Minha psicóloga e minha irmã- Final

Um conto erótico de ThomasBBC
Categoria: Heterossexual
Contém 1177 palavras
Data: 02/12/2025 01:12:18

Na manhã seguinte, o consultório cheirava a café fresco e mentiras requentadas. Fernanda usava um vestido cinza com a mesma renda vermelha da noite anterior, mas seu colar agora pingava entre nós como um pêndulo de culpa. Quando ela cruzou as pernas, o som das meias-calças rasgando o ar foi idêntico ao de Camila descendo o zíper com os dentes. "Sonhou comigo?", ela perguntou, e desta vez não era transferência – era um convite escrito nos arranhões que suas unhas deixaram nas minhas costas.

A chuva começou a bater na janela no exato momento em que minha mão encontrou sua coxa sob o bloco de notas. Seu músculo estremeceu como um animal acuado, mas seus olhos mantiveram o controle absoluto – até eu deslizar dois dedos para dentro da liga e encontrar o esmalte ainda fresco. Ela prendeu a respiração quando reconheci a textura: Camila sempre pintava as unhas na minha cama, deixando marcas de dentes no frasco.

O telefone do consultório tocou três vezes antes que Fernanda se levantasse, mas eu já sabia quem seria. Quando abri a porta do banheiro, Camila estava sentada na pia com meu copo de whisky na mão, seu vestido roxo grudado no corpo pela chuva. "Peguei ela", sussurrou, passando a língua na borda do copo exatamente como nossa psicóloga fazia com a caneta. A marca de batom vermelho no cristal combinava com a mancha no colarinho da blusa de Fernanda, e eu finalmente entendi o jogo: elas não estavam me dividindo – estavam me duplicando.

O primeiro dedo que Camila enfiou na minha boca tinha o mesmo gosto de café e chantilly que o beijo da Dra. Fernanda horas antes. Seu outro encontrou meu pulso e pressionou contra o batimento acelerado, como se estivesse medindo minha resistência para alguma experiência clínica não-autorizada. Quando abaixei os olhos, vi que suas meias-calças tinham o mesmo padrão de renda que a calcinha vermelha no chão do consultório – e que Fernanda tinha deixado cair de propósito quando tirou o salto.

A sessão de "emergência" começou sem palavras: Camila deslizando as unhas pela minha nuca exatamente como a psicóloga fazia durante nossas confissões, Fernanda mordendo meu ombro com os mesmos dentes que minha irmã usava para marcar território. O cheiro dos dois perfumes se misturando – jasmim e lavanda, pecado e poder – fez minha visão dobrar como um efeito de lente barato. Elas riram em uníssono quando meu joelho bateu no vaso sanitário, um som úmido ecoando pelo consultório vazio.

Fernanda foi a primeira a quebrar o silêncio, seu anel de formatura arranhando a lateral da minha coxa enquanto segurava minha mão direita contra a boca molhada de Camila. "Transferência," sussurrou contra meu pescoço, mas a palavra veio acompanhada do som do zíper do vestido cinza descendo como uma sentença. A renda vermelha agora pressionada contra meu peito estava úmida – de suor ou chuva, eu não sabia dizer. Camila respondeu com um gemido alto ao sentir meus dedos na marca do esmalte que reconheci imediatamente: cereja envenenada.

O balanço do colar entre os seios da psicóloga batia no meu esterno como um metrônomo louco, marcando o ritmo em que Camila sugava meu dedo médio até a raiz. Meus próprios sons eram estranhos – roucos, quebrados – um ruído que nunca saíra da minha garganta nem nos sonhos mais úmidos. Fernanda agarrou meu pulso com força de consultora, virando minha palma para cima antes de cuspir nela com um som obsceno que ecoou pelo azulejo do banheiro.

Foi quando percebi o padrão: Camila usando o batom da psicóloga, Fernanda com as unhas pintadas do mesmo vermelho da minha irmã, ambas alternando gestos como bailarinas numa coreografia ensaiada. A dor do dente de Camila no meu mamilo se misturou ao arranhão das unhas francesas de Fernanda nas minhas costas, e eu entendi – tarde demais – que elas não estavam me comendo. Estavam me lendo.

Meu corpo reagiu antes da minha mente quando Fernanda colocou minha mão esquerda no cinto de couro de Camila, guiando meus dedos para sentir a textura úmida da renda sob o tecido molhado. Seu suspiro quente na minha nuca combinou exatamente com o gemido que Camila abafou no meu ombro, e pela primeira vez senti o pulso delas acelerarem no mesmo ritmo – duas metades de um mesmo relógio biológico.

O whisky derramado na pia escorreu gelado pela minha coxa enquanto Camila mordia o cordão do meu colar, puxando minha cabeça para trás até que eu visse Fernanda se ajoelhando com a mesma precisão cirúrgica de quem abre um caderno de anotações. Sua língua, surpreendentemente áspera, traçou um caminho tortuoso da minha virilha até o umbigo, enquanto Camila contava nos meus dedos quantas vezes eu havia sonhado com esse exato momento.

O cheiro dos dois perfumes se misturou de forma perversa quando Fernanda levantou os olhos – meus, mas não meus – e sussurrou "contra-transferência" bem no momento em que Camila enfiou dois dedos na boca dela, tirando-os molhados para escrever algo na minha barriga que não pude ler, mas senti queimar como diagnóstico final.

A luz fluorescente do banheiro cintilou no anel de formatura da psicóloga quando ela finalmente engoliu meu pau até a base, sem nenhum dos rodeios terapêuticos de nossas sessões – apenas o som cru de garganta carnuda abrindo caminho enquanto Camila contorcia meus mamilos entre unhas que conheciam meu corpo melhor que minha própria mente.

A chuva do lado de fora aumentou de intensidade, batendo no vidro como mil dedos impacientes, mas dentro do consultório ecoava apenas o som líquido de três respirações descompassadas e o tilintar do colar de Fernanda contra meu osso púbico – um relógio marcando segundos que não existiam em nenhum protocolo da classe médica.

Quando finalmente abri os olhos, vi Camila observando Fernanda trabalhar com a mesma intensidade com que eu a observava nas manhãs de verão – língua presa entre os dentes, pupila dilatada como quem descobre o último capítulo de um livro proibido – e entendi, num clarão de dor e êxtase, que ela também não sabia todos os segredos.

A garganta da psicóloga contra minha virilha pulsava em contrações molhadas que ecoavam nas pontas dos meus dedos, agora enterrados na nuca de Camila com força suficiente para deixar meias-luas vermelhas na pele. O cheiro do meu suor misturado ao perfume delas tinha virado algo tóxico, doce e acre como mel misturado com cobre, e quando Fernanda soltou um gemido abafado contra minha coxa, Camila respondeu com um arranhão que atravessou minhas costas como um relâmpago.

O balanço do colar de Fernanda acelerou quando Camila finalmente pegou sua mão e a guiou para dentro da própria calcinha, num movimento tão fluido que parecia ensaiado em centenas de sessões não-registradas. O som que saiu da boca da psicóloga então – um "ah" rouco e quebrado, tão diferente do tom clinicamente controlado – fez meu pau latejar dentro daquela boca quente como se tivesse levado um choque.

E foi assim, com Camila masturbando Fernanda enquanto ela me chupava, com a chuva batendo nas paredes do consultório como um eletrocardiograma enlouquecido, que percebi o verdadeiro diagnóstico: nós três éramos sintomas da mesma doença, e a única cura seria mais contaminação.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Thomas BBC - Tarado Pirocudo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaThomas BBC - Tarado PirocudoContos: 25Seguidores: 24Seguindo: 0Mensagem

Comentários

Foto de perfil genérica

Pra luxúria a cura é mais contaminação, perfeita essa frase. O conto ficou excelente, essa alternância de cenas paralelas com a analista e a irmã ficou muito excitante. E, mesmo sem saber os defalhes, você acertou alguns detalhes : a sola nua do pé da analista, o momento em que ela fica corada, e o fato de que ela era casada.

0 0