De Corno a Predador: Como Me Vinguei Da Minha Esposa e Do Seu Amante - PT. 01

Um conto erótico de Gil
Categoria: Heterossexual
Contém 1730 palavras
Data: 26/12/2025 00:44:29

Eu costumava amar o cheiro do cabelo da Camila.

Era uma mistura de shampoo de frutas vermelhas e algo indefinível, algo que era só *dela*. Nas manhãs de domingo, quando ela ainda dormia e eu acordava primeiro, eu enterrava o rosto na nuca dela e respirava fundo, como se pudesse guardar aquele perfume nos pulmões para os dias ruins. Eu achava que aquilo era amor. Talvez fosse. Talvez tenha sido, uma vez.

Mas isso foi antes de eu descobrir que ela cheirava diferente às quartas-feiras.

Às quartas, quando voltava do "trabalho até tarde", o cabelo dela tinha notas de suor masculino. Não o meu. Alguém mais forte, mais animal. E embaixo do perfume caro que ela reforçava no carro antes de entrar em casa, havia o rastro inconfundível de sexo mal disfarçado.

Levei quatro semanas para ter certeza. Mais duas para aceitar. E então, numa terça-feira chuvosa de março, enquanto ela tomava banho cantarolando uma música que eu não conhecia, eu peguei o celular dela.

***

O coração batia tão forte que eu ouvi o pulso nas têmporas. As mãos suavam. Eu digitei a senha — a data do nosso casamento, que idiota sentimental — e o aparelho desbloqueou com um *click* suave, quase obsceno.

Abri o WhatsApp.

O nome dele estava lá, salvo como "Dra. Mariana - Fiscal". Criativo. Cliquei.

A primeira mensagem que vi foi uma foto. Dela. Nua da cintura para baixo, as pernas abertas, a mão direita cobrindo — mal — a intimidade depilada. A legenda dizia: *"Tô molhada só de lembrar de ontem. Vc me destruiu, amor."*

Amor.

Eu senti algo estranho acontecer dentro do meu peito. Não foi dor. Foi mais como... vácuo. Como se alguém tivesse arrancado o meu coração com as mãos e deixado um buraco frio, limpo, cirúrgico.

Rolei a conversa para cima. Meses. *Meses* de mensagens. Fotos. Vídeos curtos. Um deles mostrava ela no banheiro do escritório, a saia levantada, os dedos dentro dela, gemendo baixinho para não ser ouvida. "Pro meu macho", dizia a legenda.

Macho.

Eu, o marido, o provedor, o pai dos filhos dela, era o quê? O otário pagador de contas?

Continuei lendo. Havia combinações de horários. "Motel na Raposo, 18h30, quarto 12". Havia despedidas melosas. "Eu te amo mais que tudo, Marcos. Um dia a gente vai estar junto de verdade."

Marcos.

Eu conhecia um Marcos. Trabalhava na mesma empresa que ela. Gerente de vendas. Cara alto, bonitão, desses que malham todo dia e postam foto no Instagram com frase motivacional ridícula. Eu tinha apertado a mão dele numa festa de fim de ano. Ele tinha sorrido para mim. "Sua esposa é especial, João. Você é um cara de sorte."

O chuveiro parou.

Eu limpei o histórico de acesso, tranquei o celular e coloquei de volta na mesinha de cabeceira. Quando Camila saiu do banheiro, enrolada na toalha, o cabelo pingando, ela sorriu para mim.

— Tá tudo bem, amor? Você tá pálido.

Eu sorri de volta.

— Só cansado. Trabalho, né.

Ela se inclinou e me beijou na testa, maternal, condescendente. Eu senti o gosto da mentira nos lábios dela.

E foi nesse exato segundo que eu percebi: eu não ia chorar. Eu não ia gritar. Eu não ia implorar por explicações ou segundas chances.

Eu ia *destruir* ela.

***

Passei a semana seguinte em modo automático. Sorria nos cafés da manhã. Perguntava sobre o dia dela. Transava com ela aos sábados, a mesma rotina de sempre — missionário, ela gemendo baixinho, eu gozando dentro, ela correndo pro banheiro. Tudo *normal*.

Mas por baixo da pele, eu era outro homem.

Na quinta-feira, contratei um advogado especializado em divórcio litigioso. Não qualquer advogado. O tipo que faz a outra parte sair do tribunal sangrando pelos ouvidos. Expliquei a situação. Ele sorriu.

— Adultério comprovado? Isso é música para os meus ouvidos, João. Vamos esvaziar as contas conjuntas. Aos poucos. Ela não vai nem perceber.

Na sexta, abri uma conta em outro banco. Transferi quarenta por cento do nosso patrimônio. Não o suficiente para ela notar, mas o bastante para garantir que, quando o martelo batesse, eu não perderia um centavo.

E no sábado, eu instalei um rastreador no carro dela.

***

A primeira vez que eu a segui foi numa quarta-feira.

Ela saiu de casa às 17h, dizendo que tinha reunião com cliente até tarde. Eu fingi acreditar. Beijei a bochecha dela. "Boa sorte, amor." Ela sorriu, culpada, e entrou no carro.

Eu esperei cinco minutos e peguei o meu.

O aplicativo de rastreamento mostrava o pontinho azul dela se movendo pela cidade. Marginal Pinheiros. Raposo Tavares. Um motel vagabundo chamado "Paraíso das Estrelas", com letreiro de neon rosa apagado pela metade.

Estacionei do outro lado da rua.

Vinte minutos depois, um Civic preto entrou. Marcos. Ele desceu do carro, ajeitou o cabelo no retrovisor, checou o hálito. Ele estava *nervoso*. Aquilo me deu um prazer estranho, quase sexual.

Eles se encontraram na recepção. Eu vi através da janela suja. Ela se jogou nos braços dele. Eles se beijaram. Não foi um beijo de amantes casuais. Foi intenso, desesperado, as mãos dele apertando a bunda dela por cima da saia social.

Eu deveria sentir raiva.

Mas o que eu senti foi uma ereção.

Não era excitação *por* ela. Era excitação pelo *poder*. Eu sabia algo que eles não sabiam. Eu era o diretor invisível daquele teatro patético. Eles eram marionetes. E eu ia cortar os fios um por um.

***

Na semana seguinte, fiz algo que eu nunca pensei que faria.

Comprei uma micro-câmera. Dessas de espionagem, que gravam em HD e enviam pro celular em tempo real. Instalei no painel do carro dela, camuflada atrás do retrovisor.

Na quarta seguinte, às 18h47, eu estava no escritório, numa reunião de orçamento, quando o celular vibrou.

Movimento detectado.

Abri o app. A tela carregou.

E lá estava ela.

Camila estava no banco de trás do próprio carro, a saia levantada até a cintura, sem calcinha. Marcos estava por cima dela, a calça arriada até os joelhos, fodendo ela com força. O carro balançava. Ela gemia alto, sem medo de ser ouvida.

— Caralho... caralho, Marcos... isso... me arrebenta...

Ele grunhia, animal, as mãos apertando os seios dela por cima da blusa.

Eu estava no meio de uma sala de reunião, com seis colegas ao redor, discutindo planilhas do Excel. E eu estava com o pau duro, assistindo minha esposa sendo fodida por outro homem a três quilômetros de distância.

Eu fui ao banheiro. Tranquei a porta da cabine. Continuei assistindo.

Ela gozou primeiro. As costas arquearam, a boca aberta num grito silencioso. Ele gozou dentro dela logo depois, o corpo tenso, o rosto contorcido.

Eles ficaram ali, suados, ofegantes. Ela acariciou o rosto dele.

— Eu te amo — ela sussurrou.

E eu, sentado num vaso sanitário de escritório, com o pau na mão e o celular na outra, senti algo cristalizar dentro de mim.

Não era ciúme. Não era tesão.

Era *clareza*.

Ela não era mais minha esposa. Ela era o problema que eu ia resolver.

***

Levei mais duas semanas para ter todas as peças no lugar.

Documentos financeiros blindados. Advogado preparado. Provas reunidas. E então, numa sexta-feira à noite, depois que as crianças dormiram e Camila foi tomar banho, eu fiz a ligação.

Marcos atendeu no terceiro toque.

— Alô?

— Oi, Marcos. Aqui é o João. Marido da Camila.

Silêncio. Um silêncio tão longo que eu ouvi a respiração dele falhar.

— Eu... eu não...

— Cala a boca — eu disse, calmo. — Amanhã, meio-dia, você vai estar no estacionamento do Shopping Eldorado, terceiro subsolo, vaga C-47. Sozinho. Se você não aparecer, na segunda de manhã a sua noiva, a sua chefe e o RH da empresa recebem um e-mail com 47 fotos e 12 vídeos da minha esposa chupando o seu pau. Entendeu?

Ele engasgou.

— Entendi.

— Ótimo. Até amanhã, campeão.

Desliguei.

Camila saiu do banheiro segundos depois, cheirando a creme hidratante e inocência fingida.

— Quem ligou, amor?

Eu sorri.

— Ninguém importante.

***

No sábado ao meio-dia, estacionei ao lado do Civic preto.

Marcos estava dentro, pálido, as mãos tremendo no volante. Ele me viu e saiu do carro como um condenado indo para a forca.

Eu não saí do meu carro. Apenas abri a janela.

— Entra — ordenei.

Ele obedeceu. Sentou no banco do passageiro. Cheirava a suor nervoso e desespero barato.

— Olha, João, eu... eu sinto muito, cara. Eu não...

— Você vai encontrar a Camila na quarta que vem — eu o interrompi. — Mesma hora, mesmo motel. Mas dessa vez, você vai fazer exatamente o que eu mandar. Cada palavra. Cada movimento. Entendeu?

Ele piscou, confuso.

— O quê?

Eu virei o rosto para ele. E pela primeira vez, deixei ele ver o vazio nos meus olhos.

— Eu vou estar lá, Marcos. E você vai foder a minha esposa da forma que *eu* quero. Você vai dizer o que *eu* mandar. E quando terminar, você vai sair da vida dela e nunca mais olhar na direção dela. Porque se você desobedecer...

Eu mostrei o celular. Na tela, uma foto dele e da noiva, tirada do Instagram dela. Eu tinha feito uma montagem grotesca: a cara dele ao lado de uma das fotos que Camila tinha mandado, com uma legenda: *"Marcos, o noivo infiel"*.

— ...eu acabo com você.

Ele começou a chorar. Não foi bonito. Foi patético.

— Por favor... por favor, não faz isso... eu amo a Letícia...

— Então você devia ter pensado nisso antes de enfiar o pau na minha mulher.

Eu o empurrei para fora do carro.

— Quarta-feira. 18h30. Quarto 12. Não se atrase.

***

Voltei para casa cantarolando.

Camila estava na cozinha, fazendo bolo de cenoura com as crianças. A cena perfeita da família feliz.

Ela sorriu quando me viu.

— Voltou cedo! Tudo bem?

Eu a abracei por trás, pressionando o corpo contra as costas dela. Ela riu, surpresa.

— João... as crianças...

Eu beijei o pescoço dela. Senti ela arrepiar.

— Eu te amo — eu menti no ouvido dela.

E então, só para ela ouvir, acrescentei:

— Até quarta-feira.

Ela gelou por um segundo. Mas eu já tinha me afastado, sorrindo para os filhos, pegando um pedaço de massa crua.

Camila me olhou, confusa, uma sombra de medo passando pelos olhos.

Mas ela não perguntou nada.

E isso foi o primeiro erro dela.

***

>> Nota do autor: essa história fecha em 3 arcos. Esse é o fim do primeiro! Ela não é uma história só pra quem curte putaria sem contexto! Então não espere apenas isso… se puder comentar e curtir! Adoro ler os comentários de vocês! Abraço!

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Comentários

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Você escreve bem, parabéns.

Espero que dê continuidade.

Beijinhos da titia Suely Brodyaga

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Gostei muito. Adoro historia que o traido da o troco. saco cheio de conto de corno frouxo. Devia comer a noiva dele e foder ele no final,

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