O PARASITA GENITAL

Um conto erótico de Rico Belmontã
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 873 palavras
Data: 01/12/2025 04:25:59

Eles moravam no subsolo de uma clínica veterinária fechada, num porão que fedia a formol e ração estragada.

Chamavam-se Isadora e Valentim.

Ninguém sabia que ainda estavam vivos.

Valentim era um ex-veterinário expulso da classe depois de ser pego injetando larvas de mosca-varejeira em cadáveres de cães para estudar a velocidade da decomposição.

Isadora era sua aluna na época. Nunca mais saiu de perto dele.

Há dois anos eles não transavam como pessoas normais.

Transavam como hospedeiros.

Naquela noite, Valentim chegou com uma caixa térmica. Dentro: um útero bovino recém-retirado, ainda quente, cheio de líquido amniótico e um filhote de teníase suína gigante (Taenia solium cysticercus) que ele cultivara pessoalmente por nove meses dentro da cavidade uterina da vaca.

A verme tinha quase quarenta centímetros de comprimento, branca, translúcida, pulsando devagar como um feto alienígena.

— Essa é a prova final — disse ele com a voz tremendo de tesão e medo. — Se você deixar ela entrar em você, viva, e carregá-la dentro do seu útero por vinte e quatro horas enquanto eu te fodo sem parar… aí eu acredito que você me ama mais do que ama a si mesma.

Isadora já estava nua, deitada sobre a maca cirúrgica enferrujada, pernas abertas num estribo improvisado com tubos de oxigênio.

A buceta dela latejava, inchada de excitação, o clitóris tão duro que parecia um pequeno botão de ignição exposto.

— Abra a buceta — ordenou Valentim, enfiando um espéculo vaginal de metal gelado.

Ele despejou o conteúdo do útero bovino diretamente dentro dela. O líquido amniótico quente escorreu como um rio grosso, misturado com sangue e pedaços de placenta. Depois veio a larva: viva, gelatinosa, se contorcendo.

Valentim usou uma pinça longa para empurrá-la centímetro por centímetro pelo canal vaginal o mais fundo que pode.

Isadora gritava, mas não de dor. Era um grito gutural, quase de parto ao contrário.

— Você sente ela se mexer aí dentro? — sussurrou ele com os olhos vidrados. — Ela tá procurando um lugar pra se fixar.

A larva se alojou. Isadora sentiu um peso frio e pulsante se acomodando bem no fundo da xoxota, como se tivesse nascido pra estar ali.

Valentim tirou o pau pra fora (pálido, cheio de veias roxas, já pingando de polução) e entrou na buceta dela sem tirar o espéculo por completo. O metal frio roçando as paredes internas enquanto o pau socava a larva mais para o fundo.

—Me fode meu amor… me fode junto com ela — gemia Isadora, as unhas arranhando o próprio ventre, querendo sentir o parasita se mexer no fundo da xereca.

Valentim metia a pica com força bruta, cada estocada violenta empurrando a larva mais fundo. O corpo dela reagia como se estivesse grávida de um monstro: os seios incharam rápido, os mamilos escurecendo e começando a verter um leite grosso e amarelado que ele chupava com fome animal.

Horas se passaram.

Eles não pararam de foder.

Valentim injetava lidocaína direto na base do pau pra retardar a ejaculação. Isadora tomava choques de éter pra aguentar a dor-desejo que rasgava suas entranhas.

A larva cresce. Visivelmente.

A barriga de Isadora começou a se distender, a pele esticando, veias azuis saltando. Dentro dela, o cysticercus se alimentava do sangue menstrual acumulado e dos jatos de esperma constante que Valentim depositava.

Dezoito horas depois, ela já parecia grávida de seis meses de um feto que se mexia com violência.

Valentim abriu a barriga dela com um bisturi (corte pequeno, preciso, só pra ver lá dentro).

A larva tinha se transformado: agora era um verme segmentado, grosso como um braço infantil, o escólex (cabeça) cravado no endométrio, sugando.

Ele masturbou o verme com a mão enluvada enquanto fodia o corte aberto, pau e larva disputando espaço dentro do útero exposto.

Isadora gozou tão forte que desmaiou por alguns segundos, acordando com o corpo convulsionando, jatos de um líquido claro saindo pelo corte e pela buceta ao mesmo tempo.

Às vinte e quatro horas exatas, Valentim arrancou o parasita com as mãos.

Era enorme, quase um metro, ainda vivo, coberto de sangue menstrual e porra.

Ele enrolou o verme em volta do próprio pau como uma cobra viva e obrigou Isadora a chupar os dois juntos: língua no escólex, boca cheia de anéis pulsantes e nojentos, e o pau latejando.

— Agora engole — ordenou.

Ela engoliu.

Metro por metro, engasgando, vomitando, engolindo de novo, até o verme inteiro sumir dentro dela pela segunda vez, agora pelo caminho errado.

Quando o último segmento desapareceu na garganta, Valentim gozou na boca dela, jatos grossos misturados com bile e pedaços de tecido.

Eles caíram no chão imundo do porão, abraçados, tremendo, sangrando, cheirando a podridão e sexo.

— Eu te amo — sussurrou Isadora, a barriga ainda se mexendo com os últimos espasmos do parasita morrendo afogado no suco gástrico.

— Eu sei — respondeu Valentim, beijando a boca que ainda tinha pedaços do verme entre os dentes. — Só quem ama de verdade deixa um monstro desses se alojar dentro de si. E depois o come vivo pra provar.

Na manhã seguinte, o porão estava vazio.

Só restou a maca, o útero bovino seco no chão e uma frase escrita com sangue na parede:

“Amor é quando um corpo aceita virar ninho, tumba e banquete.

Tudo ao mesmo tempo.

De livre e espontânea vontade.”

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