Mamãe, que delícia! - Parte 2

Um conto erótico de Gil
Categoria: Heterossexual
Contém 2874 palavras
Data: 23/12/2025 00:30:16

A primeira coisa que Patrícia sentiu não foi o som, foi a vibração.

Eram três e quarenta e dois da manhã. A casa de madeira azul em Ilhabela parecia uma caixa de fósforos suspensa no meio do apocalipse. O ar, que horas antes estava parado e pesado como um cobertor de chumbo, agora era violentado por rajadas de vento que faziam as janelas vibrarem nos caixilhos.

Patrícia acordou num sobressalto, o coração batendo na garganta. O quarto estava mergulhado numa escuridão absoluta, densa, daquelas que pesam sobre os olhos.

— Mãe? — ela chamou, a voz saindo pequena, engolida pelo barulho do vento lá fora.

Um clarão branco, cegante, rasgou o mundo. Por meio segundo, o quarto foi iluminado como se fosse meio-dia em um hospital cirúrgico. Patrícia viu a silhueta da mãe na cama ao lado: Cristina estava sentada, rígida, as mãos agarradas ao lençol, os olhos arregalados de puro pavor primitivo.

E então veio o som.

Não foi um trovão. Foi uma explosão. Um estrondo seco, metálico e aterrorizante que pareceu estourar dentro do crânio delas, seguido por um rugido grave que fez o assoalho de madeira tremer sob as camas.

— AI MEU DEUS! — Cristina gritou, levando as mãos aos ouvidos.

— O BRUNO! — O grito de Patrícia saiu rasgando a garganta, superando o medo com uma dose de adrenalina pura. — MÃE, A BARRACA!

A realização caiu sobre as duas simultaneamente. Bruno estava lá fora. No quintal. Debaixo de árvores. Numa barraca de nylon frágil.

Elas pularam da cama como se tivessem sido ejetadas. Não houve tempo para pensar em pudor, em roupas, em decência. O instinto de sobrevivência — e de proteção — assumiu o controle.

Patrícia correu para a sala, tropeçando na mesinha de centro no escuro, xingando. Ela vestia apenas o que tinha usado para deitar: aquele top laranja de academia, sintético e justo, que apertava seus seios contra o peito, e uma calcinha fio-dental branca de algodão, tão gasta que o elástico mal segurava na cintura.

Cristina veio logo atrás. Sua camisola era uma peça antiga de seda branca, fina como papel de seda, com alças delicadas que mal sustentavam o peso de seus seios fartos e livres.

Quando Patrícia destravou a porta da varanda e a empurrou, o vento a arrancou de sua mão, batendo-a contra a parede externa com violência.

O mundo lá fora tinha deixado de ser um quintal de praia e virado um cenário de guerra.

A chuva não caía; ela açoitava. Eram paredes sólidas de água morna e salgada que vinham na horizontal, carregadas de areia e folhas. O barulho era ensurdecedor, uma mistura de mar revolto e estática de televisão no volume máximo.

— BRUNO! — Cristina gritou, avançando para a varanda.

O vento pegou a camisola dela e a colou contra o corpo instantaneamente. O tecido fino, agora ensopado em segundos, tornou-se translúcido, desenhando cada curva, cada dobra, a aréola escura dos mamilos endurecidos pelo choque térmico, o triângulo de pelos pubianos, a linha das coxas.

Patrícia nem olhou para a mãe. Seus olhos buscavam desesperadamente o canto do quintal onde a barraca azul deveria estar.

Outro relâmpago estourou, iluminando a cena com uma luz estroboscópica azulada.

A barraca não existia mais. Ou melhor, o que existia era uma lona triste e colapsada, afundada em uma poça de lama e água que crescia a cada segundo. Um galho grosso de amendoeira tinha caído perigosamente perto, e a estrutura de varetas parecia ter cedido sob o peso da água acumulada.

— ELE TÁ SOTERRADO! — Patrícia gritou, e sem pensar duas vezes, pulou os degraus da varanda e se lançou na tempestade.

A areia tinha virado lama. Seus pés afundavam até o tornozelo. A chuva batia em seu rosto com força suficiente para machucar. Em três passos, ela estava encharcada até os ossos. O top laranja absorveu a água e pesou, puxando os seios para baixo, enquanto o frio repentino fazia seus mamilos virarem pedras que arranhavam o tecido sintético.

— BRUNO! SAI DAÍ! — Ela chegou aos restos da barraca, caindo de joelhos na lama, as mãos tateando o nylon escorregadio, procurando o zíper da entrada.

Cristina chegou logo depois, ofegante, o cabelo grudado no rosto, parecendo uma fantasma molhada e desesperada.

— FILHO! BRUNO! — Ela ajudou a puxar a lona pesada de água.

Houve um movimento lá dentro. Um xingamento abafado.

— QUE PORRA É ESSA?! — A voz de Bruno veio abafada, confusa, cheia de sono e pânico.

— SAI! A BARRACA CAIU! TÁ ALAGANDO TUDO! — Patrícia berrou, finalmente encontrando o cursor do zíper e puxando-o para cima com força.

A abertura se fez.

E o que o próximo relâmpago revelou fez o tempo parar.

Bruno emergiu da barraca colapsada como alguém nascendo da terra. Ele estava de quatro, apoiando-se na lama para se levantar. A água escorria por suas costas largas, desenhando a musculatura tensa dos ombros, descendo pela espinha dorsal funda, contornando as nádegas firmes e pálidas que se contraíam com o esforço.

Ele estava nu.

Completamente, inegavelmente nu.

Ele se levantou, limpando a lama do rosto, tossindo água. E quando ele se virou para as duas mulheres, o clarão de um raio longo e crepitante congelou a imagem em alta definição.

Patrícia sentiu a boca secar, apesar da chuva que entrava nela.

O corpo do irmão era uma escultura de virilidade crua. O peito largo, coberto por pelos pretos e molhados que formavam um losango perfeito e desciam numa linha fina e escura pelo abdômen definido em gomos duros de pedra. As coxas eram grossas, poderosas, tendões saltados perto dos joelhos.

Mas era impossível olhar para qualquer outra coisa que não fosse o centro dele.

O frio da chuva e a adrenalina do susto tinham causado um efeito paradoxal. O pênis dele não estava encolhido. Estava pesado. Denso.

Era uma massa de carne escura e grossa, pendendo entre as coxas. Mesmo flácido — ou semi-flácido, reagindo ao choque térmico —, o tamanho era intimidante. A base era larga, cercada por uma mata de pelos pretos encharcados. O corpo do pênis era grosso como o pulso de Patrícia, veias calibrosas serpenteando sob a pele molhada. A glande era grande, pesada, com uma cor rosada escura que brilhava sob a chuva, o prepúcio recolhido pelo frio revelando a coroa inchada.

Ele balançava com o movimento do corpo dele, batendo pesado contra as coxas internas.

Cristina, parada a dois metros de distância, sentiu os joelhos fraquejarem. A imagem do “bebê” que ela trocara fraldas foi violentamente substituída por aquela visão de um macho adulto, primata, exposto na natureza.

— Mãe? Patrícia? — Bruno piscou, desorientado, passando a mão nos olhos. Ele parecia não ter se dado conta de sua nudez ainda. O cérebro dele lutava para processar o barulho, o frio e a luz.

— VEM! VEM PRA DENTRO! — Cristina gritou, recuperando o comando das pernas, mas incapaz de desviar o olhar da virilha do filho.

Eles correram.

A corrida de volta para a casa foi uma cena de caos erótico. Bruno corria na frente, descalço, os pés chapinhando na lama. Patrícia vinha logo atrás, os olhos fixos nas costas e na bunda do irmão, vendo os músculos glúteos contraírem e relaxarem, vendo o balanço hipnótico daquele “tripé” que aparecia por entre as pernas dele a cada passada larga.

Quando entraram na varanda e, finalmente, na sala, o silêncio súbito — comparado ao barulho lá fora — foi ensurdecedor.

A luz amarela da lâmpada de emergência da sala, que tinha acendido com a queda de energia da rede principal, banhou os três com uma luz fraca e dourada.

E agora, sem a confusão da chuva e dos raios, a realidade se impôs.

Eles estavam na sala pequena. Molhados. Ofegantes.

Bruno estava parado no centro do tapete de sisal, pingando água barrenta. Ele olhou para baixo. Viu seu corpo exposto. Viu o estado de semi-ereção que o frio e o atrito da corrida tinham provocado. O pau estava retraído em comprimento, mas grosso, inchado, a cabeça roxa de frio.

Ele olhou para a mãe. A camisola de Cristina era agora, efetivamente, transparente. O tecido branco tinha desaparecido, colado à pele morena. Seus seios grandes e pesados estavam ali, expostos em detalhes de alta resolução: a aréola larga e chocolate, o mamilo comprido e duro como uma bala de revólver, a curva suave da barriga, a sombra escura do púbis.

Ele olhou para a irmã. O top laranja de Patrícia tinha virado uma segunda pele, delineando seios menores, mas empinados, perfeitos, com mamilos pontudos que pareciam querer furar o tecido. A calcinha branca fio-dental, agora molhada e suja de areia, deixava ver a pele rosada dos lábios vaginais e o contorno exato da depilação.

O ar na sala ficou espesso. O cheiro de chuva, ozônio e terra molhada se misturava agora com o cheiro acre de suor de susto e feromônios disparados.

Ninguém se mexeu por cinco segundos. Cinco segundos em que olhos viajaram por corpos proibidos, mapeando, memorizando, comparando.

— Toalha... — Bruno murmurou, a voz rouca, levando as mãos à frente do corpo numa tentativa tardia e inútil de se cobrir. As mãos grandes mal conseguiam esconder o volume.

— Eu pego. — Patrícia disse, a voz falhando.

Ela correu para o banheiro. Voltou com três toalhas. Jogou uma grande para a mãe e ficou com uma média na mão. Para Bruno, sobrou a única que restava seca no gancho: uma toalha de praia antiga, infantil, com estampa desbotada.

Bruno pegou a toalha pequena. Tentou enrolar na cintura. O tecido mal dava a volta. Ficou curto, ridículo, mal cobrindo o terço superior das coxas. A lateral ficou aberta, revelando a pele do quadril e a lateral da bunda. Na frente, o volume do pau empurrava a estampa do Pato Donald para a frente, criando uma tenda inegável.

— Você tá congelando — Cristina disse, aproximando-se. O instinto maternal lutando uma batalha perdida contra o instinto de fêmea.

Ela começou a secar as costas dele com a própria toalha dela. O movimento era vigoroso, para aquecer, mas suas mãos sentiam a pele fria e firme, os músculos das costas se contraindo sob o toque.

Ao se aproximar, os seios dela — agora cobertos apenas pela toalha úmida jogada nos ombros, mas com a frente da camisola ainda transparente — roçaram nas costas nuas do filho.

Bruno estremeceu. Não de frio.

Patrícia se ajoelhou na frente dele.

— Tira essa lama da perna — ela disse, a voz baixa.

Com a toalha dela, ela começou a limpar as canelas dele, os joelhos. Subiu pelas coxas. Suas mãos, protegidas pelo felpo, apertavam os quadríceps duros. Ela estava com o rosto na altura da virilha dele. A toalha infantil mal escondia o que estava por baixo. Ela podia sentir o calor irradiando dali. O cheiro dele — almíscar, chuva, e aquele cheiro específico de homem excitado — enchia o nariz dela.

Ela viu, pelo canto da toalha que estava mal fechado, a base do pau dele. Os pelos pretos e molhados. Uma veia grossa pulsando na raiz.

A mão dela subiu mais um pouco, "secando" a parte interna da coxa, perigosamente perto das bolas.

O pau de Bruno deu um pulo. Visível. A toalha se mexeu sozinha.

Patrícia parou a mão. Olhou para cima. Os olhos de Bruno estavam fixos nela, escuros, dilatados, selvagens.

Cristina, atrás dele, viu a cena. Viu a filha ajoelhada diante do filho. Viu a ereção crescendo sob a toalha ridícula.

— Tá bom — Cristina disse, a voz cortante, interrompendo o transe. — Já secou.

Patrícia levantou, o rosto vermelho.

— E agora? — Bruno perguntou, segurando a toalha na cintura com uma mão, tremendo. — Minha barraca já era. Minhas roupas tão lá dentro, tudo molhado.

— Você não tem roupa aqui dentro? — Cristina perguntou.

— Só o que eu trouxe no corpo. O resto ficou na mochila, na barraca.

Ele estava nu, enrolado numa toalha infantil, sem roupas secas.

— Você não vai voltar pra lá — Cristina decretou. — Tá perigoso. Pode cair outro galho.

— Vou dormir no sofá — Bruno ofereceu, olhando para o sofá de vime duro e curto da sala.

— Não tem coberta seca pro sofá. As mantas tão no quarto. E tá fazendo doze graus com esse vento — Cristina balançou a cabeça. Ela estava racionalizando, mas no fundo, uma porta escura tinha se aberto em sua mente e ela estava correndo em direção a ela. — A cama do nosso quarto é de casal. É grande.

— Mãe... — Bruno começou, engolindo em seco. — Não cabe.

— Cabe se a gente se apertar. É só por hoje. Até amanhecer e a chuva parar. — Ela falou com autoridade, aquela voz de mãe que não aceita réplica, mas seus mamilos duros contra o tecido molhado diziam outra coisa.

Patrícia olhou para a mãe, depois para o irmão. O coração dela disparou.

— É melhor, Bruno. Você tá tremendo — Patrícia apoiou, a voz sumindo.

— Tá. — Ele cedeu. — Mas eu não tenho cueca.

— Dorme assim. A gente apaga a luz. Ninguém vai ver nada. — Cristina mentiu.

Eles foram para o quarto. A chuva continuava a martelar o telhado, isolando-os do resto do mundo. Dentro daquele quarto, as leis da sociedade civilizada pareciam ter sido levadas pela enxurrada.

A cama de casal era padrão, não king size. O espaço era limitado.

— Eu fico na ponta — Cristina disse, deitando-se do lado direito, virada para a parede, puxando o lençol até o pescoço. Ela tinha tirado a camisola molhada no escuro e vestido uma camiseta velha que achara na gaveta, mas estava sem calcinha por baixo, pois as suas estavam na mala na sala e ela não quis buscar.

— Eu fico na outra — Patrícia disse, deitando na esquerda. Ela tinha tirado o top molhado e a calcinha suja de areia. Estava nua debaixo do lençol, vestindo apenas uma camiseta larga do irmão que pegara na pilha de roupas limpas do armário (roupas velhas de verão).

— Vem, Bruno. No meio. — A voz da mãe veio da escuridão.

Bruno soltou a toalha no chão. Ficou nu no escuro por um segundo, o ar frio tocando sua pele, seu pau agora duro, pesado, apontando para frente.

Ele entrou na cama.

O colchão de molas rangeu e afundou sob o peso dos três corpos.

O calor foi imediato. Três peles quentes, vibrando de adrenalina, confinadas em um espaço de um metro e quarenta de largura.

Bruno deitou de barriga para cima, rígido como uma tábua, os braços colados ao corpo para não tocar em nada. Mas era impossível.

O ombro direito dele encostou no ombro esquerdo da mãe. O braço esquerdo dele roçou no braço direito da irmã.

— Boa noite — ele sussurrou, tenso.

— Boa noite — responderam as duas.

Ninguém dormiu.

A tempestade lá fora era apenas um ruído de fundo para a tempestade elétrica na cama.

Minutos se passaram. A respiração de Bruno começou a ficar mais pesada. O corpo relaxou um pouco.

Patrícia, fingindo se ajeitar, virou-se de lado, de frente para o irmão. Dobrou a perna. Seu joelho, nu e quente, escorregou entre as pernas dele. A parte interna da coxa dela roçou na lateral da coxa dele. Ela subiu um pouco mais o joelho.

Sentiu os pelos da perna dele. Sentiu o músculo duro.

Bruno prendeu a respiração, mas não se afastou. Pelo contrário, abriu milimetricamente as pernas, permitindo o encaixe.

Do outro lado, Cristina se virou também, ficando de costas para o filho, na posição de conchinha. Mas ela se empurrou para trás. Sua bunda, coberta apenas pela camiseta fina, encontrou o quadril dele.

Ela sentiu algo duro. Quente. Cilíndrico.

O pau de Bruno estava deitado de lado, encostado na coxa dele, pulsando. A bunda de Cristina pressionou contra a cabeça do pau.

Bruno gemeu baixo, um som que poderia ser confundido com um suspiro de sono.

O pau dele reagiu instantaneamente ao contato com a curva macia da mãe. Cresceu. Endureceu ainda mais, se é que era possível. A cabeça do pênis, úmida de pré-gozo, roçou no tecido da camiseta dela, bem na altura do cóccix.

Cristina sentiu. Ela sabia exatamente o que era aquilo. A dimensão daquilo. O calor daquilo.

Ela deveria ter se afastado. Deveria ter ido para a sala.

Mas ela ficou. E, muito sutilmente, arqueou as costas, pressionando a bunda um pouco mais contra a virilha do filho.

Do outro lado, a mão de Patrícia, escondida sob o lençol, começou uma exploração "inconsciente". Seus dedos caminharam pelo abdômen do irmão. Sentiram os gomos duros. Desceram para o umbigo. Brincaram com os pelos ali.

Bruno estava cercado. À direita, a bunda da mãe roçando em seu pau. À esquerda, a mão da irmã descendo perigosamente em direção à sua virilha.

Ele estava no inferno. Ou no céu.

O pau dele latejava dolorosamente, pedindo toque, pedindo atrito.

A mão de Patrícia desceu mais um centímetro. O dedo mindinho dela roçou nos pelos pubianos dele.

Bruno travou a respiração.

Patrícia parou. Esperou. Ele não a empurrou.

Então, com a coragem de quem acha que a escuridão perdoa tudo, ela abriu a mão e pousou a palma, leve como uma pena, sobre a base do pau dele.

Era quente. Grosso. Vivo.

Ela sentiu a veia pulsando contra a palma da mão.

O trovão lá fora explodiu novamente, abafando o gemido estrangulado que escapou da garganta de Bruno.

Ninguém tirou a mão. Ninguém se afastou.

Naquela cama, naquela escuridão, o pacto silencioso foi selado: a família tinha ficado do lado de fora da porta. Ali dentro, eram apenas um homem e duas mulheres, e a tempestade estava apenas começando.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive contradio a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários