Mal terminou a última aula, corri para o ponto de ônibus. Cheguei despedaçado à noite de sexta-feira e não ia poder descansar quase nada no fim de semana, porque tinha muitos trabalhos para fazer.
O ônibus rodava por ruas escuras e eu não via a hora de entrar em casa, tomar banho, comer qualquer coisa e cair na cama. Estava no segundo período da faculdade de química e a pressão já era grande. Eu não queria nem pensar como seria daí para a frente.
Passava das onze quando entrei em casa. Havia luzes acesas: minha mãe e meu padrasto deviam estar acordados. Por causa do calor, tirei logo o tênis e a camiseta. Assim que comecei a baixar o zíper da calça, vi umas sacolas num canto da sala. Como se tivesse captado a minha curiosidade, dona Leila saiu do quarto.
— Até que enfim você chegou, Fael.
Como se estivesse de saída para uma festa, ela estava bem vestida e muito perfumada. Com seus quarenta e três anos, minha mãe conservava a aparência de mocinha. Era magra e alta, tinha seios pequenos, cintura fina e cabelos cacheados. Muito vaidosa, ia todos os dias à academia com as amigas, cuidava da alimentação e vivia fazendo tratamentos de beleza. Todo o dinheiro que fazia no seu trabalho de manicure, ela empregava nessas coisas.
— Vai sair essa hora, mãe? Já é quase meia-noite. E essas sacolas? De quem são? Temos visitas?
Com o olhar fixo no celular, a bonita ficou sorrindo não sei de quê. Depois de digitar alguma coisa, ela me deu um pouquinho de atenção.
— Rafael, finalmente tomei coragem para deixar o Betão. Você é testemunha das nossas brigas. A partir de agora, cada um vai para o seu canto. Vou viver bem longe dele. Estou de partida para Roraima.
Diante do meu espanto, ela esfregou um lábio contra o outro, para espalhar o batom, e deu um sorrisinho. Como se estivesse realizando um antigo sonho, falou com euforia.
— Isso mesmo, Fael: vou morar em Boa Vista. Sei nem onde fica isso, mas é pra lá que eu vou. Acredita?
Sem acreditar, fiquei olhando para ela com cara de filho abandonado. Antes que eu perguntasse que loucura do caralho era essa de ir para Roraima, ela deu umas explicações apressadas.
— Conheci um rapaz, o nome é Osório. Ele tem uns negócios lá, vou viver com ele, bem longe de Aracaju e da cara de Betão.
Eu já estava imaginando: tinha macho na história. Eu não dizia isso a ninguém, mas minha mãe sempre foi piranha. Botou chifre no meu pai, que fez por merecer, e agora ela havia aprontado com o Alberto. Dona Leila não tomava jeito.
— Mãe, e Betão? Até hoje pela manhã, você era a mulher dele. Como pode acabar assim? A senhora botou…
— Fael, você não entende nada da vida. Todo casamento acaba aos poucos. Pra mim, Alberto já era. Estou cansada dele, um homem sem ambição na vida. O que ele tem de grande, tem de pobre. Não quero passar o resto dos meus dias com um homem sem futuro.
— Não fale assim do Betão, dona Leila. Olha o respeito com o cara. Ele é tão trabalhador, tão honesto. Parece que isso não importa para a senhora, não é?
— E o que foi agora, Fael? Vai tomar as dores do seu padrasto e ficar contra a sua mãe? Está querendo me dar lição de moral? Essa é boa! Vamos parar de conversinha, que o Osório já está chegando para me buscar. Eu e ele vamos dormir num hotel e amanhã cedo a gente embarca para o Norte.
— Deixe de loucura, mãe.
— Loucura nada, Rafael! Olhe como fala comigo. Eu vou ser feliz! E você trate de arrumar suas coisas. Quando amanhecer, pegue o caminho da casa do seu pai, eu já falei com ele. Ivaldo tem a obrigação de acolher você. Aquela mulher dele lá, a tal da Isabel, que não se atreva a criar caso.
— Como é que é? Morar com aquele pessoal? Mereço isso não. Meu pai não está nem aí pra mim e aquela filha dele é uma chata, um pé no saco.
— E você quer o quê? Ir para Roraima comigo? Sem condições! Ou quer ficar aqui com o Betão? Ele não é nada seu. Não sou mais mulher dele, então nem seu padrasto, ele é mais.
— Por falar nisso, onde é que ele está?
— Sei lá daquele traste, menino! Depois que eu disse umas verdades na cara dele, saiu batendo a porta. Deve estar por aí, enchendo o rabão de cachaça, como é o costume dele.
— Betão só faz isso quando você come o juízo dele. O cara trabalha feito um condenado e quando pisa em casa, não tem sossego. A senhora só sabe reclamar de tudo. A sorte é que ele aguenta ouvir tudo calado. Prefere sair de casa pra não bater boca.
— Parou, Fael? Acabou a conversa. Você está parecendo advogado de Betão. Tem graça uma coisa dessas. O tempo acabou, Osório está aí, já vou embora. E você faça o que eu disse. Depois ligo pra você. Tchau, beijo, se cuide.
Sem me dar um abraço, ela saiu arrastando as sacolas. Indignado, não ajudei. Pela janela, vi o tal Osório, um cara de cabelo todo branco. O coitado caiu no golpe de dona Leila. Sabendo que ninguém ia ouvir, botei um xingamento para fora.
— Vadia!
Morrendo de raiva, encarei a realidade. Estava sozinho numa casa que não era minha. Reclamando da vida, tomei banho, comi um pão com ovo e fui deitar. Por causa da preocupação, o sono foi embora. Revirando na cama, fiquei pensando no que fazer.
Não queria morar na casa do meu pai, mas não tinha outro jeito. Eu era um pobretão de dezenove anos. Estava me dedicando à faculdade e vivia com uma mixaria que seu Ivaldo me dava de má vontade. Também tinha uma bolsa de menos da metade de um salário que recebia por participar de um grupo de pesquisa. Juntando tudo, daria para alugar um quartinho de vila — se assim fizesse, só ia ter mesmo um lugar para cair morto de fome.
Por volta das duas da manhã, ouvi barulhos na porta. Esticando os ouvidos, acompanhei os passos de Betão. Fazendo pouco barulho, ele tomou banho, foi à cozinha, passou na frente do meu quarto e se trancou no quarto de casal.
Com os olhos bem abertos no escuro, vi as horas passarem. Antes das cinco, pulei da cama e arrumei minhas roupas numas sacolas. Para criar coragem, tomei um banho frio e fui fazer um café. Eu estava tão cheio de preocupações, que não vi o dono da casa entrar na cozinha.
— Fael, e aquelas bolsas lá na sala? Sua mãe esqueceu de levar?
Ao me virar, vi Betão em todo o seu esplendor. Ele havia saído do banho, estava só com a toalha presa na cintura. Com quase dois metros de altura, ele era um gigante. Nunca entrou numa academia, mas tinha um físico de fazer inveja a muito marombeiro. Desde novinho, trabalhava na construção civil; por causa da vida dura, tinha pernas e braços musculosos, barriga definida e um peitão que deixava qualquer pessoa com vontade de mamar.
A bundona dele era do tipo que dá vontade de morder. Na frente, o perigo era grande. Nunca fiquei de cara com o caralho do negão lindo, mas sabia que a coisa ali era boa pra cacete. Dentro de qualquer calça ou bermuda, a tromba parecia sempre pronta para o trabalho. Às vezes, ele saía do quarto só de cueca, e eu precisava lutar comigo para não ficar olhando de boca aberta. Ainda bem que ninguém nunca percebeu que eu era louco para sentar na madeira do meu padrasto.
Quando minha mãe se juntou com o Alberto, eu estava naquela fase em que os hormônios fervem no sangue e pipocam na cara. No primeiro olhar, tive até medo do grandão de cabelos cortados à máquina, cavanhaque bem desenhado, olhos pretos e grandes, narigão e lábios que, de tão carnudos, me deixaram com vontade de chupar, lamber, morder. Dessa vez, dona Leila acertou. Ela devia estar passando bem demais com um homem daqueles na cama.
Aos poucos, eu e Betão fomos nos aproximando. Pude perceber que ele era muito gente boa. Ele nunca quis dar uma de pai para mim, mas sempre me tratou bem. Em casa, eu conversava mais com ele do que com minha mãe. Dona Leila não tinha tempo para os meus assuntos. Já ele adorava ouvir minhas histórias da faculdade e também me contava algumas coisas da sua rotina de pedreiro.
Eu me declarei gay muito cedo, porque todo mundo já podia ver isso. Minha mãe ainda quis dar uma de moralista, mas respondi a tudo com o silêncio, até que ela se conscientizou de que não tinha nada a ver aquela conversa de que eu estava seguindo por um caminho que só ia me trazer sofrimento. Betão não disse nada. Ele não costumava se intrometer na minha vida, parece que tinha receio de que eu lhe dissesse aquela frase de revolta: "Você não é meu pai!” Mas eu nunca tive necessidade de ser bruto com ele.
Um dia, quando estávamos na praia, um moleque quis tirar onda com a minha cara por causa do meu jeito de mulherzinha. Passando a mão pelo meu ombro, Betão deu uma encarada no safado e deixou claro que era o meu protetor.
— E aí, Fael? Alguém aqui está incomodando você? Será que eu preciso fazer alguma coisa?
O sorriso do malandro murchou na hora. Dando dois passos para trás, ele levantou o dedão para o meu padrasto e tentou se desviar da fera.
— Fala, grandão. Está tudo beleza aqui. Vamos curtir a praia numa boa, não é?
Sem esperar por resposta, o sacaninha nos deu as costas e saiu andando apressado, para nunca mais voltar. Betão não era um cara violento, mas se ele descesse a mão naquele safado, ia ser preciso uma pá para juntar os pedaços.
Sentada na sombra, toda coberta de protetor solar, minha mãe nem ligava pra mim. Sem soltar o meu ombro, Betão continuou agindo como se fosse o meu guarda-costas. Era errado pensar isso, mas eu desejei que ele fosse o meu namorado.
Por onde passávamos, as pessoas ficavam admirando nossa beleza. Eu saí à minha mãe: era comprido e magrinho, tinha uma bundinha redonda e cabelos cacheados que deixavam muitas meninas com inveja. Com meu corpinho de passeio e minha carinha de anjo safado, eu atraía muitos olhares, mas Betão atraía muito mais que eu. Não é todo dia que se vê na praia um monumento daquele desfilando de sunga branca. Andando com ele, eu sentia um calor da porra. Dentro da minha sunguinha vermelha, a pica ardia e dava umas pancadinhas no tecido. Minha rola adolescente vivia louca para brincar com a rolona do garanhão.
Sentados na areia morna, com o joelho dele roçando no meu, Betão falou pela primeira vez sobre minha vida de gayzinho.
— Fael, não quero me meter na sua vida não, mas você já viu que tem uns carinhas abusados por aí. Não queira conversa com eles, não dê ousadia a esses covardes que acham que veado só nasceu para ser saco de pancada. Você é um menino inteligente, bonitão e educado, então tem que se dar valor. Não aceite qualquer coisa. Eu sei que, nessa sua idade, a gente vive com o tesão a mil. Mas vá com calma, uma hora vai aparecer um cara legal pra você. Até lá, vamos depenando a rola, não é?
Na sua simplicidade, Alberto me deu conselhos melhores do que os da minha e os do meu pai. Sem maldade, passei a mão na coxa durona dele e lhe dei um sorriso doce.
— Está certo, Betão. Já guardei suas palavras. Obrigado por querer sempre o melhor para mim.
Abrindo a boca grande, ele me mostrou um sorriso tão bonito, que me deixou com vontade de lhe dar um beijão. Passando os dedos no meu cabelo, ele reforçou que sempre ia me proteger.
— Fique ligado, Fael. Se algum safado quiser maltratar você, passe o caso pra mim. Eu resolvo fácil. Promete que vai contar comigo?
— Prometo. Mas fiquei com uma dúvida agora.
— Que dúvida, rapaz? Fale aí. Com a gente, não tem mistério.
— Betão, você ainda bate punheta?
Soltando uma gargalhada, ele jogou as costas para trás e ficou deitado na areia. Olhando para aquele corpão estendido ao meu lado, faltou pouco para eu me jogar em cima e cobrir de beijos. O caralho dele parecia prestes a botar a cabeça para fora da sunga. Se eu não tivesse juízo, teria metido a mão lá dentro e caído de boca naquela coisa gostosa da porra.
— Fael, ter alguém para foder é beleza, mas, às vezes, não tem coisa melhor que uma punheta. Bater uma relaxa pra caralho, eu fico até com sono depois de gozar. Se sua mãe souber que eu vivo fazendo essa brincadeira, ela é capaz de brigar, vai falar que é traição. Ela vai querer que eu diga o nome da pessoa na intenção de quem eu dou um trato no cabeçudo aqui.
Ao falar isso, Betão deu uma pegada tão gostosa na picona dele, que eu passei mal. Fingindo que estava tudo bem, dei uns socos de mentira no peito dele e distraidamente meti a ponta de um dedo no seu umbigo.
— Fique tranquilo, Betão. Essa conversa é assunto só nosso. A gente é brother.
Passando o braço pelo meu pescoço, ele fingiu que ia me enforcar e me fez deitar ao seu lado. Brincando de lutar, a gente rolou na areia soltando altas gargalhadas. Meu padrasto era cinco anos mais novo que minha mãe e tinha um jeito de garotão. Já que eu não poderia tê-lo como homem, ia me contentando em convivermos como bons amigos. Às vezes, ele agia como se fosse o meu irmão mais velho.
Mesmo sem querer, acho que eu demonstrava alguns desejos, mas ele não percebia nada. Era melhor assim, porque eu nunca seria capaz de entrar numa disputa com a minha mãe por causa de um macho. Do jeito que dona Leila era barraqueira, o negócio seria feio demais. Eu detestava baixaria.
— Alberto, pare com essa brincadeira! Não está vendo que Fael pode pegar uma micose nessa areia? Você sabe que ele é cheio de frescura.
O grito da minha mãe, deu fim à nossa diversão. Sem ligar para ela, Betão me levou para o mar e a gente ficou brincando entre as ondas. Naquele dia, ele foi todo meu. Eu lutava muito comigo, mas a minha paixão pelo marido de dona Leila só crescia.
Quando voltamos para casa, precisei bater duas punhetas para conseguir dormir. Esticado na cama, ao mesmo tempo em que castigava a rola comprida e fina, empurrei a ponta de um dedo no meio da bunda. Para ter uma ideia melhor de como seria dar o cu ao meu padrasto, passei a empurrar dois dedos e fiquei sussurrando umas maluquices.
— Betão… ah! Me fode! Caralho grosso da porra. Bote pra arrombar mesmo.
Depois da segunda gozada, o sono pesou, mas ainda pude ouvir barulhos vindo do quarto da minha mãe. Ela devia estar sofrendo com prazer para aguentar toda a potência do nosso gostosão.
Eu me sentia o pior filho do mundo por desejar o homem da minha mãe. Mas era só fantasia, porque eu sabia que ele nunca ia ser meu. Sonhar não era proibido.
Enquanto eu relembrava esses momentos de tesão platônico por meu padrasto, ele tomou uma xícara de café sem açúcar e comeu pão com manteiga. Quando sentei na sua frente, ele repetiu a pergunta que eu já tinha esquecido.
— São da sua mãe as sacolas que estão lá na sala? Por que ela não levou tudo de vez?
Saber que eu ia perder o convívio com ele me deixou triste. Depois de botar café nas nossas xícaras, respondi de cabeça baixa
— Essas sacolas são minhas. Quando terminar de arrumar minhas coisas, vou embora.
Como se tivesse levado um soco no estômago, Betão se engasgou com um gole de café quente. Quando conseguiu parar de tossir, ele me olhou como se fosse brigar comigo.
— Vai embora? Embora pra onde, Fael? Que conversa é essa?
O espanto dele me deixou confuso. Minha mãe tinha acabado de trocá-lo por um coroa e a gente não era nada um do outro. A casa era alugada e ele pagava todas as contas. Então, só me restava cair fora.
— Vou pra casa do meu pai, minha mãe já acertou isso com ele. Foi feio demais o que ela fez com você, Betão.
Sem demonstrar ter ficado ofendido pelo que minha mãe fez, ele colocou a mão sobre a minha e me deixou atrapalhado.
— Fael, vou mentir não. Eu estou aliviado por ter me livrado da sua mãe; estava cansado de tanta briga, tanto problema. A gente só funcionava na cama, mas a vida não é apenas isso. Eu estou bem, nada de drama. Quero mais que ela se dê bem com o coroa de Roraima. Só não vejo necessidade de você ir embora assim, de uma hora para outra. Você acha que vai dar certo morar com o seu pai? Eu sei que a situação lá não é favorável pra você.
— Vai ser péssimo, mas é o jeito. Eu não posso ficar aqui para atrapalhar a sua vida.
— E estou reclamando de alguma coisa, Fael? Cara, a gente é amigo. Sua mãe deixou nós dois sozinhos. Quem aprontou comigo foi ela, foi você não. Vamos dar força um ao outro. Você não precisa ir embora não, a gente vai se ajeitando aqui.
Eu queria ficar e Betão estava falando de um jeito capaz de me fazer derreter. Mas seria estranho e perigoso ficar morando com o ex-marido da minha mãe. Ela e o meu pai não iriam gostar de saber dessa história.
Mas eu já era maior de idade e eles faziam o que bem queriam da vida deles sem ligar pra mim. Então, por que eu tinha que dar satisfações da minha vida?
Enquanto eu decidia o que fazer, Betão correu para o quarto, porque estava atrasado para ir trabalhar. Em poucos instantes, ele retornou à cozinha. Usando um jeans justíssimo e a camisa da empreiteira, ele botou a mão no meu ombro e olhou nos meus olhos.
— Então, Fael? Vai ficar comigo, não é?
Na pergunta, ele já deu minha resposta. Só para confirmar, balancei a cabeça e dei um sorriso. Sem que eu esperasse, ele me deu um abração. Nossos corpos ficaram tão grudados, que as picas se bateram. Com o coração disparado, dobrei a cabeça para o lado e senti um arrepio quando o cavanhaque dele roçou no meu pescoço.
Se eu pudesse, nosso abraço só terminaria no quarto, mas Betão precisava trabalhar. Passando a mão no alto da cabeça dele, eu chamei sua atenção.
— Alberto, está na sua hora. Você tem que trabalhar.
Depois de me dar um apertão de quebrar os ossos, ele me soltou e jogou a bolsa do trabalho nas costas. Sorrindo feito um meninão, ele comemorou o começo da nossa nova vida.
— Valeu, Fael. Estamos juntos. Comigo, você já sabe, é tudo na simplicidade, mas prometo que vai ser muito legal nossa vida. Agora estou indo lá, quando eu voltar do trabalho, a gente vai acertar tudo.
Contagiado por sua alegria, eu o acompanhei até a porta. Montado na moto, ele buzinou e piscou o olho para mim. Eu fiquei tão aéreo, que só voltei para dentro de casa quando ele desapareceu das minhas vistas.
Os trabalhos da faculdade eram muitos, mas decidi usar o sábado para outras atividades. Precisava colocar minhas coisas de volta no guarda-roupa, dar um trato na casa e descansar um pouco. Mas, antes de fazer tudo isso, eu não resisti à tentação. No meio da sala, tirei a roupa e fiquei alisando a pica. Depois fui para minha cama e bati uma puta punheta em homenagem a Betão.