Obra em casa rendeu com pedreiro

Um conto erótico de Taradenhum
Categoria: Gay
Contém 729 palavras
Data: 29/12/2025 10:55:40
Assuntos: Gay

O dia amanheceu com o barulho da betoneira. Ele havia chegado cedo, como prometido, para rebocar o muro dos fundos. Fiquei observando, pela janela da cozinha, o suor já tracejando as costas largas da camisa surrada, os músculos do braço tensionando cada vez que ele manuseava a pá.

O calor era pesado, de sufocar. Levei uma garrafa d’água gelada para ele. Quando esticou a mão para pegar, nossos dedos se tocaram. Ele segurou minha mão, não a garrafa, por um segundo a mais. O olhar foi direto, pesado, sem disfarce. “Tá um forno hoje”, ele disse, a voz mais rouca que de costume. “Dentro de casa tá pior”, respondi, e não estava falando do tempo.

Ele entrou para usar o banheiro. Ouvi a água correr. Quando saiu, estava com o torso nu, a camisa usada para enxugar o rosto. Parou na porta da sala, onde eu estava fingindo ler. O ar parou com ele.

Não houve conversa. Um passo, dois, e estávamos no meio da sala. A boca dele encontrou a minha com uma urgência que partiu qualquer véu de civilidade. Era gosto de sal, cimento e desejo puro. As mãos calosas abriram meu shorts enquanto eu descia o zíper dele. As roupas formaram um montinho no chão, entre a poeira fina que vinha do jardim.

Ele me virou, as mãos firmes nos meus quadris, e me pressionou contra a parede ainda livre de reboco. A textura áspera do concreto arranhava minha pele, um contraste brutal com a umidade quente do corpo dele nas minhas costas. Não houve delicadeza, apenas a pressão cega e então a entrada, um fogo lento e dilacerante que se transformou em uma queima avassaladora. Eu gemia, afundando os dedos na parede, enquanto ele movia os quadris com uma cadência poderosa, saindo quase completamente para entrar com mais força ainda. Cada embate era um soco baixo, profundo, que me tirava o ar.

O clímax veio como um desabamento. Sentia ele crescer ainda mais dentro de mim, o ritmo ficou caótico, descontrolado. Um rosnado gutural saiu da garganta dele, e então uma onda de calor intenso inundou meu interior, jato após jato, enquanto seus dedos cravavam na minha carne. A sensação de ser preenchido dessa forma, de sentir aquele corpo todo poderoso tremer e se entregar, foi o gatilho. Apertei meus olhos e gemei alto, gozando violentamente contra a parede áspera, meu próprio corpo convulsionando em ondas de prazer roubado e dado.

Ficamos presos ali por um longo minuto, ofegantes, grudados pelo suor e pelo que havíamos trocado. Ele saiu de mim devagar, e deslizamos para o chão. O pó do cimento grudou no nosso suor. Nos olhamos e, sem uma palavra, a corrente inverteu. Havia um desafio no olho dele, e uma promessa nos meus. Deitei-o de costas no chão duro e subi sobre ele, guiando-o para dentro de mim. Desta vez, fui eu quem controlou o ritmo, devagar no começo, sentindo cada centímetro revigorado, vendo o rosto austero dele se contorcer de novo.

As mãos dele, que antes me dominavam, agora agarravam meus flancos com força, guiando, exigindo. “Agora”, ele ordenou, com voz rouca, quando a velocidade ficou insustentável. Foi o meu sinal. Cravei as unhas nos músculos do peito dele e cavalquei com tudo, buscando meu próprio fim. O gemido dele saiu áspero, um som puro de entrega, e senti o segundo jorro quente daquela tarde me preencher. A visão dele perdida no êxtase, a boca entreaberta, foi o que me levou ao limite. Arqueei as costas e gozei entre nossos corpos, uma última onda intensa que me deixou fraco e trêmulo.

Ficamos deitados no chão, o ar pesado carregado com o cheiro do sexo, do suor e da construção. A betoneira parara lá fora. O único som era nossa respiração aos poucos se acalmando. Ele se levantou primeiro, vestiu a calça, sacudiu o pó. Me estendeu a mão e me puxou. Um aceno breve, quase um aceno de cabeça, e ele voltou para o muro, como se nada tivesse acontecido.

Eu fiquei ali, marcado por ele, pelo cimento e pelo dia. O corpo doía de um jeito bom, real, duplamente preenchido e esvaziado. A obra continuou, e nós nunca trocamos uma palavra sobre aquilo. Mas, às vezes, nossos olhos se encontravam através da janela, e o silêncio entre nós rugia com a memória do que cada um tinha dado e recebido.

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Comentários

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Caralho, que sorte, foda gostosa com um pedreiro, passei três meses com seis aqui em casa e não consegui nada. Oh inveja.

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