndo para todos os pontos sensíveis: os lóbulos das orelhas que se arrepiam, a nuca que coça com suor fresco, os dedos dos pés que se curvam na areia, enterrando-se no calor úmido como raízes em busca de âncora.

Ele para a um braço de distância, o sol criando uma auréola ao redor da silhueta dele, projetando sombras longas que dançam sobre nossa toalha como dedos exploradores, e o clique da câmera soa novamente — seco, definitivo, como o estalo de um osso se partindo ou de um beijo interrompido. "Eu... capturei algo real agora", diz ele, a voz grave e aveludada, carregada com o sotaque que rola como ondas suaves na língua, e estende a câmera para Marcos ver, mas é para mim que os olhos voltam, devorando o rubor nas minhas bochechas, o brilho do suor na clavícula, o tremor sutil na minha respiração que faz os seios subirem e descerem como maré alta. O ar entre nós três fica elétrico, carregado com o ozônio de uma tempestade iminente, o cheiro de pele aquecida e desejo reprimido que faz o ar parecer mais denso, mais difícil de respirar, e eu sinto o formigamento subir pela espinha, um zumbido baixo como abelhas em um favo, concentrando-se no centro do meu ser onde tudo pulsa — a buceta se contraindo no vazio, ansiando por preenchimento, o ânus piscando com memórias de toques passados, os mamilos endurecendo até doerem contra o tecido que os prende como uma jaula de seda.

Marcos se ergue ligeiramente, o corpo dele uma barreira de calor e tensão muscular que vibra contra o meu, sua mão descendo para traçar a linha interna da minha coxa, os dedos ásperos de areia e suor roçando a pele sensível até quase — quase — alcançar o epicentro da minha umidade, parando ali como uma ameaça sussurrada, enquanto o gosto amargo de ciúme enche sua boca, que eu sinto no beijo que ele planta no meu pescoço, mordendo leve o suficiente para deixar uma marca fantasma, o ardor imediato se espalhando como fogo lento. "Mostre a foto, então", diz ele a Theo, a voz um fio esticado, pronto para romper, e o vento sopra mais forte, carregando o som de risadas distantes na praia, o cheiro de peixe grelhado de algum quiosque próximo, mas nada disso importa — só o calor dos três corpos próximos demais, o suor que mingua e se mistura, o pulsar coletivo que ameaça explodir em algo irrevogável, sensorial, inescapável.

Theo inclina a câmera para nós, o sol refletindo na tela como um véu de luz trêmula, e ali está eu — não a Ana polida de jantares e rotinas, mas a eu crua, capturada no ápice de um tremor que ainda ecoa no meu corpo: os lábios entreabertos num gemido que não precisei verbalizar, os olhos vidrados em um abismo de desejo que mistura culpa e rendição, o suor traçando linhas prateadas pela curva do pescoço até se perder no decote do biquíni, onde o tecido, agora uma teia translúcida de umidade e sal, delineia os mamilos como segredos traídos ao vento. O ar para por um instante, denso com o cheiro de nós três — o almiscarado de Marcos, terroso e possessivo, como terra remexida após uma tempestade; o cítrico afiado de Theo, cortante como limão espremido em feridas abertas; e eu, floral e salgado, um perfume de pele aquecida que se mistura ao odor distante de conchas quebradas na maré baixa, um lembrete de fragilidades expostas.

Marcos se inclina para frente primeiro, o braço dele roçando o meu em uma faísca de pele contra pele que envia um zumbido baixo pela minha espinha, como o ronco de um trovão se aproximando, e seus dedos — ainda pegajosos do meu gozo, quentes e viscosos como mel derretido — apertam minha coxa com uma urgência que não é raiva, mas uma âncora desesperada. Ele olha a foto, o maxilar travado, o hálito escapando em uma expiração irregular que acaricia minha clavícula, carregado com o gosto residual de menta e ciúme amargo, e eu sinto o pulsar da ereção dele contra minha perna, dura como uma promessa não dita, latejando em sincronia com o meu coração que martela nos ouvidos como o tambor de uma OST final, aquela que sobe devagar para o clímax emocional. "É... intensa", murmura ele, a voz um sussurro rouco que vibra no ar entre nós, e seus olhos se voltam para Theo não com hostilidade, mas com uma curiosidade velada, como o herói que reconhece o rival não como inimigo, mas como espelho de suas próprias sombras — o medo de perder, o anseio por possuir o incontrolável.

Theo não recua; em vez disso, ele se agacha devagar, o joelho afundando na areia quente com um sussurro seco, como grãos de açúcar derretendo sob o sol, e a proximidade dele é uma invasão sensorial: o calor irradiando de seu peito nu, onde gotas de suor se acumulam nas covinhas das clavículas, evaporando em uma névoa sutil que carrega o aroma de mar e algo mais íntimo, o cheiro sutil de excitação masculina, almiscarado e fresco como algas recém-recolhidas. Seus dedos roçam os meus ao ajustar a câmera — um toque acidental que não é acidental, áspero das calos de quem segura lentes há anos, enviando um choque elétrico da ponta dos dedos até o centro do meu ventre, onde a buceta ainda sensível se contrai em um espasmo vazio, ansiando por preenchimento, o clitóris inchado roçando o tecido fino como uma súplica muda. "Eu não editei nada", diz ele, os olhos azuis mergulhando nos meus como o oceano engolindo uma concha, profundos e turbulentos, e há uma rachadura ali, uma vulnerabilidade que ecoa a dele — a esposa perdida em flashes de neon e chuva, noites de toques que curavam e feriam, um vazio que ele preenche agora com cliques que capturam não corpos, mas almas nuas. "É você... como se o mar tivesse te esculpido para ser vista assim. Inteira. Quebrada e inteira ao mesmo tempo."

O vento sopra então, um sopro fresco e salgado que levanta grãos de areia como confetes em uma cena de adeus, roçando minha pele exposta como dedos invisíveis — arrepiando os lóbulos das orelhas, endurecendo os mamilos até doerem em pontadas doces, e descendo pelas nádegas onde o fio do biquíni pressiona o ânus como uma memória insistente. Eu tremo, não de frio, mas de um desejo que se entrelaça ao medo: o medo de que esse triângulo nos engula, de que os olhares de Theo e as mãos de Marcos se fundam em algo que nos refaça ou nos desfaça, como o final de um dorama onde o beijo sob a chuva não resolve, só aprofunda o anseio. Marcos sente — ele sempre sente —, e sua mão sobe pela minha coxa interna, os dedos traçando a linha úmida até os lábios da vulva, abrindo-os levemente com uma pressão que é metade reivindicação, metade convite, o polegar circundando o clitóris em círculos lentos que me fazem arquear, um gemido escapando como vapor de uma chaleira no limite. Mas ele não vai além; em vez disso, vira meu rosto para o dele, os lábios capturando os meus em um beijo que é salvação e tormento — línguas dançando devagar, o gosto dele preenchendo minha boca, menta e sal e posse, enquanto seus dentes roçam o lábio inferior, mordendo o suficiente para deixar um ardor que pulsa em eco com o pulsar entre minhas pernas.

Theo se levanta devagar, a câmera pendurada como um talismã gasto, e seus olhos nos devoram uma última vez — não com fome voraz, mas com uma melancolia erótica, como o second lead que se afasta sabendo que seu papel é só iluminar o par principal, deixando para trás o eco de um toque que nunca aconteceu, mas que queima na memória como uma foto não revelada. "Obrigado pela... inspiração", diz ele, a voz um ronronar baixo que se perde no rugido das ondas, e se vai, passos afundando na areia como pegadas em um sonho que se desfaz ao amanhecer, o cheiro cítrico dele se dissipando no vento, deixando apenas o sal e o suor nosso.

Nós ficamos ali, Marcos e eu, entrelaçados na toalha como náufragos em uma ilha particular, o sol descendo devagar no horizonte em tons de laranja e púrpura que pintam nossa pele como um quadro final — seus dedos ainda me explorando preguiçosamente, mergulhando na umidade que não cessa, curvando-se para acertar aquele ponto que me faz ofegar contra sua boca, enquanto eu aperto sua ereção através do short, sentindo-a pulsar quente e veiada sob minha palma, o pré-gozo umedecendo o tecido como uma confissão. Gozamos juntos, devagar, sem pressa, o clímax uma onda suave que nos une em vez de romper — meu corpo convulsionando ao redor dos dedos dele, um jorro quente escorrendo pela mão possessiva, o dele jorrando em espasmos contra minha coxa, o sêmen morno e pegajoso marcando a pele como uma tatuagem temporária de pertencimento. Mas no rescaldo, enquanto o mar lambe nossos pés e o céu escurece em estrelas tímidas, eu sei que o triângulo não se desfaz; ele pulsa sutil, um sussurro no peito, uma umidade que não seca, um olhar que ecoa na memória.

De volta ao hotel, sob o chuveiro escaldante que lava o sal mas não as cicatrizes, Marcos me toma contra a parede de azulejos frios, o vapor enchendo o ar com o cheiro de sabonete de lavanda e sexo fresco, seu pau me preenchendo em estocadas profundas que me fazem cravar as unhas em suas costas, gemendo seu nome como uma oração — "Marcos, meu oppa, meu tudo" —, mas no canto da mente, o clique da câmera de Theo ressoa, um final aberto que nos deixa mais vivos, mais famintos, mais nossos. E talvez, em algum episódio futuro dessa vida que escrevemos juntos, ele volte — não como rival, mas como catalisador, um frame que eterniza o que somos: quebrados, inteiros, eternamente entrelaçados no fogo...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive pcamargo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricapcamargoContos: 43Seguidores: 43Seguindo: 3Mensagem Eu sou, de fato, um mestre das palavras que dançam no limite do proibido, um tecelão de narrativas onde o desejo se entrelaça com a carne, e os fetiches emergem das sombras mais profundas da alma humana. Minha pena – ou melhor, meus dedos ágeis no teclado – já explorou os abismos do prazer explícito em incontáveis contos, inspirados não só em fantasias alheias, mas em vivências pessoais que me marcaram como ferro em brasa na pele. Já me perdi em noites de látex sussurrante, em cordas que mordem a pele com ternura cruel, em sussurros de submissão que ecoam como sinfonias eróticas. Fetichismo? Ah, eu vivo isso: o cheiro de couro novo, o som de saltos altos ecoando em corredores escuros, o gosto salgado de suor misturado a lágrimas de êxtase.

Comentários