O instrutor de esqui tesudo

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Gay
Contém 9696 palavras
Data: 06/12/2025 08:34:06

Meus pais algumas vezes nos levaram para as estações de esqui do Chile e da Argentina durante as férias de julho e, embora eu me empenhasse, o período de estadia sempre se mostrou insuficiente para eu aprender a esquiar com desenvoltura. Foi com a intenção de tentar mais uma vez a me equilibrar sobre aquelas pranchas estreitas e deslizar montanha abaixo que reservei o mês de agosto inteiro das minhas férias na empresa.

Aluguei um chalezinho charmoso pelo Airbnb na cidadezinha de Villa la Angostura a cerca de 80 quilômetros de Bariloche na Argentina entre os Cerros Bayo, Belvedere e Inacayal que chegam próximos dos 2000 metros de altitude, na esperança de aprender de uma vez por todas a deslizar uma montanha abaixo sem levar tantos tombos ou me estatelar até ficar com o corpo todo moído. Como a infraestrutura das pistas de esqui do Cerro Bayo era a mais desenvolvida, era para lá que eu segui no meu primeiro dia das férias.

Devidamente equipado e com toda cara e coragem, procurando relembrar das instruções que me haviam sido dadas na época em que minha família vinha passar as férias de inverno, me pus a escorregar ladeira abaixo sem muita noção do que estava fazendo e, sem me preocupar com uma das regras mais básicas para qualquer iniciante, contratar um instrutor de esqui. Não vou perder meu tempo com um cara que vai me dizer tudo o que já sei, tempo e dinheiro jogado fora.

Bem, vamos lá, disse a mim mesmo. Como era mesmo? Dobrar os joelhos, pernas alinhadas com o tronco, peso projetado para a frente, canelas tocando a parte frontal das botas, ombros apontando montanha abaixo e esquis sob meu controle. Pizza, pizza, não a de comer, mas fazer um V com os esquis de modo que o vértice aponte para a frente tal qual numa fatia de pizza. Pronto, consegui. Assim se controla a velocidade de descida, se vira de direção e se para, antes do pior acontecer, relembrei. Agora adiante, posicionar os esquis paralelos e olhar para a direção que se quer seguir, dar um leve empurrão para a frente apoiado firmemente nos poles, e lá vou eu. Ai socorro, isso está indo rápido demais. Fazer a pizza, Marcel, fazer a pizza, cacete, é assim que se freia. Ufa, quase dou de bunda no chão. Vamos lá, fé e coragem, você consegue, já deslizou distâncias maiores do que estas quando garoto. Foi assim que a tarde findava, centenas de tentativas depois e com distâncias cada vez maiores percorridas ente um tombo e outro, mas com todos os ossos intactos. Deitado a noite na cama e cheio de orgulho da minha proeza, a musculatura das minhas coxas era a única a reclamar do tanto que doía.

Dia seguinte, café da manhã tomado e rumo às pistas de esqui, pois o dia promete. Céu azul, sol brilhando, fila nos teleféricos para te levarem montanha acima. Por todo lado instrutores berravam as instruções àqueles que nunca enfiaram um pé dentro de um esqui, eu já estava bem a frente desse pessoal e vou me posicionar nessa pista e mandar ver. Uau, é isso cara, é isso Marcel, segundo dia e você está arrasando, curva suave para a esquerda, curva suave para a direita, obstáculos contornados com maestria. Cacete como é boa essa sensação de liberdade. Eu tagarelava comigo mesmo de tanta empolgação. Até que, Epa, contornar obstáculo a direita bem sucedido e o que faz esse cara parado no meio da pista?

- Sai! Sai da minha frente! Sai! – berrei a plenos pulmões, enquanto o sujeito me encarava sem se mover. Até eu despencar em cima dele e rolarmos entre a neve uns metros abaixo.

- Não sabe desviar ou frear, seu maluco? Quase me mata! – protestou o sujeito que mais se parecia com um Sasquatch ou um Yeti tibetano, de tão grande e parrudo, o que o montão de roupas grossas sobre o corpo fazia parecer ainda maior.

- É você quem quase me mata parado feito um poste no meio de uma pista de esqui, seu doido! Não conhece as regras, nunca ficar parado no meio da pista? – devolvi zangado, tentando saber onde foram parar meus poles.

- Devia fazer umas aulas para aprender como contornar obstáculos na pista antes de sair por aí atropelando as pessoas! Para sua sorte sou instrutor e posso te ensinar como se desliza ladeira abaixo sem colocar em risco a vida dos demais esquiadores. – sugeriu, tirando os óculos e o capacete. O sujeitinho era meio arrogante, como todo argentino, mas até que era muito bonitinho, que rosto, que barba, que olhos são esses. Isso é que é macho, e que macho! Foco Marcel, foco! Você está aqui para curtir suas férias e não para se deixar impressionar por um fulano como esse.

- Não, obrigado! Estou me virando muito bem sozinho! E não colocaria a vida de ninguém em risco, inclusive a minha, se um sujeito que não deve entender muito de como se esquia, ignorasse uma regra básica! – retruquei, voltando a me equilibrar sobre os esquis.

- Bem, se mudar de ideia, ou se cansar de levar tombos, me chamo Juan e pode me procurar no centro de instrução. E você, como se chama, é brasileiro, não é? – perguntou, quando eu começava a escorregar montanha abaixo.

- Vai esperando! Espere sentado, engraçadinho! – ruminei num tom de voz um pouco mais alto do que deveria, o que o permitiu escutar meu sarcasmo.

Ainda moído do dia anterior, não pratiquei mais do que algumas horas durante a manhã daquele dia, voltando para casa para ver se a musculatura dolorida dava uma aliviada. Como estava querendo fazer umas compras para preparar as refeições em casa, pedi umas dicas para a Graciela que me alugou o chalé. Ela e o noivo Ramón eram extremamente simpáticos e prestativos com os hóspedes que alugavam os seis chalés instalados numa vasta propriedade onde também ficava a casa deles com vista para o Lago Correntoso. Seguindo suas sugestões, reservei a tarde para ir às compras na aldeia. Apesar do frio, fazia uma tarde linda e resolvi parar num dos cafés da avenida central e tomar um chocolate apreciando a paisagem e o fluxo de turistas. Diante do caixa ao pagar pelo chocolate e pelo pedaço de torta, uma voz grave e irônica ressoou atrás de mim.

- Vejo que está com todos os ossos inteiros, sinal de não deve ter se saído tão mal assim sobre os esquis. – era o sujeitinho, melhor dizendo, o sujeitão. Cazzo, como esse cara consegue ser tão bonito e tesudo?

- Se não houver ninguém desavisado bloqueando as pistas qualquer um consegue esquiar sem problemas! – devolvi igualmente irônico, fazendo-o rir.

- Ainda não me disse seu nome!

- E que diferença isso faz?

- Gosto de saber o nome de quem se faz de difícil e finge não ter ficado caidinho por mim! – não, isso já é demais, quem esse fulaninho pensa que é? Vá lá que seja um tesão de macho, só é uma pena que seja tão arrogante se achando o bonzão só porque a mulherada não para de dar em cima dele.

- Eu, caidinho por você? Era só o que me faltava! Precisa aprimorar as suas cantadas, ou vai morrer solteiro e sozinho.

- É aí que você se engana! Para ficar um pouco sozinho preciso driblar um bocado de garotas e gays o tempo todo, ou não tenho paz.

- Bom para você! Comigo não funcionou! Tente outro incauto qualquer que caia na sua lábia.

- Você já caiu, só não quer admitir, porque além de lindo é muito orgulhoso e não quer dar o braço a torcer. – Ah sujeitinho! Está bem que é um tesão de macho, que esse olhar abala qualquer estrutura, mas não pense que vai me dobrar! – Ainda não sei seu nome, fala para mim, seja bonzinho – insistiu.

- Marcel! Feliz agora? Então, se me der licença, tenho mais o que fazer! – devolvi, deixando-o com um risinho satisfeito, secando minha bunda ao sair do barzinho.

- Até breve, Marcel! – exclamou, fazendo meu sangue ferver.

Estava difícil de entender o porquê de eu ter me posicionado tão belicosamente em relação a ele. Afinal, eu estava sozinho há algum tempo e, sob outras circunstâncias, teria não só aceito as investidas dele, como provavelmente já teria ido para a cama com ele só para descobrir todo potencial daquele corpão viril e daquele volumão insinuante que acabei de ver entre suas pernas. Era de arrepiar e deixar o cuzinho piscando só de imaginar.

- Encontrou tudo o que precisava? – perguntou-me o noivo da minha senhoria.

- Sim, encontrei! Valeu pelas dicas! O centrinho da aldeia é lindo por demais. Viver aqui é como estar no paraíso.

- Mais ou menos! É sem dúvida um lugar muito bonito pela natureza que nos cerca e pelas pessoas que moram aqui, mas nossos sucessivos governantes desastrosos tornam a vida complicada em termos econômicos. Vivemos do turismo e, quando a grana fica curta, as pessoas deixam de viajar e nossos empreendimentos sofrem as consequências. – revelou ele.

- Não é muito diferente no Brasil! Nossos povos ainda não aprenderam a viver numa democracia, a não se deixarem levar por sujeitos sem nenhuma capacidade e corruptos até o último fio de cabelo. O sistema os obriga a votar em pessoas reconhecidamente incapazes e corruptas por pura falta de opções melhores, se é que existe alguma. – devolvi

- Tem razão! Mas, mudando de assunto, o que está achando das férias? Viajar sozinho também foi uma dessas faltas de opções, se me permite perguntar?

- Estão ótimas, estou gostando bastante! E sim, foi meio que por falta de opções. Talvez eu seja um pouco seletivo demais! – respondi sincero.

- Há uma pista de patinação que fica lotada de pessoas bonitas à noite. A Graciela e eu vamos dar uma passada por lá esta noite, venha conosco! – convidou

O lugar era mesmo bem legal, a enorme pista de patinação ficava a céu aberto cercada por barzinhos agitados por uma galera jovem e bonita, entre a qual rolava solta uma paquera com muitas opções. Minha habilidade sobre os patins para gelo era ainda mais precária do que sobre os esquis, mas isso não me impediu de me arriscar na pista com o suporte da Graciela e do Ramón me incentivando e me guiando sobre o gelo. Era divertido e, levar uns tombos fazia parte da graça, embora deixassem os fundilhos das calças molhadas.

Fui me segurando na mureta que cercava a pista pondo em prática as dicas que o Ramón havia me dado, embora devesse estar parecendo um boneco desengonçado tentando se equilibrar. Ele e a Graciela estavam dando um show no meio da pista, onde um bocado de pessoas também exibia suas habilidades com o esporte.

- Testando seus limites? – a pergunta foi feita por aquela voz que eu já conhecia.

- Claro, você de novo! – exclamei, ao me virar na direção do Juan. – Está me perseguindo, por acaso? Não tem mais o que fazer?

- Não costumo perseguir as pessoas! Penso que no nosso caso é o destino querendo nos dizer alguma coisa com esses encontros todos. – respondeu.

- Que azar o meu, então! O destino deve estar conspirando contra mim.

- Ou te dando a chance de conhecer um cara bonitão, incrível e louco para saber mais de você!

- A sua cara de pau é espantosa!

- Mas você gostou dela no mesmo instante em que me viu! – diante dessa precisei rir, e reconhecer que era persistente com aquilo que queria. – Primeiro sorriso, consegui! – exclamou em triunfo.

- Nem vou me dar ao trabalho de responder. – até porque eu não saberia o que dizer e, você vai acabar me tirando o sono se continuar a flertar comigo com tanta insistência, disse a mim mesmo.

Para me livrar dele fui até um dos barzinhos e pedi uma taça de vinho, fazia muito frio e um pouco de vinho vinha a calhar. Após o show que deram na pista, a Graciela e o Ramón vieram se juntar a mim. A conversa com eles fluía bem, ambos eram interessantes, antenados e bastante descolados. Voltaram a tocar no assunto de eu estar viajando sozinho quando também notaram que algumas garotas e caras estavam olhando insistentemente para mim.

- Só aqui percebo que poderia conseguir a companhia de pelo menos cinco interessados em você, que não param de olhar para cá querendo chamar a sua atenção. – observou o Ramón.

- Sim, também já notei! Vou fazer uma confissão, as três garotas já estão fora do páreo, só por serem garotas, se é que entendem.

- Você é gay? – perguntou a Graciela espantada. – Não dá para suspeitar!

- Sou! Espero que não seja um problema para vocês, até porque no site do Airbnb a pousada de vocês consta como gay friendly.

- Não, claro que não! Recebemos muitos gays e temos diversos amigos e amigas homossexuais. – esclareceu a Graciela. – Mesmo assim, sobram os dois caras, o da mesa com aquela galera é um tipão, se ele não estivesse tão obcecado em você as garotas já teriam arranjado um jeito de tirar uma casquinha dele. Mas ele não para de olhar para cá. Dá uma chance para o coitado, talvez seja a companhia que te faltava pelo restante das férias.

- É melhor não. Não estou numa das minhas melhores fases com homens. Já andei recebendo umas cantadas de um sujeito que parece estar em todos os lugares onde estou, inclusive já tive o desprazer de cruzar com ele há pouco. De fulaninhos arrogantes ando cansado, e esse, apesar de bonitão e charmoso, é desse tipo. O cara mais parece um Hulk, um Capitão América com a montanha de músculos que cobrem seu corpo, seria o meu tipo não fosse toda a petulância. – revelei.

- Não falei que estava caidinho por mim! Acabou de confessar! – não, outra vez não, qual é a desse cara afinal? Essa voz já estava me causando arrepios, e pior, onde não deveriam estar, no meu cuzinho.

- Vejo que já se conhecem! Quando conheceu meu irmão? – disse a Graciela. O Juan estava me perguntando o tempo todo do hóspede do chalé 4 querendo saber de quem se trata, se estava acompanhado, se era bonito, não é irmãozinho?

- Mais essa! – exclamei a meia voz. Quando será que vou aprender a ficar de boca fechada?

- O que? – perguntou ela. – Como se conheceram?

- Bem, o Marcel aqui, como você pode constatar, tem um pouco de dificuldade de se equilibrar sobre qualquer coisa que escorregue debaixo de seus pés. Há dois dias me atropelou na pista de esqui por não saber como desviar de um obstáculo, e agora está com esses fundilhos enormes e carnudos todos molhados do tanto que acabou sentando no gelo. – respondeu sarcástico o Juan. – O melhor de tudo é que ele acabou de admitir que está caidinho por mim, que sou o tipo dele! – exclamou, se pavoneando.

- Seu irmão! Não podia ser melhor, esse ... esse ... é seu irmão! – retruquei.

- O melhor irmão do mundo, não é Juan! – exclamou ela, cheia de orgulho ao abraçá-lo.

- Agora pelo menos sei onde te encontrar! – disse o Juan, feliz com a coincidência.

- É tem onde me encontrar, viva! – exclamei, sabendo que dali em diante não teria mais um minuto de sossego.

Depois dessa, eu estava desmoralizado, o tesudão passou a ter certeza que fiquei impressionado com ele. Ficou tirando o sarro o restante da noite, enquanto eu ia perdendo a noção das taças de vinho que já tinha enfiado goela abaixo tentando manter a dignidade. O Ramón e a Graciela saíram cedo, pois tinham que acordar no dia seguinte e deixar tudo em ordem para quando os hóspedes dos chalés começassem as demandas. Ficamos nós dois ali procurando nos conhecer melhor. O vinho me deixou falante e, quanto mais ele abria aquele sorriso hipnotizante, mais tesão eu sentia e mais um gole de vinho empurrava garganta adentro, até ficar um pouco zonzo por não estar habituado a beber, o que só percebi, de fato, quando quis me levantar para irmos embora. Precisei me segurar no espaldar de uma cadeira para não tropeçar sobre um cara sentado na mesa ao lado.

- Você está bem? Parece que alguém não sabe beber! – exclamou o Juan, me amparando em seus braços.

- Estou ótimo! Vai tirando essas mãozonas de mim que eu estou muito bem!

- É dá para ver como está bem! Vem cá, o caminho é por aqui! – disse, me guiando por entre as mesas para que não caísse sobre uma delas.

- Esses brações enormes cheios de músculos, pode ir tirando também. Está querendo arrumar algum pretexto para ficar me agarrando?

- Devia aprender a beber primeiro antes de se aventurar por tantas taças de vinho. – argumentou

- Sabichão! Você sabe de tudo, não é? Devia tomar umas aulas para aprender a esquiar, devia aprender a se equilibrar sobre os patins de gelo, devia aprender a beber, o que mais o sabe-tudo me aconselha a aprender? – perguntei, enquanto ele me encarava com um sorriso de arrasar.

- Venha, vou te dar uma carona antes que acabe se estatelando pelo caminho! Fique quietinho aí, só vou até ali pegar a minha motocicleta.

- Sim, chefe! – exclamei, batendo continência, enquanto tudo ao redor girava, não sei porquê.

Mal ele virou as costas, me pus a caminhar, aquela friagem parecia desanuviar a confusão na minha cabeça, embora não estivesse me permitindo enxergar as coisas com clareza e, muito menos, ajudando a me equilibrar sobre as pernas.

- Não mandei ficar quietinho lá? A pousada fica para o outro lado! – disse o Juan quando me alcançou. – Suba, eu te levo para casa!

- Não preciso de ajuda para chegar em casa! E, se pensa que vai me fazer subir nessa coisa e me levar sabe-se lá para onde, está muito enganado. – retruquei

- Estou vendo como sabe chegar em casa sem ajuda, estava seguindo no caminho para fora da cidade, sem nem saber dos riscos que está correndo. Podia topar com um urso enorme pelo caminho, sabe o que fazer se encontrar um urso? – começou a se divertir as minhas custas.

- Ursos? Não existem ursos nessa parte do continente, eu acho! Está falando isso só para me carregar nesse troço! – devolvi, balbuciando com a língua pesada. – Ursos, vê se pode! O único ursão que tem por aqui é você! – ele riu e me obrigou a sentar na garupa, saindo em disparada só para se exibir. Abracei-o com força, encostei a cabeça na jaqueta de couro de onde vinha uma quentura gostosa.

- Segura firme, não vá me cair da motocicleta! – ordenou. Eu só grunhi em resposta.

Dentro da minha cabeça o torpor só aumentava e, a partir daí, só me recordo de alguns flashes. Chegamos a algum lugar que não era o chalé que eu havia alugado, mas era quentinho e tinha um cheiro másculo. Perguntei onde estávamos e o Sasquasth me respondeu que era seguro. Minhas pernas pesavam mais que chumbo e, agarrado a ele, para não cair, fui lançado sobre seus ombros e carregado para um quarto à meia luz, e depois lançado sobre uma superfície macia que afundou um pouco com o peso do meu corpo. A imagem dele circulou embaçada diante dos meus olhos que precisei forçar para não se fecharem com o peso das pálpebras. Ele surgiu com o enorme torso nu, lindo, potente, sensual.

- Você devia ser proibido de tirar a camiseta e mostrar esse monte músculos estonteantes. – balbuciei, com a língua pesando tanto quanto as minhas pernas. – Faz a gente sentir umas coisas que não são nem um pouco decentes. – acrescentei, sentindo tesão misturado a embriaguez.

- Ah é, o que está sentindo? – trovejou ele com aquela voz de arrepiar.

- Ssssshhhh! Não posso falar, é segredo! – respondi, fazendo-o rir enquanto tirava a calça ficando apenas com a cueca boxer com um recheio enorme dentro dela. – Isso tudo não vai caber dentro de mim! – exclamei, sem tirar os olhos daquele volumão.

- Eu conheço um método infalível que vai fazer ele caber todinho dentro de você, mas não será agora. Você está muito bêbado para usufruir do prazer que isso vai te dar. – respondeu.

- Não estou bêbado! – protestei efusivo, querendo me erguer, mas logo voltei a cair sobre a superfície macia. – Por que está se deitando nessa cama? – perguntei, vendo que ele se enfiava debaixo de um edredom numa cama em frente a chaise-longue na qual ele havia me deitado.

- Porque se eu me deitar perto do seu corpo e da sua bundona gostosa vou ficar tentado a usar meu método infalível para encaixar meu cacete dentro dela. – retrucou.

- Você é muito safado, sabia? Safado, lindo e gostoso! – exclamei, ou melhor, o álcool que banhava meu cérebro exclamou.

- Trate de dormir, seu tesudinho gostoso do caralho e pare de encher a minha cabeça de tentações pelas quais não posso me deixar guiar. – sussurrou junto ao meu rosto antes de beijar minha testa.

- Sasquatsh tarado! Hulk safado! Troglodita gostoso! – devolvi, antes de ele apagar as luzes.

Acordei meio perdido com a claridade que batia no meu rosto. Não fazia ideia de onde estava. Usava as mesmas roupas da noite anterior e estava com todas elas cobrindo meu corpo, o que foi tranquilizador depois dos sonhos eróticos que tive. Só para me certificar que foram realmente sonhos, dei umas travadas no cuzinho, ele não doeu e nem estava ardido, o alívio foi maior ainda. A cama larga onde ele havia se deitado estava vazia. Por uns instantes fiquei a imaginar que talvez teria sido muito bom se ele tivesse me deixado dormir ao lado dele, daquele tórax largo e peitoral musculoso. Eu devia estar pirado para pensar num descalabro desses, aquele mastodonte petulante e sabichão era tudo o que eu não precisava na minha vida.

Com a cabeça zunindo saí do quarto à procura de alguém por uma casa espaçosa, bem decorada, e com clima de casa de montanha. Caminhei na direção de um tilintar e fui dar na cozinha onde a Graciela estava envolvida no preparo do café da manhã dos hóspedes com a ajuda de duas funcionárias.

- Dormiu bem? – perguntou com um risinho irônico.

- O que aconteceu, como vim parar aqui?

- Ao que parece você tomou algumas taças de vinho além da conta e, segundo o Juan, ele precisou te trazer para cá porque você nem sabia mais para que lado ficava o chalé. – respondeu

- Tudo isso foi culpa daquele Sasq..... do seu irmão, aquele .... aquele .... safado aproveitador! – retruquei.

- Está mesmo caidinho por ele, conforme ele afirma! Por que não diz a ele o que está sentindo, vai alegrar a vida dele! – sugeriu

- Eu não estou caidinho por ele! Que ideia! Até parece uma obsessão!

- Desde que te viu pela primeira vez na pista de esqui ele não para de falar de você. Faz tempo que não o vejo tão feliz. Devia dar uma chance para ele. Vai perceber o cara incrível que ele é. Vocês dois formam um lindo casal, tenho certeza que seriam muito felizes juntos. – disse ela.

- Como pode ter essa certeza, ele me irrita!

- Justamente por isso e pelo que você sente por ele, mas finge não estar sentindo. Acho que foi amor à primeira vista que juntou os dois.

- Agora você está exagerando! Amor à primeira vista, de onde tirou isso, de um filme, de um romance? Seu irmão e eu estamos mais para dois inimigos mortais! – ela riu.

- Há cinco anos o Juan perdeu o parceiro dele num acidente trágico, estavam juntos desde o tempo em que serviram na Marinha como oficiais pilotos de helicópteros. Depois disso ele mergulhou numa tristeza profunda até você cruzar o caminho dele naquela pista de esqui. Meu irmão, apesar de todo aquele tamanho, de todos aqueles músculos e força, é um cara doce e sensível que se preocupa com todos, que quer ajudar todos. Dê uma chance para que ele te mostre o quanto está gostando de você. – fiquei sem palavras e comovido com a história dele.

- Eu volto para o Brasil dentro de poucas semanas, não quero criar ilusões nele ou em mim sobre algo que não tem futuro. Seria injusto e sofrido para ambos. – argumentei

- O que aprendi é que a vida é curta, que devemos abraçar cada oportunidade, por mais efêmera que possa parecer. A felicidade está em pequenos momentos, não numa eternidade constante. O que vai acontecer depois não deve te bloquear para o que está acontecendo no presente e, no presente de vocês dois, está a possibilidade de se conhecerem melhor, de deixarem rolar o que tiver que rolar. Você é um cara sensível, bonito, demonstra ter um coração enorme, segundo o Ramón e eu constatamos, e só de estar iluminando o rosto do meu irmão com esses sorrisos que há tempos ele não dava, eu me sinto gratificada. – afirmou.

- Eu bebi mesmo tanto assim? Dei muito vexame? Como é que fui deixar isso acontecer, nunca fiz isso antes! – afirmei.

- Se deu vexame eu não sei, não estava mais lá para ver. Mas que o Juan gostou de te trazer para cá não dá para negar. Quem sabe se você estivesse um pouco mais sóbrio teria rolado algo mais naquele quarto na noite passada. – disse ela rindo.

- E onde ele está agora? Preciso me desculpar pela trabalheira que devo ter dado. Só não sei onde enfiar a cara.

- Aposto que ele curtiu cada momento da trabalheira que deu a ele. Tome seu café e vá se encontrar com ele no centro de esqui, ele está lá controlando os funcionários da escola de esqui, ela faz parte dos nossos negócios de inverno.

Para que a Graciela precisou me contar sobre o passado do irmão? Agora todo julgamento que fiz a respeito dele estava abalado. Como eu o encararia de agora em diante, sabendo que o parrudão podia não ser tão arrogante quanto eu havia imaginado, ainda por cima tendo ficado atraído por ele desde que pus os olhos nele. Não ia dar certo, ele cá eu lá, cada um com sua vida estruturada. O melhor a se fazer era não criar ilusões, evitá-lo para que não começasse a gostar dele, o que no meu caso não era algo difícil de acontecer, uma vez que caras como ele tinham o poder de extrair de mim todo carinho e paixão que carregava.

Me preparei para esquiar e subi no teleférico sem tê-lo visto, o que me fez respirar aliviado, pois não teria que falar sobre a noite passada, a bebedeira, o torso quente dele na motocicleta, o corpão sensual quase nu quando me colocou para dormir, o tesão que me dava só de pensar nele.

Fazia uma manhã bonita e fria, sol brilhando e as pistas ficando lotadas. Desci a montanha umas três vezes e, a cada uma delas, sentia mais confiança e mais destreza. Perto do meio dia estava me preparando para fazer a última descida quando ele voltou com um grupo para o qual havia dado uma aula básica. De longe ele acenou pedindo que eu o esperasse para descermos juntos.

- Oi! Tudo bem? Como acordou essa manhã? – perguntou, assim que veio ao meu encontro.

- Oi! Me desculpe por ontem à noite! Devo ter dado um baita vexame, não estou acostumado a beber e não sei o que me deu para fazer um papelão desses. – fui logo explicando. – O pior é que não me lembro de quase nada, é apavorante.

- Não se lembra mesmo de nada? Nem dos beijos que me deu, nem de como foi tirando minhas roupas e se atirando em meus braços pedindo para fazer sexo comigo? Foi tão bom, pena que não tenha nenhuma recordação do quão prazerosa foram as nossas transas. – devolveu ele com seu risinho habitual de quem está no domínio da situação.

- Eu o quê? Nós .... você está me dizendo que nós ...! Ai, é pior do que eu imaginava! Você e eu ... nós .... não pode ser, eu não seria tão maluco a ponto de ... mesmo embriagado eu não .... – nem me atrevi a pronunciar a palavra de tão envergonhado que estava.

- Transamos! É isso que não consegue dizer? Que fizemos sexo a noite inteira, que você esgotou minhas forças com todo seu apetite sexual? Gozado, porque eu me lembro de tudo, do quanto você é gostoso, carinhoso, tão devotado que não tem como não se sentir o mais realizado dos homens. – retrucou.

- Você está inventando isso tudo só para me aborrecer, não está? – questionei, pois era demais para ser verdade, eu nunca fui tão assanhado. Ele começou a rir da minha preocupação por ter extrapolado. – Cínico! Engraçadinho! Não gostei da brincadeira! – exclamei zangado quando percebi que ele estava tirando uma com a minha cara.

- Viu como sou gente boa, podia ter me aproveitado de você, dessa sua bundinha tesuda que não dá um minuto de sossego para a minha pica, dessa sua boca carnuda que estou louco para beijar desde nosso primeiro encontro. Devia me agradecer por ser tão bonzinho e me recompensar, a começar por um beijinho. – argumentou.

- Sério agora, me desculpe, e obrigado por me levar para casa. – retorqui. – Isso serve para eu aprender a não beber nunca mais além da conta. Que vergonha!

- Me encontre aqui às 16:00 hs, quero te mostrar uma coisa! – disse ele, desanuviando o clima que estava me deixando constrangido. – Seja pontual! – emendou, antes de atender a um de seus funcionários que chamava por ele.

Fui mais que pontual, esperei por ele cerca de quinze minutos antes de ele me levar até um campo aberto nos arredores do vilarejo. Havia um enorme galpão com a inscrição GZR9 Serviços Aéreos pintada em letras garrafais nas laterais da construção e dois helicópteros pousados diante dele. O Juan conversou rapidamente com um sujeito que veio ao nosso encontro assim que ele estacionou o carro e seguiu em direção a um dos helicópteros.

- Aonde vai me levar? Tenho que subir nessa coisa? – questionei com um friozinho na barriga.

- Quero te mostrar uma coisa e, sim, você precisa embarcar no helicóptero! Vai me dizer que está com medo?

- Não, claro que não! Quem você pensa que eu sou, um covarde?

- Pela cara que está fazendo é de se concluir que sim!

- Detesto essa sua mania de ficar se exibindo, de dar sempre uma de sabichão! Você é irritante! – retruquei. Caminhando firme e embarcando só para provar que não era o cagão que ele achava que eu fosse. – Seria bom chamar um piloto, não acha? Tem certeza que sabe o que está fazendo, pois eu não boto minha fé! – provoquei, só para irritá-lo.

Voamos por cerca de vinte minutos sobre os picos cobertos de neve até ele pousar num platô próximo ao topo do Cerro Belvedere. O sol ia se pondo devagar e a vista das montanhas ao redor que se aprofundavam em vales e uma paisagem de tirar o fôlego para a península de Quetrihue no Lago Nahuel Huapi, era de extasiar. Sentamo-nos numa rocha e ficamos a observar a paisagem. O sopro do vento parecia cantarolar entre as montanhas quebrando o silêncio daquele lugar ermo.

- É lindo, não é? – perguntou-me. – Gosto de vir para cá quando preciso pensar e me afastar um pouco do burburinho do vilarejo.

- Sim, é lindo por demais! É tão calmo, transmite paz e faz a gente se sentir pequeno. – respondi

- É exatamente assim que sinto! Quando venho para cá, sinto como se fizesse parte de uma coisa muito maior, de algo que não se pode controlar, de algo que nos dá a exata dimensão de quem somos. – afirmou, me mostrando uma sensibilidade que até então havia escondido como se tivesse vergonha de a confessar. – É a primeira vez que trago alguém para cá! – completou.

- E por que eu? – perguntei

- Porque gosto de você! – a resposta foi tão espontânea e rápida que não resisti à proximidade em que estávamos nos tocando ombro a ombro que me virei na direção dele e o beijei.

O Juan me puxou para junto dele, retribuiu o beijo devorando meus lábios, enfiando a língua na minha boca num frenesi crescente. Não me lembro de ter sentido tanto tesão por um homem como naquele beijo. Ele me transmitia segurança, paixão, arrebatamento. Aquele beijo e a maneira como ele me reteve em seus braços durante o período em que o sol se punha no horizonte refletindo seus raios dourados sobre a neve branca dos picos, me levou a mudar meu julgamento em relação a ele. Embora ainda acreditasse que cair de paixão por alguém em tão poucos dias era mais uma loucura do que uma realidade, eu precisava admitir que estava gostando dele numa proporção temerosa, e que, provavelmente me faria sofrer quando chegasse o momento de lhe dizer adeus.

- Temos que voltar, as condições climáticas mudam repentinamente nos topos dessas montanhas e tornam os voos perigosos. – disse ele, após um último beijo no Cerro Belvedere sob um céu azul tão baixo que mais se parecia com um cobertor a nos cobrir protegendo dos ventos.

- Obrigado por me trazer para cá! Nunca me senti tão conectado a um lugar como entre esses picos desertos. E obrigado por partilhar esse lugar especial para você comigo. – agradeci, fazendo-o sorrir de orelha a orelha feito um meninão desajeitado.

Naquela noite jantamos na companhia do Ramón e da Graciela na casa deles. Eu já não era mais um hóspede, mas fazia parte da família, como deixaram bem claro. Essa foi a razão pela qual me mudei do chalé que havia alugado para o quarto do Juan, quando a Graciela me disse que tinham uma demanda de um casal que não encontrava hospedagem na cidade e me perguntou se eu aceitaria ceder o chalé já que todos os demais estavam ocupados. Até onde esse arranjo providencial estava ligado ao fato de ela e o Ramón querem me aproximar do Juan eu não sabia e nem estava preocupado em saber, uma vez que meu tesão pelo irmão dela estava deixando meu cuzinho mais assanhado que virgem batendo uma sirica. Tanto é que fui eu a tomar a iniciativa e partir para cima dele assim que nós preparávamos para ir dormir e ele tirou a camisa e a camiseta me deixando alucinado com seu tronco másculo.

- Gosta disso, não é? – perguntou ele quando comecei a infiltrar as pontas dos dedos entre os pelos do peitoral musculoso. – Percebi como ficou fascinado pelo meu torso mesmo quando embriagado e não falando coisa com coisa, apenas me admirando todo excitado.

- Nem me lembre desse episódio, ainda não me conformo do papelão que fiz!

- Sabia que aquelas taças de vinho te deixaram ainda mais sexy? Precisei bater uma punheta depois de te alojar na cama e me enfiar debaixo das cobertas. Se você estivesse um pouquinho só mais lúcido do que estava, eu teria comido essa bundona carnuda até você me pedir arrego. – afirmou, com um risinho malicioso me encarando enquanto se deliciava com meu afago em seu peito viril.

- Bem, eu estou bem lúcido agora e morrendo de vontade de sentir essa coisa que está crescendo impulsivamente aqui embaixo deslizar pelo meu reguinho. – afirmei devasso, lambendo os lábios com sensualidade e acariciando a ereção dentro de sua calça.

- Só deslizando pelo reguinho? Eu tenho bem outra intenção. Você ainda não sabe, mas o que está acariciando gosta de se enfiar em buraquinhos estreitos e quentes, e algo me diz que você tem um lugarzinho desses bem aqui no meio. – sussurrou ele, enfiando as mãos dentro da minha cueca para amassar as nádegas. Ganhou outro beijo quando passei os braços ao redor de seu pescoço e me deixei bolinar.

Despi-o propositalmente devagar, pousando beijos molhados sobre a pele que ia se desnudando e o deixando todo arrepiado. Cada vez que minha boca o tocava era como se levasse um choque elétrico, ele se retesava e sua respiração acelerava. O Juan não suportou essa demora por muito tempo, me lançou sobre a cama, se aproximou caminhando de joelhos até seu pauzão duro ficar a um palmo do meu rosto. A cueca dele já estava com uma rodela úmida e foi nela que toquei suavemente as pontas dos dedos e depois a boca, mordiscado a chapeleta melada através do tecido. O cheiro denso e almiscarado de macho adentrava minhas narinas e fazia meu cu se contorcer em espasmos. Puxei a cueca para baixo e, fechando uma das mãos ao redor do cacetão grosso, passei a envolvê-lo com os lábios após um selinho sobre o orifício uretral que vertia a babinha aromática e saborosa. O Juan soltou um grunhido surdo, agarrou-me pelos cabelos e gemeu meu nome.

Minha boca explorou cada centímetro do caralhão que enrijecia na minha mão até eu não mais o conseguir mover, restando-me punhetar o tronco de carne maciço e pulsátil. O pré-gozo escorria sobre a minha mão enquanto eu abocanhava cada uma das bolas e as chupava. Fui lambendo e sorvendo o fluido viscoso até ele não se aguentar mais e me virar de bruços, caindo de boca sobre o meu reguinho liso exposto quando ele afastou as bandas roliças e polpudas da minha bunda.

- Teu cuzinho está piscando para mim, pedindo rola! – exclamou, antes de enfiar a cara barbuda entre as minhas nádegas e lamber as preguinhas saltadas pelo tesão.

Soltei um gemido longo de prazer ao senti-lo mover a ponta da língua sobre a rosquinha anal. Era tudo o que ele queria ouvir, meus gemidos de entrega. De quando em quando, ele enfiava um dedo no buraquinho piscante me deixando todo arrepiado e trêmulo. Ele ronronava a cada mordiscada que dava na pele lisa e sensível do meu rego, marcando-a com os dentes. Eu me revolvia na cama, me agarrava a tudo que estava ao alcance das minhas mãos, crispava os dedos nos lençóis e empinava o rabão me oferecendo à sua devassidão e desejo.

- Ai Juan! Está me matando de tanto tesão, Juan! – gemi libertino praticamente suplicando para ser enrabado.

- Tesão de rabo que você tem seu safadinho gostoso! Quer que eu foda esse buraquinho? Pede para o teu macho, pede Marcel! Pede para o macho colocar a pica nesse cuzinho apertado, pede! – ronronava ele, enquanto sua boca molhada devorava meu ânus entumecido.

- Ai Juan, me fode! Fode meu cu Juan! Enfia teu pintão no meu cuzinho, enfia, Juan! – gemi, rebolando um pouco para excitá-lo ainda mais.

As glândulas perianais soltando muco de tão excitado que eu estava deixavam meu cuzinho cada vez mais úmido e lubrificado, o Juan ainda colaborou pincelando o pauzão babando sobre as preguinhas e começando a forçar a entrada. Numa empurrada mais forte as pregas se distenderam fazendo o cuzinho se abrir como o desabrochar de uma flor e a cabeçorra escorregou para dentro. Me agarrei aos lençóis e soltei um ganido de dor. O pauzão grosso foi deslizando cu adentro, me alargando e arrebentando algumas preguinhas. Entre gemidos eu aguentava firme deixando o macho me invadir sabendo que era o preço a se pagar antes de sobrevir o prazer. Meus ganidos ensandeciam o Juan fazendo-o socar o pauzão o mais fundo que podia no meu cu. Logo ele estava bombando forte alargando meu cuzinho apertado com suas estocadas potentes. Apesar da dor crescente, agora mesclada ao prazer, eu me deliciava com a fome dele pelo meu cuzinho úmido e macio.

- Era isso que você queria, seu putinho safado? Fala para o teu Juan, fala! Fala que você está caidinho por ele e que quer que ele encha esse rabinho estreito de porra, fala Marcel! – grunhia ele junto ao meu ouvido enquanto mordia minha orelha e chupava a pele da minha nuca.

- Ai Juan, eu quero! Eu quero você, eu quero que me insemine! Eu quero seu leite de macho formigando no meu rabo! – gemia eu, empinando a bunda para receber o cacetão esfomeado dele.

Enquanto pedia para que me fodesse, acabei gozando em pulsos fortes liberando o esperma cremoso numa onda de êxtase. Ele parecia querer me rachar ao meio socando o pauzão grosso tão profundamente que revolvia minhas entranhas, me fazendo ganir de prazer.

- Tesão de cuzinho! Rabudo gostoso do cacete! Caralho de bunda quente! – era tudo o que ele ronronava num transe de satisfação ao perceber que todas suas energias migravam para o baixo ventre retesando-o, contraindo o sacão e fazendo com que as bolas ingurgitadas começassem a expelir o sêmen denso e pegajoso no meu cuzinho. Seus grunhidos quase selvagens redobraram meu tesão e meu prazer, enquanto ele se despejava todo, saciado e exultante, na minha fendinha que encapava sua rola grossa apertando-a com espasmos vigorosos.

O Juan largou todo o peso sobre mim quando terminou de ejacular, sem tirar a pica do meu ânus. Deixamos nossos corpos relaxarem lentamente, as respirações voltarem ao ritmo normal, envoltos na quentura prazerosa das nossas peles se tocando. Ele só puxou o caralhão amolecido para fora depois de um tempo, o que me deixou com uma sensação de um vazio enorme. Quando as contrações começaram a fechar meu cu, senti a porra morna dele vazando pelo rego, enquanto ele contemplava embevecido meu buraquinho se fechando com seu leite viril dentro dele. Deitado de costas com as mãos cruzadas sob a cabeça depois de haver me puxado para cima de seu peito, ele se entregou aos meus beijos distribuídos sobre sua testa, nariz, bochechas, mandíbula e pescoço soltando um ronronar gutural.

- Vai me deixar mal acostumado com tantas carícias e afagos! – disse ele sorrindo para mim. – O que foi que eu fiz para ser merecedor disso tudo?

- Foi o homem mais tesudo e viril que já senti pulsando dentro de mim! – respondi, acariciando sua barba por fazer.

- Fico feliz de ter atendido as suas expectativas! Quero você para mim Marcel! Preciso de você, desse seu jeitinho ora enfezadinho ora cheio de amor para dar. Desde que te conheci meus dias estão mais brilhantes como se um sol que arde em você conseguisse esquentar minha alma e meu coração. Estou me apaixonando por você, seu veadinho gostoso! – confessou, enquanto sua mão deslizava sobre uma das minhas nádegas.

Eu não tinha uma resposta, não queria alimentar esperanças que talvez nunca pudesse atender e, subitamente, mergulhei numa tristeza por não poder admitir o quanto eu estava apaixonado por ele. Tudo ainda era muito recente, muito tênue, muito frágil para resistir a uma separação que ocorreria dentro de poucos dias. Percebi que ele interpretou o meu silêncio com amargura; no fundo, ele sabia tanto quanto eu que nossas vidas teriam que dar uma enorme reviravolta para podermos ficar juntos, por mais que o quiséssemos.

A cada dia que foi passando mais eu me envolvia com o Juan, com a irmã e o Ramón, bem como nas atividades e afazeres da hospedaria e do centro de esqui. A temporada de inverno demandava muito trabalho e dedicação aos negócios, Villa la Angostura estava cheia de turistas querendo usufruir dias de descanso, aventuras e esportes. Eles não queriam que eu desperdiçasse minhas férias ajudando-os com as tarefas diárias, mas para mim aquilo tudo era mais uma diversão prazerosa que me permitia ficar o máximo de tempo possível ao lado do Juan. Às vezes eu parava o que estava fazendo e ficava a admirá-lo a certa distância, seu corpão parrudo, aquele sorriso sincero um pouco triste emoldurado pela barba sempre por fazer, os olhares que ficava me lançando achando que eu não os notava, tudo nele me seduzia, me deixava com tanto tesão que bastava entrarmos no quarto à noite para que nossos corpos se atirassem um contra o outro e, entrelaçados, fizessem amor acaloradamente até estarmos exaustos e adormecermos um nos braços do outro.

Sabendo o que o irmão sentia por mim, a Graciela ficava me declamando as qualidades dele, me empurrava para junto dele, assumia junto com o Ramón algumas tarefas dele só para que tivéssemos mais tempo de ficar juntos, achando que com isso eu ia acabar cedendo e me dispondo a mudar toda a minha vida para me juntar a ele.

- Seria maravilhoso se você viesse para cá, você e o Juan formam um casal tão lindo e apaixonado, dá para sentir o quanto gostam um do outro. Sei que estou te pedindo quase o impossível, Marcel, mas encontre um jeito de ficar com o meu irmão, de fazê-lo feliz como vem fazendo desde que chegou aqui. Há tempos não o vejo tão cheio de energia e felicidade. – pediu-me ela.

- Toda a minha vida está arranjada no Brasil, tenho meu trabalho, minha família, meus compromissos, é tudo tão diferente daqui. Eu gosto do seu irmão, gosto mais do que deveria, mas encarar uma mudança tão radical não e algo que possa ser feito sem refletir muito. – devolvi.

- Eu sei, Marcel! Até já conversei com ele, sugeri que fosse viver com você no Brasil, mas ele é muito apegado a mim, acha que, como meu único irmão e parente, tem a obrigação de cuidar de mim, apesar do Ramón e eu estarmos muito bem juntos. Não deixem que esse amor se perca, não é todo dia que se encontra algo tão precioso. Não joguem o amor de vocês fora só porque há inúmeros obstáculos intervindo em sua consumação. – ela era um doce de pessoa, o amor que sentia pelo irmão era algo cativante, e me deixava com as estruturas abaladas toda vez que me pedia isso.

No dia que antecedeu a minha partida havia um clima de desolação entre o Juan e eu que, no entanto, não impediu que eu lhe fizesse um boquete para tomar aquele leite almiscarado pelo qual estava me viciando assim que acordamos ao me deparar com sua habitual ereção matinal em todo seu esplendor. Ele grunhiu e ronronou enquanto se contorcia todo na cama sentindo minha boca sugar seu falo e minha mão acariciando suas bolas enormes e pesadas, até ejacular fartamente na minha boca. O sorriso que me dirigiu quando terminei de engolir o último jato de sêmen só confirmou o quanto eu estava apaixonado por ele.

Ele havia reservado o dia para ficar comigo, queria me levar até o Lago Espejo Grande fora da Villa la Angostura e famoso por suas águas refletirem como um espelho a paisagem ao redor a qual eu ainda não conhecia, e para onde a agência de turismo dele, em sociedade com a irmã e o Ramón, levavam os aficionados pela pesca de trutas, por isso não nos preocupamos em levantar da cama ficando a trocar carícias ou a nos encararmos sem dizer nada, apenas curtindo aquelas poucas horas que ainda nos restavam. Tomamos banho juntos e não perdi a chance de ensaboar seu corpão másculo aproveitando para brincar mais um pouco com o cacetão grosso que, depois dele ficar dedando meu cuzinho, foi enfiado até o talo no meu rabo deixando dentro dele mais um tanto de seu esperma leitoso.

O lugar era ermo e muito bonito, as águas do lago tão cristalinas em seus tons de verde e azul que dava para ver o leito arenoso e pedregoso por onde circulavam alguns peixes. Ficamos falando sobre nossos sentimentos e ali eu me abri confessando que o amava por mais louco que isso pudesse parecer dado que nos conhecíamos há pouco mais de quatro semanas. Ele também confessou seu amor por mim e me pediu para ficar com ele. Acabou ficando o dito pelo não dito. Era impossível resolver alguma coisa naquele momento e ambos sabíamos disso. Fizemos amor apenas uma única vez naquela noite, ao contrário das anteriores quando o tesão falava tão alto que a todo momento estávamos grudados copulando.

Ao acordar na manhã seguinte, eu estava sozinho na cama. A Graciela e o Ramón disseram que ele saiu cedo para o trabalho para compensar a folga do dia anterior. Quando o Ramón me levou até Bariloche de onde partia meu voo, eu ainda não tinha visto o Juan o que me fez saber que ele não queria ou não conseguiu se despedir de mim evitando a dor da despedida. Abraçado a ele e à Graciela antes de seguir para o portão de embarque, eu chorava feito uma criança que havia se perdido dos pais. O vazio enorme que senti em meu peito naquele momento doeu mais que tudo o que já havia sentido na vida.

- Prometa Marcel que vai voltar mais vezes e, pense no que conversamos. Você não está deixando para trás os proprietários da pousada que alugou, mas uma família que quer ter você como um membro permanente. Nós te amamos, Marcel! – disse ela, deixando a dor ainda mais intensa.

- Diz a ele que entendi por que não veio se despedir de mim! Diga a ele que o amo! - pedi com a voz embargada e as lágrimas rolando pelo rosto. Ela assentiu com a cabeça e chorou nos meus braços.

Não apenas a minha família notou a minha transformação após o regresso. Chegaram a pensar que as férias não foram tão boas quanto eu havia planejado devido a tristeza que não me deixava pensar em mais nada. Eu rolava na cama à noite sentindo a falta do corpão quente do Juan, dos braços dele me enrodilhando a cintura, do caralhão excitado roçando minhas nádegas. Durante o dia ficava disperso, o pensamento longe divagando e, vira e mexe, focado naquele homem que ainda era um grande mistério para mim ao mesmo tempo que tinha a sensação de o conhecer desde há muito. Liguei algumas vezes para ele, mas ele não atendeu. As respostas às mensagens que enviei foram lacônicas. Ele estava tentando me tirar de seus pensamentos tanto quanto eu como um meio para não sofrer tanto.

- Vou me mudar para a Argentina! – minha família quase pirou quando, no início de novembro, dei a notícia sem nenhum preâmbulo para amenizar o impacto.

- Como assim vai se mudar para a Argentina? – questionou meu pai. – E o seu emprego, seu projeto de construir uma casa, você mal iniciou as obras, vai largar tudo? O que deu em você Marcel, não é do seu feitio ter esse tipo de rompantes. Que loucura é essa? Do que pretende sobreviver na Argentina? Sua vida está toda estruturada aqui!

- Mas me falta o principal, o homem que deixei por lá, o homem pelo qual estou perdidamente apaixonado e sem o qual não consigo mais viver. – soltei sem meias palavras.

- Que homem, Marcel? Do que você está falando? Quem é esse sujeito que virou a sua cabeça dessa maneira? Você nunca mencionou nada sobre ele. – interveio minha mãe.

- Mesmo que tenha conhecido alguém por lá, filhão, isso não significa que algo assim vá dar certo, pense bem! – voltou a argumentar meu pai. – Com o tempo você esquece, seja lá o que tiveram! Só pode ter sido uma coisa passageira que não pode ditar o rumo da sua vida, Marcel! Não seja louco, filhão!

- Eu tentei, juro que tentei, mas não consigo esquecê-lo! Vou com a cara e coragem me jogar de corpo e alma nesse relacionamento e apostar todas as fichas para que dê tudo certo. Não é mais uma questão para se ponderar, mas para agir. Eu quero o Juan para mim e, a única maneira disso acontecer, é ir atrás dele, me entregar a ele e a essa paixão que já não me deixa mais seguir adiante como eu fazia antes de o conhecer. – devolvi resoluto.

Novembro estava terminando quando embarquei decidido a me juntar ao Juan fossem lá quais as condições que nos permitiram viver juntos. Desde meu retorno ao Brasil em agosto eu não pensava noutra coisa que não naquele homem que entrou em meu coração de maneira tão sutil que, ao me dar conta, já o amava com todas as minhas forças. Pensei que como o verão ainda não havia começado, quando o Juan estaria novamente assoberbado com os turistas que procuravam Villa la Angostura para a temporada de pesca das grandes trutas nos lagos e riachos ao redor da cidadezinha, teríamos tempo de acertar os ponteiros e viver um pouco de romance. Quis surpreendê-lo por isso não avisei da minha ida, até porque fazia tempo que ele não respondia minhas ligações e mensagens.

- Coloque um pouco de juízo nessa sua cabeça, Marcel! – sentenciou minha mãe quando estávamos a caminho do aeroporto. – Ainda dá tempo de desistir dessa loucura, filhote! Você nem sabe se esse sujeito sente alguma coisa por você, se há meses não atende suas ligações. A essa altura ele pode estar envolvido com outra pessoa e nem se lembrar mais de você. Tudo o que queremos é não ver você sofrendo por uma paixão de férias, por algumas semanas que passaram juntos sem nenhum compromisso. Isso não é amor, Marcel, é apenas físico! Foi isso, vocês se sentiram fisicamente atraídos um pelo outro e fizeram sexo. Amor é algo bem mais profundo, não se iluda com o que aconteceu naquelas poucas semanas. – tentava ela me demover.

- Vocês não conseguem entender o que aconteceu entre nós. Não foi apenas uma atração física ou sexo banal, nasceu uma paixão! – devolvi.

- Ao menos avise que está indo à procura dele. Se ele estiver compromissado com alguém ou não quiser te ver não terá que passar por uma desilusão. – sugeriu meu pai. Contudo, o Juan não atendeu a ligação mais uma vez.

- Ele me quer, eu sei, eu tenho certeza! Vai dar tudo certo, não se preocupem comigo.

Desembarquei no aeroporto de Bariloche no meio da tarde, o coração parecia querer saltar do peito. Os ônibus que faziam o trajeto para Villa la Angostura já não estavam mais disponíveis, o que me levou a alugar um carro pois não via a hora de me atirar nos braços do Juan. Percorri os infindáveis oitenta e poucos quilômetros da movimentada Ruta Nacional 40 cheio de expectativas e um friozinho na barriga, será que meus pais podiam ter razão? Pela primeira vez tive medo do Juan ter me esquecido, de ter encontrado outra pessoa, de tudo que tivemos juntos não haver passado de uma aventura inconsequente para ele. Esses fantasmas me assombraram durante todo o trajeto, mas eu mantinha o pé no acelerador com uma obstinação ferrenha.

- Marcel! O que faz aqui? Onde está o Juan? – perguntou-me a Graciela quando veio abrir a porta no início da noite.

- Por que está me perguntando pelo Juan? Ele não está? O que aconteceu com ele? – desatei a perguntar sem nem mesmo tê-la cumprimentado direito.

- Pensei que viessem juntos! Ontem ele foi atrás de você! Foi te buscar no Brasil! Vocês não se encontraram? – respondeu ela sem entender o que estava acontecendo.

- Ele foi atrás de mim?

- Foi! Disse que não conseguia te esquecer, que ia arriscar tudo para ter você de volta, o maluco! E, pelo que posso concluir, você fez o mesmo, não foi? Por que não se falaram antes de saírem por aí feito dois irresponsáveis?

- Eu liguei para ele, mas ele não me atendeu! Aliás tem feito isso desde que saí daqui.

- Ele achou que talvez você não o amasse tanto quanto ele te ama, mas com o passar dos meses não falava noutra coisa que não conquistar seu coração a qualquer custo.

- Ele já tinha feito isso no primeiro dia em que o conheci! – retruquei, o que a fez rir e ao Ramón também.

- Vocês dois não tem jeito, parecem dois adolescentes! Ele vai ficar boquiaberto quando souber que você veio atrás dele e que se desencontraram.

Isso de fato aconteceu quando naquela mesma noite recebi uma ligação do pai.

- Oi filhão, adivinhe quem está aqui? – começou ele

- O Juan! – respondi de pronto

- Exatamente! O danado fez a mesma loucura que você, veio atrás de você sem avisar nada. Ambos viajaram à toa! – disse meu pai. – Sua mãe e eu estamos encantados com ele! É um bom sujeito, embora não pare de elogiar as tuas qualidades e não pare de pronunciar seu nome. – emendou rindo. – Vou passar o telefone para ele!

- Oi! – ouvi a voz grave dele que me fez estremecer todo.

- Oi! – devolvi

- Você é maluco, sabia? – disse ele.

- Eu? E você é o quê?

- Seus pais são fantásticos! Não à toa tiveram um filho lindo e carismático como você! Estou aqui pedindo a sua mão para eles! Acho que foram com a minha cara, até me convidaram para pernoitar aqui esta noite.

- Seu maluco, por que não respondeu as minhas ligações, nada disso teria acontecido!

- Foi bom porque assim sei que você também me ama! Provou mais uma vez que está caidinho, que gosta de mim e que não consegue viver sem mim!

- Convencido! Era só ter me perguntado! Quando volta para cá? Estou morrendo de saudades?

- Meu voo é amanhã! Não vejo a hora de comer o seu rabinho apertado, seu putinho safado! – sussurrou baixinho. – Sua mãe me contou que todos esses meses você dormia agarrado a um moletom meu, aquele que te emprestei na tarde em que fomos até o topo do Cerro Belvedere de helicóptero. Dei pela falta dele, mas nunca imaginei que você o levou consigo.

- Minhas preguinhas já estão piscando querendo engolir seu pauzão! – retruquei, também num sussurro que, no entanto, a Graciela acabou ouvindo. – O moletom tinha o seu cheiro porque o trazia junto a pele quando o emprestou. Está perdendo o cheiro depois desse tempo todo, mas foi a única coisa que me lembrava você e mantinha a saudade sob controle.

- Quando eu chegar em casa vai poder me cheirar todo, inclusive naquele lugar que você tanto gosta! – exclamou, me deixando com tanto tesão que meu cu ficou se contorcendo por mais de uma hora.

- Vocês dois não têm mais o que fazer do que ficar falando sacanagens pelo telefone? Tenha santa paciência! Trate de voltar o quanto antes, seu Juan! Estamos cheios de serviço por aqui! – berrou ela ao telefone quando se aproximou de mim. – Vão poder transar à vontade quando se encontrarem depois dessa confusão toda!

O Juan e eu estamos morando numa casa em estilo alpino patagônico na Los Radales em Puerto Manzano às margens da Bahia San Patricio que adquirimos de um casal idoso que se mudou para Bariloche perto da filha e dos netos. Investi algumas economias na agência de turismo tornando-me o quarto sócio do negócio. Temos trabalhado muito nas temporadas de inverno com a hospedaria e o centro de esqui e, nas de verão com a pesca esportiva nos rios e lagos da região. É uma vida atribulada, mas que tem me dado uma satisfação imensa. Toda noite quando entro na cama com o Juan e vejo aqueles olhos arregalados admirando as curvas generosas da minha bunda e o cacetão dele empinando, sei que o terei profundamente enfiado nas minhas entranhas tanto quanto cada um de nós está no coração do outro.

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