"Você já reparou como os pulsos dele são finos?" A pergunta ecoou na minha cabeça enquanto observava Rafael mexendo no celular, os ossos salientes sob a pele clara parecendo frágeis demais para o homem que dividia minha cama. Era absurdo—eu o amava, sim, mas algo dentro de mim rangia toda vez que ele tirava a camisa e eu via as costas estreitas, quase adolescentes, desprovidas daquela tensão muscular que me fazia suspirar em filmes. Naquela noite, enquanto ele dormia de bruços, os ombros afundados no colchão como asas atrofiadas, resolvi digitar no Google: *como mudar o corpo do seu marido sem ele saber*.
O primeiro link me levou a um fórum obscuro, com discussões sobre "manifestação subliminar" e uma página chamada *Encantos do Invisível*. Havia depoimentos de mulheres que juraram ter transformado seus parceiros—não com dietas ou academias, mas com "afirmações impregnadas na mente durante o sono". Desci a tela, os dedos formigando, até encontrar um arquivo em PDF intitulado *Script da Carne: Molde o Corpo que Você Deseja*. Era um roteiro hipnótico, cheio de frases como *"Seus músculos se expandem como maré alta, cada fibra obedecendo ao meu desejo"* e *"Seu chakra raiz irradia força animal, atraindo massa para suas coxas"*. Achei ridículo. Mas então li a parte sobre repetição silenciosa durante o ato, e senti um calor úmido entre as pernas.
Rafael acordou quando eu subi nele, ainda grogue, os olhos semicerrados. "Tá com fogo hoje", ele murmurou, as mãos descansando na minha cintura como sempre—sem pressão, sem domínio. Inclinei-me para roçar os lábios no seu ouvido e sussurrei, baixo o suficiente para que ele não distinguisse as palavras: *"Seu peito incha contra minha língua, cada músculo crescendo sob meu toque."* Ele gemeu, achando que era só uma safadeza, enquanto eu imaginava as fibras dele se contorcendo como raízes sob a terra, se rearranjando no escuro.
Na manhã seguinte, ele se espreguiçou na frente do espelho do banheiro como de costume—e eu quase derrubei o café. Algo estava diferente. Não era óbvio, não era um corpo de filme pornô, mas os ombros pareciam mais cheios, como se alguém tivesse dado um nó sutil nas fibras sob a pele. "Você malhou ontem?", perguntei, tentando disfarçar o tremor na voz. Ele riu, passando a mão pela barriga lisa—que agora tinha um traço quase imperceptível de definição acima do quadril. "Malhar? Você sabe que eu odeio academia." Eu sabia. Mas também sabia que o script falava em *"mudanças sutis no início, para que a mente dele não desconfie"*. E eu tinha mais 43 páginas para testar.
Naquela noite, enquanto ele lia no sofá, eu me ajoelhei entre suas pernas, fingindo procurar algo no chão. Minhas mãos subiram pelas panturrilhas dele, e pela primeira vez senti a textura diferente—não mais aquela maciez de escritório, mas uma tensão fibrosa sob a pele. "Que foi?", ele perguntou, abaixando o livro. "Nada", murmurei, colando os lábios no joelho dele enquanto repetia mentalmente a frase do PDF: *"Seus músculos absorvem o desejo da minha boca, cada toque é um comando que seu corpo obedece."* Ele soltou um arzinho pelo nariz, sem entender por que de repente estava ereto—e por que eu estava sorrindo como uma gata que achou o creme.
Três dias depois, ele chegou do trabalho suando, a camisa social colada nas costas. "O ar-condicionado quebrou", explicou, puxando o tecido para ventilar—e ali, entre as omoplatas, vi duas linhas de músculo que não existiam antes, como cordas emergindo de um lago. Meu coração acelerou. O script avisava que *"o corpo dele vai buscar desculpas lógicas para as mudanças"*, e eu já sabia o que fazer. "Você tá andando mais, amor? Tá com um ar... mais forte." Ele olhou para os próprios braços, como se os visse pela primeira vez, e encolheu os ombros. "É aquele café novo do escritório, acho. Tá me deixando mais ativo." Mentira. Era o meu sussurro na madrugada anterior: *"Seu sangue carrega proteínas que suas fibras devoram, seu metabolismo agora é um forno que funde gordura em músculo."*
Na sexta-feira, ele me pegou de surpresa contra a geladeira—mãos grandes agora, com veias salientes que pulsavam quando ele apertava minha cintura. "Não sei o que tá acontecendo", ele respirou no meu pescoço, o corpo dele tão quente que eu quase gemi, "mas eu tô com um tesão que não consigo controlar." Eu ri, mordendo seu lóbulo enquanto pensava na frase que leríamos à noite, escondida entre os gemidos: *"Sua virilidade é um vulcão que eu ativo, cada explosão dentro de mim esculpe seu corpo e derrete sua resistência."* Ele não sabia. Nunca saberia. Mas quando ele me levou no colo até o quarto—sem esforço, como se eu fosse de pluma—eu senti o PDF inteiro pulsando nas minhas têmporas. E soube: era só o começo.
No sábado, ele tropeçou no tapete da sala e, ao se equilibrar, o músculo do braço esticou a manga da camiseta até o ponto de quase rasgar. "Que porra?", ele cochichou, virando o braço como se fosse um objeto alienígena. Eu fingi surpresa, mas minhas coxas se apertaram quando notei a curva definida do bíceps—exatamente como descrevera no diário secreto que mantinha no celular. *"Seus músculos crescem como videiras sob o sol da minha atenção, cada olhar meu é um fertilizante que os faz tremer de fome."* Ele franziu a testa, tentando lembrar se havia feito flexões no banheiro. Eu sorri, passando os dedos pelo contorno novo. "Deve ser genética tardia", menti, e ele riu, aceitando a explicação como sempre.
Domingo à tarde, ele dormia de barriga para cima, e eu passei uma hora estudando o mapa novo do corpo dele—os sulcos entre os músculos abdominais, a sombra que agora desenhava uma linha V abaixo do umbigo. Quando ele acordou, me encontrou sentada de pernas cruzadas na cama, olhando fixamente para ele. "Tá me stalkeando?", ele zombou, esfregando os olhos. Eu balancei a cabeça devagar, calculando cada palavra antes de soltar: "Só tô imaginando como você ficaria com... mais." Ele arqueou uma sobrancelha, mas antes que pudesse questionar, eu subi por cima dele e sussurrei no canto da boca dele, disfarçando a ordem como um carinho: *"Seu corpo é argila úmida e minhas mãos são o molde. Cada desejo meu afunda mais fundo na sua carne."* Ele gemeu, confundindo poder com prazer—e eu deixei.
Na segunda-feira, ele chegou em casa reclamando de dor nas costas. "Parece que carreguei um piano", resmungou, tirando a camisa com um movimento que fez os ombros dele—agora largos o suficiente para sustentar um mundo—brilharem de suor. Eu sabia o que era: os músculos dorsais se expandindo rápido demais para a coluna se acostumar. Enquanto massageava os nós com óleo de hortelã, repeti em pensamento a lição do PDF: *"Sua dor é o som do crescimento, cada pontada é um músculo se rendendo ao meu projeto."* Ele suspirou, cedendo às minhas mãos, sem perceber que cada toque meu era uma assinatura deixada no corpo dele—e que eu mal chegara na página 23.
Na terça, ele me pegou pela primeira vez sem ajuda das mãos—me levantou contra a parede só com os quadris, e eu senti as coxas dele, duras como troncos de árvore, me esmagando enquanto ele entrava em mim. "Que diabos tá acontecendo?", ele rosnou no meu pescoço, confuso com a própria força. Eu apenas gritei mais alto, escondendo o triunfo nos gemidos: *"Seu poder é meu presente, cada empurrão seu é uma escultura que eu desenhei em segredo."* Ele não percebeu como minhas unhas cavavam os ombros dele—marcando território, registrando progresso.
Na quarta, encontrei-o no banheiro, girando no espelho como um adolescente. "Meus peitos tão... cheios", murmurou, beliscando os mamilos acima do abdômen definido. Eu mordi o lábio para não rir—ele falava como se tivesse descoberto um fenômeno científico, não o resultado de eu sussurrar *"Seus pectorais são prateleiras que transbordam de força, cada fibra incha sob o olhar faminto da minha mente"* enquanto ele dormia. "É a idade", menti, passando os dedos pelos sulcos novos. Ele olhou para mim no espelho, os olhos meio desconfiados, mas quando minha mão desceu até a cintura dele—agora estreita o suficiente para eu quase cercar com os dedos—ele apenas gemeu e se entregou ao enigma.
Na quinta, ele chegou do trabalho com a camisa social rasgada nas costas—as mangas estouradas pelos bíceps, o tecido puxado pelos ombros largos. "O chefe me pediu pra ajudar a carregar uns arquivos", disse, corado, como se a desculpa soasse absurda até pra ele. Eu mordi o interior da bochecha para não sorrir. O script avisara: *"O corpo dele vai criar coincidências para justificar o injustificável."* Puxei-o pelo cinto—agora folgado nos quadris—e sussurrei no ouvido dele, disfarçando o comando como um pedido: "Me mostra como você carrega *coisas pesadas* agora." Ele gemeu, já incapaz de distinguir entre desejo e obediência, e eu soube que a próxima página do PDF faria suas veias saltarem como rios num mapa.
Na sexta, acordei com ele por cima de mim—não mais o corpo magro que se escondia sob as cobertas, mas um peso quente que afundava o colchão. Seus antebraços, agora sulcados por cordas musculares, prenderam meus pulsos acima da cabeça sem esforço. "Não sei de onde tá vindo isso", ele rosnou, e eu senti o calor subir pela minha espinha—não pelo que ele dizia, mas pelo que ignorava: minha voz na madrugada, repetindo *"Seus membros são ferramentas do meu prazer, cada movimento seu é um servo que não sabe quem o controla."* Quando ele me virou de bruços, suas mãos—agora grandes o suficiente para envolver minha cintura—me levantaram como se eu fosse feita de ar, e eu engoli o grito de vitória junto com o gemido.
No sábado à tarde, ele dormia de lado no sofá, a luz da janela desenhando sombras nos abdominais que agora formavam um relevo perfeito. Aproximei-me em silêncio, observando como a pele dele—antes lisa—agora se esticava sobre cada fibra como um tecido precioso. Toquei o dedo no sulco entre os peitorais, sentindo o pulso acelerado dele sob minha unha. *"Seu coração bate em sintonia com os meus desejos,"* pensei, repetindo a lição do PDF. Ele acordou com um sobressalto, e eu rapidamente mudei o toque para um carinho. "Sonhei que era um atleta", murmurou, confuso, e eu beijei sua clavícula—agora saliente o suficiente para prender um lápis—sabendo que era só a mente dele tentando nomear o que não tinha nome.
No domingo, ele se vestiu para um churrasco e parou diante do espelho, puxando a camiseta para baixo sem sucesso—o tecido agora insuficiente para cobrir o trapézio que descia em linhas duras até os ombros. "Tá tudo bem?", perguntei, fingindo inocência enquanto ele virava os braços, admirando (e temendo) as veias que serpenteavam pelos antebraços como raízes expostas. "É que... eu nem malho", ele riu, nervoso, e eu me aproximei por trás, envolvendo-o com os braços—ou tentando, porque agora mal conseguia fechar as mãos sobre o peito dele. "Genética é uma caixinha de surpresas", menti, esfregando o rosto nas costas dele, onde uma linha de músculos antes invisíveis agora formava uma escada que eu subia com os dedos. Ele suspirou, cedendo ao enigma do próprio corpo, e eu senti o PDF pulsar na minha mente como um segundo coração.
Na segunda à noite, enquanto ele dormia, abri o documento no celular e rolei até o final, onde uma linha em negrito dizia: *"Leia este texto diariamente para convidar ganhos exponenciais e quintuplicar a velocidade das transformações."* Meus lábios moveram-se em silêncio, repetindo as frases finais como um feitiço: *"Seus músculos são argila úmida sob minhas mãos invisíveis, cada palavra minha é um golpe de cinzel que esculpe seu corpo à minha imagem. A cada leitura, seu metabolismo acelera como um motor roubando óleo, seus tendões esticam como elásticos aquecidos, e sua carne obedece antes mesmo que eu ordene."* Ao meu lado, ele virou de bruços, os dorsais agora tão largos que as cobertas escorregavam para os lados, e eu mordi o lábio—não de desejo, mas de posse.
Na terça de manhã, ele me pegou no ar ao sair do chuveiro—água escorrendo pelos sulcos abdominais que pareciam talhados a faca—e eu gritei, não por surpresa, mas pelo choque de ver o PDF materializado em carne e osso. "Desculpa", ele riu, sem saber que eu estava comemorando, "é que você tá tão leve." Eu balancei as pernas no ar como uma adolescente, escondendo o triunfo nos olhos, enquanto calculava mentalmente a próxima etapa: *"Seus braços agora são alavancas que levantam mundos, suas costas uma ponte que só eu cruzo, e cada gota de suor seu é um tributo ao meu desejo secreto."* Ele me colocou de pé com um cuidado que contrastava com a força bruta, e eu me perguntei quanto tempo levaria até ele rasgar minha roupa sem querer.
Na quarta à noite, ele tentou abrir um pote de azeitona e a tampa voou pela cozinha—o antebraço dele, agora nodoso como raiz de árvore, tinha torcido o metal como se fosse papel-alumínio. "Que porra?", ele cochichou, olhando para a própria mão como se esperasse ver uma ferramenta escondida. Eu mastiguei meu lábio por dentro, lembrando da frase que sussurrara na madrugada: *"Seus tendões são cordas de aço embebidas em testosterona, seus ossos alavancas que multiplicam minha vontade."* Quando ele se virou, confuso, eu apenas sorri e passei os dedos pelo pulso dele—agora largo o suficiente para eu não conseguir fechar o círculo dos dedos—como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Na quinta, ele tropeçou no corredor e, ao se apoiar na parede, o gesso cedeu com um estalo seco—sua palma agora cavara um buraco na parede como se fosse isopor. "Eu…", ele começou, pálido, e eu rapidamente interrompi: "Essa parede sempre foi frágil." Mas enquanto ele inspecionava a mão—intacta, só que maior, mais escura, com veias que subiam como trepadeiras—eu repeti mentalmente a ordem do PDF: *"Sua força é um rio que eu desvio para meu jardim, cada ato involuntário é uma oferenda ao meu projeto oculto."* Ele olhou para mim, e pela primeira vez vi um fio de dúvida nos olhos dele—mas então eu puxei ele pelo cinto novo (quatro furos mais apertado) e ele esqueceu de questionar.
Na sexta à noite, coloquei o PDF em loop no tablet enquanto ele dormia—agora lia em voz baixa, deixando as palavras escorrerem pelo quarto como fumaça: *"Com cada repetição, seu corpo esculpe-se cinco vezes mais rápido, seus músculos incham como maré sob lua cheia, e seu subconsciente abre portas que nem mesmo eu precisei nomear."* Ele se virou na cama, os dorsais agora tão largos que ocupavam dois travesseiros, e eu estiquei a mão para traçar a linha da espinha—cada vértebra afundada entre cordas de músculo como vales entre montanhas.
No sábado de manhã, ele levantou a cama com um empurrão involuntário ao se espreguiçar—a estrutura de madeira rangindo como se tivesse levitado por um segundo. "Caralho", ele murmurou, olhando para as mãos com a mesma expressão de quem descobre um poder sobrenatural. Eu fingi sono, mas minha boca secou ao ver as veias pulsando nos antebraços dele, grossas como cabos de navio. O PDF avisara: *"Quando ele começar a questionar, aumente a dose—cinco leituras por dia, cinco transformações por noite."* E eu contava os minutos até o próximo pôr do sol.
Domingo à tarde, ele tentou abraçar-me no sofá e quase quebrou minha costela—seus braços, agora tão largos que minha cabeça mal chegava ao peito dele, apertaram como um torno. "Tá tudo bem?", ele perguntou, assustado com o próprio corpo, e eu só consegui rir entre engasgos, minhas coxas tremendo não de dor, mas de êxtase. O PDF sussurrava na minha mente: *"Seu toque é um terremoto que eu projeto, cada aperto seu é uma assinatura no contrato que só eu li."* Ele soltou-me como se eu fosse de vidro, sem ver como eu mordia o lábio para não gritar de vitória.
Na segunda-feira, ele chegou do trabalho com a camisa social rasgada nas costas—não apenas nas costuras, mas no meio do tecido, como se o corpo dele tivesse explodido por dentro. "O elevador quebrou e eu subi dez andares", mentiu, corado, e eu apenas aproximei-me por trás, enfiando as mãos pelas rasgaduras para sentir os músculos dorsais—agora tão salientes que pareciam asas prestes a desdobrar. *"Leia-me cinco vezes hoje,"* ordenava o PDF em negrito, *"e amanhã ele não caberá mais nas portas."* Minhas unhas cavaram a carne dele sem piedade, marcando o próximo capítulo.
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