**Esposa narrando**
Daniel está certo, estamos passando muito tempo juntos, precisamos de espaço para expressar nossa individualidade ou pelo menos para sentirmos saudades um do outro. A monotonia do nosso casamento já está me cansando. Não me entendam mal, eu amo Daniel e ele é um marido perfeito. Nunca me deu motivos para ficar com ciúmes ou com raiva. Ele cumpre as tarefas de casa, faz o que eu peço sem reclamar e sem deixar para depois. Quando sai com os amigos sempre me diz para onde vai e não fica curtindo foto de mulheres de biquíni nas redes sociais nem assistindo filme pornô. Ele é um cavalheiro em tudo e me trata como a dama que sou. Mas às vezes parece que falta alguma coisa.
Fiquei animada com a ideia de ele transformar o porão em um cantinho só dele e dos amigos dele. Ele não vai precisar sair para beber ou curtir, vai poder fazer isso dentro de casa sem me deixar preocupada. E eu adoro os amigos dele.
Tem o Alex, um nome pequeno para um homem que é grande em todos os sentidos. É alto, tem ombros largos, seu corpo é parrudo e tudo isso combina com uma pele morena e uma barba farta. Ele é o puro charme do homem viril e macho, o que todas as mulheres desejam, em resumo é um homem de verdade. Já a esposa dele é um pé no saco. Eu duvido que aquela vadia religiosa consiga aproveitar tudo o que ele tem para oferecer. Se eu tivesse um homem desse, eu viveria grudada no colo dele, sendo carregada pra cima e pra baixo enquanto ele me come gostoso. Como será o sexo entre cristãos? Será que é só papai e mamãe todas as noites? Fico me perguntando se eles podem fazer de tudo como casal entre quatro paredes sem trair as suas próprias crenças. Tipo, boquete, gozada na cara, garganta profunda, usar vibrador e outros brinquedos sexuais, máscaras e fantasias, espanhola, uma punhetinha rápida, anal, grupal... Acho que grupal seria considerado adultério para eles e trairia os seus próprios princípios. Que povo careta. Com um homem como Alex para me foder todos os dias eu estaria no paraíso. Só de pensar em sua pele reluzente e em seus dedos fortes me penetrando eu já fico toda molhada. Será que é traição fantasiar com outro homem, o amigo do seu esposo? Que se dane. Vou deixar os julgamentos para a esposa chata de Alex.
O Lucas é o solteiro do grupo, mas não é má influência. Ele parece entender muito bem que tem dois amigos casados. Eu nunca entendi porque ele ainda está solteiro. É um rapaz bonito e carismático, não tão rústico quanto Alex nem tão açucarado quanto Ícaro. Era para as mulheres estarem se jogando em cima dele. Será que é ele quem não quer entrar em um relacionamento? Uma hora ele vai ter que assumir alguma responsabilidade.
Ícaro é o mais novo e o que mais me deixa preocupada. Os jovens da idade dele estão enfrentando uma epidemia de solidão. Mesmo tendo tantas redes sociais e tantos apps de namoro, ainda assim não conseguem criar uma conexão verdadeira com as pessoas. Parecem distantes um dos outros e isolados em seus próprios pensamentos. Ícaro parece sensível, meio delicado na aparência, com olhos castanhos, cabelo cacheado e um rosto corado do Sol. Tenho quase certeza que ele é gay, mas não dá para confirmar porque ele nunca falou nada sobre isso. Acho que os outros caras o veem como um irmão mais novo e protegem ele do mundo.
E, por fim, o meu marido. Daniel. De manhã cedo ele ligou para os amigos e chamou eles para ajudar no projeto de construir o espaço só dos homens no porão da casa. Enquanto eles carregavam os objetos pesados, eu fiquei na cozinha preparando um lanche para quando eles sentissem fome. Fiquei excitada com a energia masculina que encheu a casa. Todos aqueles homens suados e exalando feromônios no ar mexeu comigo. Eu estava na cozinha só imaginando chupar o pau repleto de suor de Daniel e ser fodida ali mesmo na cozinha, em cima da pia. Meu desejo era pegar o meu marido depois de um longo dia de trabalho, sentir o seu cheiro forte de macho, deixar que ele descarregasse toda a sua força em mim. Mas isso nunca acontecia. Daniel sempre tomava banho antes da gente transar e se depilava todo. Eu nem tinha a chance de provar o aroma dos seus pentelhos. Ele era perfeito em tudo, mas fodia mal pra caralho. Em vez de me pegar com força, meter sem dó em mim, ele me penetrava devagar como se tivesse medo de me machucar. A coisa mais intensa que eu conseguia fazer com ele é me engasgar em seu pau. Eu não quero fazer amor quando estou na cama, eu quero ser devorada, saboreada, quero que provem meu cuzinho, chupem minha buceta, brinquem com meu clitóris, mordam o bico do meu peito, me levem ao orgasmo. Amor é pra quando não estivermos na cama. Entre quatro paredes tudo é permitido. Mas eu não posso dizer isso para Daniel, né? Dizer a ele que eu estou insatisfeita no sexo e que quero mais do que ele me dá. Não é à toa que muitas mulheres gostam de ler dark romance.
Enfim, fiz sanduíche e limonada para os rapazes e levei até eles. A porta do porão estava fechada e eles estavam lá dentro há um bom tempo. Chamei para que eles abrissem e eu pudesse entrar, recebi como resposta um “Já vai”. Por que eles fechariam a porta do porão? Já não está abafado o suficiente lá dentro? Ou será que estão fazendo troca-troca? Brincadeira. Eles não fariam isso.
Depois de uns segundos, Daniel abriu a porta. Um cheiro esquisito saiu de lá de dentro. Cheiro de suor e de alguma outra coisa. Dei para ele a bandeja com o lanche e perguntei se queriam mais alguma coisa. Daniel respondeu que não e me deu um selinho. Ele já foi fechando a porta assim que virei de costas. Que frustrante. Às vezes eu tinha vontade de participar do círculo dos homens. Do que será que conversam? Com certeza é sobre mulheres, sobre o que fariam com as mulheres, com quais mulheres fariam. Isso parece tão excitante. As mulheres também tem conversas sobre sexo, mas acho que seria mais interessante conversar sobre isso com os homens. Imaginei eles ficando excitado enquanto conversam.
Voltei para a cozinha e um minuto depois ouvi a risada de Lucas vindo na minha direção.
– O que é tão engraçado? – perguntei.
– Nada não. Onde fica o banheiro?
Apontei a direção e ele foi até lá sorrindo. Estava claro que ele tinha se divertido com os rapazes. Eu vislumbrei um volume em sua calça, mas deve ter sido só vontade de mijar. Quando ele voltou, foi em direção a pia onde eu estava e pegou um copo d’água. Seu cheiro forte invadiu meu nariz. Eles precisam de um banho urgente.
Para não ficar me silêncio, puxei assunto com ele: – Não vejo a hora de você arranjar uma namorada fixa. Assim terei uma nova amiga.
Ele quase se engasgou com a água. Acho que não está nos planos dele namorar sério.
– Vai demorar um pouco para isso acontecer. Estou esperando a pessoa certa.
– Faz bem em esperar. Mas o que você está procurando em uma mulher?
– Ah, você sabe. Alguém que aguente o meu...
– O seu o que?
– Não posso falar isso para a esposa do meu amigo.
– Você pode qualquer coisa, bobinho. Vá em frente.
– Tá bom. Mas eu posso mostra em vez de falar.
– Mostra. – Incentivei.
Ele meteu a mão no bolso e sacou o celular. Ele ficou olhando para a tela por uns segundos procurando alguma coisa. Quando achou, olhou para mim e perguntou: – Você está pronta?
– Claro. Mostra o que é.
Ele virou a tela do celular para mim e mostrou o maior pau que eu já tinha visto na vida. Era um caralho gigante, parecia uma terceira perna. Como alguém conseguia andar com isso por aí? Nem ator pornô era tão grande assim. Na foto, o pau dele estava ao lado de uma garrafa de vinho e era tão longo e tão grosso quanto a garrafa de vinho!
– Impossível! – Exclamei incrédula. – Isso deve ser Photoshop ou você pegou na internet. Não acredito que isso realmente seja seu.
– Eu tô te dizendo. É realmente meu. E é por isso que eu não namoro sério. As mulheres não aguentam tudo isso. A maioria delas desiste assim que eu coloco a cabecinha.
– A “cabecinha”? Isso é eufemismo!
Ele deu uma risada sem jeito.
– Nunca pensei que teria essa conversa com a esposa do meu amigo.
– Fica tranquilo. Pode contar comigo para qualquer coisa. Inclusive, posso te apresentar uma das minhas amigas para você. O que acha?
– Melhor não. Elas não vão dar conta mesmo.
– É realmente grande. Não consigo tirar essa imagem da minha cabeça. É seu de verdade?
– Eu posso mostrar ao vivo se a senhora quiser.
Fiquei de boca aberta com a proposta. Tinha o meu marido, tinha os outros na casa. E se nos vissem nessa situação? Era capaz de Daniel quebrar ele na porrada. Foda-se. O que vale a pena tem um risco.
– Me mostra então.
– Tá bom, mas não se assusta.
Ele primeiro abaixou o short até o joelho e já dava para ver que sua cueca estava pesada e seu pau estava marcando. Aquilo era o pau dele mole? Já era maior que o de Daniel. Então ele abaixou a cueca e o pau pulou para fora. Eu fiquei em choque vendo aquilo. Mole já tinha uns 16 cm mais ou menos. Imagina isso ficando duro. Da cabecinha inchada e vermelha escorria um líquido transparente. Eu fiquei muito tentada a estender a mão e tocar naquilo, acariciar esse instrumento, mas eu não podia fazer isso. Minha boca encheu de água, fiquei salivando. Aquilo fazia estrago em qualquer buceta gulosa.
– Senhora?
Eu só sai do transe quando ele tocou o meu ombro. Eu estava hipnotizada com aquilo.
– Tá tudo bem com a senhora?
– Claro, claro. Desculpa, é que eu nunca tinha visto um desse tamanho.
– Acredite, não é a primeira vez que eu tô ouvindo isso.
Ele levantou a cueca e a calça, escondendo aquela maravilha outra vez.
– Bom, eu vou lá chamar os rapazes para tomarmos um banho.
Eu ainda estava em choque com o que tinha visto. Deixei ele ir sem dizer nada. Ninguém teria aguentado sentar naquele cacete. Ele nasceu abençoado com o maior pau do mundo, mas que também era uma maldição já que ninguém aguentaria aquilo. Era certo eu sonhar com isso hoje à noite.
CONTINUA...