A amiga da minha esposa tem aquele jeito de quem está sempre contente, mas quem a conhece sabe que é só uma fachada. Às vezes, vejo que ela está inquieta, mas, por ser reservada, guarda tudo para si, chegando a ficar carente e frustrada. O que acontece é que a presença dela me mexe, e eu acho que ela percebe. Não sou de usar cueca, e por vezes ela, "sem querer", esbarra em mim e pede desculpas. Finjo que não notei nada e aceito o pedido, mas sinto a tensão que ela tenta esconder.
Ontem, no aniversário do meu filho mais novo, ela estava ajudando na decoração. Vendo a oportunidade, perguntei se ela precisava de ajuda. Ela respondeu: "Sim, pode montar aquela mesa para mim?". Peguei minhas ferramentas e fui ajudar. Ela usava um short que realçava suas curvas, e a cada vez que se abaixava, eu notava aquele detalhe. Senti um certo constrangimento, e sem a cueca, o volume era difícil de disfarçar.
Ela notou e me pediu para levantar e ajudar a segurar uma parte da armação. Ao me levantar, o volume ficou ainda mais visível. Ela olhou com um brilho diferente nos olhos e comentou: "Nossa, parece que o negócio aí está bem... animado, né?". Respondi: "Com essa vista, como não?". Indicando a forma do short. Ela sorriu, mordeu o lábio e disse: "Somos casados, cuidado...". Rapidamente, retruquei: "Casado, não castrado". Rindo, ela lembrou: "Sua esposa está lá em cima e é minha amiga". Eu disse: "Entendido, desculpe". Ainda sorrindo e me olhando de cima a baixo, ela provocou: "Não vai abaixar mais?". Respondi: "Só se você me ajudar". Ela disse que não era possível por causa da minha esposa, mas eu garanti que ela estava descansando e que estávamos sozinhos no quintal.
Aproveitando a tranquilidade, dei um passo, diminuindo a distância. A energia entre nós era palpável. Ela ficou imóvel, dividida entre a cautela e o desejo contido que sempre tentava disfarçar. "Você é muito atrevido", sussurrou, sem se afastar. Senti a respiração dela acelerar enquanto meus olhos observavam cada detalhe.
— "Atrevido não, sou direto", respondi baixo, perto do ouvido dela. "Parece que você precisa relaxar, e eu estou aqui, com toda essa energia, apenas esperando uma indicação sua".
Ela olhou para a casa, depois para mim, ajeitando o cabelo de um jeito que mostrava sua inquietude. Por um instante, a imagem de "mulher feliz" deu lugar a uma mulher que parecia querer ser notada. A intensidade entre nós era tão forte que parecia prestes a explodir. Ela deu um sorriso de lado, um sorriso que sugeria que estava pensando em algo ousado, e disse: "Se você continuar me olhando assim, não consigo terminar de arrumar a festa".
— "Então, deixe a arrumação para depois", disse, aproximando um pouco o quadril do dela para que ela notasse a tensão. Ela soltou um suspiro, fechando os olhos por um momento, sentindo a proximidade. O momento estava apenas começando.