O Barman e o Confeiteiro 21

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 5146 palavras
Data: 05/12/2025 13:50:22
Assuntos: Anal, Gay, Oral, Sexo, Sonho erotico

ADRIANO 21

Breno e Caio acabam me ajudando muito, meu melhor amigo já tem as manhãs de tanto me ajudar e o Breno aprende rápido. Amanhã quero deixar só as finalizações, mas o pesado mesmo estou fazendo hoje. Com a carona do Breno consegui ficar em casa até o limite do meu tempo antes de ter que ir trabalhar, estou muito empolgado com esse trabalho amanhã, além de ser uma boa grana vai ser minha virada de chave, vou me formalizar depois desse coffee break.

Perto da minha hora, tomei um banho rápido, e partimos. Nathan me mandou uma mensagem, disse que queria me ver, mas que não ia conseguir, mas pelo menos ele me garantiu que esse domingo vai dar um jeito de fugir de casa — inventando uma mentirinha — e que vamos fazer alguma coisa. Estou morto de saudades do meu principezinho já e claro da safadeza que só ele tem.

A única parte boa do meu trabalho agora é que o traste infeliz do meu supervisor não vai mais estar aqui para ficar me enchendo, a outra supervisora é menos filha da puda que ele — bem menos.

— Oi gente, tudo bem, a partir de hoje eu vou entrar entre os turnos para ficar com as duas baterias até um novo supervisor chegar — Amanda não parece nem um pouco feliz com esse trabalho extra, é óbvio que ela vai fazer hora extra até o RG mandar alguém.

— Adriano, logo e coloque uma pausa Supervisor por favor — ela deve só querer confirmar minha folga amanhã, é normal eles quererem confirmar quando a gente solicita banco de horas.

Faço o que ela me manda, logo na minha P.A. e em seguida entro de pausa Supervisão. O estranho é que ela me chama para a sala de reuniões, que é onde normalmente eles aplicam os feedback, não sei por que, mas estou com um mal pressentimento.

— Oi Amanda, algum problema? — Pergunto um pouco preocupado, mas ela me lança um sorriso simpático que me tranquiliza um pouco.

— Adriano, você já está na empresa há bastante tempo e eu vi que já tentou seleções internas antes.

— Sim, mas o fato de não ter uma faculdade sempre me colocou pra baixo — respondo.

— Pois é, só que se você tiver uma recomendação do supervisor as coisas podem ser um pouco diferentes — claro, o filho da puta sempre dá um jeito de puxar meu tapete, nem estou surpreso por saber disso.

— Sim, mas o meu supervisor nunca me ajudou com isso — digo, mesmo sem provas, tenho certeza que ele até deve ter atrapalhado.

— Eu vou ser direta, a empresa tem uma vaga para supervisor e o RH quer ver alguém de fora, porém ontem eu estava conversando com a coordenadora e nos duas achamos que você pode ser uma boa indicação para esse cargo — espero deve está sonhando, só pode.

— Eu?

— Adriano, você não tem faltas e nem atrasos, os dois monitores responsáveis pela nossa bateria foram treinados por você, fora outros operadores que já passaram e que ainda estão por aqui, inclusive o Nathan teve excelentes resultados logo na primeira monitoria que ele passou.

— Amanda, você está falando sério?

— Seríssimo, eu posso não ter trabalhado com você, mas só ouço boas coisas do seu profissionalismo, a Coordenadora também gosta do seu trabalho e da dedicação e compromisso que você tem com a empresa, esse pode ser o seu momento de crescer aqui e claro, seria interessante você iniciar uma faculdade assim que possível.

— Nem sei o que dizer — parece um sonho, passei um tempão esperando por isso que já até achava impossível — eu pensei que você tinha me chamado para confirmar minha folga de amanhã.

— Que folga?

— A minha, eu solicitei no começo da semana para usar meu banco — alguma coisa na cara dela me diz que ela não faz a mínima ideia do que estou falando.

— Desculpa Adriano, mas seu nome não está na planilha, até tem um operadora, a Márcia, mas o seu não foi enviado.

— Amanda, eu tenho um compromisso importante amanhã.

— Sinto muito Adriano, deve ter acontecido algum engano, mas você sabe como as coisas funcionam, tem que ser passado para o RH dois dias antes e tem que ter a assinatura do supervisor, e minha assinatura só passa a valer a partir de hoje — não foi engano, aquele filho da puta já sabia que iria sair e deu a folga para outra pessoa, porque assim mesmo que Amanda quisesse tentar me ajudar dar folga para duas pessoas no sábado é quase impossível.

— O que eu faço agora? — Não estou acreditando, esse infeliz me atrapalha até quando não está aqui.

— Desculpa Adriano, mas não tenho como te liberar e bem uma falta agora ainda mais em um sábado vai pegar mal pro seu processo de promoção.

— Eu sei e entendo, não é culpa sua, bem vou dar um jeito — eu sempre dou — e sobre a promoção, o que eu preciso fazer?

***

— Ela me disse que o RH vai preparar a papelada e que a partir de segunda vão entrar dois operadores novos, para substituir o Nathan e eu, acredita nisso, vou começar a treinar com ela, depois de um mês, eu vou ser o novo supervisor.

— Tá falando sério Adriano, caralho maninho, isso pegue uma comemoração especial, vamos pedir outro suco — Luan é a primeira pessoa para quem eu conto, pois nem estou acreditando ainda que isso esteja acontecendo.

Depois de tanto tempo o reconhecimento veio, é surreal, Nathan vai ficar maluco quando eu contar para ele. Eu quero guardar essa notícia para dar a ela no domingo, assim teremos mais uma razão para celebrar, além claro de estarmos nos vendo depois de tanto tempo.

— Vou precisar de você. Hoje à noite temos que ter uma força tarefa lá em casa para deixar tudo em ordem, o Breno vai levar e você ajuda ele a montar tudo lá, eu só vou poder chegar do meio para o fim.

— Relaxa, a gente vai dar conta — Luan tem de novo o brilho nos olhos, conheço bem esse olhar, é o brilho de quando meu amigo está apaixonado.

— E me diz como foi sua noite, você está com olheiras profundas, mas um sorriso e uma pele ótima.

— Ah, foi boa.

— Deixa de história Luan, conta logo, eu te conheço o que a Stella fez que te deixou assim, não te vejo assim desde a escola, quando você deu seu primeiro beijo na Gabi e ficou de quatro por ela.

— Aquilo foi loucura né — ele parece pensativo agora, mas tem algo aí, meu amigo está escondendo o ouro — eu não fiquei assim quando conheci a Stella?

— Ficou, mas não é assim, você está brilhando amigo, tá com um sorriso de ponta a ponta isso antes mesmo de saber da minha promoção.

— Eu estou apaixonado irmão — é estranho, pois acabei de me dar conta que é a primeira vez que escuto Luan dizendo essa frase.

— Finalmente está se permitindo viver sua história de amor com a Stella, fico feliz amigo — uma parte do meu coração sente um pouquinho, mas para mim a felicidade dele é o que importa, Luan é livre, lindo e hetero.

— Mano, tem uma coisa que eu quero te contar — ele respira fundo — é tudo meio novidade para mim, mas.

— Oi pessoal, desculpa o atraso, meu pai me pediu para ver um cliente de última hora — Breno que agora almoça com a gente todos os dias chega bem na hora interrompendo o Luan.

— E ai Breno! Tenho novidades, eu vou ser promovido!

— Não brinca, que maravilha Adriano — levanto para dar um abraço nele e Breno me tira do chão e me gira.

— Nem eu estou acreditando ainda, vem senta, vamos comer para comemorar.

— Ah mais isso pede uma comemoração melhor, sábado depois do trabalho vamos todos sair para beber — Luan dá a ideia e Breno brilha o olho aceitando de pronto.

— Por mim está topado — digo — sim, Breno meu amigo estava preste a dizer porque dessa felicidade toda que ele está sentindo hoje — Luan fica um pouco tímido, não devia ter colocado o Breno nessa conversa, nem pensei, ele tem me feito tanta companhia ultimamente e sua presença me deixa tão à vontade que nem pensei.

— Ah que estou tanto meu primeiro namoro sério agora né — meu amigo coça a cabeça, ele ficou tímido por que não curte se abrir para estranhos, vacilei de não ter pensado que Breno e Luan não têm a mesma ligação que eu tenho com ambos.

— Amigo fico muito feliz por você, sério — Stella é ótima e meu amigo merece ser feliz.

— Parabens amigo, não tem nada melhor do que amar e ser amado — sinto um pouco de peso na fala do Breno, é foda ele gostar tanto do Caio e não ser correspondido.

O restante do trabalho foi até melhor, já tinha tempos que eu não ficava tão empolgado com meu trabalho, tipo estava finalmente recebendo o reconhecimento que eu merecia — para mim ainda era um sonho — quando finalizei sai na esperança de encontrar com Nathan, mas uma maldita cliente queria contar a história desde a chegada dela no mundo em sua reclamação da falta de café no laboratório onde fez um exame — as deusas que me perdoem, mas parece que o pior tipo de pessoa é aquela que é pobre, porém se acha rica por que paga um plano de saúde.

Eu poderia ir até a bateria em que ele está trabalhando e dar um oi rapidinho, mas o maldito do supervisor também vai está lá e quero evitar olhar na cara desse babaca hoje, só para não correr o risco dele estragar meu dia. Afinal, ainda tenho receio dele tentar atrapalhar minha promoção de alguma forma, já que isso seria a cara dele, ficar sabendo e ir lá empatar.

Hoje Breno veio me buscar, já que ele está de folga, depois fomos buscar o Caio, Luan ficou de ir lá para casa depois do trabalho dele. Com a ajuda deles vai ficar tudo mais fácil e de certa forma melhor também, adoro ter esses momentos com meus amigos. Minha família com exceção da minha vó é claro sempre foi meio fria e distante, “não é preconceito filho, só estamos sendo práticos”, “não filho, o problema são os outros da rua, o mundo é muito violento com o que ele não entende” engraçado que eles nunca pensaram que estavam sendo violentos comigo.

— Madrinha a senhora finalmente conseguiu o reconhecimento, parabéns! — Caio me deu um abraço tão forte quando entrou no carro.

— Obrigado amiga, eu tô super feliz.

— E é pra estar mesmo, então já viu onde vamos comemorar?

— Tava pensando em ir para o nosso bar de sempre mesmo e ficarmos loucos de pinga.

— A senhora é quem manda Supervisora! — Caio está verdadeiramente feliz por mim, ele sabe o quanto me esforcei por esse reconhecimento.

— Mas e a confeitaria Adriano, você ainda precisa abrir o MEI — Breno questiona.

— Ai não sei, eu amo, mas ser supervisor me parece mais concreto, tipo eu vou receber mais dinheiro e posso até começar a guardar para fazer cursos e quem sabe até abrir uma confeitaria no futuro.

— Parece um bom plano Madrinha — Caio me apoia independente do que eu for escolher e eu amo isso nele.

— Mas e o seu sonho — Breno me lança um olhar sério.

— Não vou deixar de sonhar, só vou esperar mais um pouquinho.

— Nem todo mundo tem pai rico amigo — Caio alfineta o Breno.

— Caio!

— Desculpa, mas é a verdade.

— Está tudo bem, ele tem razão, desculpa Adriano.

— Vamos mudar de assunto, então Madrinha quando você começa na nova função? — Caio puxa o assunto para um outro lado e o clima no carro volta a ficar mais alegre.

Chegando em casa pela hora Ykaro já deve ter saído para o trabalho, porém a maluca da Pamela voltou e está bem irritada na frente da minha casa, eu sei que o Ykaro é um gostoso, mas bixa ele só pode ter mel na pika, para deixar essas mulheres loucas atrás dele. Quando ela me ver percebo o ódio que sente por mim, ainda bem que não estou sozinho, se não eu ficaria com medo.

— Não acredito que essa maluca tá aqui de novo, puta que pariu — pensou alto ainda dentro do carro.

— O que aconteceu? — Breno não pegou a confusão mais cedo.

— Ela veio aqui mais cedo, está atrás do Ykaro, mas ele já falou que não quer papo com ela, mesmo assim ela está insistindo.

Desço do carro — até porque vou precisar abrir o portão da garagem para o Breno — Caio vem logo atrás de mim. A amapô cruza os braços e fica me encarando com a boca espumando de tanta raiva.

— Cadê o Ykaro?

— Primeiro fale baixo que não somos suas parceiras — Caio toma a frente — segundo se a senhora que está atrás dele não sabe imaginar a gente que nem liga.

— Ele não vai brincar comigo, eu estou falando sério eu vou tornar a vida dele um inferno! — A mona está completamente descompensada.

— Mona eu já não te falei para ligar para ele?

— Madrinha, deixa que eu resolvo.

— Ele não me atende, o celular dele agora vive desligado, mas já sei como é que eu faço ele me atender — ela puxa o celular da bolsa e começa a procurar algo nele.

— Olha sai da frente que meu amigo quer colocar o carro na minha garagem — preço de uma forma quase educada.

Ela sai, porém assim que abro a porta da garagem a mona se desemboca dentro da minha casa também e para variar ela vem gritando e chamando pelo Ykaro — só o que me faltava agora. Caio e eu vamos atrás dela enquanto Breno fica meio sem saber o que fazer, já que ele não pode largar o carro no meio da rua e não tem ninguém segurando a porta da garagem, ou seja não tem como por o carro dentro de casa.

— Ykaro!

— Mana ele está trabalhando, já tentou ir no trabalho dele? — Caio tenta resolver de forma civilizada.

— Eu vou esperar ele aqui, onde fica o quarto dele? — Pamela se enche de uma autoridade que ela acha que tem.

— Ah mais não vai mesmo, eu vou chamar a polícia agora mesmo — ameaço, mas ela nem liga e sai pela casa procurando o quarto do Ykaro.

— Eu vou dar na cara dessa amapô! — Caio está prestes a perder o controle, quando Breno entra finalmente atrás da gente e o impede.

— O melhor é chamar a polícia, você não pode agredir ela assim.

— Mais gente ela só pode está em mania, pelo amor das deusas — agora eu consigo entender porque o Ykaro ficou tão transtornado com ela naquele dia, essa criatura torra a paciência de qualquer um.

No meio da confusão todo quem chega é o Luan, completamente confuso tentando entender o que está rolando aqui. Breno está tentando convencer o Caio a não ir lá no quarto do Ykaro descer a porrada na maluca, então cabe a mim tentar explicar para ele o que está rolando, daí como se não bastasse o Caio, agora o Luan também ficou puto.

— Espera — Luan me entregou sua mochila e foi no quarto do Ykaro, o problema é que o Luan não é uma pessoa que a gente consiga segurar, o Breno até talvez conseguisse, mas ele está tentando conter o Caio, minhas deusas o que tá acontecendo nessa casa.

Antes que eu chegasse no quarto só ouço uma gritaria, e para minha surpresa, Luan aparece no corredor carregando a maluca no ombro, ela se debate e grita, mas nada consegue fazer contra ele. Meu amigo vai até a calçada e só lá é que a põe no chão. A mona tenta rebater algo, mas meu amigo só fecha a porta na cara dela, até o Caio ficou em choque, pois meu amigo nunca foi muito de ter essas reações, a última vez que o vi brigando foi na escola e foi para me defender.

— Gente por favor, fiquem aqui — Breno quase implora, depois sai para tentar apagar o incêndio que essa situação se formou.

Não sei o que o Breno disse para ela, só sei que a amapô finalmente deu o fora. Temendo o que ela possa fazer no trabalho do Ykaro eu achei melhor ligar para ele e avisar tudo que aconteceu aqui agora. Não paro de me sentir culpado por ter inflamado ainda mais a situação, mas cedo então acabo pedindo para o Breno ir lá, eu tenho certeza que ela ainda vai aprontar e conhecendo o temperamento do Ykaro sobre essa criatura, melhor ter um advogado esperto por perto que possa ajudar.

— Vou lá conversar com Ykaro e depois volto para ajudar vocês — ele me diz quando o levo até a porta.

— Amigo você já me ajudou tanto hoje, pode ir descansar, a gente dá conta e você ainda está indo se meter em um assunto que não tem nada haver com você.

— Só quero te ajudar — ele diz me encarando.

— Nem sei como te agradecer Breno.

— Tá tudo bem.

Vou dar um abraço nele para nos despedirmos, mas no meio do abraço me viro para dar um beijo na bochecha dele, porém ele veio fazer o mesmo e nossos lábios se encostaram. É coisa de uns segundos, mas sinto um choque pelo meu corpo todo, sua boca é tão macia, foi um selinho só, mas que durou um pouco mais do que duraria um selinho por engano.

— Desculpa — Breno se apressa a dizer.

— Tá tudo bem, eu me virei, você se virou e normal, somos amigos né, amigos dão selinhos — não sei porque, mas fico na ponta dos pés e dei outro selinho “rápido” nele para mostrar meu ponto.

Breno ficou sem graça, não devia ter feito isso, mas aconteceu, ele coçou a parte de trás da cabeça e saiu sem conseguir falar mais do que um “até mais” ainda bem que Luan e nem o Caio viram isso, se não seria um problema para mim até umas horas, tenho certeza absoluta. E por falar neles quando retorno para cozinha o pau está quebrando entre eles.

— Ai gente, não né, acabei de lidar com uma maluca, agora vou ter que lidar com mais dois?

— Quem tá se passando é ele — Caio aponta para Luan que fica puta.

— Para de apontar esse dedo para mim viado!

— Luan, cara, poxa, vamos nos acalmar, peça desculpas agora, você não pode ser homofobico toda vez que ficar puto com algo, isso me ofende tanto quanto pode ofender o Caio! — Luan me encara com um olhar assustado, ele nunca me viu assim, mas é que estou com o sangue quente e com a cabeça a mil pelo que acabou de acontecer lá fora.

— Desculpa, eu não sabia.

— Ele nunca sabe!

— Caio já deu você também fica procurando todas as razões do mundo para brigar com o Luan, ele é meu melhor amigo também eu amo os dois igualmente, os dois cuidam de mim e os dois me amam.

Caio fica em silêncio com os braços cruzados e Luan está morrendo de arrependimento, uma coisa é ele atacar o Caio, mas saber que me magoou é a morte para ele. Meus melhores amigos só tem uma coisa em comum, que é o amor que eles sentem por mim, Caio me ver com um irmão mais novo, que ele tem que proteger a todo custo, às vezes isso é um pouco chato, só que eu adoro ser cuidado por ele, me faz lembrar da minha relação com minha avó, já o Luan me enxerga como um irmão mais velho, ele não escolhe uma camisa para comprar sem me consultar antes, sou literalmente a única pessoa no mundo que ele realmente escuta e confia, por isso para ele pensar que posso está chateado com ele é muito grave.

— Gente, porque vocês estão brigando dessa vez? — Pergunto tentando manter minha calma.

— Eu só avisei para ele, que agora temos que devolver as chaves e ele surtou.

— Não foi assim que ele falou não!

— Ai tá me chamando de mentiroso? Engraçado, porque não sou eu que estou mentindo aqui.

— Caio, por favor — peço mais uma vez, esse lance da culpa é algo que pega muito no Luan e ele sabe disso, por isso sempre que quer machucar, explora essa questão.

Dessa vez Luan evita responder, logo agora que ele está progredindo com a Stella, ai esses dois me cansam, mesmo que eu ame os dois.

— Então querido, eu já devolvi a minha chave, agora é a sua vez.

— Luan, olha o Caio me falou que o Ykaro pode esta se incomodando por vocês terem esse acesso liberado aqui, mas olha eu falei com ele, tipo o Ykaro não se importa e vocês virem para cá, mas acho que o Caio tem razão em relação a chave, eu não moro mais sozinho.

— O Ykaro não liga para isso — Luan diz, mas Caio o rebate.

— E como você sabe o que o Ykaro liga ou não, até onde eu sei vocês mal se conhecem.

Luan fica mais uma vez sem resposta. Eu passo as mãos no rosto, estou tão exausto, tive que lidar com uma maluca duas vezes no mesmo dia, e ainda descobri que o filho da puta do meu ex supervisor não mandou minha folga pro RH. Luan é muito empático, pelo menos comigo, percebendo que estou chegando no meu limite de eventos conturbados ele finalmente cede e começa a tirar a chave do seu chaveiro.

— Aqui, desculpa Adriano, eu não queria te estressar, só realmente não acho que o Ykaro ligue para isso, só isso.

— Quem te falou isso, um anjo, ou veio em uma revelação nos seus sonhos?

— Já deu para mim, fora os dois — dessa vez até Caio ficou em choque me encarando.

— Você precisa de ajuda Adriano, eu vou ficar calado, prometo.

— Ai tá vendo o que você fez Luan?

— Eu já falei, parei com vocês dois hoje, querem se matar, se matem, mas façam isso longe das minhas vistas, eu amo vocês, amanhã é um novo dia, mas por hoje já deu para mim.

Os dois começam a se dar conta só agora que falei sério, em todos os anos de amizade é a primeira vez que faço isso, então ambos estão sem saber como reagir. Eu sei que a culpa é minha por sempre mediar as brigas deles, mas eu estou com saudades do Nathan, estressado com meu supervisor, com a amapô maluca perseguidora e ainda tenho mil coisas para fazer hoje, isso que nem estou tentando pensar no que foi aquele selinho que eu dei no Breno, então para mim não tem como, eu não tenho mais energia para controlar esses dois.

Nem discutir mais eles conseguem, vou levando os dois para porta como se estivesse literalmente expulsando eles aqui de casa hoje. Tanto um como o outro protestam, porém já é tarde demais, se eu voltar atrás agora perco o resto de moral que ainda tenho com esses dois.

— Você precisa da gente Madrinha, para ser louca.

— É, eu vou me comportar, já te falei.

— Não, eu preciso de paz — digo para o Caio, depois me viro para o Luan — e eu conheço vocês, são que nem gato e rato, vejo vocês amanhã, agora vocês decidem se vão usar o tempo de vocês essa noite para termirarem de se matar aqui na rua ou vão repensar essa rivalidade idiota que um tem com o outro, amo vocês e até amanhã.

Assim como Luan acabou de fazer com Pamela, eu faço com eles fechando a porta de casa na cara deles. No meu coração a vontade que eu tenho e de abrir a porta, pedir desculpas e manda eles entrarem e acho que é meio que os dois estão esperando parados em frente a minha casa — eu sei que estão — mas não vou fazer isso, hoje não, eu realmente preciso de paz, e para esses dois qualquer coisa é motivo de guerra, talvez seja hora de aceitar também que Luan e Caio nunca vão ser amigos, só não consigo imaginar como eles fariam com a guarda compartilhada da minha amizade.

***

Estou cansado, e nem cheguei na metade ainda, eles tinham razão, preciso deles, porém não vou mentir, Carranca da Urias está tocando na minha caixinha e a tranquilidade na minha cozinha até está servindo para me acalmar. Estou com a mão na massa — literalmente — Urias cantando “Se eu fosse você” do nada me lembro da sensação que senti no selinho, o perfume do Breno é tão gostoso, ele é um pouco mais alto que eu, e tem um corpo malhadinho, fecho os olhos e só por um segundo penso em como seria ele aqui, me abraçando por trás, colocando as mãos nas minhas para sovar a massa — que nem naquele filme antigo que passava na sessão da tarde.

Os dois sem camisa, sentindo o calor do corpo dele atrás de mim, sua boca macia no meu pescoço, dando chupões de leve, eu jogando minha quadril para trás para sentir sua dureza, meu corpo todo arrepiado, suas mãos fortes subindo pelos meus braços até chegar nos meus ombros, de repente ele começa uma massagem nos meus ombros, estou tão relaxado. Depois da massagem ele descia as mãos — sempre presas no meu corpo, vale ressaltar — pelas minhas costas até chegar na minha cintura. Apertando com força ele me puxaria para sentir seu volume na minha bunda de novo, louquinho de desejo ele beijava meu ombro, depois meu pescoço, ai me virei de frente para ele, segurando meu rosto com sua pegada forte Breno me beijaria.

Um beijo tão quente, tão cheio de desejo, uma mão na minha nuca e a outra na minha bunda, apertando com a mão cheia. Minhas mãos? Elas certamente estariam no seu peito, susanoo ele de massa. Sua língua entrando na minha boca, ele provavelmente tem um beijo suculento, cheio de fome e desejo, já vi ele ficando com uns cara antes e puta merda, não posso negar que deu um desejo. Breno é carinhoso, porém firme, tem um perfume que me embriaga, assim me torno sua vítima perfeita. A mordida que ele me dá no lábio inferior é muito coisa de puto.

Certamente ele me levantaria para cima da mesa, para assim ficar mais perto, com o corpo colado no meu o beijo ficando ainda mais intenso — porra não sei como cheguei aqui, mas meu pau está tão duro — a música muda e “Herança” começa a toca, porra, ela tem um beat que mexe com a gente, Urias você arrasou — imagino Breno me despindo, depois tirando sua calça, seu pau deve ser branquinho da cabeça rosada, ele tem veias aparentes nos braços, deve ter um pau com veias também, só de imaginar seu membro duro sindo minhas pernas amolecerem e minha cueca ficar melada.

Ainda em cima da mesa Breno ficaria entre minhas pernas e então começaria a entrar em mim, devagar para não me machucar, pois eu sei que ele é carinhoso, meus gemidos abafados, eu acho que mordia meus lábios para não gemer alto, o calor percorrendo meu corpo inteiro, depois de entrar todo em mim, Breno me beijaria até que me acostumar com seu volume montando meu cuzinho

Normalmente não sou passivo, mas como um bom versátil eu deixo minha vontade na hora vir a tona, e com Breno nossa ele metendo em mim em cima dessa mesa, me beijando e gemendo junto comigo. Socando lentamente, porém com força, isso é exatamente sua vibe, carinhosa e forte. Depois de me levar ao ápice do meu tesão e me torturar com metidas lentas, eu praticamente imploro para que ele me coma com rapidez e ainda mais força.

Don L e Urias começa a cantar “paciência” e eu já nem sei mais o que estou fazendo, é louco, mas estou quase gozando sem me tocar, o bico do meu peito está durinho, meu pau reagindo dentro da cueca, duro feito uma rocha, na minha cabeça, Breno me tira de cima da mesa, afasta os ingredientes para que eu me apoie nela, ele levanta uma das minhas pernas para ficar em cima da mesa e assim meu cuzinho fica bem livre e empinado para ele, só pelo que eu já ouvi sei que Breno mete feito um macho puto no cio, me comendo agora do jeito que eu queria, socando dois dedos na minha boca para abafar meus gritos e me fazendo chupa-los.

Essa fantasia parece tão real, sensorial, meu cuzinho piscando louco para que o sonho virasse realidade, quase gozando a intro de “Voz do Brasil” me puxa para realidade, seguida do som da campainha. Respiro fundo, aos pouco voltando para o meu normal e também tentando me recompor. Limpo minhas mãos e vou na porta, orando para não ser a louca da Pamela de novo, mas depois de abrir eu gostaria que fosse ela.

— Oi e ai.

— Breno, o que você veio fazer aqui? — Olho para ele e me vem o flash dele me traçando na minha mesa.

— Desculpa, eu mandei mensagem, mas acho que você não viu.

— Ah, não quis dizer nesse sentido, desculpa, você pode me meter sempre, quer dizer vir me visitar sempre — gente do céu, ele começa a rir graças às deusas pensando que estou brincando, mas na real fiquei descompensado mesmo.

— O Caio me disse que você ficou sozinho, pensei que fosse precisar de ajuda.

— Na verdade eu preciso sim, mas você já fez tanto por mim hoje.

— Estou aqui para isso — ele morde o lábio, é rápido e agora fico me perguntando se ele sempre faz isso, se faz como nunca notei antes. Se bem que cara de puto eu sempre soube que ele tinha — posso?

— O que?

— Guardar o carro — ele falou a primeira vez e eu nem ouvi — você tá bem?

— Estou, só um pouco cansado, deixa eu abrir para você. A garagem, eu vou abrir a garagem!

Breno está rindo muito, ele deve está mesmo pensando que estou brincando, mas sério, não sei porque imaginei isso, ele é do Caio e eu tenho o Nathan. Foi só uma fantasia né, não tem nada de mais. Ele entra — na minha casa — vamos pra cozinha onde ele começa a me ajudar. Sentindo o perfume dele, minha mente começa a querer viajar de novo.

— Breno, vai tomar um banho para tirar esse perfume! — Falei um pouco mais empolgado do que deveria.

— Ah, para não pegar na comida né, foi mau.

— Isso! É não dá para cozinhar com esse perfume — repito o que ele falou.

Lhe dou uma toalha, depois volto para o trabalho, tomo um copo grande de água e finalmente consigo me acalmar, o que foi que rolou? Tudo isso por causa de um selinho acidental, “foco Adriano, ele é do Caio e você é comprometido” o que meu deu? Bem foco no meu trabalho, mas quase ponho tudo a perder quando Breno aparece na cozinha usando uma bermuda minha e só. Vai ser uma noite longa!

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Comentários

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Nossa rafa, joga a bomba e vai deixar a gente no fim de semana pensando nisso?sacanagem kkkk. to louco querendo ler o proximo pra descobrir se vai rolar alguma coisa entre o breno e o adriano. to louco querendo ver.

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Rafa, você envolve seus leitores tanto que quando termina todos devem pensar "mas já..??" Hahaha. Estou aqui ansioso pelos dois arcos, história envolvente e gostosa! Adriano vai derreter a cabeça quando tudo se revelar pra ele heheh

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