CATIVEIRO VOLUNTÁRIO

Um conto erótico de Rico Belmontã
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2503 palavras
Data: 09/12/2025 15:09:13

⚠️ ALERTA AO LEITOR – CONTEÚDO EXTREMO +18 ⚠️

Este conto é uma obra de ficção brutal, gráfica e explicitamente voltada ao público adulto. Não é erótico convencional. Não é entretenimento leve. É uma experiência literária crua, sem filtros, visceral e profundamente desconfortável.

===============

O contrato era simples: trinta dias, sem perguntas, sem nomes, sem dúvidas.

Cassiano leu em voz alta, diante dela, no portão enferrujado do antigo matadouro.

— “Você se compromete a ceder seu corpo e seus sentidos à experiência integral do Cativeiro Voluntário. Pode interromper verbalmente, mas apenas nas primeiras 72 horas. Após isso, toda resistência será interpretada como estímulo.”

Ema assentiu.

— “Palavra de segurança?”

— “Foda-se.”

Cassiano sorriu, encostando o peito nu no dela.

— “Não sei se vai funcionar.”

Desceram. Três andares abaixo do nível da terra. O bunker cheirava a bolor. O colchão era uma enorme esponja de fungos e fluidos antigos. O teto gotejava numa tigela. Não havia espelhos. Só câmeras.

Cassiano trancou a porta com um estalo metálico que ecoou no estômago.

Ela tirou a roupa sem ele pedir. O corpo de Ema era real: sem piercings, sem tatuagens, sem subterfúgios. O ventre tinha cicatriz de cirurgia. Os mamilos, invertidos e rosados, pendiam ainda firmes. O púbis, raspado no dia anterior, já exibia o esboço de uma nova penugem.

Ele a observou ajoelhada sobre o colchão úmido.

— “Sabe como começa?”

— “Goze na minha cara ou me dê um soco. Você decide.”

Cassiano desabotoou a calça.

Ele não tirou o cinto. Com a calça abaixada nos joelhos, segurou a cabeça dela com força e enfiou o pau garganta abaixo. Sem carinho. Sem tempo para protestos. Ema engasgou, as veias do pescoço saltando. Ela arfou, teve ânsias. Ele a segurou pelas axilas e deitou no colchão, trazendo-a para cima dele.

Ema montou na pica como uma vaca suja, sem trilha sonora romântica, sem ritmo delicado — só atrito de peles suadas, barulho de bunda batendo, som de cuspe e de ranho, gemidos contidos como soluços engasgados.

Ela arranhava o peito dele com raiva. O quadril batia com força.

Cassiano cuspiu no rosto dela e puxou o cabelo com violência.

— “Desgraçada.”

— “Mais.”

Ele a empurrou, virou o corpo dela de bruços, esticou os braços dela para trás como um porco pronto para o gancho. Ela riu.

— “Vai usar a corrente ou só vai me comer feito um frango de padaria?”

Cassiano levantou, pegou o gancho de carne pendurado num dos canos do teto e amarrou os pulsos dela com a cinta de couro. Puxou até deixá-la suspensa a centímetros do chão. As pontas dos pés mal tocavam o piso.

Penetrou a buceta dela de novo. Com raiva. Com fome. Com força primal.

O som era puro vício: tap tap tap — carne contra carne — molhada, desesperada, violenta.

Ela gemia como um animal eletrocutado.

— “Vai gozar?”

— “Não. Me bata. Só gozo com dor.”

Ele apanhou a colher metálica do balde de sopa que havia preparado para ela mais cedo. Estava fria. Enfiou no cu dela sem aviso, de uma vez.

Ela gritou. Não de dor. De êxtase.

— “Agora gozei.”

Ele parou.

— “Não mandei gozar ainda.”

— “Problema seu.”

Cassiano a soltou e a arrastou pelo cabelo até o canto do bunker.

A deitou de bruços sobre o concreto frio, empurrou o rosto dela contra a parede áspera, e usou o joelho para abrir suas pernas.

— “Vai aprender a ficar calada.”

Ema cuspia sangue da boca ferida no concreto. Sorria.

Ele estuprava a xoxota dela com ódio, mas ela devolvia com mais tesão. Os dois se arrebentavam como ferros retorcidos numa prensa. Os gemidos deixavam de ser sons sexuais e viravam grunhidos, chiados, socos na costela e tapas na cara.

Na câmera de canto, o LED vermelho piscava.

Gravando tudo.

Cassiano a carregou no ombro depois de gozar três vezes dentro da buceta dela. Jogou o corpo suado de volta no colchão. Ela ainda ria.

— “Cinquenta reais se mijar no meu peito.”

Ele não riu.

Mas mijou.

Ema gozou de novo enquanto um rio de porra escorria da xoxota arrombada.

O Segundo Dia

O segundo dia começou com o som de um alarme abafado.

Cassiano entrou com uma bandeja suja — uma ração fria de feijão embolorado, pão duro e uma caneca com urina diluída em água. Era parte do contrato.

Ema se arrastou até a bandeja, nua, os joelhos com crostas de sêmen seco e sangue coagulado entre as pernas. Comeu tudo com os dedos.

— “Hoje você vai gozar por dentro”, ele disse.

— “Se você aguentar entrar de novo com a sua porra ainda lá.”

Ela levantou. Pegou a caneca e lambeu a borda.

— “Vai me punir por ter uma buceta doce?”

Cassiano não respondeu.

Foi até um armário todo fodido, abriu a porta torta e pegou uma cinta peniana com um dildo preto e nodoso, mais grosso que o próprio pau dele. Ema arregalou os olhos.

— “Você quer competir com isso daí?”

— “De joelhos. Não quero que você fale mais nada hoje. Nem uma palavra.”

Ela obedeceu.

**

O chão estava gelado. A cinta no quadril dele fazia a base do consolo balançar à frente. Cassiano segurou a nuca dela e bateu a cabeça dela contra a parede com violência contida. Só para lembrar. Só para marcar território.

Depois enfiou o dildo inteiro na garganta dela.

Sem piedade. Sem pressa.

Ela sufocava, mas não recuava. O som de engasgos ecoava.

Fios de saliva escorriam pelo queixo, pingando no piso.

Quando ele tirava, ela ofegava com os olhos vidrados, tentando puxar ar e se masturbando ao mesmo tempo.

Cassiano virou-a de costas e começou a empurrar o dildo na buceta dela e um dedo no cu, com a outra mão desferindo tapas na bunda. Os dois nus, suando, com os quadris em sincronia animalesca.

— “Abre mais as pernas.”

Ela abriu.

Ele forçou o consolo até o fim.

O objeto parecia querer rasgar a xoxota por dentro. Ela urrava. Mas ria ao mesmo tempo.

— “Se rasgar, você costura com o fio de nylon, porra.”

Cassiano pegou uma seringa e encheu com iogurte natural.

Injetou o líquido devagar dentro da buceta dela.

Depois penetrou de novo. O som era nojento. Um ploc-ploc-ploc escandaloso, como alguém tratando um peixe cru num balcão de mármore. Ou batendo um milk shake.

Ele esfregou o clitóris dela com a sola do pé.

Ela explodiu num orgasmo múltiplo, gritando como se estivesse sendo exorcizada.

— “Ainda tenho trinta gozos pra te dar”, ele disse.

— “Então começa a contar, porra.”

**

Mais tarde, amarrada com fita adesiva preta nas coxas e tornozelos, Ema foi amarrada suspensa entre dois ganchos do teto.

Cassiano girou o corpo dela como um porco no espeto, com o pau entrando nela de lado, por cima, por trás, por baixo, cada vez com mais brutalidade.

O bunker tremia de gemidos abafados.

— “Quer mais?”

Ela balançou a cabeça, rindo com a boca rasgada.

“Então aguenta.”

Cassiano pegou um cabo de vassoura, enrolou com fita isolante até parecer um bastão grosso e liso.

Lubrificou com saliva e óleo de sardinha em lata.

Penetrou a buceta e o cu dela com calma. Ela arqueou as costas.

Gozou. De novo. E desmaiou.

**

Horas depois, acordou no chão, coberta de cobertores molhados, com o pau de Cassiano semi-ereto na boca, como uma oferenda.

Ela lambeu a glande devagar.

— “Se você morrer aqui dentro, vai ser com o gosto do meu pau na sua boca.”

— “Não quero morrer. Quero viver até esfolar o meu de tanto prazer.”

Ele riu pela primeira vez.

Mas havia algo diferente no olhar dela agora.

Algo que não era apenas desejo.

Era vício.

Era fúria.

Era fome.

O tipo de fome que come o próprio corpo por dentro.

O Terceiro Dia

O frio no bunker era diferente naquele dia.

Cassiano desligara a tubulação de aquecimento.

Trazia uma caixa de isopor com blocos de gelo seco envoltos em toalhas vermelhas.

Ema tremia, nua, deitada num lençol úmido sobre o chão de concreto, os mamilos endurecidos a ponto de rachar.

Ela mordeu o próprio lábio até sangrar.

Cassiano aproximou-se, com um balde de água salgada, uma colher de aço e duas lâminas cegas de barbear.

— “Vamos congelar o tesão.”

— “Ou fritar ele por dentro.”

**

Cassiano amarrou os tornozelos de Ema num ferro lateral.

Abriu as pernas dela violentamente, como se tratasse uma galinha.

O vapor do gelo seco escapava pelas bordas. Ele pressionou uma pedra de gelo contra a entrada da vulva dela. O grito veio agudo, involuntário. Ela se curvou, os músculos retesados.

— “Fale a palavra de segurança.”

— “Foda-se.”

— “Ainda funciona?”

— “Nunca funcionou.”

Ele abriu os lábios vaginais dela com dois dedos e encostou uma das lâminas cegas bem na dobra quente e já ferida.

Não cortava. Mas raspava. Raspava como vidro moído em osso vivo.

O som era algo entre um sibilo e um gemido monstruoso.

Ema gozou ali mesmo. Um jato quente contra a pedra de gelo.

Cassiano gargalhou.

— “Você tá virando uma boneca de trapo.”

— “Ou um abismo sem fim. Vai me jogar nele ou vai só mijar na beira?”

**

Mais tarde, ela foi obrigada a rastejar nua pelo bunker até um painel escondido. Cassiano o destravou com uma chave.

Lá dentro, três homens e uma mulher esperavam — integrantes da facção “Coletores”, que participavam de sessões de dominação coletiva sob sigilo.

Vieram com máscaras antigas de gás, botas sujas de lama e corpos tatuados com símbolos de mutilação e prazer.

Cassiano entregou Ema a eles como se fosse uma oferenda viva.

Ela abriu os braços.

— “Façam comigo o que ninguém ainda teve coragem de fazer.”

E fizeram.

Um a segurava pelas orelhas enquanto o outro enterrava dois dedos no cu dela com vaselina preta, girando-os com violência.

Outro socava a pica na boca até a traquéia.

A mulher a arranhava com um garfo. Outro enfiava um gargalo de garrafa na buceta enquanto encostava um cubo de gelo no clitóris.

Tudo ao mesmo tempo. Tudo sujo. Tudo filmado pelas câmeras laterais.

Ema teve cinco orgasmos em vinte minutos. Dois sem sequer ser tocada.

Depois, colocaram gelo seco dentro de uma camisinha e a introduziram devagar em seu canal vaginal, fechando as pernas dela com fitas de couro.

Ela chorava.

Não de dor.

Mas de entrega.

**

O Quarto Dia

Cassiano já não falava com ela.

Apenas a observava pelas câmeras, batendo punheta silenciosamente enquanto ela se masturbava com mechas dos próprios cabelos arrancados.

Ema já não respondia por palavras.

Lambia as paredes. Arranhava o próprio peito. Escrevia frases no chão com o sangue menstrual.

“Eu sou um buraco que se alimenta de picas.”

“Gozar é uma forma de morrer em paz.”

“Ele não me penetra. Sou eu quem engulo ele.”

O rosto dela estava inchado de tapas e socos, os lábios machucados.

A buceta estava vermelha e inchada, latejando, com arroxeados nos grandes lábios que pareciam arte. O cu estava lacerado de penetrações brutais de picas e objetos fálicos descomunais.

Ela andava de quatro como uma cadela — por vontade própria.

Cassiano começou a duvidar de si mesmo.

Ela dominava tudo agora. Ela gemia sem pedir, oferecia o cu sem aviso, exigia o falo com mordidas.

Ele já não sabia se a possuía ou se era possuído por ela.

**

Naquela noite, no quarto dia, ela o forçou contra a parede.

Mordeu seu mamilo, cuspindo sangue, e enfiou o dedo no próprio cu enquanto se esfregava na perna dele como uma puta barata.

Depois o deitou de costas e cavalgou o pau dele como uma vagabunda alucinada, batendo com a cabeça na parede, espremendo os testículos dele com uma força quase destrutiva.

Gozou.

E escarrou na boca dele.

— “Você agora é meu brinquedo.”

Cassiano chorou.

Ela limpou o rosto dele com a língua.

Depois o masturbou com o próprio pé.

E fez questão de gozar mais uma vez sobre o corpo dele, lambendo o sêmen enquanto tremia de prazer e febre.

**

No escuro, com o teto gotejando e os ratos circulando, os dois dormiram abraçados.

Não como casal.

Como restos humanos unidos pela fome do que ainda faltava destruir.

Dias Finais

Quinto ao Sétimo Dia

Cassiano parou de trancar a porta.

Ema não tentava sair.

Eles não falavam mais em voz alta, apenas se comunicavam com toques, mordidas, batidas do quadril, espasmos da pélvis.

Cassiano urinava nela como forma de carinho.

Ela defecava deitada ao lado dele como prova de confiança.

Seus corpos estavam cobertos de hematomas, cortes, marcas de dente, gretas, secreções.

E eles usavam tudo isso como linguagem erótica.

Ema já não pedia. Exigia com a pupila dilatada, o clitóris latejante, os lábios deformados de tanto atrito.

Cassiano já não penetrava — empurrava a mão inteira na buceta dela, até o punho, ouvindo os ossos estalarem no quadril dela.

Ela gemia como uma potranca sendo arrombada.

**

No oitavo dia, Cassiano acordou amarrado com as próprias calças.

Ema enfiava gelo seco no próprio cu enquanto masturbava o pau mole dele com as axilas suadas.

Ela cantava.

“Quando eu era virgem, o mundo era pequeno. Agora ele cabe no meu cu.”

Depois penetrou a própria garganta com uma cenoura congelada, vomitou e ofereceu a ele o regurgito quente como alimento.

Cassiano comeu.

Gozou sem se tocar.

Desmaiou.

**

Do nono ao décimo segundo dia, deixaram de dormir.

Consumiam fluídos um do outro como fonte de energia.

O bunker cheirava a sangue coagulado, leite azedo, secreção vaginal, fezes, rato morto e couro queimado.

Ema encontrava prazer em esfregar o clitóris contra os canos oxidados, mesmo sangrando.

Cassiano colocava mechas de cabelo dentro do cu enquanto batia a cabeça na parede.

Orgasmos vinham como convulsões.

Durante um deles, Ema perdeu um dente.

Guardou-o dentro do cu.

Depois ofereceu a Cassiano como se fosse um anel de noivado.

Cassiano aceitou.

**

Do décimo terceiro ao décimo quinto dia, eles pararam de transar.

Ficaram imóveis, nus, deitados entre fezes, restos de comida, ossos de frango, esqueletos de ratazanas, preservativos com formigas passeando dentro.

Se olhavam por horas.

Sorriam com o olhar perdido.

Ema lambeu os olhos abertos de Cassiano até o branco arder.

Ele respondeu com cuspe dentro dos ouvidos dela, como se cochichasse um evangelho de hospício. Depois enfiou um dedo na orelha e levou a cera coletada para a boca

— “Eu te amo como quem lambe uma ferida que não quer cicatrizar.”

**

No décimo sexto dia, um alarme tocou.

A porta do bunker abriu sozinha.

Luz.

Silêncio.

Ar puro.

Eles não saíram.

Se arrastaram até a porta.

Ema urrou contra a claridade como uma bruxa em combustão.

Cassiano mordeu a parede.

Comeu cal.

Fecharam a porta sozinhos.

Recomeçaram.

**

Dia trinta e um. O fim.

Um funcionário da companhia de saneamento desceu até o bunker.

Usava máscara, avental e uma prancheta.

Abriu a porta.

Encontrou o ambiente vazio.

O chão sujo de toda sorte de imundície e dejetos.

Cabelos. Unhas. Dentes. Fezes. Poças de urina. Ratos mortos e baratas vivas.

Na parede, escrito com fezes:

“Aqui, o prazer nos matou. Mas conseguimos nos matar antes de morrer.”

**

Dois meses depois, uma mulher entra nua num hospital público.

Banhada de sangue.

Sorrindo.

Na mão, segura um pedaço de fígado humano ainda quente.

Na boca, carrega uma frase:

— “Ele está dentro de mim. Pra sempre.”

FIM.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Rico Belmontã a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários