A Ciência do Riso

Um conto erótico de Sr.Cócegas nos Pés
Categoria: Heterossexual
Contém 774 palavras
Data: 22/12/2025 19:28:14

O apartamento no Flamengo era um relicário de tempos áureos, com tetos de quatro metros de altura e um piso de taco que rangia como se o próprio prédio guardasse segredos. A Dra. Irene, aos 68 anos, sentava-se na poltrona de couro marrom com a espinha ereta. Sua pele era branca, marcada por décadas de sol carioca, exibindo marcas de expressão que eram o mapa de sua inteligência. Seus cabelos castanhos eram longos, descendo em ondas até o meio das costas, onde dezenas de fios brancos e prateados serpenteavam com naturalidade. Ela vestia uma blusa branca de tecido fino com decote em "V" e uma saia lápis escura que terminava de forma sóbria sobre os joelhos.

​À sua frente, Beto era o contraste vivo: camiseta rubro-negra desbotada, bermuda de tactel florida e tênis de cano alto impecavelmente brancos. Um rapaz comum do subúrbio que descobriu cedo que o riso era a chave para desarmar qualquer autoridade.

​— Seguinte, Doutora. Antes da "ciência", as regras. Se ficar demais, a palavra é "Páreo". Entendeu ou quer que eu desenhe no quadro? — ironizou ele.

​. Irene assentiu, a garganta seca. Em minutos, Beto a imobilizou: pulsos presos aos braços da poltrona e tornozelos fixados a um banquinho. Ele se ajoelhou e segurou os calcanhares dela com as mãos calejadas.

​— Sapato de qualidade, hein? — zombou, deslizando o couro para fora. Ao libertar os pés brancos, notou que a pele estava úmida. O suor de nervosismo brilhava no arco plantar.

​Ele começou com uma pena de pavão no pavilhão auditivo, descendo pelo pescoço até as axilas. Ali, ele se demorou, sentindo as dobrinhas suaves da pele dela.

​— Trabalho bem feito da depiladora, Doutora. Lisinho — zombou. Irene começou a se acabar de rir, um espasmo incontrolável: — Hmph... mmmph... HAHAHA! Não!

​Após o delírio nas axilas, Beto iniciou uma descida lenta pelas costelas, descendo pelas laterais do abdômen até atingir a pele das coxas e panturrilhas, contornando os tornozelos com uma lentidão sádica, até finalmente repousar as mãos sobre os pés suados.

​— Agora a aula começa de verdade — sussurrou ele.

​. Beto começou de modo infantil, usando as pontas dos dedos: — Cutch, cutch, cutch... tic, tic, tic... — Ele dedilhava o arco do pé como se tocasse um piano frenético, fazendo Irene soltar gargalhadas curtas e agudas: — Hihihi! Pare! Hahaha! — Mas a brincadeira logo deu lugar à técnica. Com os polegares, ele começou a fazer círculos profundos e pesados bem no centro da sola, enquanto os outros dedos "caminhavam" rapidamente pelos vãos de cada dedo do pé.

​Irene se debatia, a cabeça jogada para trás, os fios brancos do cabelo colando na testa suada. O riso era uma sinfonia de agonia e prazer: — AHAHAHA! NÃO! BETO! HAHAHA! — Quando ele usava as unhas para riscar de cima a baixo, do calcanhar até as pontas, ela perdia o fôlego, o corpo sofrendo espasmos que faziam as cordas rangerem.

​Ele parou para enxugar o suor dela. Nessa pausa, "acidentalmente", roçou o braço nos seios dela, sentindo os mamilos entumescidos. Irene sentiu uma energia ambivalente — algo que a remeteu ao casamento, à vida que achava ter esquecido.

​— Respira, Irene — ele sussurrou. — O grande final agora.

​Beto passou óleo nas solas dela, deixando-as brilhantes e hipersensíveis. Ele ligou uma escova de dentes elétrica. A vibração mecânica começou no centro da sola, girando em círculos pequenos que faziam Irene gritar instantaneamente. Ele passeava com a cabeça vibratória pelas "almofadas" dos pés e depois descia até os calcanhares, onde a sensibilidade dela parecia explodir.

​— AHAHAHAHA! PELO AMOR DE DEUS! HIIIIII-HAHAHA! — Ela ria com todo o pulmão, o som preenchendo o apartamento antigo. Era um riso histérico, descontrolado: — HUUUU-HAHAHA! PÁREO! PÁREO!

​Beto parou imediatamente. O silêncio que se seguiu foi quase sagrado. Com uma devoção inesperada, ele soltou as cordas. Irene estava entorpecida, o corpo ainda vibrando involuntariamente. Beto a envolveu nos braços com uma força protetora, enquanto usava uma toalha para enxugar o suor de seu pescoço e rosto. Ele buscou um copo de água gelada — um copo de requeijão com as bordas simples — e o levou aos lábios dela. Irene bebeu devagar, sentindo o choque térmico enquanto o rapaz limpava o óleo de seus pés com cuidado, massageando cada dedo antes de calçar seus sapatos luxuosos.

​Já no carro, ao sentar-se, Irene sentiu a umidade encharcando a calcinha. Ela estava excitada como não se sentia em décadas. Antes de dar a partida, ela tentou lembrar: teria sido o toque nas axilas? O roçar nos mamilos? Não. Foi a vibração frenética no centro da sola, misturada à imagem daquele jovem do subúrbio lhe servindo água num copo humilde de requeijão após tê-la levado à loucura. Ali, a Dra. Irene sentiu-se, finalmente, viva.

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Comentários

Foto de perfil de SenhorDasCocegas

Que conto delicioso meu amigo! fiquei aqui imaginando as solas de DR. Irene se enrugando e as deliciosas gargalhadas, adorei! Muito bom!

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