Meu nome é Isabela, mas para os íntimos, sou só a Bela. Tenho 34 anos e sou casada com o Ricardo, meu Rico, há quase oito. E é aí que mora o problema: quase oito. Oito anos de rotina, de "eu te amo" ditos no automático e de sexo que mais parece um check-list. Ele é um cara bom, sabe? Mas previsível. A vida dele é o trabalho, o golfe, a pesca. Eu sou só o acessório bonito que ele leva para os jantares.
E aí entra o Felipe. O Lipe. O melhor amigo do meu marido desde a infância.
O Lipe é o oposto do Rico. Solteiro, livre, e com um sorriso que desarma qualquer mulher. Ele está sempre por perto. Sempre. E a gente tem essa coisa, essa tensão elétrica que paira no ar desde o dia que o conheci. É um olhar demorado demais, um toque no braço que se prolonga, uma piada interna que só a gente entende. O Rico nunca percebe. Ele confia no Lipe de olhos fechados. E o Lipe... bom, o Lipe é um safado. E eu adoro isso.
A gente está na casa de praia, um refúgio que o Rico comprou para "relaxar". Ele está trancado no escritório desde o almoço, numa videoconferência interminável. O Lipe veio passar o fim de semana. O sol está se pondo, pintando o céu de laranja e roxo, e a gente está na varanda, eu com um copo de vinho branco, ele com uma cerveja gelada.
— Seu marido não desliga, né? — ele comenta, a voz rouca, olhando para a porta de vidro.
— Não. Ele está casando com o laptop. — Eu dou um gole no vinho, sentindo o calor subir.
O Lipe se vira para mim, e a distância entre a gente some. Ele está perto demais. Sinto o cheiro dele, uma mistura de maresia e perfume amadeirado.
— E você? O que faz quando ele te deixa sozinha?A pergunta não é inocente. É uma isca. E eu mordo.
— Eu espero. — Minha voz sai quase um sussurro.
Ele levanta a mão, e eu penso que ele vai tocar meu rosto, mas ele só afasta uma mecha de cabelo que o vento trouxe para a minha boca. O toque é leve, mas a corrente que passa pelo meu corpo é um choque.
— Esperando o quê, Bela?
— Algo que me tire do tédio.
O olhar dele desce para a minha boca. O silêncio é tão pesado que eu mal consigo respirar. Ele não precisa de mais convite. Ele se inclina, e a boca dele encontra a minha.
Não é um beijo doce. É urgente, faminto, com gosto de vinho e cerveja. É a explosão de meses, quem sabe anos, de desejo reprimido. Minhas mãos agarram a camisa dele, puxando-o para mais perto. A língua dele invade minha boca com uma autoridade que o Rico perdeu há muito tempo.
— Puta que pariu, Bela... — ele geme contra a minha boca, me empurrando contra a parede da varanda.
Eu não respondo, só o beijo mais fundo. Minha mente está em branco, só existe o calor dele, a sensação proibida. Ele me levanta, e eu enrosco minhas pernas na cintura dele.
— O Rico... — eu tento dizer, mas a palavra morre na minha garganta.
— O Rico está ocupado. — Ele me interrompe, a voz grave, enquanto me carrega para dentro, em direção ao quarto de hóspedes.
Ele me joga na cama, e eu mal consigo esperar. Retiro a camisa dele, expondo o peito musculoso. Ele está duro, muito duro, e a calça dele já está apertada.
— Tira essa roupa, caralho. — Ele exige, a respiração ofegante.
Eu me livro do vestido em segundos. Fico só de calcinha e sutiã de renda preta. Ele me olha de cima a baixo, os olhos cheios de luxúria.
— Você é muito gostosa, Bela. Sempre soube.
Ele arranca a própria calça e cueca. O pau dele é grosso e comprido, pulsando. Meu corpo treme de excitação.
Ele não perde tempo. Me puxa para a beira da cama, e eu me ajoelho. Ele segura minha cabeça com as duas mãos e me guia. Eu abro a boca e o recebo. O gosto dele é forte, e eu chupo com vontade, como se minha vida dependesse disso. Ele geme alto, e eu sinto o prazer dele na minha garganta.
— Assim, vadia. Chupa tudo.
Ele me puxa para cima, me vira de costas e me empurra para a cama. Ele afasta minha calcinha de lado, sem se dar ao trabalho de tirar. Eu sinto a ponta dele roçando minha entrada, úmida e desesperada.
— Você é minha agora. — Ele sussurra no meu ouvido.
E então ele me fode. Forte. Rápido. Sem delicadeza. É exatamente o que eu precisava. O Rico sempre foi lento, metódico. O Lipe é um animal. Ele me crava na cama, me segura pela cintura e me estoca com força.
— Ah, Lipe! Mais! Vai! — Eu grito, mas um grito abafado afinal, o Rico pode ouvir do escritório.
O barulho da pele batendo, os gemidos, o cheiro de suor e sexo. Ele me vira de frente, me monta, e eu sinto o peso dele, o corpo dele colado no meu. Ele me beija, um beijo molhado e sujo, enquanto me penetra fundo.
Eu chego ao orgasmo primeiro, um grito gutural que eu seguro com a mão. Meu corpo se contrai, e eu sinto as ondas de prazer me varrendo. Ele continua, a respiração pesada, os músculos tensos. Ele me olha nos olhos, e eu vejo a satisfação, a vitória.
— Você é minha, Bela. — Ele repete, e goza com um urro, enchendo minha buceta com o gozo quente.
Ele cai ao meu lado, ofegante. A gente fica ali, suados, o cheiro de sexo pairando no ar.
— Isso foi... — eu começo.
— Não fala nada. — Ele me interrompe, me puxando para o peito dele.
Eu deito a cabeça no ombro dele, sentindo o coração dele batendo forte. O Rico ainda está na reunião. O segredo está selado. E, enquanto eu acaricio o pau mole dele, eu percebo: não sinto culpa. Sinto poder. E a certeza de que isso não vai ser a última vez. Afinal, o melhor amigo do meu marido é o meu novo brinquedo. E ele é muito melhor que o original.
