No nosso primeiro beijo, eu e Betão quase morremos por falta de ar. Parecia que estávamos na seca há séculos, não dava para saber qual dos dois tinha mais sede acumulada para saciar na boca do outro.
Como se estivesse realizando um sonho antigo, meu ex-padrasto me beijava com muita fome. Assim como eu, talvez ele desejasse isso desde o dia em que se tornou o marido da minha mãe. Enquanto eles estavam casados, nós dois conseguimos controlar a paixão. Agora que dona Leila, por vontade própria, tinha saído do nosso caminho, eu e ele estávamos livres para nos amar sem medo e para foder sem culpas.
Abraçados e sem interromper o beijo, circulamos pelo quarto. Muito decidido, Betão tirou a minha cueca e deu uma pegada no meu pau. Minhas pernas ficaram moles, caí de joelhos e baixei a cueca dele. Quase batendo no meu rosto, a pica pesadona deu um salto de bicho que escapou da jaula; fiquei até assustado. Para atiçar ainda mais a fera, esfreguei o nariz nos pentelhos, lambi o talo grosso e passei a língua na cabeça roxa. O cheiro bom e o gosto visguento logo se fixaram na minha mente: nesse momento, eu me tornei cativo daquela vara.
Como se quisesse me castigar por eu ter sido um enteado safadinho, Betão pegou no meu queixo e deu na minha cara a melhor surra de caralho que se pode desejar. Meu instinto de novinho submisso a um macho maduro aflorou na hora. De boca aberta e olhos arregalados, apanhei com alegria.
Abrindo um sorrisinho de putão, Alberto atirou uma cuspida certeira na ponta da rola e empurrou de vez na minha boca. Para respirar, eu precisava mamar. Isso eu sabia fazer bem, porque comecei a praticar ainda menino; já tinha perdido a conta de quantos amiguinhos chupei. Fui um putinho precoce. O mais surpreendente é que minha mãe nunca soube que eu vivia tomando, na boca e no cu, o leite dos moleques da rua.
Com a prática adquirida, eu me tornei um gay seletivo. A partir de agora, só queria mamar a marreta do meu pedreiro. Jogando a cabeça para frente e para trás, usei a boca cheia de cuspe para massagear a rola bruta. Do talho dela, saía néctar; uma delícia passar ali a pontinha da língua.
Segurando minha cabeça, Alberto deu uma socada rápida. Com lágrimas nos olhos, mostrei a ele o quanto eu gostava de sofrer com uma rola entalada na garganta.
Quando imaginei que morreria tomando leite de pica, ele arrancou o doce da minha boca e me deu mais um dos seus beijos esfomeados. Sem frescuras, o macho provou o gosto que o seu caralho deixou na minha língua.
Empurrando-me pelos ombros, ele me jogou na cama e se entregou ao prazer de mamar nos meus peitinhos secos. Depois de chupar e morder os meus biquinhos duros, ele se acomodou sobre o meu corpo e ficou jogando a cintura de um lado para o outro, fazendo nossas espadas entrarem em guerra. Com violência, a estaca dele começou a surrar a minha vara fina, que também sabia bater. Quanto mais lutavam, mais duras e babadas elas ficavam.
Ligados um ao outro pelas bocas e pelas rolas, viramos na cama, até eu ficar por cima. Antes de cair de boca no peitão dele, dei uns soquinhos, para testar a resistência. Os músculos eram tão duros, que as pancadas só fizeram cócegas, ele até sorriu. De olhos fechados, dei umas mordidinhas no bicão roxo e chupei muito. Eu estava me sentindo um menino que, escondido de todo mundo, vivia tomando leite de pica madura.
Enquanto eu mamava em seus peitos, Betão deu uns tapas na minha bundinha, empurrou um dedo no rego e tocou no meu cu. O choque foi de duzentos e vinte: tremi dos pés à cabeça. Minhas pregas foram avaliadas com tanta perícia, que eu me arrependi de não ter guardado o cabaço para ele tirar. Passando a língua no meu ouvido, ele me deu uma ordem.
— Vira essa bunda pra mim, veadinho.
Era incrível como ele captava os meus desejos. Desde menino, adoro ser chamado de veadinho pelo macho que quer comer o meu cu. Muito obediente, girei sobre o corpo dele e esfreguei a bunda na sua cara. Usando a ponta do dedo, ele deu umas pancadinhas no meu cuzinho e testou a elasticidade do anel. Não satisfeito, ameaçou meter dois dedos.
— Cuzinho manhoso… guloso… tá mordendo. Repare que porra.
Agoniado para ser comido, tratei de lubrificar a vara que ia me fazer feliz. Massageando os ovos, segurei na raiz cabeluda e botei a boca para trabalhar. No controle da situação, Alberto escancarou a minha bunda e mostrou que era mestre na arte de amaciar cu: lambeu as pregas, beijou o anel e começou a me foder usando a ponta da língua. Quanto mais eu mamava o seu pauzão, mais ele chupava o meu cuzinho. Nosso sessenta e nove era de tirar o fôlego.
Arreganhando ainda mais a minha bunda, Betão, encheu o meu cu de cuspe e enfiou um dedo. Captei o sinal: era chegada a minha hora de cair na vara. Prendendo-me pelas costas, ele se jogou em cima de mim e ficou passando a pica no meu rego. Quando a ponta tocou no anel, entrei em desespero.
— Vai, Betão…
Em vez de meter, o safado saiu de cima de mim e ficou em pé ao lado da cama. Olhando para ele, tentei entender o motivo pelo qual nosso coito foi interrompido antes do engate.
— Cama estreita… não vai dar certo. Bora pra minha.
Só de ouvir isso, tremi nas bases: eu iria dar o cu a Betão na cama onde antes ele dormia com a minha mãe. Eu não queria pensar nisso, mas essa ideia fez aumentar o meu tesão.
— Vamos, Fael. Tá pensando em quê? Tá com medo? Quer parar por aqui?
Parar? Só se eu fosse doido. Num instante, eu me levantei e fui para o quarto de casal. De quatro na beira da cama, virei a bunda para a porta. Sem demora, Betão veio atrás. Agarrando-me pelas coxas, ele já chegou botando o mastro em ação. Sem vacilar, a ponta atravessou o anel; sem dó, o talo entrou rasgando. Foi uma dor filha da puta.
— Ai… ai… Alberto!
Para me ajudar a relaxar, ele grudou o peito nas minhas costas, lambeu o meu pescoço e se mostrou carinhoso.
— Pronto… já foi… se solte, rapaz… Tá doendo? Quer que eu tire?
— Não! Tire essa porra não… Vai, bote pra foder!
A foda começou lenta e acelerou aos poucos. Se tivesse mais alguém em casa, poderia ouvir os estalos das chibatadas. Com uma mão cravada no meu ombro e outra na cintura, Betão botou a madeira para espancar o meu cu.
Jogando a bunda de um lado para o outro, eu mastigava a rola dura. Soltando gritinhos de dor, eu provocava o garanhão a me varar com mais força. Ser lascado pelo cara que já foi o meu padrasto era tesão demais.
— Tome, filho da puta.
Ao falar isso, Betão deu mais uma fincada daquelas de rasgar tudo; por pouco, a ponta da vara não saiu pelo meu umbigo. Babando no meu pescoço, ele ficou respirando como se estivesse se afogando. No fundo da bunda, senti as pulsações da rola inchada. Ele estava usando todas as energias para foder o novinho que antes era o seu enteado.
Sem que eu esperasse, Betão desfez o engate. A pica saiu tão embrutecida, que quase levou o meu cu grudado nela.
— Pare não… me dê mais pica.
Satisfeito por me ver implorar por sua rola, ele me fez deitar de frente, dobrou minhas pernas para cima e se ajoelhou entre elas. Segurando no meu pescoço, olhou nos meus olhos e, em vez de me enforcar, enterrou novamente a madeira no cuzinho laceado. Com os pés apoiados nos ombros dele, dei tapas na sua bunda e meti um dedo no rego.
Ao receber um toque no cu, o ativão tremeu todo. Como se tivesse recebido uma descarga elétrica, ele passou a me arrombar em ritmo acelerado. Essa era uma daquelas fodas em que só se mete quem tem coragem.
Enquanto me lascava, Alberto passou a bater uma para mim. Ter a pica espancada por aqueles dedos grossos foi além do que eu podia aguentar. Lutei com todas as forças, mas fui vencido pelo tesão.
— Ah… ai…
Depois de dar uma espremida no talo fino, Betão deixou minha rola livre. Agoniada, ela se jogou de um lado para o outro e deu um tiro de gala para o alto.
— Goze… goze pra mim, Fael.
Pulsando e ardendo, minha pica espirrou muita porra. Com a ponta de um dedo, Betão pegou um pouco e deu na minha boca. Quase me esmagando, ele desabou sobre o meu peito, meteu a língua em cima da minha e me deu mais caralhadas.
Sofrendo a dor de esporrar, Betão contraiu a bundona e cravou o caralho no fundo da minha bundinha. O prazer foi tanto, que ele ficou gemendo como se estivesse chorando.
— Fael… uh…
Passando as mãos na bunda dele, senti toda a tensão dos músculos. De olhos fechados, eu quase podia ver a gala do meu Betão sendo atirada no fundo do meu cu. A partir desse momento, eu seria dele para sempre.
Presa dentro de mim, a rola ainda pulsava. O machão estava procriando com o seu veadinho. A fantasia de poder engravidar dele fez o meu pau vibrar e colocar mais esperma para fora.
Só quando teve certeza de que havia despejado na minha carne todo o seu leite, Betão desfez o engate. A pica saiu com a pele esticada e com a ponta muito roxa. Apanhei bastante daquele caralho, mas também lhe dei uma boa surra de cu.
Deitados lado a lado, esperamos a respiração voltar ao ritmo normal. Voltando a ser um homem carinhoso, ele me abraçou e, de olhos fechados, ficou me dando beijos de marido apaixonado.
Pensei em ir me limpar, mas ele usou os braços e as pernas para me manter preso. Sem forças, fiquei curtindo o roçar das nossas picas lambuzadas de esperma.
Depois de gozar, Betão ficou sonolento. A cama era nossa, não precisávamos nos preocupar com os lençóis; pela manhã, eu colocaria para lavar. Não tinha ninguém para brigar com ele nem para reclamar de mim. Então, fechei os olhos e me deixei adormecer nos braços do meu homem.
Quando acordei, fiquei me lembrando de um sonho gostoso: na madrugada, o ex-marido da minha mãe entrou no meu quarto e me fodeu até cairmos juntos no sono. Suspirando de prazer, virei na cama — e meu rosto esbarrou no peito de Betão. Ao pegar no caralho dele, tive certeza de que foi tudo na real: aquela pica tinha mesmo arrombado a minha bunda e deixado o meu cu cheio de gala.
Dormindo, Betão parecia um anjo. Minha vontade era ficar deitado, namorando a rola dele. Mas já devia ser tarde, eu tinha muitas coisas para fazer. Com cuidado para não acordá-lo, desci da cama e saí do quarto.
Depois do banho, fui para a cozinha. Enquanto fazia um bolo, repassei na mente a minha primeira foda com Alberto. Ao me lembrar das putarias que dissemos um ao outro e dos gemidos na hora da gozada, minha pica endureceu e senti o cu arder. O coitado ficou esfolado!
Enquanto o bolo assava, arrumei umas coisas e passei um café. Ao pegar o celular para escolher uma playlist, vi que tinha um áudio mandado por meu pai. Revirando os olhos, preparei o espírito para ouvir, mais uma vez, a conversa mole de seu Ivaldo.
“Então, Rafael? O que é que você está esperando para sair da casa desse cara que não é nada seu? O que é que está faltando para você vir morar aqui? Você vem com suas pernas ou eu vou ter que ir aí arrastar você pelo braço? Todo dia, sua mãe liga pra mim, uma perturbação da porra, já estou de saco cheio. Junte seus bagulhos e venha logo pra cá, pra ver se todo mundo tem sossego nessa história. Eu já arranjei aqui um cantinho pra você ficar.”
Deu vontade de rir: meu pai estava me tratando como se eu fosse o maior problema da vida dele. Um cantinho, era isso que ele se via obrigado a me oferecer. Com certeza, a mulher e a filha não me queriam lá, mas não podiam impedir. Elas também deviam estar enchendo o saco dele. Para acabar com essa palhaçada e todo mundo sossegar de verdade, organizei na cabeça uma mensagem. Eu ia mandar logo uma real para seu Ivaldo e para dona Leila.
“Estou na minha casa, porque eu e Alberto estamos juntos. Entenderam? Nós somos maiores de idade, vacinados e livres. A gente sabe o que quer da vida. Se vocês tiverem alguma coisa contra o nosso relacionamento, só lamento.”
Quando eu postasse essa mensagem no grupo da família formado por nós três, o circo pegaria fogo. Mas era isso mesmo que eu queria. Não tinha necessidade de esconder de ninguém que eu e Betão passamos a dormir na mesma cama. Eu tinha orgulho disso. Respirando fundo, limpei a voz para gravar o áudio.
— Hum… meu amorzinho fez um bolo para o maridão.
Eu estava tão ocupado pensando em seu Ivaldo e em dona Leila, que não vi Alberto entrar na cozinha. Abraçando-me por trás, ele ficou cheirando o meu cabelo e apertando os bicos dos meus peitos. Todo apaixonado, dobrei a cabeça no ombro dele e me entreguei aos seus carinhos.
— Meu amorzão precisa de um café da manhã reforçado, para repor as energias que gastou comigo.
Virando-me de frente, ele mostrou os dentões bem escovados e me deu o primeiro beijo do domingo. Roçando meu peito no dele, eu me senti ainda mais seguro para viver essa história sem esconder nada de ninguém.
— Fael, que foda do caralho foi aquela? Rapaz! Botei pra arrombar com você. Peguei pesado, não foi? Você está bem? Está tudo no lugar? Tá conseguindo andar direito?
Com minha cara de menino que adora dar o cu, botei as mãos nos seus ombros e falei como se ele tivesse tirado a minha virgindade.
— Você fode do jeito que eu gosto. Deixou minha bunda marcada e o cu arrebentado.
Cheio de orgulho, ele meteu a mão no meu shortinho e levou a ponta de um dedo até o meu cu.
— Ficou inflamado, mas não se preocupe não; vou cuidar bem de você. Logo, logo você vai estar em condições de levar pica de novo. Na nossa vida de casados, vai ter trepada todo dia.
— Casados, Alberto?
— E por que não? Você acha que tem graça a gente ficar de namoro? Já sou um cara vivido! A partir de hoje, sou seu maridão e você é o meu maridinho. Ou vai dizer que não quer?
— Só quero! Tenho até medo de estar sonhando.
— Tenha medo não, é tudo de verdade. Há muito tempo, eu quero você pra mim, Fael. Foi difícil segurar enquanto estava casado com… com ela. Agora, eu quero mais é viver!
Eu já sabia disso, mas gostei de ouvir essas palavras. Ninguém acreditaria que, por respeito à minha mãe, nós resistimos tanto tempo ao desejo que um despertava no outro. Olhando nos olhos dele, também fiz uma confissão.
— Eu quis ser seu desde o dia em que você assumiu o papel de meu padrasto. Não sei como nunca fiz uma besteira dentro dessa casa.
Roçando o rosto no meu, Betão me deu mais um beijo. Não éramos apenas um novinho e um maduro que se curtiam pra caralho; um era o marido do outro.
— Nossa vida vai ser muito boa, Rafael. Vamos crescer juntos, do nosso jeito. Pode confiar em mim.
Alberto era um homem muito transparente. Ele poderia ter várias mulheres ou qualquer outro cara, mas era comigo que ele se sentia um homem livre e completo. Para expressar minha confiança, arranquei a toalha de banho que estava presa na cintura dele e fiz um carinho na sua pica. Passando as mãos por baixo da minha bunda, ele me colocou sentado no balcão de cimento, tirou o meu shortinho e beijou a cabeça do meu pau.
Fingindo que ia arrancar com os dentes, ele escancarou o bocão e botou meus ovinhos para dentro. Depois, olhando para cima, lambeu meu caralho e deu umas chupadas.
Adorei saber que Betão curtia sentir o gosto da pica do machinho que lhe dava o cu. Para a gente, não haveria tempo ruim.
Ao botar minha rola para fora da boca, ele me prendeu pelas costas e saiu andando pela cozinha. Cruzando as pernas sobre a bunda dele e segurando no seu pescoço, não tive medo de cair. Rindo e aos beijos, a gente comemorou o começo de uma nova vida, que ainda parecia um sonho.
Voltando à realidade, ele me colocou no chão e prendeu novamente a toalha na cintura.
— A fome agora apertou, Rafael. Vamos comer, depois a gente namora.
Enquanto eu despejava café nas xícaras, ele provou o bolo.
— Hum… gostoso! Você se superou.
Era um bolo simples, com umas partes de chocolate, mas estava muito bom mesmo. Rindo um para o outro, erguemos as xícaras e brindamos ao nosso amor. Após tomar o primeiro gole de café, Betão apresentou os planos para o nosso domingo.
— Acordei com vontade de correr na orla e dar um mergulho no mar, mas mudei de ideia. Já está tarde, o sol está forte feito a porra. Vamos deixar isso para o próximo fim de semana, pode ser?
Comendo um pedaço de pão com queijo, concordei balançando a cabeça. Muito empolgado, ele continuou a expor suas ideias.
— Mais tarde, a gente toma um banho no quintal. Quem não tem piscina, se ajeita com mangueira, concorda? Vou acender a churrasqueira, assar uma carne… Vou até tomar uma cerveja, só uma mesmo. Mereço, não é?
— Vamos fazer assim: você toma duas latinhas e eu tomo uma. E só!
Falei isso brincando, mas Betão levou a sério. Estendendo a mão, ele aceitou a minha proposta.
— Combinado!
Quando peguei na mão dele, meu celular começou a tocar em cima do balcão. Já imaginando quem era, tentei ignorar.
— Não vai atender?
— Deve ser a minha mãe, todo dia, ela liga para dizer a mesma coisa. Acha que eu ainda sou menino, fica mandando eu ir para casa do meu pai.
Ficando sério, Betão soltou minha mão e pegou um pedaço de bolo. Após dar uma mordida, falou uma coisa de que eu já desconfiava.
— Ela também liga pra mim. Está ameaçado vir de Roraima pra tirar você daqui. Já imagino o barraco que ela vai armar quando souber que a gente está junto.
— Também imagino, mas pode deixar dona Leila comigo.
— Eu sei que é meio estranho eu ter sido casado com sua mãe e agora ser o seu marido, mas não tem nada de errado. Você já é adulto, a gente é livre pra ficar junto.
Ele tinha razão, nossa história era diferente mesmo, mas não era crime nem pecado eu casar com o marido que minha mãe desprezou. Olhando nos olhos dele, falei uma coisa que, às vezes, passava pela minha cabeça.
— Parece que minha mãe se arrependeu de deixar você para se jogar no mundo com o Osório dela. Vai ver que quer você de volta.
Quase engasgando com o bolo, ele repudiou essa ideia.
— Sem condições! É com você que sou homem de verdade. Finalmente encontrei a pessoa certa para viver como eu sempre quis. Nem Leila nem mulher nenhuma vai me fazer voltar pra uma vida que nunca foi boa pra mim. Vai ter gente por aí dizendo que eu sou um gayzão safado que deixou a mulher pra ficar com o enteado, mas eu não estou nem aí pra isso. Quem sabe de mim sou eu. Não devo nada a ninguém. Estou seguro do que eu quero. E você, Rafael? Você está seguro para ir fundo nesta história comigo?
Foi com muita sinceridade que Betão fez esse desabafo. Fiquei emocionado por ele compartilhar comigo sua verdade de homem nascido para viver com outro homem. Antes de responder, eu lhe dei um beijo cheio de amor.
— Betão, não vou deixar ninguém separar a gente. Para ficar com você, sou capaz de brigar com todo mundo, até com meu pai e com minha mãe.
Voltando a sorrir, ele terminou de tomar café. Depois de arrumarmos a cozinha, ele vestiu uma bermuda jeans e uma regata colada no peito. Dizendo que voltava logo, foi comprar carvão e cerveja.
A ex-mulher dele achava muita pobreza essa coisa de fazer um churrasquinho no quintal. Já eu achava maravilhoso ter um dia livre para ficar em casa me divertindo a sós com o meu marido.
Em pouco tempo, Alberto estava de volta. Depois de organizar as coisas que comprou, ele colocou umas músicas internacionais para tocar, baixou o zíper da bermuda e se jogou no sofá.
— Rafael, sente aqui. Já quero namorar de novo.
Relembrando os meus tempos de enteado gayzinho, dancei para ele e sentei no seu colo. Jogando os quadris para cima, ele ficou brincando de me foder galopando. Era o primeiro dia da nossa lua-de-mel, a gente já queria fazer filho de novo.
Admirando o seu rosto bonito, rocei o nariz no dele e beijei os lábios grossos. Girando a bunda, senti que o caralho do meu homem estava pronto para me causar dor e me dar muito prazer. Eu era privilegiado demais por ter Betão só para mim.